Capital empreendedor é ferramenta para impulsionar negócios inovadores

Um dos maiores desafios para jovens empresas inovadoras é o acesso a capital. É o que mostra pesquisa realizada pelo Sebrae e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Cerca de 30% das startups analisadas fecharam as portas nos últimos três anos. O levantamento foi realizado com empresas do programa Inovativa Brasil, que promove ações de assistência e capacitação. Foram ouvidas 1.044 empresas, principalmente de Tecnologia da Informação e da Comunicação (31%), Desenvolvimento de Software (21%) e Serviços (18%). Pelo menos 40% dos entrevistados apontaram como principal motivo para o fechamento a dificuldade de acesso a capital.

“Acessar investimento pode ser uma tarefa árdua para as micro e pequenas empresas, afinal, a busca por capital requer muito empenho dos empreendedores, mas se realizado com orientação, pode acelerar exponencialmente o empreendimento. Preparar-se para identificar o melhor modelo de capitalização, identificar o investidor que mais agrega valor ao negócio e estar apto a negociar com investidores ou fundos de investimento faz muita diferença”, afirma o diretor de Administração e Finanças e presidente em exercício do Sebrae, Vinicius Lages.

Com o objetivo de contribuir de forma efetiva o Sebrae realiza, desde 2017, o Projeto Capital Empreendedor. Em 2018, o projeto acontece em quatro estados: São Paulo, Espírito Santo, Maranhão e Mato Grosso. A etapa final desse projeto acontecerá em um grande evento em São Paulo, no dia 31 de outubro. O projeto conta com a participação de investidores anjo, aceleradoras, plataformas de equity crowdfunding, fundos de investimento e empresas investidas. As etapas previstas incluem a sensibilização; a Semana Capital Empreendedor, exclusivamente para os gestores do Sebrae; Workshop Empreendedores, mentorias e circuito final – todos voltados para empresas participantes e investidores.

A expectativa é que sejam capacitadas, nos quatro ciclos, em torno de 120 empresas. Somente ano passado, foram realizadas cerca de 800 ações do projeto com o intuito de favorecer e aproximar as pequenas empresas de investidores. Para este ano, a agenda na etapa de sensibilização está programada para o dia 3 de julho no Mato Grosso, 5 de julho no Maranhão e 12 de julho no Espírito Santo. Com várias ações já em andamento dirigidas a startups e negócios inovadores e um ecossistema estruturado, o estado de São Paulo contará apenas com as etapas voltadas para as empresas e investidores.

Nesta forma de financiamento, um investidor, chamado de investidor de risco, aporta recursos no negócio em troca de participação societária, geralmente minoritária, de uma empresa de capital fechado. O aporte pode ocorrer em diversos momentos de um projeto. Assim, o capital empreendedor é diferente de um empréstimo, já que o investidor aporta os recursos na empresa em troca de uma participação societária, com objetivo de vender essa participação após alguns anos por um valor superior ao que ele pagou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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