Artigo: Menos simpatia e mais empatia: a ascensão das mulheres em cargos de liderança

Por Melina Alves

As mulheres caminham a largos passos rumo ao desenvolvimento de um ambiente de trabalho que favoreça a competência, a colaboração, a especialização e a transparência, valores que se tornam cada vez mais fundamentais para a sobrevivência da liderança no trabalho. Um recente estudo da OIT – Organização Internacional do Trabalho mostrou que a presença feminina em cargos executivos é um dos fatores que contribui para maior desempenho e lucratividade das empresas, já que de 75% das que optaram por mulheres no comando, cerca de 5% a 20% tiveram um aumento considerável nos lucros.

Mas, mesmo sensíveis à diversidade e tão ou mais capacitadas que os homens, a resistência à liderança feminina infelizmente ainda é um obstáculo na maior parte das empresas. Os números ratificam a afirmação de que a competência feminina é amplamente ignorada. Segundo dados do IBGE, os homens ainda ocupam 58,9% dos cargos executivos dentro das corporações e, quando tais posições são das mulheres, a remuneração recebida é aproximadamente 20% menor.

O curioso –e preocupante- é que essa discriminação também vem do público feminino. Não é raro encontrarmos mulheres que endossam tal discurso, atacando profissionais e executivas por serem mães, por exemplo. Cuidar da família e criar os filhos é considerado uma responsabilidade quase que exclusiva materna e incompatível com o mercado de trabalho. Ascender no organograma empresarial, ocupando cargos de liderança, é também visto por muitas mulheres como um abandono às responsabilidades domésticas e familiares.

É preciso derrubar esse arquétipo patriarcal de que a mulher é cuidadora e o viés inconsciente de que o homem nasceu para liderar. As empresas precisam promover a colaboração, a integração entre as pessoas e ter a liderança exercida pela competência e não mais pelo gênero. Há um imenso potencial criativo que está à margem do mercado ou é mal aproveitado nas empresas.

É passada a hora de sermos agentes ativos dessa transformação, abrindo espaço para quem realmente quer fazer a diferença. Só compreendendo as nuances da atualidade nos livraremos do preconceito e nos tornaremos capazes de desenvolver um mercado amplamente competitivo e uma nação que cresce por inteiro e de forma consistente. Pessoas com olhares distintos trazem soluções plurais. O tempo da simpatia passou. É hora de sermos empáticos.

Quase 74 mil trabalhadores receberão 13º em Caruaru

Pedro Augusto

Um dos maiores agentes impulsionadores da economia nacional, nesta época de último bimestre do ano, tem data limite para ser repassado em formato de primeira parcela, até o próximo sábado (30). VANGUARDA está se referindo ao 13º salário, que somente em Caruaru deverá beneficiar cerca de 73.500 trabalhadores do mercado formal. A estimativa é da Agência Regional do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), que também projetou especialmente ao semanário os setores econômicos locais, onde haverá a maior predominância de repasses da gratificação. Deste montante geral, 35% dos beneficiários encontram-se inseridos no setor de serviços, 29% atuam no comércio, 16% na indústria da transformação, além de 14% na administração pública.

De acordo ainda com os cálculos do MTE, o pagamento do 13º salário, englobando as duas parcelas, deverá injetar uma bagatela de R$ 133 milhões na economia caruaruense. Nada mal para um intervalo de final de ano, segundo avaliou o colunista financeiro do VANGUARDA, Maurício Assuero. “Esta soma estimada é bastante representativa em se tratando de um município do Interior, mesmo no caso de Caruaru que é a Capital do Agreste com todos os seus avanços nos mais variados setores da economia. Em paralelo ao tradicional potencial financeiro da cidade, tal estimativa também representa um reflexo da certa recuperação financeira, conforme estamos observando no âmbito nacional com os índices de emprego obtendo elevação, embora que tímidos, e as quedas, por exemplo, nas taxas de juros.”

O comércio está entre os principais segmentos da economia local que se encontram aguardando ansiosamente pelo repasse do 13º. Isso porque uma boa fatia do dinheiro extra deverá ser utilizada por parte dos trabalhadores para o consumo dos mais variados produtos. É o que aguarda o gerente da Sapataria Muniz, Demilton Holanda. “Tradicionalmente o 13º salário costuma ser um aliado muito importante para todas as lojas que atuam no varejo da Capital do Agreste, haja vista que permite aos trabalhadores aquelas compras que estavam sendo planejadas ao longo de todo o ano. Mais uma vez a rede Muniz se encontra bastante otimista quanto ao seu desempenho de fim de ano com o repasse desse benefício. É claro que muita gente pagará dívidas, mas também haverá bastante consumo, através dele”, disse.

