Catedral das Dores fechada há exatos cinco anos

Por Robson Meriéverton

A Catedral de Nossa Senhora das Dores, um dos maiores símbolos religiosos de Caruaru, segue ainda fechada para celebração de missas. Isso porque, há exatos cinco anos, o espaço foi fechado para que recebesse a primeira reforma desde a última construção. Desde então, o Jornal VANGUARDA vem acompanhando o andamento das obras. De acordo com o monsenhor Heleno dos Santos, tudo só não anda em ritmo mais acelerado porque o engajamento dos fiéis ainda é pequeno, pois os trabalhos partem das doações.

As invenções de reforço começaram na sustentação das colunas estruturais, já que elas haviam sido acometidas por rachaduras. Na sequência veio a impermeabilização das paredes, tanto na parte interna como externa, preservando-as da ação do tempo, e a substituição do concreto “in natura” pelo branco. Agora, a equipe trabalha na colocação dos vidros temperados, usados no lugar dos vitrais. “É uma reforma muito grande. A primeira feita desde a sua inauguração, no ano de 1968. Por isso encontramos tantos problemas estruturais”, afirma o monsenhor Heleno dos Santos.
Outras intervenções ainda fazem parte do cronograma da obra. Essas, porém, contemplando adequações litúrgicas na cripta, colocação do novo altar e relocação da pia batismal. O projeto arquitetônico é assinado pelo padre Silvano Onofre, responsável por esse departamento na Diocese.

“Outros pontos ainda devem ser contemplados pela reforma. Entre eles está prevista a elaboração de iluminação cênica e das novas peças litúrgicas, a exemplo da ‘cathedra’ (cadeira do bispo). Agora estamos concentrando esforços para dar início à colocação do piso, que será em granito”, enumera o monsenhor.

Para que tudo ocorra dentro do previsto é necessário que a comunidade se engaje no projeto, ajudando com doações. Uma das maneiras é através do Carnê de Nossa Senhora. Os interessados devem comparecer na secretaria paroquial para fazer um cadastro e receber o carnê. “Não existe um valor pré-definido para a doação. Cada pessoa ajuda da forma que puder, podendo ser paga na própria secretaria ou correspondente bancário”, diz o pároco. A outra forma é por meio de depósito na Caixa Econômica Federal. Os dados da conta são: agência – 2778; operação – 3; conta corrente 1.169-0.

Mas a mobilização popular ainda está longe do esperado pela Diocese. “Entendemos que, em relação a outras paróquias, a de Nossa Senhora das Dores é bem menor devido à quantidade de pessoas morando no entorno, por estar localizada em uma área de comércio”, explica o monsenhor. Durante todo o ano, a paróquia realiza um trabalho intenso para angariar fundos, com a organização de festivais, bingos e até shows beneficentes. “Mesmo assim, a resposta por parte da população ainda é pequena”, destaca o pároco.

Enquanto o prédio continua em reforma, as missas estão sendo celebradas em uma espécie de tenda, montada ao lado da Catedral.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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