Dilemas da prática de exercício físico em meio à pandemia

Em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no Brasil e no mundo, o confinamento e, consequente, o distanciamento social faz parte das medidas preventivas contra a disseminação do vírus. No Brasil, academias de ginástica e locais onde as pessoas costumam praticar exercícios físicos estão temporariamente fechados. O confinamento por um período prolongado pode promover a inatividade física e contribuir para ansiedade e depressão, que, por sua vez, podem levar a um estilo de vida sedentário, resultando em uma série de condições crônicas de saúde.

A prática de exercício promove melhora da aptidão muscular e cardiorrespiratória, reduz o risco de hipertensão, doença cardíaca coronária, derrame, diabetes, vários tipos de câncer, entre muitos outros benefícios. Além disso, o exercício físico tem sido um forte aliado contra o estresse adicional causado pela quarentena, que pode desafiar a saúde mental dos cidadãos. Logo, a prática de exercício físico e atividades de relaxamento podem ser ferramentas valiosas para ajudá-lo a manter a calma e continuar a proteger sua saúde durante esse período.

Devido ao surto do Coronavírus, a maioria dos estudos estão focados na fisiopatologia e no desenvolvimento de uma vacina. Pouco se sabe sobre os benefícios e contraindicações específicos da prática de exercício físico sobre o sistema imunológico de pacientes infectados, assim como as suas repercussões no desenvolvimento e agravamento da infecção causada pelo Coronavírus.

No entanto, ao longo dos últimos anos, o pesquisador Dr. Jeffrey A. Woods e alguns outros pesquisadores, estudaram em modelos humanos e experimentais a influência da prática regular de exercício físico sobre outro vírus semelhante ao Coronavírus, o da Influenza. Estudos realizados com humanos avaliaram a influência de diferentes tipos de exercícios físicos (exercício aeróbio, yoga, Taiji e Qigong) na resposta imunológica mediada pela vacinação contra a Influenza.

Os resultados destes estudos apontaram que os exercícios promoveram melhoria da soroproteção da Influenza durante todo o período de contágio. Além disso, o exercício aeróbio também reduziu a gravidade das infecções do trato respiratório, redução geral da gravidade da doença e de distúrbios do sono. No estudo com animais já infectados com o vírus da influenza, exercícios moderados em esteira (30 min/dia) protegeram os camundongos da morte pela doença. Os camundongos que se exercitaram por períodos mais longos (± 2,5 h/dia) apresentaram aumento nos sintomas da doença, mas não foi observada diferença estatística para a mortalidade, quando comparado a camundongos sedentários. Ou seja, nos dias iniciais após a infecção por Influenza, o exercício moderado teve um efeito protetor sobre a mortalidade, já o exercício prolongado levou ao aumento da mortalidade e tendeu a diminuir a sobrevida dos animais.

Embora semelhantes na manifestação dos sintomas, a taxa de contaminação e de mortalidade do Coronavírus já ultrapassaram as taxas do vírus da Influenza. Nesta perspectiva, não existem diretrizes que indiquem a prática de exercício físico nos estágios iniciais do coronavírus. Normalmente é possível se exercitar moderadamente com sintomas leves de gripe, e caso sintomas como dor de garganta intensa, dores no corpo, falta de ar, fadiga geral, tosse intensa ou febre apareçam, o exercício físico torna-se contraindicado. Para os indivíduos não contaminados, é seguro exercitar-se, contudo, algumas precauções adicionais devem ser tomadas para se prevenir do risco de infecção. Em recente simulação computadorizada realizada por pesquisadores da Bélgica e da Holanda, onde foi avaliada a forma como as gotículas (forma de transmissão do Coronavírus) viajam pelo ar durante a prática de exercício físico, recomenda-se que as pessoas mantenham distância de até 20 metros umas das outras em exercícios ao ar livre (Caminhada: 4-5m; Corrida: 10m; Pedalada: 20m).

A utilização da máscara durante a prática de exercícios ao ar livre, pode ser uma maneira de reduzir esta exposição. Para indivíduos sedentários, é seguro iniciar a prática de exercício físico no período de quarentena, no entanto, é importante não exagerar. Algumas pesquisas demonstraram que exercícios extenuantes ou prolongados podem reduzir as funções de defesa do sistema imunológico de indivíduos sedentários.

De acordo com o American College of Sports Medicine, as metas recomendadas de exercício físicos, são de 30 minutos de atividade física moderada, 5 dias por semana; ou 20 minutos de atividade física vigorosa, 3 dias por semana, em sessões de pelo menos de 10 minutos de duração. A questão principal é como as pessoas podem seguir essas diretrizes quando restritas ao ambiente doméstico? Diversos profissionais de Educação Física têm utilizado de ferramentas de mídias sociais para orientação da prática de exercícios físicos, utilizando ambientes e utensílios domésticos como escadas, cadeiras, sofás ou próprio o peso corporal na execução dos exercícios. Além disso, dança, exercícios de alongamento e relaxamento também podem ser executados em ambientes domésticos.

Mas atenção, exercícios físicos devem ser orientados de forma individualizada por especialistas na área, pois nem todo exercício físico indicado em mídias sociais pode ser benéfico para o seu condicionamento físico ou condição de saúde. A maioria dos programas apresentados são voltados para indivíduos jovens, saudáveis e que já tem experiência e consciência motora da execução dos exercícios solicitados. Se esse não for o seu caso, procure um profissional de educação física, devidamente registrado no sistema CONFEF/CREF (registro profissional), para fazer a prescrição individualizada à sua condição de saúde. Por fim, não deixe de se exercitar, coma e durma bem para melhorar o seu sistema imunológico e permaneça otimista, que tudo isso vai passar.

Por Isabele Góes – Professora do curso de Educação Física da Faculdade UNINASSAU Caruaru. Ela é especialista em Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica; mestre em Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica pela UFPE; doutora em Nutrição pela UFPE e pela Universidade Claud Bernard Lyon, na França

Grupos de idosos do Sesc entram na luta contra o coronavírus e investem na produção de máscaras

O uso de máscaras de tecido tem sido cada vez mais comum nas ruas das cidades brasileiras no combate à propagação do coronavírus. E a produção deste equipamento de proteção de forma artesanal cresce a cada dia. Integrantes de grupos de idosos de unidades do Sesc no interior de Pernambuco aderiram à iniciativa e estão confeccionando em casa máscaras para doação ou para garantir uma renda extra.

Em Arcoverde, idosas do Grupo Novo Horizonte criaram o Ateliê da Solidariedade, ideia que surgiu nas reuniões virtuais organizadas por elas enquanto as atividades presenciais do Sesc estão suspensas. Elas fizeram pesquisas sobre a modelagem, a higienização e a embalagem e já entregaram à comunidade mais de 378 máscaras em TNT, 367 em tecido e 55 gorros hospitalares. A meta do Ateliê é alcançar a marca de mil unidades.

Em Belo Jardim, a voluntária do Grupo Girassol do Sesc Maria José da Silva Lemos, a Dona Nana, dá mais um exemplo de cuidado com o próximo. Ela já produziu mais de 100 máscaras para doar aos familiares e às pessoas da zona rural do município. Há seis anos no Girassol, já realizou várias oficinas de artesanato com o grupo. Ela é costureira e produziu as máscaras com material que tinha em casa. Também faz por encomenda.

Em Caruaru, seis integrantes do Grupo da Amizade do Sesc começaram a fazer máscaras, também aproveitando tecidos quem já têm à disposição. Ainda não há um quantitativo, mas sabe-se que toda a produção será doada. O Sesc ainda está articulando essa rede de solidariedade entre as integrantes do grupo que, apesar das dificuldades de aquisição de materiais, está trabalhando a todo vapor.

Maria do Socorro Bezerra, Iracy Brito, Lia Catão e Betinha Fula participam do Grupo Reviver do Sesc Garanhuns e por serem costureiras, foram incentivadas pelas colegas, a partir de conversas pelo grupo de Whatsapp, a produzir as máscaras. As quatro receberam o material das amigas e iniciaram a produção. Já fizeram mais de 100 unidades que foram entregues ao Banco de Alimentos do Sesc para doação.

Em Surubim, Irene Tributino, voluntária do grupo Raio de Sol, está confeccionando os equipamentos de proteção para doação e venda. Como já trabalha com fardamentos hospitalares, aproveita o material que tem para costurar as máscaras. Parte da produção de Dona Irene foi doada ao Lar Amélia França de Surubim, que abriga 20 idosos e tem 16 funcionários.

