Depressão pós-parto acomete mais de 25% das mães no Brasil

Ter um filho ou uma filha é o sonho de muitas mulheres brasileiras. Este sonho, em alguns casos, vem acompanhado de muita expectativa, dúvidas e receios. E a mãe, no meio disso tudo, pode se sentir triste, mal e incapaz de cuidar do seu próprio bebê. Quando a tristeza e o mal-estar se prolongam, é preciso ficar atento: ela pode estar com depressão pós-parto.

Um estudo feito pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fiocruz, mostra que a depressão pós-parto acomete mais de 25% das mães no Brasil. A ginecologista Mariana Rosário conta que, em alguns casos, a mulher pode sentir sintomas da doença, como tristeza, apatia, desalento e rejeição ao bebê, até mesmo durante a gestação.

“Os sintomas que a gente vai ter é tristeza, choro fácil, a paciente pode ficar mais sonolenta, ela pode tentar se afastar das pessoas que estão próximas a ela. Depois do parto, ela pode tentar se afastar até do bebê, que é onde a gente mais se preocupa, é onde ocorre os maiores problemas. Esses sintomas podem já ser notados durante a gestação. Durante o pré-natal, a gente já tem que prestar atenção, porque, às vezes, ela já dá alguns sinais de que ela vai ter a doença”, conta.

Foi exatamente o que aconteceu com a analista de departamento pessoal Camila Gomes Nuridsanyi, de 37 anos, de São Paulo. Ela já estava com quase 20 semanas de gravidez quando teve uma crise de choro diante de sua médica.

“Eu não aceitava a mudança de corpo, eu não aceitava não servir mais roupa minha. Mas assim, não era uma rejeição, porque eu quis ficar grávida, eu programei para ficar grávida, mas eu acho que foi tudo muito rápido”, disse.

Após fazer o tratamento indicado, Camila teve sua filha, hoje com oito meses, sem maiores complicações. Quando tudo parecia estar sob controle, a depressão voltou.

“O primeiro dia, quando eu voltei para casa, eu já comecei a chorar, achando que eu não ia dar conta, que eu não ia conseguir. E, assim, eu tinha medo de perder a minha bebê, medo de alguma coisa acontecer, porque ela se engasgava demais. Foi muito difícil”, relata.

Depois de enfrentar a depressão novamente, Camila, com a ajuda da família, decidiu que aquela era a hora de cuidar da própria mente e foi atrás de uma psicóloga para lidar com a situação. Hoje, se sente muito melhor e consegue exercer, sem o sofrimento de antes, seu papel de mãe.

A depressão pós-parto atinge principalmente as mulheres, mas não é exclusividade delas. Os homens também podem passar pelo problema. A ginecologista Mariana Rosário esclarece que, para eles, a condição é ainda pior, já que muitos pais não percebem que precisam de ajuda.

“São pais que estão preocupados se eles vão dar conta de sustentar aquela família que está aumentando ou que tiveram alguns problemas durante a gestação e que podem piorar depois do parto. Às vezes, aquilo, para eles, se torna um momento difícil de passar e ele desenvolve a doença também”, afirma a médica.

A indicação dos especialistas é, no caso de apresentar alguns dos sintomas, procurar uma unidade de saúde e começar o tratamento especializado. O SUS oferece tratamento gratuito e atenção completa para as mães que passam pela depressão pós-parto. Vale lembrar que mulheres com doenças psiquiátricas prévias em gestações não planejadas ou em situação social de risco podem ser mais vulneráveis à doença. Para saber mais informações, acesse saude.gov.br/depressaoposparto.

Modalidades esportivas do Sesc têm período de inscrições aberto no Agreste

Em todo início de ano, as pessoas começam a se preocupar com a qualidade de vida para encarar o dia a dia. Pensando em contribuir com essa necessidade, o Sesc está com matrículas abertas para turmas esportivas nas unidades de Arcoverde, Belo Jardim, Buíque, Caruaru, Garanhuns, Pesqueira e Surubim. As inscrições podem ser feitas no Ponto de Atendimento de cada unidade, onde também são informados os dias e horários das aulas e os preços das mensalidades.

Nos esportes aquáticos, o Sesc promove aulas de natação, para crianças e adultos, e hidroginástica, para jovens e adultos. As modalidades são oferecidas em Arcoverde, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns e Surubim. Em Buíque, há aulas apenas de natação. Já os amantes do futebol de campo podem se inscrever nas unidades de Belo Jardim, onde fica o Estádio Mendonção, Buíque e Pesqueira. Em Surubim, a modalidade praticada é o futebol society. Esta unidade dispõe também de turmas de futsal, assim como Belo Jardim, Buíque e Garanhuns.

Para quem quer definir o corpo em aulas de musculação, as opções são as academias do Sesc em Arcoverde, Belo Jardim e Caruaru. Em Garanhuns, a modalidade é realizada na Academia Edelson José Cruz de Lima, inaugurada em julho do ano passado, sendo uma das mais modernas da região. Quem opta por um exercício mais funcional, o Sesc tem turmas de ginástica nas cidades de Belo Jardim, Buíque, Pesqueira e Surubim. A unidade de Pesqueira conta ainda com duas modalidades exclusivas: corrida orientada, praticada nas ruas da cidade, e judô para crianças.

Inscrições – Criado em 1946, o Serviço Social do Comércio (Sesc) oferece atividades para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente. Atualmente, as unidades de Pernambuco estão com matrículas abertas para cursos regulares em esportes, cultura, educação e grupos de jovens e idosos. São opções para todas as faixas etárias. Além do acesso ao conteúdo, que pode ser para iniciantes ou avançados, os alunos têm acesso aos equipamentos do Sesc, como teatro, academia, quadras poliesportivas, campos de futebol, quadra Society, entre outros. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br

Serviço – Inscrições para as modalidades esportivas do Sesc

Arcoverde – Avenida Capitão Arlindo Pacheco de Albuquerque, 364, Centro

Modalidades: natação, hidroginástica e musculação

Informações: (87) 3821.0864

Belo Jardim – Rua Pedro Leite Cavalcanti, s/n, Cohab II

Modalidades: futebol de campo, futsal, natação, hidroginástica, ginástica e musculação

Informações: (81) 3726-1576

Buíque – Rua Projetada, s/n, Frei Damião

Modalidades: natação, futsal, futebol de campo e ginástica

Informações: (87) 3835-2230

Caruaru – Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis

Modalidades: natação, hidroginástica e musculação

Informações: (81) 3721-3967

Garanhuns – Rua Manoel Clemente, 136, Centro

Modalidades: natação, hidroginástica, musculação e futsal

Informações: (87) 3761-2658

Pesqueira – Avenida Luiz de Almeida Maciel, s/n, Baixa Grande

Modalidades: ginástica, judô, futebol de campo e corrida orientada

Informações (87) 3835-1164

Surubim – Rua Frei Ibiapina, s/n, São José

Modalidades: futsal, futebol society, natação, hidroginástica e ginástica multifuncional

Informações: (81) 3634-5280

Férias da criançada é no Caruaru do Shopping

O Caruaru Shopping está oferecendo uma vasta programação para este mês de férias. Oficinas, jogos e concursos de Cosplayers estão entre as atrações.

Nesta sexta-feira (10), a criançada poderá participar da Oficina Artesanal, com massinha de modelar. A brincadeira também acontecerá nas proximidades do cinema, a partir das 13h.

Uma das atrações mais esperadas deste mês é o Game Zone, que acontecerá nos dias 09,10, 11,12, 18, 19, 25 e 26 de janeiro, das 10h às 20h. Serão oito dias repletos de campeonatos, free plays e muita interação para todas as gerações, isto é, para toda a família. “Nos dias 11 e 12, junto do Game Zone, irá acontecer o evento Kpop, um concurso de Cosplayers”, adiantou Walace Carvalho, gerente de Marketing do Caruaru Shopping.

A entrada para os eventos é gratuita. O Caruaru Shopping está localizado no Caruaru Shopping, na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Dólar tem maior alta diária desde início de novembro

Dolares-Moeda estrangeira

Apesar da diminuição das tensões no mercado financeiro internacional, o dólar teve a maior alta diária em dois meses e a bolsa de valores voltou a cair no Brasil. O dólar comercial encerrou a quinta-feira (9) vendido a R$ 4,086, com valorização de 0,85% (R$ 0,035). Em valores percentuais, essa foi a maior subida para um dia desde 8 de novembro, quando a divisa se valorizou 1,83%.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou aos 115.946 pontos, com recuo de 0,26%. Em queda pela quarta sessão consecutiva, o indicador encerrou abaixo dos 116 mil pontos pela primeira vez no ano.

O desempenho do mercado financeiro no Brasil contrastou com o dos mercados externos. A divulgação, pelo governo canadense e por oficiais de inteligência norte-americanos, de que um míssil iraniano atingiu o avião ucraniano que caiu logo após a decolagem em Teerã não alterou os indicadores. No fim da tarde, a cotação do barril de petróleo do tipo Brent estava em US$ 65,43, praticamente estável em relação a ontem (8).

Nas bolsas internacionais, o dia foi novamente marcado pela calma. As principais bolsas europeias fecharam em alta: 1,31% em Frankfurt, 0,31% em Londres e 0,19% em Paris. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, de Nova York, operava em alta de 0,68% perto do fim das negociações.

Agência Brasil

Presidente iraniano diz que política americana é causa de insegurança

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, criticou a contínua política hostil de Washington em relação a Teerã, dizendo que ela é a causa do aumento das tensões militares entre seu país e os Estados Unidos.

A mensagem foi transmitida por Rouhani em conversa telefônica com o premiê britânico Boris Johnson, nessa quinta-feira (9).

O escritório presidencial do Irã informou que o presidente disse a Johnson que a recente situação de insegurança tem suas raízes na retirada de Washington do acordo nuclear e que a política americana é irracional.

O porta-voz de Boris Johnson afirmou que, durante a conversa por telefone, o premiê pediu o fim das hostilidades e destacou “o contínuo comprometimento do Reino Unido” com o tratado nuclear.

O presidente norte-americano, Donald Trump, aproveitou o discurso feito na quarta-feira (8) para expressar a esperança de que diminuam as tensões no Oriente Médio após o ataque de míssil pelo Irã a bases iraquianas que abrigam as forças lideradas pelos Estados Unidos. Teerã diz que o ataque foi uma retaliação pelo assassinato de um alto comandante iraniano, Qassem Soleimani, em Bagdá, na semana passada, por parte dos Estados Unidos.

Contudo, Trump descreveu o acordo nuclear de 2015 como “muito falho” e fez um apelo ao Reino Unido, à Alemanha, França, Rússia e China a juntarem esforços para criar um novo pacto.

O Irã espera melhorar as relações econômicas com países europeus e outras nações sob o atual acordo nuclear.

Agência Brasil

Inflação oficial fecha 2019 em 4,31%

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2019 em 4,31%. A taxa é superior aos 3,75% observados em 2018, segundo dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE).

Em dezembro, o IPCA ficou em 1,15%, acima do 0,51% de novembro e do 0,15% de dezembro do ano anterior. Esse é o maior resultado para o mês desde 2002 (2,10%).

Agência Brasil

MEC apresenta balanço das ações e dos programas de 2019

Melhoria da qualidade de ensino, capacitação dos professores e modernização de processos. Esses foram os pilares que nortearam as ações, os programas e os resultados de 2019 do Ministério da Educação (MEC), que foram oficialmente apresentados nesta quinta-feira, 9 de janeiro, na sede da pasta, em Brasília (DF).

O primeiro tema tratado na apresentação feita pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi a alfabetização. O destaque foi o programa “Conta pra Mim”, que visa incentivar a leitura para crianças no ambiente familiar. “É comprovado cientificamente que crianças que passam pelo processo de leitura com os pais, tios e avós têm melhor desempenho escolar”, afirmou.

Em 2020, a iniciativa vai receber R$ 45 milhões de investimento em 500 cantinhos (creches, museus, pré-escolas e bibliotecas) para famílias de baixa renda.

A alfabetização é o primeiro passo, mas não o único, da educação básica. Esté o principal foco da atual gestão do MEC. Uma das prioridades do ministério no ano passado foi destinar recursos para conectar escolas à internet. Com o programa Educação Conectada, 70 mil escolas urbanas e 8 mil rurais terão acesso à web. Foram repassados, ao todo, R$ 284 milhões pelo programa em 2019.

Ainda na educação básica, destaca-se o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Neste ano, 54 escolas municipais e estaduais estão contempladas na iniciativa. A previsão é que até 2023 sejam 216 escolas. “A expectativa é de uma expansão mais rápida a partir do modelo estável, este ano é um piloto”, disse o ministro. Em 2020, a pasta destinará R$ 54 milhões para adaptar as instituições à gestão de excelência cívico-militar.

Nenhuma etapa de ensino ficou de fora. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), segundo maior do mundo de acesso à educação superior, obteve o maior índice de participação nos dois dias: 76,9% no primeiro e 72,8% no segundo. Ao todo, foram 5,1 milhões de inscritos.

Na educação superior, Weintraub citou o Future-se, programa lançado em julho para dar maior autonomia financeira a universidades e institutos por meio do fomento à captação de recursos próprios e ao empreendedorismo. Atualmente, a proposta está em consulta pública.

