Os perigos da automedicação contra o coronavírus

Ainda não há medicamentos ou vacinas para conter o avanço do coronavírus. Um exemplo uso da cloroquina que ainda está em fase de testes e estudos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso da cloroquina combinado com o antibiótico azitromicina é uma das quatro medicações de medicamentos que estão sendo testados em 74 países. Ainda segundo a OMS, nenhum produto farmacêutico se mostrou seguro e eficaz para tratar o Covid-19.

“E diante desse quadro de incertezas, muitas pessoas podem se automedicar”. O alerta é do o membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e médico do Departamento de cardiologia da Rede Mater Dei e do Hospital Belo Horizonte, dr. Augusto Vilela.

Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) revelou que quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês. O estudo revelou também que a automedicação é um ato comum para 77% dos brasileiros.

Dr. Augusto Vilela explica que aí está o problema. “Não se sabe os efeitos das medicações contra o Covid-19, já que estamos diante de um vírus novo. E isso pode causar mais danos à saúde”, afirma.

Para o médico cardiologista o ideal é seguir as recomendações da OMS, seguir o isolamento social, e evitar a infecção pelo vírus. “Não sabemos se haverá remédio para o coronavírus. O certo é evitar a contaminação”, enfatiza.

Coronavírus: professor do UniFavip|Wyden dá dicas de finanças e oferece curso gratuito

A pandemia do coronavírus tem causado diversas mudanças na rotina da população, seja no trabalho, nos estudos, nas práticas esportivas, nos cuidados com a saúde e na socialização de uma forma geral. Mas, além de tudo isso, outro ponto que mexe de forma direta diz respeito às finanças das famílias. Portanto, é preciso ter cautela para saber lidar com este momento que requer atenção para evitar problemas como ficar no vermelho e perder o controle na hora de honrar os pagamentos.

“Diante de uma pandemia mundial que levou o País a parar, não é raro encontrar pessoas desesperadas não somente pela ameaça do vírus, mas também pela perspectiva de não ter dinheiro para manter os compromissos em dia e para garantir o sustento. Temos uma grande parcela de autônomos e trabalhadores informais que devem sentir a crise de uma maneira mais árdua e terão suas receitas drasticamente afetadas”, destacou Ricardo Galvão, doutor em finanças e professor do UniFavip|Wyden.

Ele ressalta também sobre a importância de ter uma reserva financeira em todo tempo, para suportar momentos como este, além de incentivar a prática de investimentos, seja em ações ou em poupança.

“Qualquer pessoa que não separe uma reserva financeira para imprevistos está exposta a riscos imensos. Mais arriscado do que investir em ações é não investir em nada, nem mesmo na caderneta de poupança. Muitos me perguntam se investir em ações é arriscado: afirmo que o maior risco é viver sem nenhuma reserva. Logo, o nosso povo, tão avesso a investimentos no mercado financeiro, está sob um risco muito maior do que qualquer investidor em ações. Afinal de contas, o investidor poderá vender suas ações, mesmo que por um preço mais baixo do que desejaria. Mas, o cidadão que não poupa, não tem nada com que contar” afirmou.

O professor deixa algumas dicas sobre como preceder durante e depois da pandemia do coronavírus e oferece um curso gratuito sobre finanças pessoais para colaborar com aqueles que querem se organizar melhor, neste momento.

Segure o dinheiro na conta

A primeira dica durante a pandemia é segurar o dinheiro na conta. Não se recomenda a realização de compras parceladas em condições normais. Mas, neste momento, pode ser muito útil parcelar sem juros uma vez que o dinheiro não vai sair da conta todo de uma vez e você poderá se manter capitalizado.

Não compre nada que não seja essencial

A segunda dica envolve uma ressalva e complementa a primeira: Não comprar absolutamente nada que não seja essencial. O tédio que envolve ficar em casa pode se aliar às ofertas de produtos na internet, o que levaria a gastos desnecessários. Você deve fugir deste tipo de situação e não comprar absolutamente nada durante os momentos de tédio. O objetivo é o mesmo da primeira dica: manter o dinheiro na conta.

Sempre separe parte de sua receita

A terceira dica é para quando a quarentena acabar: sempre separe, assim que receber o salário, algum valor e deixe guardado. Pode ser na caderneta de poupança ou em qualquer outro instrumento, mas separe ainda no início do mês. Desta forma, no mês seguinte, você estará um pouco mais rico.

