Sesi na Paraíba é investigado por suspeita de superfaturamento em obra

Polícia Federal imagem genérica

A unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) da Paraíba é alvo de uma operação deflagrada hoje (2), pela Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF) para apurar suspeitas de irregularidades em obras contratadas pela entidade.

Noventa e seis policiais federais e nove auditores da CGU, que participam da chamada Operação Cifrão, estão cumprindo 28 mandados judiciais de busca e apreensão em endereços de Campina Grande, Queimadas e da capital, João Pessoa.

Segundo a CGU, ao auditar as contas da unidade paraibana do Sesi, técnicos encontraram indícios de superfaturamento em três obras de construção e reforma de centros de atividades da entidade no estado. A controladoria calcula que o prejuízo pode superar os R$ 2 milhões do dinheiro que o Sesi recebe por meio de contribuições compulsórias feitas por indústrias de todo o país.

Indícios de fraudes em processos

Ainda de acordo com a CGU, os auditores também encontraram indícios de fraudes em processos licitatórios e vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba – ao qual o Sesi está ligado.

“Com o aprofundamento das apurações pelos órgãos parceiros, foram descobertas movimentações entre as contas bancárias das empresas contratadas e de pessoas relacionadas, direta ou indiretamente, ao Sesi/PB, por meio de uma ginástica financeira, na tentativa de ocultar as aludidas transferências de recursos”, afirma a CGU, em nota.

Também em nota, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) informou que só teve conhecimento das investigações esta manhã. “Todos os documentos solicitados foram entregues à Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público Federal com o intuito de contribuir com as investigações e elucidação dos fatos”, afirma a entidade, garantindo que irá colaborar com a apuração.

Artigo: A necessidade da testagem rápida e ampla para combater o coronavírus

Desde o início do ano há uma crise sanitária em todo o mundo, em função do coronavírus. E, infelizmente, o Brasil ainda possui uma baixa taxa de testagem para a doença. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) esse índice deve ser de 10 a 30 vezes a mais que o número de infectados. E, no Brasil, segundo o Our World in Data, plataforma de dados de Oxford, são realizados, aproximadamente, 1,1 testes para cada caso confirmado. Em função dessa testagem reduzida, o número de casos positivos identificados pode não ser real.

De acordo com a OMS, quanto maior o número de casos confirmados, maior deve ser o índice de testes. No Brasil, até 12 de junho, eram mais de 800 mil casos confirmados e cerca de 400 mil em acompanhamento. Com isso, o país é, atualmente, a segunda nação com mais infectados no mundo, atrás, apenas dos Estados Unidos, com aproximadamente dois milhões de infectados.

Ainda segundo o Our World in Data, na primeira semana de junho, o Brasil totalizava uma média de 2,28 pessoas testadas a cada 100 mil habitantes, enquanto na Itália e nos EUA, a média era de 69,25 e 61,59 testados, respectivamente. Dessa forma, a quantidade de testes realizados no Brasil não demonstra a precisão no número de infectados e mortos, tornando os dados divergentes da realidade.

Atualmente, o período para que a resposta de um teste de detecção da covid-19 seja entregue e contabilizada pelo Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), sistema usado pelo Ministério da Saúde para registrar as contaminações pelo coronavírus, pode ser de até uma semana. Pois nessa testagem é considerado apenas o exame molecular, conhecido por RT-PCR, que é feito somente em laboratórios por meio da coleta de uma secreção do nariz.

Esse tempo é longo, se tratando da urgência em que as medidas necessárias devem ser tomadas para a contenção desse vírus. Por exemplo, uma vez que uma pessoa fez o teste, mas não tem o resultado em tempo oportuno, ela pode se tornar uma fonte de propagação, mesmo sem saber. Isso reafirma a importância do diagnóstico rápido para evitar o aumento da doença.

No Brasil, já existem testes, aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que cumprem esse papel de entrega de resultados em um curto intervalo de tempo. Entre eles está o Alfa Scientific, importado dos Estados Unidos, capaz de detectar o vírus a partir do sétimo dia de contato com o organismo. Ele é feito por meio da coleta de sangue, com uma picada no dedo ou por punção venosa. Após o sangue ser misturado com o reagente, o teste aponta o resultado em até 10 minutos.