Seguindo a tradição do setor, a expectativa do empresário Gustavo Vidal é de que o fluxo de clientes em circulação pelo varejo local redobre a partir do próximo sábado, quando o calendário marcará o prazo final para o pagamento da primeira parcela do 13º salário. “Esse incremento em relação ao nosso faturamento proporcionado pelo 13º é muito importante para todos nós que fazemos parte do comércio, haja vista que nos dá a possibilidade de fecharmos o ano com boas perspectivas para o outro. Sem falar que ele impulsiona a criação de mais postos de trabalho, a quitação de dívidas e o consequente retorno a um consumo maior, dentre outros fatores, que fazem a economia girar bastante neste período. Então, não temos dúvidas de que, a partir do dia 30, a tendência é de movimento redobrado no nosso setor”, argumentou Gustavo.

Conforme relembrou o auditor fiscal da Agência Regional do MTE, Francisco Reginaldo, a empresa empregadora que deixar de efetuar o pagamento do 13º salário nos prazos determinados pela legislação estará sujeita a punições. “Ela terá de pagar multa de R$ 170 por cada funcionário prejudicado. Ressaltando ainda que o prazo para quitação dessa primeira parcela termina no dia 30 de novembro, enquanto que a segunda deverá ser paga até o próximo dia 20 de dezembro. Nossa agência novamente estará a postos para atender a todos os casos de descumprimento aplicando as medidas necessárias a fim de garantir o repasse dessa gratificação, que é tão importante para todo o trabalhador formal de Caruaru”, destacou Francisco.

O que é?

O 13º salário é uma gratificação de natal, com cunho de direito social, previsto na Constituição Federal. O valor corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês de serviço. Ou seja, se o empregado estiver há um ano na empresa receberá o equivalente ao salário de um mês trabalhado. Se o vínculo empregatício com a empresa for inferior a esse período, ele receberá valor proporcional aos meses trabalhados. Se o vínculo empregatício com a empresa for inferior a esse período, ele receberá valor proporcional aos meses trabalhados.

Tradicionalmente o 13º é pago em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro, e a outra, até 20 de dezembro. Mas muita gente se confunde e acaba gastando mais porque acha que as duas parcelas são iguais. A primeira parcela é maior porque vem integral, ou seja, sem nenhum desconto. Já a segunda possui um valor bem menor porque os encargos são debitados ali, como Previdência Social e Imposto de Renda.

ARTIGO — Impulsionando

Por Maurício Assuero

A taxa de juros no Brasil chegou a 5% ao ano, o menor valor histórico, e tudo indica que ainda se reduzirá, pelo menos até os 4% ao ano. Embora o mercado de títulos seja afetado, afinal o investidor prefere ganhar sempre mais, esse comportamento tem alguns lados positivos. O primeiro é a redução da dívida pública. Adicionalmente, isso sinaliza ao investidor externo como o país pretende se comportar nos próximos períodos, ou seja, os juros deixarão de ser o principal instrumento de captação de recursos externos.

Observe que com a SELIC em 5% ao ano, a taxa de juros real, aquela que vem descontada da inflação, passa a ser algo em torno de 2% ao ano, ou seja, uma taxa de primeiro mundo. No entanto, o impacto mais intenso disso será sobre o consumo e, por conseguinte, sobre a inflação e é este ponto que deve ser trabalhado desde agora. O fato é que temos uma pressão por demanda que não se configura pela falta de renda, mas com o crescimento da empregabilidade, mesmo que informal, vai haver pressão sobre os preços e aí o Brasil começar a fazer o caminho de volta, ou seja, passar a elevar a taxa de juros com o fito de conter bolhas inflacionárias.

Não resta dúvida as vantagens de uma taxa de juros baixa, mas a grande reclamação das pessoas é que este benefício não traz impacto para consumidores. A grande queixa, e com larga razão, é o cheque especial. Este tipo de operação, também chamado de Empréstimo em Conta Corrente, tem como objetivo primeiro evitar que o cliente entre em adiantamento a depositante que é uma operação sem garantias. Assim, qualquer estouro de conta é coberto com o saldo do cheque especial (ou da conta corrente garantida) que é uma operação com garantia predeterminada.