Estude sobre finanças

A quarta dica serve para todos os momentos: Estude um pouco sobre finanças pessoais. É semore bom descobrir maneiras de fazer seu dinheiro render um pouco mais. Isso pode fazer uma enorme diferença na sua vida e no seu futuro.

O professor Ricardo Galvão, doutor em finanças, está disponibilizando um curso objetivo, simples e rápido sobre o tema e que, durante o mês de abril de 2020. Todos os interessados terão acesso completamente gratuito. Para se inscrever, basta acessar www.rgalvao.com e fazer sua matrícula.

Secretaria de Saúde de Caruaru informa dois casos novos de Covid-19 no município

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa dois casos novos de Covid-19 no município. O primeiro é um paciente jovem, pouco mais de 30 anos, de hospital particular, está em isolamento domiciliar e evoluindo clinicamente bem. O outro caso é de uma criança, de três anos, que está hospitalizada, em Recife, e o quadro dela é estável.

Atualmente, Caruaru possui 8 casos confirmados de Covid-19, incluíndo um óbito.

Brasil supera as mil mortes pelo novo coronavírus

O Brasil, país mais afetado pelo novo coronavírus na América Latina, superou a marca das 1.000 mortes por COVID-19 nesta sexta-feira (10), informou o ministério da Saúde. Os números mais recentes das autoridades sanitárias brasileiras registraram um total de 19.638 casos confirmados, com 1.056 mortes.

Com um balanço global de mortos por coronavírus de mais de 100.000, o Brasil ainda tem cifras relativamente pequenas em comparação aos números de mortos em outros países duramente afetados pela pandemia, como Itália (mais de 18.000), Estados Unidos (cerca de 17.000) e Espanha (cerca de 16.000).

Mas as autoridades sanitárias brasileiras se preparam para uma piora no cenário. Especialistas preveem que o pico da pandemia ocorrerá no final de abril no Brasil. Temem sobretudo o que pode acontecer quando o vírus se espalhar por áreas mais pobres, especialmente as favelas, densamente povoadas e historicamente carentes de infraestrutura sanitária básica.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro enfrenta uma enxurrada de críticas por ter comparado a COVID-19 com uma “gripezinha” e a reação a ela de “histeria”. O presidente tem entrado em confronto com prefeitos e governadores por suas decisões de manter fechados estabelecimentos comerciais e instituições de ensino e pedir para as pessoas ficarem em casa para conter a pandemia, o que ele alega que vai arruinar a economia.

Em seu último ato de desrespeito às recomendações de isolamento feitas por seu próprio governo, Bolsonaro voltou a caminhar pelas ruas de Brasília nesta sexta-feira e saudou simpatizantes. Apesar de tentar se manter próximo de seus correligionários, o presidente enfrenta um isolamento político crescente, ao ser ignorado por autoridades municipais e estaduais, que implementam medidas de distanciamento social para combater a disseminação da doença.

AFP

Idosos em quarentena: rotina de autocuidado deve incluir descanso e hidratação de pernas e pés

Na melhor idade a pele tende a ficar mais fina e delicada especialmente na região das pernas e pés. Inchaços, ressecamento e rachaduras são bem comuns nesta fase da vida. Pensando nisso, Malu Pinheiro, podóloga e coordenadora técnica da Doctor Feet selecionou dicas valiosas para auxiliar nos cuidados diários no período de afastamento social. “No atual cenário, precisamos evitar problemas recorrentes que exijam a saída dos idosos de suas casas”, alerta. Veja abaixo quais cuidados devem ser incluídos na rotina:

Após o banho seque bem os pés com toalha ou pano seco e finalize com uma toalha de papel que ajuda a remover toda a umidade entre os dedos para evitar frieiras e micose;
Corte as unhas dos pés regularmente e em linha reta, mas não muito curtas. Caso haja dificuldade ou se o dedo já estiver machucado, apenas lixe-as;
Mantenha a hidratação das pernas e pés com cremes hidratantes específicos, mas evite aplicá-los entre os dedos. Use os produtos toda noite, após o banho;
Nos dias de clima mais ameno, use meias de algodão após a aplicação do creme;
Não tome banhos muito quentes para que a proteção natural da pele seja mantida;
Use meias de algodão e que não sejam apertadas, para melhor absorção do suor e evitar odores e/ou lesões;
Prefira sapatos confortáveis, porém com solado firme, que ajudem na sustentação e alinhamento dos pés;
Não use calçados antigos, deformados ou rompidos pois eles não te darão a correta sustentação durante o deslocamento e podem provocar acidentes dentro de casa;
Dê preferência para calçados de fecho com velcros, é mais fácil de abrir e fechar;
Coloque os pés para cima sempre que possível para estimular o retorno sanguíneo e a melhora da circulação;
Não lixe os pés, o atrito excessivo resulta no espessamento a médio e longo prazos, e em alguns casos agrava o ressecamento causando rachaduras.
Faça um exercício simples: movimente o pé para cima e para baixo e depois rotacione vagarosamente por aproximadamente 10 minutos, diariamente. A atividade facilita a circulação e ajuda a combater o inchaço.

Pesquisa do Sebrae aponta que bancos estão negando crédito a pequenos

Rio de Janeiro – Lojas de material de construção reabrem, autorizadas pela Prefeitura a funcionar durante o período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Seis em cada dez donos de pequenos negócios que já buscaram crédito no sistema financeiro desde o início da crise provocada pelo novo coronavírus (covid-19) tiveram o pedido negado, segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Há também, de acordo com a entidade, bastante desconhecimento dos empresários a respeito das linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões: 29% não conhecem as medidas oficiais e 57% apenas ouviu falar a respeito.

Os dados são da segunda pesquisa O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae entre os dias 3 e 7 de abril com 6.080 empreendedores de todo o país.

De acordo com o levantamento, além da dificuldade de acesso a crédito, as pequenas empresas também enfrentam queda no faturamento. Cerca de 88% dos empresários consultados viram seu faturamento cair, 75% em média, e a estimativa é que as empresas consigam permanecer fechadas e ainda assim ter dinheiro para pagar as contas por mais 23 dias. A situação financeira das empresas já não era considerada boa mesmo antes da chegada da pandemia: 73% disseram que era razoável ou ruim.

A pesquisa mostrou também que mais de 62% dos negócios interromperam temporariamente as atividades ou fecharam as portas definitivamente. Entre os 38% que continuam abertos, a maioria mudou o seu funcionamento, passando a fazer apenas entregas, atuando exclusivamente no ambiente virtual ou adotando horário reduzido. Nos últimos 15 dias, cerca de 18% dos empresários entrevistados demitiram funcionários.

No final do mês de março, o governo anunciou uma linha de crédito emergencial para ajudar pequenas e médias empresas a quitar a folha de pagamentos. O setor está entre os mais afetados pela crise gerada pela pandemia da covid-19. A estimativa é de liberação de R$ 40 bilhões, para 1,4 milhão de empresas, que devem assumir o compromisso de que não vão demitir o funcionário nesse período.

Do total, R$ 34 bilhões são recursos do Tesouro Nacional e R$ 6 bilhões de instituições privadas. Em contrapartida, os bancos que aderirem à linha de crédito recolherão 5% menos dos depósitos compulsórios ao Banco Central (BC) até o fim do programa. A dedução deixará os bancos com mais R$ 6 bilhões em caixa.

Prorrogação de dívidas
No mês passado, os cinco maiores bancos do país também anunciaram a prorrogação por até 60 dias dos vencimentos de dívidas para clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas. Entretanto, empresas e pessoas físicas têm enfrentado dificuldades para ter acesso a essa pausa e ainda reclamam de juros mais caros em novas operações de crédito. Para o BC, isso acontece pela maior demanda das empresas por determinadas linhas de crédito e também pelo maior risco de inadimplência.

Em nota, o Sebrae informou que vai destinar pelo menos 50% da sua arrecadação para ampliar o crédito aos pequenos negócios. Os recursos vão fortalecer o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas e, segundo a entidade, vão permitir um aumento nas operações de microcrédito com taxas mais baixas, maior prazo e melhor período de carência.

O direcionamento desses recursos está previsto na Medida Provisória 932/2020, encaminhada pelo governo ao Congresso no dia 1º de abril. A MP reduz pela metade as contribuições obrigatórias das empresas para o Sistema S, por um período de três meses, exceto para o Sebrae.

De acordo com a entidade, um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios ao crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse sentido, medida de socorro deve começar com R$ 1 bilhão em garantias às micro e pequenas empresas, o que viabilizará a alavancagem de aproximadamente R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios.