“Com a paralisação das atividades com o idoso no Sesc, seguindo as recomendações da OMS, mas preocupados com o isolamento dos nossos idosos, pensamos em continuar promovendo atividades que valorizem a autonomia, protagonismo e desenvolvimento da pessoa idoso. Dentre elas, temos a confecção de máscaras, que é um belo gesto de solidariedade”, ressalta Mônica Regina, coordenadora regional de Assistência do Sesc em Pernambuco.

Sesc – O Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 23 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo, e o Centro de Produção Cultural, Tecnologia e Negócios do Sesc, em Garanhuns. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Covid-19: boletim da Unimed

O Hospital Unimed Caruaru (HUC) informa que, até o momento, registrou vinte
e nove (29) casos confirmados para a COVID-19. Destes, quatro pacientes, sendo dois de Caruaru, um de São Caetano e um de Satuba – AL estão internados em
na unidade, dezenove encontram-se em isolamento domiciliar, cinco
obtiveram a cura da doença e um veio a óbito. Além desses casos, há um paciente internado oriundo da cidade de Chã Grande.

Estão internados na instituição dois pacientes com suspeita de COVID-19,
em acompanhamento médico.

Em respeito à privacidade dos pacientes, a Unimed Caruaru esclarece que não
divulga outros detalhes. A informação é fornecida apenas para os órgãos de
autoridade de saúde.

Alemanha registra primeiros sinais de agravamento da pandemia

German Chancellor Angela Merkel arrives to address a press conference at the Chancellery in Berlin on April 23, 2020 after taking part in a video conference with EU leaders. (Photo by Michael Kappeler / POOL / AFP)

Os primeiros sinais de agravamento da epidemia do novo coronavírus começaram a aparecer na Alemanha, no momento em que o país inicia o desconfinamento e depois que a chanceler Angela Merkel expressou preocupação com um retorno muito rápido à normalidade.

O índice de infecção ou de reprodução, monitorado pelas autoridades, voltou a 1,0, de acordo com dados publicados na segunda-feira à noite pelo Instituto Robert Koch, responsável por acompanhar a evolução da pandemia no país.

Isto significa que cada enfermo contamina outra pessoa. O governo alemão e os virologistas sempre destacaram a importância de ter um índice inferior a um.

Esta é a primeira vez que o índice atinge 1,0 desde meados de abril, quando registrou o menor ponto, 0,7. Mas desde então iniciou uma trajetória de crescimento progressivo.

Além disso, a taxa de letalidade de casos da COVID-19 continua aumentando. Atualmente o índice é de 3,8%, segundo o instituto, o que significa que permanece inferior aos países vizinhos.

A Alemanha registra até o momento 156.337 casos e 5.913 mortes por COVID-19.

Se a tendência de alta persistir, os números podem complicar os esforços das autoridades para um retorno progressivo à normalidade, enquanto aumenta a impaciência entre a opinião pública.

O governo federal e as regiões alemãs têm a última palavra em temas de saúde e devem examinar na quinta-feira as próximas etapas do desconfinamento, antes do anúncio de uma decisão em 6 de maio.

Os dados parecem confirmar o temor de Angela Merkel, que defende uma linha mais firme e expressou preocupação ante a tentação de queimar etapas na retomada das atividades.

Mesmo com um índice de infecção a 1,1 “poderíamos chegar aos limites de nosso sistema de saúde em leitos de UTI até outubro”, advertiu Merkel recentemente.

“Com um índice em 1,2, alcançaríamos o limite em julho. E com 1,3, isto aconteceria em junho”, disse a chanceler.

A Alemanha começou a flexibilizar progressivamente em 20 de abril as medidas de restrições contra a pandemia, com a reabertura de alguns estabelecimentos comerciais e das escolas.

AFP

Prévia da inflação registra menor resultado para abril desde 1994

A prévia da inflação de abril registrou queda de 0,01% e marcou o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994, informou nesta terça-feira (28) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A variação foi influenciada pela redução de 5,76% nos preços dos combustíveis, com recuo de 5,41% da gasolina, 9,08% do etanol e 4,65% do óleo diesel.

De acordo com o IBGE, a taxa divulgada nesta terça é 0,03 ponto percentual menor do que a registrada na prévia da inflação do mês passado, que marcou 0,02%. A queda nos combustíveis fez com que o grupo Transportes, que tem o maior peso no consumo das famílias, caísse 1,47%.

Outros itens que fazem parte do grupo e sofreram redução foram o transporte por aplicativo, com queda de 3,11%, o aluguel de veículos, com diminuição de 7,68%, e o seguro voluntário de veículo, que retraiu 2,74%. Outro grupo a apresentar queda mais intensa foi o de Artigos de residência, com 3,19%, puxado pelas quedas em eletrodomésticos e equipamentos e artigos de TV, som e informática, cujos preços haviam subido nos dois meses anteriores.

Folhapress

DOU confirma André Mendonça no ministério da Justiça; Ramagem assume PF

O advogado-geral da União, André Mendonça, participa do lançamento da Estratégia Nacional Integrada para a Desjudicialização da Previdência Social, no Supremo Tribunal Federal (STF)

André Luiz de Almeida Mendonça e Alexandre Ramagem Rodrigues são nomeados ministro da Justiça e Segurança Pública e diretor-geral da Polícia Federal (PF), respectivamente. Os decretos assinados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, estão publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira (28). André Mendonça passa a ocupar o comando do ministério com a saída de Sergio Moro e Alexandre Ramagem a chefia da PF no lugar de Maurício Valeixo.

André Mendonça, de 46 anos, é natural de Santos, em São Paulo, advogado, formado pela faculdade de direito de Bauru (SP). Ele também é doutor em estado de direito e governança global e mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha; é pós-graduado em direito público pela Universidade de Brasília.

É advogado da União desde 2000, tendo exercido, na instituição, os cargos de corregedor-geral da Advocacia da União e de diretor de Patrimônio e Probidade, dentre outros. Recentemente, na Controladoria-Geral da União (CGU), como assessor especial do ministro, coordenou equipes de negociação de acordos de leniência celebrados pela União e empresas privadas.

Alexandre Ramagem, que exercia o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), é graduado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ingressou na Polícia Federal (PF) em 2005 e atualmente é delegado de classe especial. Sua primeira lotação foi na Superintendência Regional da PF no estado de Roraima.

Em 2007, ele foi nomeado delegado regional de Combate ao Crime Organizado. Ramagem foi transferido, em 2011, para a sede do PF em Brasília, com a missão de criar e chefiar Unidade de Repressão a Crimes contra a Pessoa. Em 2013, assumiu a chefia da Divisão de Administração de Recursos Humanos e, a partir de 2016, passou a chefiar a Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres da PFl.

Em 2017, tendo em conta a evolução dos trabalhos da operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, Ramagem foi convidado a integrar a equipe de policiais federais responsável pela investigação e Inteligência de polícia judiciária no âmbito dessa operação. A partir das atividades desenvolvidas, passou a coordenar o trabalho da PF junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Regional, com sede no Rio de Janeiro.

Em 2018, assumiu a Coordenação de Recursos Humanos da Polícia Federal, na condição de substituto do diretor de Gestão de Pessoal. Em razão de seus conhecimentos operacionais nas áreas de segurança e Inteligência, assumiu, ainda em 2018, a Coordenação de Segurança do então candidato e atual presidente da República, Jair Bolsonaro.

Agência Brasil

Comércio de Pernambuco apoia nova data do Dia das Mães

O Dia das Mães é a segunda melhor data para o varejo nacional e costuma registrar crescimento nas vendas a cada ano. Porém, em 2020, será diferente por conta da suspensão das atividades do comércio como medida para conter a disseminação do coronavírus. A data comemorativa aconteceria no dia 10 de maio, porém ainda há uma indefinição se haverá uma reabertura do setor em Pernambuco até lá, já que não foi definida uma data para acontecer. Ainda que haja uma flexibilização em relação às atividades do comércio, as vendas não prometem registrar uma alta esperada para a data. Justamente para tentar driblar o cenário desfavorável e preservar as vendas, existe um movimento nacional para adiar o Dia das Mães para 12 de julho, que está sendo analisado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Alteração apoiada pelo setor pernambucano.

