Carnaval impulsiona vendas no comércio local

Carnaval e Liquidações (53)

Pedro Augusto

Engana-se quem acredita que o comércio de Caruaru só se encontra movimentado nesta época de férias devido à proximidade do início das aulas escolares ou por conta das realizações das tradicionais queimas de estoque. Coube ao calendário definir que o Carnaval fosse um pouco mais cedo em 2018, em comparação com o ano anterior, o que impulsionou diversas lojas da Rua 15 de Novembro, no Centro, a já entrarem no clima de folia logo nos primeiros dias de janeiro. Quem tem tido a oportunidade de circular pelo local está percebendo, sem qualquer dificuldade, que os artigos sazonais da época já se encontram enfeitando ou à disposição para venda nas vitrines, reforçados ainda pelas caixas dos anunciantes de rua, onde quem está ditando o ritmo do som é o frevo.

De acordo com os lojistas entrevistados pelo VANGUARDA, na manhã da última segunda-feira (15), apesar da vivenciação mais rápida do evento em 2018, em relação ao ano passado, eles estão projetando comercializar mais produtos do tipo. Foi o que destacou o gerente de vendas da Casa di Festa, Marcos Antônio. “Neste ano, estamos observando a população mais animada no comparativo com o Carnaval de 2017, quando a crise financeira ainda se encontrava em alta. Prova disso é que a demanda por artigos está mais elevada em 2018, embora o intervalo de vendas esteja menor. Estimamos comercializar, pelo menos, cerca de 20% a mais ante o mesmo intervalo do ano passado”, disse.

Especializada e sendo referência há décadas na venda de itens sazonais, a Casa das Rendas é outra loja da 15 de Novembro a já estar comercializando um volume satisfatório de produtos voltados para o Carnaval. “Tradicionalmente, somos bastante procurados nesta época do ano por prefeituras e escolas da região que não deixam a festa passar em branco e, em 2018, não está sendo diferente. O movimento vem aumentando nos últimos dias e a expectativa é de superarmos o faturamento, em pelo menos 20%, em relação ao que foi obtido no Carnaval passado, mesmo porque a nossa economia vem dando sinais de recuperação. Até a véspera do Sábado de Zé Pereira – neste ano no dia 10 de fevereiro –, a tendência é de vendas em alta”, avaliou uma das proprietárias, Erotildes Jordão.

Segundo os dois lojistas, as demandas por parte dos foliões não vêm se limitando apenas a um determinado tipo de produto. “Pelo contrário. Os consumidores têm procurado das máscaras às fantasias, sempre dando preferência aos melhores preços”, acrescentou Erotildes. “Espumas, tintas, adereços, enfeites, colares havaianos, confetes e serpentinas também já estão tendo uma saída muito grande, o que deve aumentar ainda mais com o início das aulas escolares”, complementou Marcos. Tanto a Casa di Festa como a Casa das Rendas decidiram reforçar o estoque de artigos em comparação com a Folia de Momo do ano passado.

Quem já entrou no clima de festa foi o casal Sandro Silveira e Marília Silveira. Em meio às compras dos materiais escolares de seus filhos, eles aproveitaram a vinda até Caruaru para já garantir os itens da Folia de Momo 2018. “Somos de Altinho e geralmente brincamos o evento em Bezerros, também no Agreste do Estado. Como tivemos de vir até Caruaru para comprar os materiais, aproveitamos para já adquirir alguns artigos para a festa. Agora, até o início, tudo tem quem ficar bem guardado em cima do guarda-roupa lá de casa, porque se a molecada encontrar é prejuízo na certa”, disse, aos risos, Sandro.

Fantasias

As empresas que são especializadas tanto em alugar como vender fantasias também não estão tendo do que reclamar a respeito das demandas para o Carnaval 2018. De acordo com a vendedora da Estyllus, Ávia Costa, a procura pelos produtos passou a se intensificar tão logo foram divulgadas as datas dos bailes do Estado. “Muitos clientes daqui costumam festejar no de Bezerros, no de Belo Jardim e nos do Recife e, assim que foram confirmados os dias de suas realizações, os aluguéis passaram a aumentar. Existe uma procura mais intensificada por fantasias femininas e infantis. Devido à proximidade do Carnaval, esperamos ficar no mesmo patamar de faturamento de 2017”, afirmou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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