O fundo de aval disponibilizado pelo Sebrae pode alavancar empréstimos no valor de 8 a 12 vezes o seu patrimônio. Ele conta com aproximadamente R$ 470 milhões em recursos disponíveis aos pequenos negócios e, a partir da MP, contará com mais R$ 500 milhões.

Agência Brasil

Covid-19: Saúde libera mais R$ 4 bilhões para estados e municípios

Health Minister Luiz Henrique Mandetta gestures during a press conference regarding the COVID-19, coronavirus pandemic at the Planalto Palace, Brasilia on March 18, 2020. (Photo by Sergio LIMA / AFP)

O Ministério da Saúde liberou mais R$ 4 bilhões a estados e municípios para ações de combate à covid-19. O valor é um adicional ao que já recebem para custeio de ações e serviços relacionados à saúde e pode ser utilizado para compra de materiais e insumos, abrir novos leitos e custear profissionais. A Portaria nº 774/2020 com a liberação foi publicada ontem (9) em edição extra do Diário Oficial da União. O valor corresponde a uma parcela mensal extra do que cada estado ou município já recebe para ações de média e alta complexidade ou atenção primária.

Em mensagem nas redes sociais, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que os recursos já foram depositados nas contas dos fundos estaduais e municipais de saúde. “A gente acha que, com isso, eles [os gestores de saúde] podem adquirir os equipamentos de proteção individual (EPIs) que a gente começa a trazer da China. Está começando o mercado chinês a se organizar, estamos conseguindo trazer”, disse.

De acordo com o ministro, a primeira carga com 40 milhões de máscaras vinda da China, de uma compra de 240 milhões de máscaras, deve chegar ao país na terça-feira (14). O esforço da equipe do Ministério da Saúde é de trazer 40 milhões por semana. Um edital será aberto para que empresas interessadas em ofertar esses insumos possam se cadastrar.

“Com isso a gente pacifica o mercado brasileiro. E isso, doravante pacificado, a gente já repassa os recursos para que os estados e municípios comprem, a iniciativa privada já está comprando. O mercado está começando a se normalizar, o de EPIs”, explicou o ministro.

Já sobre os respiradores, Mandetta disse que ainda há dificuldade. Segundo ele, foi feito uma acordo com a indústria nacional para elevar de 800 para 15 mil a produção de respiradores mecânicos em 90 dias.

O ministro da Saúde reforçou a orientação da pasta para manter o isolamento social. De acordo com Mandetta, na próxima semana “vamos colher os frutos da difícil redução da mobilidade social”, determinada por estados e municípios nas últimas duas semanas. “Hoje eu vi que o pessoal começou a andar mais, vamos pagar esse preço ali na frente. Esse vírus adora aglomeração, adora contato, adora que as pessoas achem que ele é inofensivo. E aí, as cidades podem pegar a transmissão sustentada [ou comunitária]”, ressaltou.

Agência Brasil

Casos de coronavírus aceleram em três capitais, e governo envia respiradores

Em meio ao avanço de casos do novo coronavírus, o Ministério da Saúde começou a distribuir na sexta-feira (10) um conjunto de 60 respiradores para atendimento de pacientes com quadro grave da doença em três capitais: Fortaleza, Manaus e Macapá.

Os equipamentos devem ser distribuídos pela Força Aérea Brasileira. Em nota, a pasta diz que a distribuição leva em conta a situação de “espiral” da epidemia, ou seja, um cenário de aumento acelerado de casos.

Isso significa que, nestas cidades, há “mais doentes indo aos hospitais ao mesmo tempo e ocupando toda a capacidade de assistência do sistema de saúde”. Atualmente, as regiões de saúde de Fortaleza, Manaus e Macapá estão entre as cinco do país com maior incidência de casos de Covid-19.

Um primeiro avião, com uma carga de 30 respiradores, estava previsto para sair às 15h do aeroporto de Guarulhos para Fortaleza, região cujo coeficiente de incidência do novo coronavírus já atinge 43,9 casos a cada 100 mil habitantes. O volume da carga dos equipamentos é de 1,5 tonelada.

A previsão é que o material chegue ao Ceará às 20h50 desta sexta. O equipamento deve ser distribuído ao hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, referência para atendimento de casos da doença.

Outros 30 respiradores -20 para Manaus e 10 para Macapá- devem ser enviados em outro voo, cuja decolagem é prevista para a manhã de sábado (11).Em Manaus, os equipamentos devem ser destinados ao Hospital Delphina Abdel Aziz, que entrou em colapso na madrugada desta sexta, segundo funcionários de plantão ouvidos pela Folha de S.Paulo.

Segundo o ministério, a rápida ocupação de leitos na capital do Amazonas tem sido verificada desde a última semana. Atualmente, o estado tem 899 casos confirmados do novo coronavírus, com 40 mortes.

Quando observado o coeficiente de incidência, que engloba o total de casos pela população, a região de saúde de Manaus está em terceiro lugar, com 28 casos a cada 100 mil habitantes. Já os respiradores destinados a Macapá irão para a Maternidade Dra. Euclélia Américo, que fica na zona norte da cidade. Lá, o índice é 16,8 casos a cada 100 mil habitantes.

Para o ministério, o sistema de saúde do local “já começa a chegar a um nível de alerta”. Antes de iniciar a distribuição, os equipamentos estavam no aeroporto de Guarulhos, sob controle da Receita Federal. Desde o início de março, o governo determinou que cargas de empresas e destinadas a exportações seriam retidas. Ainda segundo o ministério, esta é a segunda carga de respiradores enviadas a Manaus em menos de uma semana. No último domingo, uma carga de 10 destes equipamentos foi enviada a pedido da secretaria de Saúde.

Inicialmente, o plano de contingência havia reservado 69 leitos de UTI na rede pública para atendimento de casos do novo coronavírus. Em nota, o ministério diz que as cidades precisam ampliar “com urgência” o número de leitos de UTI para tratamento de doentes.

Folhapress

Nova York fica otimista com 1ª queda diária em pacientes na UTI

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse na sexta-feira (10) que o número de pacientes com coronavírus em unidades de terapia intensiva UTIs) em todo o estado caiu nessa quinta-feira, em um sinal de esperança de que o aumento das internações em UTIs esteja diminuindo.

Cuomo afirmou que havia 17 pacientes a menos nas unidades de terapia intensiva do estado ontem do que no dia anterior. Foi a primeira queda diária desde o início da epidemia e um indício de que as medidas de distanciamento social estão reduzindo com sucesso a propagação do vírus.

Nova York, epicentro da epidemia nos Estados Unidos (EUA), registrou 7.844 mortes por covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, quase metade do total no país.

“O que fazemos afetará, literalmente, a vida e a morte de centenas de pessoas”, disse Cuomo a jornalistas, acrescentando que as autoridades estaduais estavam “cautelosamente otimistas” com a redução de algumas tendências de hospitalização.

“Continuem fazendo o que estamos fazendo. Fiquem em casa porque isso funciona. Estamos achatando a curva”, declarou.

Houve 290 novas internações hospitalares em um dia, acima das 200 do dia anterior, mas muito menos do que uma semana atrás, quando mais de 1.400 nova-iorquinos foram hospitalizados por causa do coronavírus em um dia, segundo Cuomo.

O número diário de mortes em Nova York por coronavírus continua por volta dos 700, com 777 mortes registradas no último dia em comparação a 799 no dia anterior.

Embora Nova York tenha testado cerca de 390 mil pessoas para o coronavírus, mais do que qualquer outro estado dos EUA, Cuomo disse que a disponibilidade limitada de testes pode atrasar a reabertura de empresas e viagens.

O governo federal deveria usar a Lei de Produção de Defesa para aumentar a capacidade de exames nos EUA, disse ele, acrescentando que Nova York, Connecticut e Nova Jersey se unirão a qualquer esforço para ampliar os testes.

“Precisamos de uma mobilização sem precedentes, em que o governo possa produzir esses testes na casa dos milhões”, afirmou Cuomo.

Agência Brasil

Coronavírus pode levar 500 milhões de pessoas para a pobreza

A crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus pode levar mais de 500 milhões de pessoas para a pobreza, a menos que ações urgentes sejam tomadas para ajudar países em desenvolvimento. O alerta é da Oxfam, entidade da sociedade civil que atua em cerca de 90 países com campanhas, programas e ajuda humanitária.