Além disso, ele permite identificar se a pessoa, em algum momento, teve contato com o patógeno da doença, mesmo não tendo ficado doente. Ele já está sendo utilizado, por exemplo, em empresas que já retomaram suas atividades e querem garantir a segurança de seus colaboradores, como é o caso de algumas mineradoras que atuam no estado de Minas Gerais.

Testes como esses que agilizam o processo de detecção do novo coronavírus podem ser importantes aliados nesse momento, contribuindo para que o Brasil supere esse desafio sanitário, econômico e comunitário.

Rodrigo Silveira – diretor da Orbitae

Deputados articulam acordo para analisar em plenário proposta que pode baratear gás natural

Coautor da proposta conhecida como Nova Lei do Gás, o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) considera que a abertura de mercado e a entrada de novos fornecedores de gás natural no Brasil sejam regulamentadas por lei. Em 2019, o governo federal criou, por meio de resolução, o Novo Mercado de Gás, com a promessa de atrair novos investimentos, promover concorrência e cortar pela metade o preço do combustível até 2021, o que não ocorreu até o momento.

Ao defender a retomada da discussão do PL 6.407/2013 na Câmara dos Deputados, o parlamentar afirma que hoje o monopólio da Petrobras impede a livre concorrência no setor, já que não há outras empresas para competir em termos de preços.

“A legislação brasileira permite quase um cartel. Permite um mercado totalmente fechado e isso inibe novos investidores. Nós não conseguimos, por exemplo, ter gasodutos para atender às indústrias. O gás não chega onde é necessário”, critica.

Projeto que facilita construção de gasodutos, Nova Lei do Gás pode ser aprovada na Câmara ainda em 2020

Deputado Laercio Oliveira (PP-SE) anuncia que o relatório da Nova Lei do Gás retoma o trâmite até o fim de novembro

Livre iniciativa é que deve ditar regulação no mercado de gás natural, defende Paulo Ganime (NOVO-RJ)

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras opera 94% de toda a produção no país, além de administrar a maioria dos campos de gás, gasodutos, termelétricas, transportadoras, distribuidoras e revendedoras do combustível.

Para Domingos Sávio, o principal prejudicado é o consumidor, que é obrigado a pagar pelo produto oferecido por uma única empresa. O parlamentar argumenta que a aprovação da nova lei vai modernizar a estrutura jurídica e permitir avanços que beneficiam a indústria, principal compradora do combustível no país.

“Esse projeto moderniza toda essa estrutura e quem ganha é o cidadão brasileiro, é a competitividade da indústria brasileira. Com esse projeto, teremos um gás mais barato, gerando emprego e riqueza para todo o Brasil”, completa o parlamentar.

No mercado brasileiro, a oferta total de gás natural é de 82 milhões de metro cúbicos por dia, sendo que 69% são de oferta interna e 16% se referem à importação da Bolívia. Em relação à demanda total, o Brasil responde por 76 milhões de metro cúbicos/dia. A indústria é a que mais demanda o produto (48%), seguida pelo setor de geração elétrica (37%). Os dados são da ANP.

A principal reclamação do setor produtivo é que a baixa oferta e a falta de concorrência no mercado torna o preço do combustível no país um dos mais altos do mundo, o que eleva os custos do produto final. A exemplo de comparação, no lançamento do programa Novo Mercado de Gás, em 2019, o Ministério de Minas e Energia estimou que o custo do fornecimento do gás natural no país era de US$ 10,4 por milhão de BTU, unidade térmica usada no mercado internacional. Na Argentina, esse valor, no ano passado, era de US$ 4,6 e nos Estados Unidos, US$ 3,13.

“O gás natural, no Brasil, chega a ser cinco ou seis vezes mais caros do que em outros países. O gás natural é mais caro no Brasil do que na Europa, onde não há produção de gás natural. O Brasil tem muita riqueza de gás natural e tem facilidade de importar da Bolívia, por exemplo, a custos competitivos”, cobra Domingos Sávio.

Mudanças

Entre outros pontos, o PL 6.407/2013 prevê diminuir a burocracia para construção de gasodutos, tubulações semelhantes a encanamentos domésticos que são utilizadas para transportar gás natural de um lugar a outro. Segundo o relatório aprovado na Comissão de Minas e Energia da Câmara em outubro de 2019, o processo de concessão de gasodutos atualmente é “muito burocrático”, o que impediu a ampliação dessa infraestrutura nos últimos anos.

Há 24 anos, legalmente, qualquer empresa que atenda as exigências técnicas pode explorar o gás natural no país, o que não ocorre no Brasil por conta do monopólio da Petrobras. A empresa domina, por exemplo, 100% do processamento e 80% da comercialização do produto em todo o mercado nacional.

Para o diretor da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) e coordenador-adjunto do Fórum do Gás, Bernardo Sicsú, esse cenário requer mudanças normativas para que haja avanço e ganhos econômicos no setor.

“O projeto da Nova Lei do Gás busca abrir o mercado de ponta a ponta, desde a produção até o consumo. Não basta você tratar apenas um desses elos, pois, se um deles for fechado, cria-se um nó que impede a criação dos benefícios pretendidos com a abertura do mercado”, aponta.

Para ampliar e interiorizar a rede de gasodutos pelo país, o texto propõe que as companhias precisem apenas de autorização da ANP, em vez de passar por licitação pública para construir essas estruturas. A exceção a essa regra são os gasodutos que são operados em regime especial por força de acordos internacionais de fornecimento de gás natural.

“Você tem no transporte, por exemplo, a simplificação do modelo de outorga. Com isso, a construção de um novo gasoduto não vai exigir o modelo de concessão, podendo seguir para o modelo de autorização. Essa simplificação é fundamental para acelerar o processo de transformação no setor de gás”, avalia Sicsú.

Pela tramitação normal, o PL 6.407/2013 deveria por passar por análise da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) da Câmara. O deputado Domingos Sávio, entretanto, costura um acordo para tentar convencer o presidente Rodrigo Maia de analisar a matéria em Plenário. A justificativa para isso, segundo o parlamentar, é que o tema possui “relevância econômica para o período pós-pandemia”.

Fonte: Brasil 61

Novos polos industriais crescem 32% em microrregiões do país, aponta Ipea

A segunda etapa do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) “Desenvolvimento Regional no Brasil”, aponta que o crescimento das aglomerações industriais em microrregiões do país cresceu 32% no período entre 1995 e 2015. O levantamento analisou o indicador de Aglomerações Industriais Relevantes (AIRs), que contabiliza locais que tenham, em um ano, 10 mil ou mais empregos industriais.

O Ipea baseia o conceito de microrregião de acordo com a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – agrupamento de municípios com a finalidade de atualizar o conhecimento regional e definir uma base territorial para levantamento e divulgação de dados estatísticos.

Segundo o Ipea, em 1995, das 580 microrregiões do Brasil, 85 tinham mais de 10 mil empregos na indústria. Vinte anos depois, esse número quase dobrou – passou a ser de 160.

A pesquisa confirma a tendência de desconcentração territorial das aglomerações industriais e migração para microrregiões do país. De acordo com os dados, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram elevação superior à média nacional no indicador AIRs, apontando crescimento da atividade industrial em suas microrregiões.

“As aglomerações industriais que mais crescem são as de menor tamanho, são aquelas que tem entre 10 mil e 20 mil empregos. Responde por isso, por exemplo no Centro-Oeste, a força dos negócios da agropecuária, a ascensão das exportações de soja e do milho para o mercado internacional. O fato da expansão do agronegócio requer uma certa indústria processadora de alimentos, processadora de grãos”, destaca o pesquisador do Ipea e um dos responsáveis pelo estudo, Aristides Monteiro.

“Isso aconteceu também no Nordeste, embora nessa região a força das exportações seja menor e tem mais conexão com a expansão do mercado interno e da renda regional. Indústrias novas que se instalaram por lá em busca de novas infraestruturas e incentivos fiscais. O mesmo ocorreu na região Norte”, completa Monteiro.