No Brasil a taxa crédito rotativo é sempre alta em função do risco, no entanto, a Caixa Econômica Federal reduziu, no dia 12 de novembro passado, sua taxa de cheque especial para 4,99% ao mês enquanto a média do mercado é 12% ao mês, no mínimo. Isso é bom? Certamente que sim! As pessoas contam com o cheque especial para eventualidades. Todavia, não se pode esquecer que a CEF e o BB são empresas com ações negociadas em Bolsa de Valores e que isso pode reduzir o interesse, por parte dos investidores, em papéis dessas empresas.

Cabe lembrar que, em Economia, a interação dos mercados faz uma ação se propagar suficientemente. Assim, o governo precisa está atento a outros fundamentos econômicos como o mercado de câmbio. Em tese, as oscilações nesse mercado decorrem mais da instabilidade do país do que de eventos determinantes. O dólar acima de R$ 4,00 favorece exportação, então pode-se até lucrar com essa onda dolarizante, mas isso teria que causar impacto na produção e sem não acontecer, terá sido apenas especulação.

Programa abre inscrições para 2020 em Caruaru

Educar com qualidade preparando para o mercado de trabalho e o exercício da cidadania. Esse é um dos objetivos que o Sesi-PE e Senai-PE têm em comum. Prova disso é que as instituições abriram as inscrições para o processo seletivo 2020/2021 do Programa Educação Básica articulada com a Educação Profissional (Ebep). A iniciativa possibilitará 140 estudantes cursarem, gratuitamente e simultaneamente, o Ensino Médio no Sesi e um curso técnico no Senai. Em Caruaru, são disponibilizadas 40 vagas, sendo 20 para Manutenção Automotiva e 20 para Vestuário.

As 140 vagas gratuitas são destinadas a pessoas de baixa renda, aos dependentes de trabalhadores da indústria pernambucana ou do Sistema Fiepe com autodeclaração de baixa renda. Para participar do processo seletivo, o candidato deve ter nascido a partir do ano de 2004, apresentar histórico escolar do Ensino Fundamental ou declaração da escola que está cursando o 9º ano em 2019.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 29 de novembro, na secretaria escolar da unidade do Sesi-PE onde deseja estudar. Entre as opções disponíveis, estão Caruaru, Cabo de Santo Agostinho, Araripina e Petrolina. Já os cursos técnicos oferecidos são em Eletromecânica, Eletrotécnica, Mecânica, Manutenção Automotiva, Vestuário e Administração.

As provas do processo seletivo do Ebep serão aplicadas em uma única etapa, no dia 15 de dezembro, das 9h às 12h. A relação dos estudantes aprovados será divulgada no dia 20 de dezembro.

Congresso pode limpar pauta de vetos na próxima terça-feira

Deputados e senadores devem derrubar na próxima sessão conjunta do Congresso Nacional, convocada para a próxima terça-feira (26) , nove dos onze vetos do presidente Jair Bolsonaro a projetos aprovados pelo Legislativo. Cinco deles trancam a pauta e impedem a análise de outras matérias pelo Congresso.

O acordo foi definido na manhã de quinta-feira (21) durante uma reunião entre líderes da Câmara e do Senado com o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Segundo o líder da Rede, senador Randolfe Rodrigues (AP), o acordo prevê a votação nominal de apenas dois destaques em separado, um da Rede e outro do Novo.

Com isso, destaques apresentados por PT, DEM, PSL e Podemos seriam retirados, e os demais vetos seriam decididos na cédula de votação, cuja apuração é eletrônica.

Destaques
Entre os destaques que devem ser votados em separado figura o que trata do veto parcial (VET 35/2019) à reforma partidária e eleitoral (Lei 13.877, de 2019). A norma teve 45 dispositivos barrados por Bolsonaro. A Rede defende a manutenção do dispositivo que proíbe o uso de dinheiro do Fundo Eleitoral para o pagamento de multas aplicadas aos partidos pela Justiça Eleitoral. O destaque do Novo trata da propaganda eleitoral.

Segundo o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), o acordo prevê a votação dos vetos na terça-feira e, no dia seguinte, às 10h, a análise de 24 projetos de lei que abrem crédito no valor de R$ 22,8 bilhões para órgãos dos Poderes Executivo e Judiciário, além de estados, