150 mil pessoas já se curaram do Covid-19; quase 23 mil morreram

O Brasil alcançou neste domingo (24) o total de 149.911 pessoas curadas do coronavírus. O número representa 41,3% do total de casos confirmados atualmente (363.211). A quantidade de pessoas curadas tem crescido a cada dia e mantido uma média de 9 mil registros de pacientes recuperados. Nas últimas 24h, 7.324 pessoas se curaram da doença. Outras 190.634 pessoas seguem em acompanhamento médico. As informações foram atualizadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde do Brasil até as 19h deste domingo (24).

O Governo do Brasil tem empenhado todos os esforços necessários para garantir o atendimento médico a quem precisa por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). As iniciativas para cuidar da saúde de todos têm sido adotadas em parceria com as secretarias de saúde estaduais e municipais. As ações são monitoradas e avaliadas diariamente, seguindo parâmetros e necessidades de cada estado ou município. Além de recursos financeiros, estão sendo realizados investimentos constantes na aquisição de insumos, respiradores, testes de diagnóstico, remédios e equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, além da habilitação de leitos de UTI exclusivos para os pacientes graves ou gravíssimos do coronavírus.

Até o momento, o país registra 22.666 óbitos, sendo que 653 foram registrados nos sistemas de informação oficiais do Ministério da Saúde nas últimas 24h. No entanto, maioria dos casos aconteceu em outros dias. Isso porque as notificações ocorrem apenas após a conclusão da investigação dos motivos das mortes pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Assim, do total de novos registros, 275 óbitos ocorreram, de fato, nos últimos três dias e outros 3.544 estão em investigação.

Cerca de dois mil municípios do país não possuem casos de coronavírus e mais de 70% das cidades não registram nenhum óbito pela doença. A taxa de letalidade atualmente da doença é de 6,2%, considerando o total de casos confirmados.

Contágio pela Covid-19 reduz produção de carne e até suspende abates em frigoríficos

Nos quatro primeiros meses do ano, o setor de frigoríficos no Brasil ganhou um certo fôlego com a alta nas exportações, mesmo com o avanço dos casos do novo coronavírus no Brasil. Muita gente na área chegou a projetar que empresas brasileiras iriam ampliar a participação no mercado internacional.

Nas últimas semanas, porém, o setor passou a registrar redução na produção. Várias unidades industriais tiveram as atividades reduzidas ou até suspensas para evitar o contágio de trabalhadores.

Os frigoríficos têm mais de 200 unidades e geram 500 mil empregos diretos, principalmente em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Na Frimesa, maior empresa paranaense de abate e processamento de suínos, a produção foi reduzida em 20% para atender os protocolos de segurança, em especial o distanciamento entre funcionários, diz Elias José Zydek, presidente da companhia.

Zydek não descarta a possibilidade de o setor fazer abate emergencial para evitar desabastecimento e contra a alta dos preços. “A gente já está sentindo uma demanda maior do que a oferta. Há risco de a gente presenciar um desabastecimento”, afirma.

As medidas de proteção,porém, são apontadas como essenciais para evitar que a Covid-19 se espalhe pelas linhas de produção. No Rio Grande do Sul, por exemplo, 21 frigoríficos registram casos da doença. Cerca de 1.500 trabalhadores foram contaminados. Em Santa Catarina, há registro de três unidades com casos, e, no Paraná, uma.

Em Lajeado (RS), dois frigoríficos chegaram a ser fechados, da BRF e da Minuano. Ambos já reabriram, mas com restrições na quantidade de trabalhadores. A vigilância do município fez 1.858 testes rápidos nas duas unidades. Entre os funcionários da Minuano, 67% dos exames deram positivo para anticorpos da Covid-19. Na BRF, foram 19% dos trabalhadores.

A Minuano afirma, em nota, que possui um rigoroso plano de ação contra o novo coronavírus e considerou o fechamento uma medida drástica que seguramente coloca em risco a operação da unidade e de toda a cadeia produtiva”.

A BRF, por sua vez, diz que implementou uma série de ações de proteção. A empresa chegou a anunciar que, com o frigorífico fechado, teria que sacrificar 100 mil aves que não poderiam ser processadas. Com a reabertura, o plano foi cancelado.