A educação superior pública federal terminou o ano em alta. Ao longo de 2019, foi necessário contingenciar recursos das instituições. Ainda no ano passado, o MEC liberou 100% do orçamento das universidades e dos institutos federais. E foi além: liberou R$ 219 milhões extras para serem usados nas obras em andamento e na instalação de usinas fotovoltaicas em universidades.

Os institutos federais também receberam recursos para levar a tecnologia das usinas fotovoltaicas: R$ 79,1 milhões. E a pasta pretende reerguer a educação profissional e tecnológica. Por meio do programa Novos Caminhos, o MEC objetiva aumentar em 80% o número de matrículas. Em 2019, era 1,9 milhão. A meta é aumentar para 3,4 milhões até 2023.

Entre lançamentos de programas e continuidade de iniciativas existentes em outros governos, o MEC conseguiu números expressivos. “Foram executados 98% do orçamento discricionário (despesas não obrigatórias)”, destacou o secretário executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel.

Central faz lançamento de campanha de sócio

Na noite da quinta-feira (09), na praça de alimentação do Shopping Difusora, o Central Sport Club lançou o plano de Sócio Avante em parceria com a Data Click, empresa com Know how de aproximadamente 40 clubes de futebol no país.

O evento contou com a participação da diretoria do clube Alvinegro, o representante da Data Click, Daniel Alcântara, o zagueiro Allan Miguel, os atacantes Leandro Costa e Bambam e a torcida Centralina, que lotou o 3º piso do centro de compras. O lançamento do plano de sócio também teve o show, voz e violão, do artista local Laranjinha.

Sócio Campeão, Sócia Mestra Professora Natália, Sócio Patativa e Sócio Centenário são as modalidades que os associados poderão optar.

Todas as categorias de sócio contam com um clube de vantagens, o que proporciona descontos em vários estabelecimentos comercias em todo o Brasil.

O lançamento do plano de Sócio Avante, em parceria com a empresa Data Click representa um novo patamar para o Central de Caruaru no relacionamento com o seu maior patrimônio, o apaixonado (a) torcedor.

Atenciosamente: Departamento de Comunicação do Central Sport Club.

OAB entra na Justiça contra nova norma do cheque especial

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal na quinta-feira (9) contra as novas regras do cheque especial, imposta pelo Banco Central.

A ação vem com um pedido de medida provisória para invalidar o pagamento da tarifa de 0,25% para todos os consumidores cujo limite excede R$ 500, regra prevista nas novas normas do cheque especial, que foram trazidas pelo BC e entraram em vigor na segunda-feira (6).

Além disso, a ação da OAB também pede que os bancos devolvam ou provisionem o total de valores cobrados como tarifa pela disponibilização do cheque especial, com correção monetária e de juros.

O órgão já havia enviado um ofício ao Banco Central em 2 de janeiro, solicitando que o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, revogasse as novas normas. O Banco Central não quis comentar o assunto.

A principal motivação para o pedido da OAB está na afirmativa de que a cobrança de produto que não é utilizado fere o Código de Defesa do Consumidor.

Além da cobrança da tarifa, as novas regras do cheque especial impostas pelo Banco Central também impõem um limite de 8% nos juros cobrados pelos bancos que oferecem a modalidade. A média do mercado era de 12,4% ao mês em novembro de 2019.

Com juro de 8% ao mês, o cheque especial volta a ser o segundo crédito mais caro do sistema financeiro, atrás apenas do cartão de crédito. Na comparação anual, o cheque especial custa 151%, ante Selic (custo do dinheiro para os bancos) a 4,5%.

De acordo com o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, em conversas anteriores da Ordem com o BC, a justificativa dada pela autoridade monetária para a cobrança da tarifa é de que seria para “compensar” o risco das instituições financeiras em disponibilizar cerca de R$ 300 bilhões em forma de limite nas contas correntes.

“Mas ainda que tenhamos procurado em diversas normas e resoluções, nenhum lugar mostra que esse crédito disponível gere qualquer despesa ao setor bancário, uma vez que não há nenhum compulsório em cima dele”, afirmou.

“Era uma demanda da Fenaban [Federação Nacional dos Bancos, estrutura paralela à Febraban, Federação Brasileira dos Bancos] que o mercado já tinha parametrizado, mas acaba sendo danoso ao cliente”, completa Santa Cruz.

De fato, os bancos defendem há anos a possibilidade de cobrança de tarifa. A justificativa, segundo um livro publicado pela Federação com medidas para baixar os juros no Brasil, seria de que a taxa reduziria o subsídio cruzado no sistema bancário e ajudaria na cobrança de taxas mais baixas.