Segundo Eduardo Catão, presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas de Pernambuco (FCDL-PE), há um movimento em torno do adiamento da data, mas que o setor ainda aguarda o posicionamento. Julho foi o mês escolhido receber a nova data para não chocar com o dia dos namorados, em junho. “A gente também solicitou isso para a CNDL, mas a entidade ainda não se pronunciou até agora. Todo mundo do estado consultado concordou, mas ainda não sabemos se vai acontecer, assim como não sabemos quando o comércio vai, de fato, reabrir”, explica, acrescentando que, diante da atual situação por conta da pandemia, o comércio não tem como trabalhar o Dia das Mães ou receber as mercadorias, mesmo se as atividades forem reabertas. “Mesmo que comece a abrir, o consumidor não vai para a rua de imediato, ele está preocupado. Então o retorno vai ser lento, não vai abrir em um dia e no outro estará cheio”, pontua.

Caso a data não seja adiada, as expectativas são negativas. “Caso a proposta não tenha resultado, caso não consiga alterar, a parte comercial vai ser totalmente prejudicada porque, aparentemente, o comércio estará totalmente fechado ou com pequenas aberturas. Vai ter alguma venda, mas nada comparado com os anos normais. Além disso, haverá ainda um fracasso em termos emocionais porque existe o distanciamento social e não está podendo visitar os idosos”, ressalta Cid Lôbo, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Pernambuco (CDL-PE). “As vendas no varejo tradicional são zeradas e tem aqueles que vendem no comércio eletrônico, que terão alguma coisa. Quem já vendia antes, pode ter um acréscimo pequeno”, complementa.

A Associação Pernambucana de Shoppings Centers ainda não tem uma perspectiva relacionada às perdas, mas apoia a alteração da data. “A Apesce não faz, ainda, projeções sobre a expectativa de vendas para o Dia das Mães, por não ter um cenário definido sobre a volta gradual das atividades dos shoppings no estado. Além disso, mostra-se favorável à mudança da data da comemoração, em sintonia com os lojistas”, informou, por meio de nota.

Além das vendas, também ficaram prejudicadas as contratações temporárias, que são realizadas para o período. “Essas contratações estavam esperando para começar a acontecer em abrir, para avaliar e sentir o clima e, de repente, chamar mais pessoas. Mas não houve tempo, já que o comércio teve as atividades suspensas no dia 20 de março”, comenta Cid Lôbo.

Diario de Pernambuco

Grupo de Fiscalização Integrada Covid-19 conduz mais duas pessoas à delegacia

As fiscalizações conjuntas entre a Secretaria de Ordem Pública, Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (DESTRA), Guarda Municipal, Secretarias da Fazenda e de Serviços Públicos, PROCON, Ouvidoria, Vigilância Sanitária e Autarquia de Urbanização e Meio Ambiente de Caruaru, além de entidades parceiras como Polícia Militar, Bombeiro Militar, Bombeiro Civil e Disque-Denúncia, já registraram quase 4 mil denúncias, com uma média diária de 105 demandas. Durante o percurso, a equipe de fiscalização realiza outras abordagens, e o direcionamento aos bairros é realizado pela análise do mapeamento do nível de isolamento social.

Diariamente, a equipe formada por 60 profissionais fiscaliza parques e praças, que, inclusive, estão recebendo grades de isolamento, evitando, assim, a circulação e aglomeração de pessoas. Ações com carro de som e baixa na iluminação e sinalização também fazem parte do planejamento de combate ao Coronavírus.

Nos casos de estabelecimentos que insistam em manter o funcionamento, o Grupo de Fiscalização Integrada Covid-19 vem aplicando as sanções previstas na lei, variando de notificação preventiva, cassação do alvará, fechamento do estabelecimento, podendo chegar até a prisão, de modo estabelecido no Código Penal Brasileiro.

No bairro Caiucá, durante as fiscalizações a equipe foi alvo de desacato pela filha de uma proprietária de banca de jogo do bicho, que atuava irregularmente. Na discussão, um dos fiscais foi lesionado e a viatura, atingida. “Tivemos o apoio da Guarda Municipal, e solicitamos a presença da Polícia Militar na ocorrência. A jovem foi conduzida à delegacia de plantão, onde foi autuada em flagrante pelos crimes de desacato e lesão corporal”, afirmou o secretário executivo de Ordem Pública, Dyego Veras, que acompanhou toda a ação.

“Algo semelhante aconteceu em uma fiscalização onde encontramos aglomeração de pessoas. Um homem, que estava consumindo álcool e se recusou a sair do local, desacatou os servidores que estavam orientando os moradores. Ele foi conduzido à delegacia e autuado pelo crime de Desobediência. Nas duas situações, após a assinatura do termo circunstanciado de ocorrência, as pessoas foram liberadas e irão responder a processo criminal”, complementou Dyego.

A população pode contribuir denunciando casas de shows e bares por meio do disque-denúncia, nos telefones: 3719–4545 (das 7h às 19h, de segunda a sábado), ou pelo WhatsApp 98256 – 4545/ 98170-2525. Outro contato disponível é o da ouvidoria municipal, no número 156 (das 7h às 13h, de segunda a sexta), ou no WhatsApp 98384-5936. A denúncia pode ser feita também pelo 190 da Polícia Militar.

ARTIGO — A evolução da automação industrial e seu papel no combate ao coronavírus

Por: Bráulio Molinari, coordenador de vendas da Mitsubishi Electric

Pensar no dia a dia industrial é trazer à mente um conjunto de itens e processos: esteiras, materiais sendo transformados em produtos completos, envase de líquidos e embalagem. Pessoas uniformizadas andando de maneira sistemática e barulho de toda a engrenagem funcionando. Dos anos 1950 para cá, muito mudou nesse dia a dia, é verdade, mas um componente fundamental esteve presente em todas as etapas de evolução da indústria em âmbito global: a automação.

No passado, essa área consistia apenas em mecanizar um processo ou máquina, informar alguns status e alarmes, sem muita inteligência adicional. Controlar máquinas e disponibilizar informações sobre status, produtividade e falhas também eram atributos que construíam a essência do que era a automação há apenas vinte anos.

Hoje, esse cenário mudou radicalmente. Se antes as funções eram limitadas e apenas setores como o automotivo, petroquímico e a indústria de manufatura tinham acesso a esses benefícios, hoje diferentes setores podem contar com a automação industrial a preços competitivos e com vantagens muito mais tangíveis.

Transparência de processos, flexibilidade na produção e integração entre todas as camadas da empresa são a essência do que a área representa atualmente. Por meio dela, decisões como aumentar ou diminuir a fabricação de produtos e diversificar a gama de itens vendidos podem ser feitas rapidamente com o auxílio de plataformas de software, trazendo resultados rápidos e a chance de mudanças sem afetar o caixa de empresas de forma significativa.

Isso é possível porque a automação avançou no tempo de forma similar à eletrônica, trazendo aumento de capacidade de processamento e performance até mesmo para os dispositivos mais simples, acompanhada de custos cada vez mais acessíveis. Praticamente todos os produtos, tais como PLCs, Inversores de frequencia, Servo acionamentos, Sensores, entre outros, apresentam preços cada vez mais competitivos, o que impacta significativamente no custo final dos projetos de automação – conduzidos por engenheiros capazes de traçar a melhor rota de funcionamento para os sistemas desejados.

No cenário atual, isso é mais do que necessário. Em uma época na qual produtos com alta demanda de produção industrial – máscaras e álcool em gel – se esgotam, trazer mais produtividade torna-se máxima prioridade. Hoje, a flexibilidade de uma cadeia equipada com automação pode fazer rápidos ajustes de produtos fabricados (como no setor químico, passando envasar álcool em gel no lugar de outros itens anteriormente fabricados, por exemplo). A automação modificaria a “receita” na produção e os ajustes de velocidade, viscosidade e tipo de embalagem do novo produto a ser envasado.

Outro benefício, é a maior facilidade de ampliação das plantas. Com a automação, fica muito mais fácil e rápido integrar outros processos, com qualidade, produtividade, disponibilidade e segurança.

Já para as empresas que não estão diretamente relacionadas à venda desses produtos (e que, portanto, têm grandes chances de serem afetadas negativamente pela chegada do Coronavírus e com uma provável queda nas vendas), a automação permite a tomada rápida de decisões, tais como balanceamento, divisão ou realocação da produção. E no momento de retomada das atividades após este período desafiador, a automação será fundamental para que isso ocorra no menor tempo possível.

São resultados atrativos, especialmente ao analisar pequenas indústrias, cujo caixa raramente é robusto o suficiente para aguentar longos períodos sem produção ou vendas. Recentemente, um estudo da CNI mostrou que incorporar automação nas PMEs pode aumentar a produtividade dessas companhias em 22%, em média.

É claro que existem entraves para alcançar patamares mais elevados. Para citar os principais deles: a cultura de imediatismo do Brasil, além de qualificação e disponibilidade de mão de obra.

Em primeiro lugar, é necessário lembrar que a necessidade de resultados “a jato” por vezes limita a visão das empresas em analisar apenas o custo da automação e não o retorno que ela pode propiciar, por vezes em médio e longo prazo. A boa notícia é que esta cultura de curto prazo vem se modificando, ainda que lenta e gradualmente.

O outro desafio mencionado, a mão-de-obra, diz respeito à capacitação de profissionais que trabalham na operação e manutenção para lidarem com sistemas cada vez mais automatizados. Na outra ponta, é necessário também que as empresas tenham em seu quadro de funcionários profissionais capacitados, com conhecimento em elétrica e mecânica, é claro, mas também eletrônica, mecatrônica e programação. Ou seja, um novo perfil de profissional, cada vez mais plural.

Para resolver esses pontos, existe a importância de recursos de financiamento adequados. Os juros baixos já praticados em um período pré-pandemia certamente contribuem para acelerar esse processo e é necessário observar como vão se comportar após o fim do isolamento social. Além disso, o período também deve fortalecer a necessidade de tecnologia em todos os setores, contribuindo significativamente para mudar hábitos e prioridades de líderes – outro ponto que pode favorecer o avanço da automação industrial.

Por fim, é necessário ter os olhos fixos no horizonte. Ser capaz de projetar o futuro vai fazer com que companhias passem à frente umas das outras e, nessa disputa, vence quem tem mais capacidade, flexibilidade e disposição de modificar processos, cultura organizacional e métricas antiquadas de resultados. É necessário olhar para frente para aproveitar benefícios e vencer em uma sociedade cada vez mais eficiente.

Sobre a Mitsubishi Electric do Brasil

No país desde 1975, a Mitsubishi Electric do Brasil reflete os valores globais da companhia, atuando nas áreas de: Automação Industrial e CNC, Sistemas de Ar Condicionado, Automação de Processos, Equipamentos Automotivos, Sistemas de Visualização e Sistemas de Transporte.

Membros do MPPE devem cobrar uso de máscaras em todo o Estado

O Gabinete de Acompanhamento da Pandemia do Novo Coronavírus orientou, por meio da Recomendação PGJ nº024/2020, que os promotores e procuradores de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) atuem para assegurar o cumprimento do Decreto Estadual nº48.969/2020, que estabelece a utilização de máscaras como método de contenção do Covid-19.

Com base na recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que prega o uso comunitário das máscaras, o procurador-geral de Justiça orienta os membros do MPPE a tomar as providências necessárias para fiscalizar o fornecimento e de máscaras aos servidores públicos, empregados e colaboradores de estabelecimentos privados autorizados a funcionar durante o período de isolamento social, como supermercados, bancos, farmácias e unidades de saúde. Conforme o Decreto nº48.969/2020, as máscaras devem ser disponibilizadas pelos entes públicos e privados aos seus colaboradores, que estão obrigados a utilizar os equipamentos.

Além dos trabalhadores dos serviços essenciais, a norma legal também recomendou o uso da máscara pela população sempre que for preciso efetuar deslocamentos no transporte público ou mesmo a pé. Dessa maneira, o procurador-geral de Justiça orienta os membros do MPPE a estimular a adoção das máscaras pelo público em geral, inclusive aquelas produzidas de maneira artesanal.

No caso das cidades que possuem atividade econômica de confecção, os promotores de Justiça também devem estimular as empresas a dedicarem suas atividades produtivas à fabricação das máscaras caseiras e demais insumos que podem ser utilizados no enfrentamento ao Covid-19.