Outra empresa que suspendeu atividades foi a JBS em Passo Fundo (RS). A unidade emprega 2.600 trabalhadores.

Após 25 dias de interdição, a empresa assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPT (Ministério Público do Trabalho) e retomou as atividades na quarta-feira (20). A JBS diz que prioriza “a saúde dos colaboradores e adota um protocolo rigoroso de segurança contra a Covid-19”.

No Paraná, um surto entre funcionários da GTFoods em Paranavaí elevou o número de pessoas contagiadas na cidade e em outros 21 municípios da região, onde moram parte dos seus 2.100 empregados.

Segundo a Prefeitura de Paranavaí, três empregados morreram vítima da Covid-19.
Após 14 dias parada em abril, a GTFoods assinou um TAC e voltou a operar. A assessoria da empresa diz que não há irregularidades na operação.

Entre integrantes do setor, o balanço geral é até positivo.

“Há dificuldades, plantas foram suspensas temporariamente, mas nenhuma foi definitivamente suspensa, o que é muito bom”, disse Francisco Turra, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

“O país cumpriu todos os contratos durante a pandemia e poderemos pegar espaços de alguns países que tiveram dificuldade de continuar a produzir, como os EUA, nosso maior concorrente.”

Nos EUA, dezenas de plantas foram fechadas devido à contaminação por Covid-19, impedindo o abate normal de porcos e aves, bem como o transporte da produção. Animais foram sacrificados por asfixia e tiro e tiveram suas carcaças descartadas.

Uma estimativa indica que cerca de 10 milhões de aves foram descartadas nos Estados Unidos, a maioria abatida por sufocamento por uma espécie de espuma à base de água, método considerado cruel por especialistas.

Até setembro, a indústria americana de suínos pode abater mais de 10 milhões de porcos.
De acordo com Turra, sacrifícios no Brasil foram pontuais. Os problemas registrados no Sul do país, nas primeiras semanas da pandemia, foram decorrentes da falta de uniformidade nos procedimentos, que agora estão devidamente ajustados, afirma.

Nos frigoríficos, as empresas estão adotando protocolos como medição de temperatura no início do expediente, distanciamento social, segregação de empregados de grupos de risco, idosos ou que tenham doenças preexistentes.

O contágio entre trabalhadores do setor também ocorreu no Centro-Oeste. Em Guia Lopes da Laguna, cidade de 10.366 habitantes a 230 quilômetros de Campo Grande (MS), mais de 90% dos casos da cidade foram registrados entre funcionários do frigorífico Brasil Global.

A unidade de 320 funcionários teve que suspender as atividades de 8 a 22 de maio (esta sexta), quando reabriu com um terço dos empregados.

O professor da Unesp e pesquisador do Cepea, da Esalq/USP, Thiago Bernardino de Carvalho, afirma que o momento é de cautela. A prioridade é garantir a saúde pública.
A médio e longo prazos, ele vê um cenário positivo, pois o mercado internacional vai manter as compras e medidas de proteção vão assegurar as atividades nos frigoríficos.

“Nossas plantas são das mais modernas do mundo, em termos de controle operacional e controle sanitário. Não tivemos problema aviário, não tivemos peste suína, como Europa e China tiveram, e o último caso de febre aftosa foi em 2005, há 15 anos”, disse.

A investida da China no mercado nacional incentivou o contínuo crescimento no abate de bois e suínos, segundo ele, mercado que se abriu ainda mais após o problema enfrentado nos frigoríficos norte-americanos.

A previsão da ABPA é que o país exporte 900 mil toneladas de carne suína neste ano, um recorde ante 750 mil toneladas vendidas no ano passado, e 4,5 milhões de toneladas de carne de frango, volume também acima das 4,2 milhões de toneladas do ano passado.
O MPT tem agido para minimizar riscos nos frigoríficos e sindicatos de trabalhadores pressionaram para a realização de testes em massa dos funcionários.

“As indústrias têm centenas e até milhares de empregados em um único estabelecimento. Eles trabalham em ambientes fechados, com baixa taxa de renovação de ar, baixas temperaturas e, em alguns ambientes, com bastante umidade e sem o distanciamento mínimo recomendado para evitar o contágio”, afirmou o procurador Lincoln Cordeiro, vice-gerente do projeto nacional de adequação das plantas.

Presidente do Sindicato da Alimentação de Passo Fundo –onde houve interdição na JBS–, Miguel dos Santos disse que é preciso manter os empregos, mas a preocupação maior é com a vida.

Os frigoríficos no Brasil

Produção em 2019, em toneladas
Suínos”3,99 milhões
Aves”13,1 milhões

Consumo per capita anual
Suínos”15 kg
Aves”42 kg

Exportações no quadrimestre
Carne suína”280,8 mil toneladas (+ 28,4%)
Carne de frango”1,36 milhão de toneladas ( 5,1%)
Fonte: ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal)

Diario de Pernambuco

Baixo isolamento e falta de restrições ameaçam status do Paraná em casos da Covid-19

Enquanto muitos estados lutam para evitar o colapso do sistema de saúde, o Paraná goza de situação privilegiada no combate ao novo coronavírus. Desde o início da pandemia, o governo estadual apenas orientou medidas restritivas, enquanto prefeituras estabeleceram regras mais ou menos rígidas, dependendo da situação.

Mesmo assim, as UTIs estão com 39% dos leitos ocupados e o estado registrou 2.616 casos e 137 mortes até então. Mas, a sensação de controle da situação levou ao relaxamento do isolamento social que caiu de 65% para 37% entre março e maio. Praticamente todas as atividades, com exceção de cinemas, teatros e baladas, estão funcionando.

A partir de segunda-feira (25), até os shoppings devem reabrir em Curitiba, enquanto, em cidades do interior, já haviam retomado as atividades há algumas semanas. As igrejas também receberam aval para funcionar no estado, embora com capacidade reduzida.

O afrouxamento ameaça o status do Paraná, que já viu um crescimento significativo de casos nos últimos dias, embora longe do descontrole. “É bem possível que isso tenha refletido no nos casos […]. Existe um crescimento exponencial da doença no Paraná”, alerta o presidente da comissão de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 da UFPR, professor Emanuel de Souza.

A rapidez para tomar medidas de distanciamento social, como suspensão das aulas pelo estado e fechamento do comércio por prefeituras, o respeito maior das regras pela população, e até a estiagem são motivos elencados pelas autoridades para a posição abaixo da média para casos do novo coronavírus no Paraná.

Mesmo com a chegada do frio, que já foi sentido em todas as regiões, o Paraná ocupava o 22º lugar do Brasil em registros da Covid-19 nesta sexta-feira (22). Entre os dias 11 e 18 de maio, o estado chegou a apresentar a menor taxa de crescimento de casos do vírus do país.
“Quando o estado recomendou o fechamento das atividades [19 de março], tínhamos apenas 13 casos. Isso foi fundamental para o resultado que temos hoje, que é o achatamento da curva que todo mundo fala, mas no Brasil é difícil de se obter”, aponta o presidente da comissão de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 da UFPR, professor Emanuel de Souza.

O secretário estadual de saúde Beto Preto acredita também que a estiagem do Paraná, a mais severa em 50 anos, “colaborou” para a situação. “A falta de umidade, sem as chuvas, atrapalhou a disseminação e transmissão do vírus”, explica, citando como comparativo o estado do Amazonas, onde houve grande taxa de transmissão da Covid-19.

Mas, o cenário começou a se reverter nos últimos dias. Uma curva crescente de registros de casos e mortes já está sendo vista no estado, reflexo, segundo as autoridades, do afrouxamento do isolamento social no início do mês, quando houve a comemoração do dia das mães e formação de filas nos bancos para retirar o auxílio emergencial do governo federal. Houve pico de 194 registros novos da doença na quinta-feira (21).
A chuva e o frio que atingem o estado na última semana também podem agravar o cenário. Tudo isso veio acompanhado da reabertura de comércios e serviços. O governo de Ratinho Jr. (PSD) nunca proibiu as atividades não essenciais e apenas recomendou o fechamento. Com isso, cada prefeitura ficou responsável por suas medidas.