A organização pede que os líderes mundiais aprovem um plano emergencial de resgate econômico para impedir que países e comunidades pobres afundem. Para a Oxfam, isso pode acontecer já na próxima semana, quando está prevista reunião entre ministros de Economia dos países do G20 (o grupo dos 20 países mais desenvolvidos), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com a entidade, os US$ 2,5 trilhões que as Nações Unidas estimam ser necessários para apoiar os países em desenvolvimento durante a crise do coronavírus vai requerer um adicional de US$ 500 bilhões em ajuda externa, incluindo o financiamento dos sistemas públicos de saúde dos países pobres. “Impostos emergenciais de solidariedade, como taxas sobre lucros excessivos e pessoas muito ricas, poderiam mobilizar recursos adicionais”, avalia a Oxfam, em nota.

Para a entidade, apesar de urgentes e necessárias, as medidas de distanciamento social e de restrição do funcionamento das cidades agravam a situação dos trabalhadores, com demissões, suspensão de pagamento de salários ou inviabilidade do trabalho informal.

O novo relatório da Oxfam, “Dignidade, não Indigência”, mostra que entre 6% e 8% da população global, cerca de 500 milhões de pessoas, poderão entrar na pobreza conforme os governos fecham suas economias para impedir que o coronavírus se espalhe em seus países. “Isso pode representar um retrocesso de uma década na luta contra a pobreza. Em algumas regiões, como a África subsaariana, o norte da África e Oriente Médio, essa luta pode retroceder em até 30 anos. Mais da metade da população global poderão estar na pobreza depois da pandemia”, destacou a entidade.

O relatório, publicado ontem (9), utiliza estimativas elaboradas pelo Instituto Mundial para a Pesquisa de Desenvolvimento Econômico, da Universidade das Nações Unidas, liderada por pesquisadores do King’s College de Londres e da Universidade Nacional da Austrália.

Para a Oxfam, as desigualdades já existentes evidenciam o impacto econômico da crise do coronavírus. “Como os trabalhadores mais pobres, tanto nas nações ricas quanto nas pobres, atuam mais no mercado informal, eles estão descobertos de diversas formas. Eles, por exemplo, não têm proteções trabalhistas e nem conseguem trabalhar de casa”, diz a entidade.

Globalmente, apenas um em cada cinco desempregados tem acesso a benefícios como seguro-desemprego. Dois bilhões de pessoas trabalham no setor informal pelo mundo – 90% nos países pobres e apenas 18% nos países ricos.

Situação no Brasil

No Brasil, para a Oxfam, a situação é ainda mais preocupante devido às moradias precárias, à falta de saneamento básico e de água e aos desafios no acesso a serviços essenciais para os mais pobres. O Brasil tem cerca de 40 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e cerca de 12 milhões de desempregados. A estimativa é que a crise econômica provocada pelo coronavírus adicione, ao menos, mais 2 milhões de pessoas entre os desempregados.

“O coronavírus coloca o Brasil diante de uma dura e cruel realidade, ao combinar os piores indicadores sociais em um mesmo local e na mesma hora. E é neste momento que o Estado tem papel fundamental para reduzir esse impacto e cumprir sua responsabilidade constitucional tanto na redução da pobreza e das desigualdades quanto na garantia à vida da população”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, em comunicado.

Para a entidade, a renda básica emergencial de R$ 600, por três meses, para trabalhadores informais não será suficiente para amenizar o impacto, e o governo deverá, entre outras medidas, ampliar o número de pessoas atendidas e estender o período de concessão.

Mulheres

De acordo com a Oxfam, as mulheres precisam de atenção especial, pois estão na linha de frente do combate ao coronavírus e sofrerão o impacto mais pesado da crise econômica. “As mulheres representam 70% da força de trabalho em saúde pelo mundo e fazem 75% do trabalho de cuidado não remunerado, atendendo a crianças, doentes e idosos. As mulheres também são maioria nos empregos mais precários”, diz a entidade.

“Os governos precisam aprender as lições da crise financeira de 2008, quando a ajuda a bancos e corporações foi paga pelas pessoas comuns. Elas perderam seus empregos, tiveram seus salários achatados e serviços essenciais, como os de saúde, sofreram profundos cortes de financiamento”, destaca Katia Maia. “Os pacotes econômicos de estímulo têm que apoiar trabalhadores e pequenos negócios. A ajuda a grandes corporações tem que estar condicionadas a ações para a construção de economias mais justas e sustentáveis”, completou.

O relatório completo, em inglês, está disponível no site da Oxfam

Agência Brasil