Após a resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) sobre as novas regras do BC, a Febraban não fez menção direta à autorização para que bancos cobrem tarifas. Disse, porém, que os bancos “são aliados nas iniciativas para remover obstáculos que dificultam a ampliação dos cortes de juros”.

Na mesma nota, criticou o teto para juros do cheque especial, afirmando que “a adoção de limites oficiais e tabelamento de preços de qualquer espécie era preocupante”.

Dentre os cinco maiores bancos do país, apenas o Santander já está cobrando a tarifa de 0,25% sobre novos contratos de cheque especial.

Folhapress

Novo marco do Saneamento poderá favorecer pequenos municípios

Os municípios pequenos de Pernambuco terão mais chance de serem atendidos pela rede de saneamento básico. O texto base do Novo Marco Legal do Saneamento (PL 4.162/2019) prevê a criação de blocos de municípios que poderão ser atendidos em conjunto pela prestadora de serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos. O texto base foi aprovado, em dezembro de 2019, pelos deputados federais, e está entre as prioridades de votação do Senado Federal em 2020.

Pesquisa do IBGE de 2018 aponta que cerca de 2,5 milhões de domicílios pernambucanos (77,3% do total) são abastecidos por água da rede geral de distribuição e 1,8 milhões (55,3%) tem esgotamento sanitário por rede geral ou fossa ligada à rede. Ou seja, quase metade da população não tem acesso a tratamento de esgoto.

No estado, vigora a maior parceria público-privada (PPP) de saneamento básico do Brasil, entre a empresa privada BRK Ambiental e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A parceria beneficia quatro milhões de pessoas em 15 cidades, o que faz de Pernambuco o estado do Nordeste com mais municípios a receber investimentos privados em saneamento, de acordo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Até 2028, o investimento previsto no projeto de expansão dos serviços é de R$ 3 bilhões.

Para o deputado federal Ricardo Teobaldo (PODE-PE), o atendimento a uma parte maior da população está diretamente relacionado aos recursos investidos. “Isso precisa ser priorizado. Ou seja, ter mais investimento para mudar o quadro atual que está aí. Precisa focar na questão do saneamento”, pontua.

A proposta de juntar os municípios pequenos em blocos viabilizará economicamente o atendimento em cidades que acabam ficando esquecidas, acredita a pesquisadora do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV/CERI), Juliana Smirdele.

“É necessário mudar o ambiente de negócios de saneamento para promover investimentos. E as propostas, resumidamente, buscam propiciar maior uniformidade regulatória e ampliar a concorrência e competitividade”, afirma Juliana.

Os blocos de municípios seriam atendidos por uma mesma empresa, definida por meio de licitação. Entre os critérios que poderão ser utilizados para a composição dos blocos está o pertencimento a uma mesma bacia hidrográfica, vizinhança geográfica ou mesmo uma combinação entre localidades superavitárias e deficitárias.

Já deputado Fernando Monteiro (PP-PE) destaca a necessidade de uma transição entre o modelo atual e o novo. “Não estou preocupado em quem vai fazer. Estou preocupado que [saneamento] chegue às pessoas. Não pode ficar do jeito que está. Vai ter que ter uma solução. Não pode ser acabando as empresas estatais, tem que ter uma transição, com tempo”, afirma Monteiro.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) aponta para a importância de as mudanças não afetarem o bolso do consumidor. “Temos que trabalhar bastante para levar o saneamento básico para a maioria da população. Precisamos buscar condições para que isso aconteça e não prejudicar o consumidor na hora de pagar a conta de água no final do mês”, defende.

No Brasil, ainda são 100 milhões de pessoas sem acesso à coleta e ao tratamento adequado de esgoto, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional.

NOVO MARCO LEGAL

Aprovado no dia 11 de dezembro, o Projeto de Lei 4.162/2019, do Poder Executivo, atualiza o Marco Legal do Saneamento. A norma irá modificar a forma como as empresas que prestam serviços ligados ao saneamento nos municípios são contratadas, além de abrir o mercado para a livre concorrência. Empresas públicas e privadas terão que passar por licitação.

Atualmente, estados e municípios assinam “contratos de programa” com empresas estaduais, sem que haja um controle da capacidade econômico-financeira dessas empresas. O texto aprovado na Câmara dos Deputados diz que os atuais contratos poderão ser renovados, por mais 30 anos, até 31 de março de 2022.

Os novos contratos deverão apresentar a comprovação da capacidade econômico-financeira da contratada, com recursos próprios ou por contratação de dívida. A metodologia para comprovar essa capacidade será regulamentada por decreto do Poder Executivo.