Em geral, municípios do interior foram rígidos nas regras no início da pandemia, mas, com a pressão dos diversos setores e a impressão de situação “confortável” do estado em relação ao restante do país, acabaram afrouxando as medidas a partir da metade de abril. Nas últimas semanas, até academias e shoppings voltaram a funcionar nas maiores cidades.
O estado também baixou regras para funcionamento de templos religiosos, que puderam voltar a funcionar nesta sexta-feira (22) com até 30% da lotação máxima, afastamento mínimo de dois metros entre as pessoas e uso de máscaras.

Em contrapartida, o governo anunciou a ampliação da capacidade de testes para diagnósticos da Covid-19 em 830%. O número de exames diários saltou de 600 para até 5.600.

Em Curitiba, a aposta foi na sensatez da população. Nunca houve proibição explícita da prefeitura para funcionamento das atividades não essenciais. Em geral, apenas os shoppings continuam fechados, mas a maioria deles reabrirá na segunda-feira. A prefeitura afirma que até as casas noturnas podem funcionar, desde que atendam as regras de distanciamento estabelecidas pelo órgão.

“Todo mundo que abre sabe que, se precisar fechar, vai fechar, mas por consciência, civilização, por instinto de sobrevivência”, disse o prefeito Rafael Greca (DEM) em entrevista na quinta-feira (21) à BandNews TV.
Mesmo com as poucas regras, a taxa de incidência da Covid-19 em Curitiba é a menor entre as dez capitais mais populosas do Brasil. São 455 casos a cada um milhão de habitantes, enquanto a taxa nacional é de 1.292 casos. Em algumas capitais esse índice passa de 6.000.

A situação mais delicada está no Noroeste do estado onde o surto do novo coronavírus em um frigorífico de Paranavaí fez aumentar exponencialmente o número de pessoas contagiadas na cidade e em outros 21 pequenos municípios da região, onde moram seus 2.100 empregados.

A região Norte também fica mais exposta por conta da divisa com São Paulo, foco da doença no Brasil. No início da pandemia, a prefeitura de Maringá, terceira maior do Paraná, baixou decretos rígidos para forçar o isolamento da população. Após pressão, o comércio reabriu gradativamente, mas registrou aglomerações, principalmente em bares e restaurantes.

O aumento de casos e o registro de um surto da Covid-19 no hospital psiquiátrico da cidade fizeram a prefeitura retomar algumas medidas, como toque de recolher entre 23h e 5h, sob pena de multa de R$ 200. Foram proibidas mesas nas calçadas e música ao vivo em bares.

“O retorno das atividades passou para a população que estava tudo resolvido, então tivemos que ser mais duros nas medidas”, explica o prefeito Ulisses Maia (PSD).

Ele aponta que, pela proximidade, o feriadão prolongado em São Paulo também acendeu o alerta da cidade, mesmo que a situação dos leitos esteja relativamente controlada.

A ocupação de UTIs exclusivas para pacientes da Covid-19 no município era de 31% nesta sexta-feira. Na região Norte, de forma geral, a taxa é de 49%, a maior do estado, seguida da área Leste, onde fica Curitiba, com 40% de UTIs ocupadas. “O dado mais preocupante [do Norte] é derivado da comunicação maior com São Paulo”, explica Souza.

“Não existe situação confortável em relação ao coronavírus, mas uma fotografia diária”, ressalta o secretário Beto Preto. Ele diz que o governo pode revisar medidas de isolamento a qualquer momento caso seja observado um aumento exponencial da doença no estado.

Folhapress

Governo lança 130 serviços digitais durante pandemia da Covid-19

Durante o período da pandemia do novo coronavírus, o governo federal divulgou a criação até o momento de 130 serviços digitais, entre eles aplicativos que ficaram famosos, como o do auxílio emergencial. Ao mesmo tempo que deram acesso aos cidadãos de benefícios e atividades importantes, as aplicações também levantaram debates sobre exclusão e proteção de dados pessoais.Com as 130 novas alternativas online, o governo chegou a 700 serviços digitalizados desde janeiro do ano passado. Entre eles estão o auxílio emergencial, solicitação de auxílio-desemprego, saque do abono salarial, emissão do comprovante do cadastro único e obtenção da carteira de trabalho.

Além disso, o governo elenca entre os serviços disponibilizados com foco na prevenção e combate à pandemia, site com informações sobre o tema e o mapa de ações e insumos e equipamentos distribuídos.