As regiões Sudeste e Sul continuam como os grandes polos industriais brasileiros, com 73% das AIRs – total de 160 – no país até 2015. O percentual, no entanto, diminuiu ao longo dos 20 anos de análise. Em 1995, era de 78%.

Interiorização

A pesquisa do Ipea revela que algumas microrregiões do Brasil apresentaram crescimento de Aglomerações Industriais Relevantes até quatro vezes superior à média nacional. No município de Alto Teles Pires (MT), por exemplo, o número de empregos industriais subiu de 904 em 1995 para 14.113 em 2015. O salto representa taxa de crescimento de 14,73% – a média nacional é de 1,88%.

Em Parauapebas, no Pará, os números são semelhantes. Há 25 anos, os empregos industriais na microrregião eram 1.569. Em 2015, as pessoas empregadas na indústria eram 14.438 – crescimento de 11,74%. Além desses dois municípios, outras 12 cidades de sete estados apresentaram taxa de crescimento superior à média nacional.

“A construção de cidades no interior do Brasil, como Brasília, Goiânia e Belo Horizonte, foi puxando pouco a pouco o desenvolvimento para dentro do país. Quando as atividades industriais vão se interiorizando vemos que, no interior do Brasil, cidades médias e pequenas, começam a criar uma classe média, com salários de valor importante. Ou seja, mercado consumidor importante no interior do Brasil”, avalia Aristides Monteiro.

“Outro fato positivo é pensar que a interiorização da indústria significa uma expansão da arrecadação de impostos, nos locais onde ela está. Então ganha os municípios, ganha as prefeituras, ganham os governos estaduais. Só faz bem para o interior do Brasil um setor de crescimento que vai em direção ao interior”, completa o pesquisador.

Fonte: Brasil 61

Compesa implanta rede de abastecimento de água

O Governo do Estado, por meio da Compesa, concluiu nesta segunda quinzena de junho, a obra de expansão da rede de distribuição de água do bairro DNER, na cidade de Floresta. A obra, que durou cerca de quatro meses e implantou três quilômetros de tubulação, ampliou o fornecimento de água para 700 pessoas que moram na localidade. O valor investido na obra foi de R$ 100 mil, por meio de recursos próprios da Companhia.

“Estamos trabalhando para melhorar a vida das pessoas. Antes, o abastecimento no bairro era realizado através de carro-pipa, agora os moradores receberão água de forma regular, de acordo com o calendário de abastecimento que é de quatro dias com água e quatro dias sem. Com certeza, é uma melhoria significativa na vida de muita gente”, explica o gerente de Unidade de Negócios do Pajeú, Luciano André.

Curso técnico em Enfermagem com vagas abertas em Caruaru

A Faculdade UNINASSAU Caruaru está com inscrições abertas para um dos novos cursos técnicos ofertados pela Unidade, o de Técnico em Enfermagem. Estão sendo ofertadas vagas para os turnos da manhã/tarde ou noite. Enquanto durarem a suspensão de aulas devido à pandemia do Covid-19, as aulas serão remotas.

O curso tem formação de 25 meses e o concluinte poderá atuar em hospitais, clínicas, redes ambulatoriais, unidades básicas de saúde, consultórios médicos, laboratórios de análises clínicas e unidades de diagnóstico, creches, spas, instituições de ressocialização, abrigos, casa de repouso, dentre outros.

A diretora da UNINASSAU Caruaru, Aislane Belo, destaca a importância de a Instituição ofertar uma grade conceituada de graduações e tecnólogos. “Colocar à disposição da população um curso técnico de tamanha importância mostra o papel na Educação e na Saúde que a UNINASSAU exerce. Possuímos uma excelente estrutura e uma equipe de referência para formar esses futuros profissionais”, afirma.

Os interessados em realizarem a inscrição devem entrar em contato por meio do site tecnico.uninassau.edu.br ou pelo telefone (81) 3413.4640.

Atribuições

Confira abaixo algumas das atribuições do profissional, que tem vasto mercado de trabalho para atuar:

– Assessorar o enfermeiro no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de enfermagem;
– Integrar as equipes multidisciplinares nas ações para a saúde individual e coletiva;
– Interpretar e aplicar normas do exercício profissional e princípios éticos que regem a conduta do profissional de saúde;
– Participar do processo de trabalho em enfermagem nos diferentes âmbitos do cuidar profissional (saúde da família, unidades básicas e hospitalares e serviços autônomos);
– Assegurar ao cliente uma Assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência;
– Auxiliar o enfermeiro na prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave;
– Auxiliar na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância epidemiológica.

MEC vai fornecer internet a alunos de baixa renda de instituições federais

O Ministério da Educação (MEC) vai disponibilizar internet a estudantes de baixa renda matriculados em universidades federais e nas instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do MEC. A medida foi anunciada em coletiva de imprensa na sede do MEC, em Brasília, e por videoconferência, nesta quarta-feira (1º).

Segundo levantamento da pasta junto às 110 instituições federais de ensino, existem cerca de 906 mil estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio e grande parte desses alunos não possui acesso à rede de internet com capacidade de conexão para atividades por meio de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), como videoconferências.

O MEC entende que é preciso enfrentar os desafios impostos pela pandemia de Covid-19 e apoiar os alunos na continuidade de seus estudos de formação profissional. “Não será uma internet livre, para o aluno utilizar como quiser. Estamos estudando as possibilidades de oferecer esse serviço, que pode ter o acesso restrito a sites definidos”, afirmou o secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel. Também estão em análise as formas de oferecer a internet junto às operadoras: se por fornecimento de chip específico ou de liberação de acesso sem consumo da franquia, para quem já tiver um pacote de dados de internet.

O secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza, destacou que o Ministério da Educação vem trabalhando nessa proposta há mais de um mês junto com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e que, desde o início da pandemia de Covid-19, a pasta acompanha o status das instituições federais (quantas estão com as aulas suspensas, remotas e parciais) por meio de um painel de monitoramento online, que disponibiliza, também, as ações de enfrentamento desenvolvidas pelas instituições federais no combate ao coronavírus. Já o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Ariosto Antunes Culau, ressaltou que a iniciativa da pasta permitirá um custo racionalizado, já que o ministério vai concentrar a oferta do serviço a milhares de estudantes.

Perfil

Segundo a pesquisa, mais de 90% dos estudantes das redes federais possuem smartphone e 40% dos que estão em situação de vulnerabilidade social estudam na região Nordeste.

Banda larga móvel e fixa

Encabeçada pelas secretarias de Educação Superior e de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, a iniciativa prevê a oferta de banda larga móvel a ser implementada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

O diretor-geral da RNP, Nelson Simões, explicou que a ideia inicial é contratar pacotes de internet de operadoras de rede móvel de dados, por pelo menos 6 meses, e disponibilizar a estudantes que não tenham conexão fixa ou móvel adequada para as atividades letivas que utilizem recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais. O Termo de Referência que norteará a contratação do serviço deve ser publicado até a segunda semana deste mês e a previsão é de que a internet seja disponibilizada aos alunos a partir de agosto.

Paralelamente a isso, o MEC também estuda iniciar uma contratação, em até 12 meses, de soluções de conectividade por banda larga plena, preferencialmente fixa em fibra óptica e, a mais longo prazo, de acesso de nova geração (5G), em parceria com o setor privado – provedores de internet e operadoras móveis, para o atendimento aos domicílios dos estudantes das instituições federais de ensino que estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Clubes da Série C pedem novo socorro financeiro à CBF

A torcida do Vila Nova é uma das maiores no estado de Goiás

Em carta enviada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), as 20 agremiações que integram a Série C do Campeonato Brasileiro pedem um novo auxílio financeiro devido aos impactos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Elas solicitam, também, que a terceira divisão nacional comece ao mesmo tempo que as séries A e B – ou seja, entre 8 e 9 de agosto, conforme previsão da entidade.

As equipes argumentam, na carta, que o pedido de aporte financeiro “se embasa no entendimento da própria CBF, ciente das dificuldades de honrarmos os contratos e compromissos” por conta da perda de receitas durante a pandemia. “Nossa visão em relação à CBF é de que, realmente, esse é o momento em que ela precisa ajudar os filiados, né? O momento em que precisa estender a mão, até como motivo de sobrevivência do futebol”, declara o presidente do Vila Nova, de Goiás, Hugo Jorge Bravo, à Agência Brasil .

Os 20 clubes que integram a Série C do futebol brasileiro enviaram nota pedindo apoio à CBF
Os 20 clubes que integram a Série C do futebol brasileiro enviaram carta pedindo apoio à CBF – Reprodução / CBF

Em abril, os capitães dos clubes da terceira divisão enviaram um abaixo-assinado à CBF solicitando uma primeira ajuda. A entidade liberou R$ 4 milhões às agremiações, equivalentes a dois meses da folha salarial dos atletas, em média, sendo R$ 200 mil por equipe.

“Estamos iniciando julho. Se considerarmos que o auxílio era referente a abril e maio, nós pulamos junho e já estamos arcando sozinhos com a pandemia. Os R$ 200 mil nos ajudaram muito, porém, representam 30% do custo mensal do clube. A gente solicita que o auxílio emergencial seja renovado para garantir um mínimo de condição econômica para o início da Série C”, argumenta o mandatário do time goiano.

A data para início da terceira divisão em 2020 também preocupa os clubes. Segundo Jorge Bravo, os dirigentes dos 20 participantes se colocaram à disposição para o torneio começar em agosto, simultaneamente às Séries A e B. Na carta enviada à Confederação, as equipes se comprometem “a seguir com responsabilidade os protocolos de higienização” e “as exigências estabelecidas pela CBF para a rotina de treinos e jogos” e afirmam que a principal preocupação deles “é a saúde dos atletas”.

Antes da pandemia, o calendário da Série C iria de maio a novembro, quando chega ao fim o vínculo de boa parte dos jogadores das equipes. “É de suma importância concluirmos o campeonato o quanto antes. Nosso planejamento orçamentário não conta com o torneio até dezembro ou janeiro. A gente tem consciência de que o número de rodadas da nossa divisão é menor que nas Séries A e B. E pede, inclusive, que, iniciando o campeonato, a gente possa disputar a fase classificatória no menor tempo possível, com as 18 rodadas em três meses e meio, no máximo”, descreve o dirigente.

Realidades distintas

As equipes da terceira divisão reiniciam os treinamentos em momentos diferentes. O Brusque (SC), por exemplo, voltou em maio, após liberação do Governo de Santa Catarina. A dupla paraense Remo e Paysandu, por sua vez, pôde retomar as atividades apenas nesta quarta-feira (1º), assim como o Ituano (SP), que recomeçou os trabalhos junto dos demais times da Série A1 do Campeonato Paulista. Já o São Bento, apesar de ser do mesmo estado que o rival de Itu, ainda não foi autorizado a treinar, pois está na Série A2 (segunda divisão) de São Paulo, cujos clubes ainda esperam o aval do governo de São Paulo.

Em Goiás, o Vila Nova recomeçou os trabalhos em 16 de julho. Devido às dificuldades financeiras, o clube precisou rescindir o contrato de alguns atletas após a paralisação, em março, e buscou reforços após a retomada das atividades. Os jogadores foram submetidos a testes de covid-19, que deram negativo para o vírus. A instabilidade no controle da pandemia em Goiânia, porém, fez a prefeitura local proibir os treinos de futebol por duas semanas. A medida, segundo Jorge Bravo, pegou o clube de surpresa.

Os jogadores do Vila Nova foram testados e nenhum deles apresentou sintomas da covid-19
Os jogadores do Vila Nova foram testados e nenhum deles apresentou sintomas da covid-19 – Facebook / Vila Nova

“É um prejuízo incalculável. Não existe condicionamento físico intermitente, não há preparação técnica intermitente. É mais um problema que teremos, de ordem financeira e logística, porque temos que resguardar os interesses do clube, sempre dentro da legalidade”, justifica o presidente do Vila, que estuda levar as atividades para cidades vizinhas, como Aparecida de Goiânia (GO) onde não há a proibição a treinos.

Depois de dois meses em queda, produção industrial cresce 7% em maio

Homem usando máscara de proteção trabalha numa usina siderúrgica. 2/3/2020. China Daily via REUTERS

A produção industrial brasileira avançou 7% na passagem de abril para maio deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta, que é a maior desde junho de 2018 (12,9%), veio depois de duas quedas consecutivas, devido à pandemia do novo coronavírus: em março (-9,2%) e em abril (-18,8%).

Em relação a maio do ano passado, no entanto, houve uma queda de 21,9%, o sétimo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação.

A produção industrial acumula quedas de 8% na média móvel trimestral, de 11,2% no acumulado do ano e de 5,4% no acumulado de 12 meses.

Na passagem de abril para maio, a maior alta na produção foi observada entre os bens de consumo duráveis (92,5%), seguida pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (28,7%). Os bens de consumo semi e não duráveis cresceram 8,4% e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo, subiram 5,2%.

Vinte dos 26 ramos industriais pesquisados tiveram aumento na produção, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%); e bebidas (65,6%). Esses crescimentos foram impulsionados, em grande medida, pelo retorno à produção de unidades produtivas, após interrupções ocorridas devido à pandemia de covid-19.

“A partir do último terço de março, várias plantas industriais foram fechadas, sendo que, em abril, algumas ficaram o mês inteiro praticamente sem produção, culminando no pior resultado da indústria na série histórica da pesquisa. O mês de maio já demonstra algum tipo de volta à produção, mas a expansão de 7% se deve, principalmente, a uma base de comparação muito baixa. Mesmo com o desempenho positivo, o total da indústria ainda se encontra 34,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Por outro lado, seis atividades tiveram queda na produção, entre elas as indústrias extrativas (-5,6%) celulose, papel e produtos de papel (-6,4%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-6%).

MEC define protocolo de segurança para volta às aulas

UnB foi a primeira universidade federal a adotar sistema de cotas raciais

O Ministério da Educação (MEC) definiu um protocolo de biossegurança para a retomada gradual das aulas nas instituições do sistema federal de ensino, como medida de prevenção à disseminação do novo coronavírus. A portaria foi publicada hoje (2) no Diário Oficial da União e diz que o cronograma de retorno das atividades deve ser orientado pelo governo local e pelas autoridades sanitárias.

O protocolo está disponível no portal do MEC e traz orientações sobre medidas de prevenção individual e coletiva, como aferição de temperatura, limpeza e ventilação de ambientes, uso de máscara, disponibilização de álcool gel 70% e respeito às regras de etiqueta respiratória e de distanciamento social. Também deve ser feito o escalonamento do acesso de estudantes a refeitórios e praças de alimentação.

“No uso de bebedouros, deverá se evitar contato direto com a superfície, devendo ser utilizado papel toalha com possibilidade de descarte em coletor de resíduos com acionamento sem contato manual e posteriormente, realizar a higienização das mãos. Na impossibilidade do cumprimento de tais orientações, recomenda-se a interdição dos bebedouros”, diz o documento sobre uma das recomendações.

De acordo com o protocolo, deve-se considerar manter o trabalho e o ensino a distância para servidores e estudantes que fazem parte do grupo de risco para o novo coronavírus, como pessoas acima de 60 anos, gestantes e lactantes, portadores de doenças crônicas ou responsáveis pelo cuidado de pessoas com suspeita ou confirmação de infecção por covid-19. No caso de estudantes de grupo de risco, a instituição deve considerar a adoção de estratégias para reposição das atividades, após o fim da pandemia.

As instituições de ensino devem constituir comissão, com a comunidade escolar, para definição e adoção de protocolos próprios, que considerem as regras do estado e município, com análise dos dados epidemiológicos da doença e orientações das autoridades sanitárias.

O protocolo divulgado hoje poderá, no que couber, ser utilizado pelos demais sistemas de ensino.