O aplicativo (app) coronavírus-SUS foi lançado com dicas de como evitar o contágio, orientações do que fazer em caso de sintomas, indicação de unidades de saúde próximas do usuário e envio de notificações e atualizações pelo Ministério da Saúde, reunidos no portal único (.gov.br). De acordo com o ministério, em abril 14 milhões de pessoas acessaram o site.

Auxílio Emergencial

O auxílio emergencial foi o benefício de maior escala lançado pelo governo federal, já tendo sido pago a mais de 50 milhões de brasileiros. O acesso foi condicionado ao ato de baixar o programa e a sua utilização.

Para Mariah Sampaio, pesquisadora do Centro de Estudos em Comunicação, Tecnologia e Política da Universidade de Brasília, em que pese o app ter um design fácil, a oferta do benefício por uma aplicação de internet traz riscos de excluir um contingente que precisa dele.

Ela lembrou que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua de abril de 2020, cerca de 48 milhões de brasileiros não têm acesso à Internet. De acordo com a pesquisa TIC domicílio, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, a conectividade entre pessoas que recebem até um salário-mínimo era de 47%.

“Por mais que o sistema seja oferecido como uma alternativa de facilitação, eu questiono o que estamos fazendo para romper o distanciamento entre o Estado e a população. Somente a tecnologia é capaz de reduzir essa lacuna? Até mesmo dentro do ambiente digital, estamos atingindo a população que está conectada?”, questionou a pequisadora.

Conforme o Ministério da Cidadania, a pessoa que deseja acessar o auxílio não precisa fazê-lo no seu celular, mas precisa utilizar um aparelho deste tipo e cada telefone só pode fazer uma inscrição. Assim, o interessado não pode utilizar um celular de outra pessoa que pretende pedir o auxílio também. Para quem não está conectado, mas está no cadastro único, o recebimento é automático.

Para quem não está no cadastro, não é necessário ter pacote de dados para fazer a solicitação do auxílio. A equipe da pasta informou que estabeleceu parceria com os Correios para permitir o requerimento nas agências, mediante preenchimento dos dados.

Proteção de dados

O centro de pesquisa em internet e sociedade Internetlab analisou aplicativos de diversos entes públicos, entre eles o governo federal, no contexto da pandemia sob a ótica da privacidade e proteção de dados. O estudo analisou a exposição dos usuários dos apps a riscos, classificando como baixa, intermediária e alta.

No aplicativo do governo foi identificada exposição alta a riscos, incluindo os aplicativos coronavírus-SUS e auxílio emergencial em relação a garantias definidas na legislação. Os apps analisados não informam sobre as medidas de segurança para os dados coletados..

O estudo avaliou se os programas possuem política de privacidade, se ela é acessível, ou se informa quais dados são coletados e a possibilidade de tratamento posterior. O app coronavírus-SUS não tem política de privacidade. O app do auxílio emergencial também não traz normas relacionadas à coleta e tratamento de informações dos usuários. Apenas a Caixa Econômica tem política de privacidade, de forma geral, para todos os serviços online.

“Se os aplicativos analisados não informam a respeito do tratamento que realizam para os objetivos do app, também não o fazem quanto a um eventual tratamento posterior dos dados, isto é, para outras finalidades além daquelas que o usuário consentiu. Considerando o potencial que os dados coletados têm de fornecer informações e qualificar o debate público e pesquisas a respeito da pandemia, esses novos usos deveriam ser considerados”, informam os autores do estudo.

A Agência Brasil entrou em contato com a Caixa e com o Ministério da Saúde sobre as conclusões do estudo e aguarda retorno.

Agência Brasil

Chuva forte deve seguir até esta segunda, alerta Apac

Deve chover pelo menos até a manhã desta segunda-feira (25), segundo alerta emitido pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) neste domingo (24). O boletim meteorológico indica possibilidade de chuvas com intensidade moderada a forte para a Região Metropolitana do Recife (RMR), Zonas da Mata Norte e Sul e para o Agreste.

Desde esse sábado (23), as regiões registram fortes chuvas e pontos de alagamento. O maior índice de precipitação nas 24 horas contadas até as 11h deste domingo foi no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, com 62,21 milímetros.

Em Charneca, no Cabo de Santo Agostinho, na RMR, choveu 59,86 mm. Goiana, na Mata Norte, também registrou altos índices, com 54,79 mm.

Em caso de emergências, moradores de áreas de risco devem acionar a Defesa Civil da sua cidade.

Folhape

Pernambuco registra 1.026 novos casos de Covid-19 e 87 mortes, nas últimas 24h

Pernambuco contabilizou, neste sábado, mais 1.026 novos casos da Covid-19. Destes, 223 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 803 como leves. Segundo o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), com as confirmações, o Estado totaliza 26.786 pessoas infectadas.

Após bater recorde diário de óbitos pelo coronavírus na sexta-feira (23), com 132 mortes, Pernambuco confirmou, nas últimas 24h, outras 87 vítimas da doença. Com isso, o Estado totaliza 2.144 mortes pela Covid-19.

Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

Folhape

Reabertura da economia pode não ser suficiente para retomada das vendas no varejo

A sinalização de reabertura do comércio ao redor do país pode não ser suficiente para trazer uma melhora concreta do consumo. Aspectos como os cortes de salário e jornada, a queda de confiança do consumidor e as expectativas de aumento do desemprego até o final deste ano ainda devem influenciar as decisões de consumo.

Os números já mostram o agravamento da situação do setor ante a pandemia do coronavírus. O indicador de movimento do comércio da Boa Vista, que acompanha o desempenho das vendas no varejo pelo país, apresentou uma queda de 26,6% em abril na comparação mensal sem efeitos sazonais.

No acumulado do ano, o indicador recuou 6,4% contra os primeiros quatro meses do ano passado e 26,3% em relação a abril de 2019. Foi a terceira queda mensal consecutiva.

Segundo o economista da Boa Vista Flávio Calife, ainda que as sinalizações de reabertura da economia -que já começam a aparecer em alguns estados e municípios- sejam positivas, a redução ou suspensão de salário e jornada que alguns trabalhadores sofreram ainda podem pesar nos números do comércio ao longo dos próximos meses.

“Quatro variáveis são determinantes no consumo e, consequentemente, no comércio: renda e emprego, mercado de trabalho, crédito e juros. Apesar de a sinalização ser de que a quarentena caminha para um fim, essas questões ainda permanecem e já influenciam nas expectativas de retomada, principalmente se tiverem efeitos mais permanentes, como a perda de postos de trabalho ou o fechamento de empresas”, afirma.

O economista diz, porém, que tem a expectativa de que os números estejam chegando ao ponto máximo de agravamento. “Ainda espero número ruins em relação a maio, mas a tendência é que essa queda não seja mais tão drástica.”

O indicador de emprego da FGV (Fundação Getúlio Vargas), por exemplo, apontou um recuo de 3,2 pontos em abril para 39,7 pontos -a maior queda mensal e o menor nível da série história iniciada em 2008. Na média móvel do trimestre, esse mesmo indicador caiu 17,5 pontos (para 71,4 pontos).

Outro indicador da FGV, o Monitor do PIB também apresentou uma retração mensal de 5,3% em março -primeiro mês de isolamento social no país-, com queda de 6,5% no consumo das famílias brasileiras.

“Dado o fato de que vínhamos de uma mudança de expectativas e de confiança após uma crise que durou anos, o atual momento com certeza deixa as pessoas mais cautelosas e conscientes do orçamento”, afirma o economista da Boa Vista.

Esse cenário, segundo Calife, se mostra de forma mais evidente na abertura por setores. Ainda conforme o indicador de movimento de crédito da Boa Vista, a maior queda foi observada no segmento de “Móveis e Eletrodomésticos”, com recuo de 83,3% em abril -já havia registrado baixa de 13,5% no mês anterior, descontados os efeitos sazonais.

“Esse é um segmento que, além da influência das lojas físicas fechadas, também acaba ficando por último na lista de prioridades do orçamento das famílias. São coisas que ficam para ser compradas depois”, diz.A categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados”, por sua vez, recuou 2,9% no mês, enquanto o setor de “Combustíveis e Lubrificantes” caiu 18,2%. O item “Outros artigos de varejo” reduziu 12%.

“O segmento de combustíveis deve acabar se recuperando com a reabertura da economia, já que muito dessa queda se dá porque as pessoas não estão saindo de casa”, afirma Calife.

A atividade de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” foi a única analisada pelo indicador que evitou perdas, mas ainda assim se manteve em patamares praticamente estáveis, com uma variação de 0,1% no mês.

Agência Brasil

Brasil tem 965 novas mortes por coronavírus; total passa de 22 mil

O Brasil registrou 965 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas e 16.508 mil novos casos confirmados. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados neste sábado (23), o total de óbitos no Brasil alcançou 22.013. O recorde diário é da última quinta-feira (21), quando o país registrou 1.188 novas mortes.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA), o Brasil continua sendo o segundo país com mais casos da doença, com um total de 347 mil casos. Fica atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 1,6 milhão de casos e 96 mil mortes no total. A Rússia é o terceiro país mais afetado, com 335 mil casos e apenas 3.388 mortes, o que gera desconfiança interna e externa.

Os cinco primeiros países com mais mortes são EUA (96 mil), Reino Unido (36 mil), Itália (32 mil), Espanha e França (28 mil). O Brasil vem em seguida.

No Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Pará concentram quase 75% das mortes em decorrência da doença no país. São Paulo, o estado mais afetado, tem um total de 6.045 mortes e 80.558 casos confirmados. Rio de Janeiro (3.905), Ceará (2.308), Pernambuco (2.144) e Pará (2.001) aparecem na sequência em número de mortes.

Já no ranking de casos confirmados, o Ceará aparece em segundo lugar, com 35.122 casos. Depois vêm Rio de Janeiro, com 34.533 casos; Amazonas, com 28.802; e Pernambuco, com 26.786.

Na sexta-feira (22), o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, afirmou que a América Latina é o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus e que o Brasil é o país mais preocupante.

Ryan disse que, embora o maior número de casos tenha sido registrado em São Paulo, a situação mais séria é a do Amazonas, “com uma taxa bem alta”, afirmou. O estado tem o maior número de casos em relação à população: 490 pessoas infectadas por 100 mil habitantes.

Estimativas também divulgadas nesta sexta pelo Imperial College indicam que a transmissão da doença continua acelerando no Brasil. A taxa de contágio (Rt), que indica para quantas pessoas em média cada infectado transmite o coronavírus, foi calculada em 1,3 -quando está acima de 1, a transmissão está fora de controle.

Folhape

Novas mensagens de Bolsonaro a Moro reforçam versão de interferência na PF

Novas mensagens de Jair Bolsonaro (sem partido) ao ex-ministro Sergio Moro (Justiça) reforçam a versão do ex-juiz de que o presidente tentou intervir na Polícia Federal trocando o ex-diretor-geral Maurício Valeixo. Uma cobrança de troca do comando da PF ocorreu poucas horas antes da reunião ministerial do dia 22 de abril.

Em texto enviado às 6h26 daquela quarta-feira, Bolsonaro escreveu: “Moro, Valeixo sai esta semana”, afirmou. “Está decidido”. A seguir, enviou: “Você pode dizer apenas a forma. A pedido ou ex oficio [sic].” As mensagens foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmadas pela reportagem.

Moro respondeu 11 minutos depois e pediu para conversar pessoalmente com Bolsonaro sobre o assunto. “Estou a disposição para tanto”, escreveu. As mensagens constam do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) que apura as acusações de Moro, que deixou o governo acusando o chefe de tentar interferir politicamente na Polícia Federal.

Valeixo foi exonerado no dia 24 de abril, um dia depois de o presidente avisar a Moro que havia decidido trocá-lo, o que levou à demissão do ex-juiz do Ministério da Justiça. Na manhã do dia 23, o presidente enviou uma mensagem a Moro falando da troca de Valeixo. Ao citar matéria do site O Antagonista intitulada “PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas”, Bolsonaro escreveu “Mais um motivo para a troca”, se referindo à sua intenção de tirar Valeixo do comando da corporação.

Bolsonaro nega que, durante a reunião no Planalto do dia 22 de abril, tenha se referido especificamente à PF em suas falas. Afirma que jamais buscou pressionar Moro para mexer na corporação com o objetivo de influenciar em investigações ligadas a questões pessoais ou familiares.

Folhapress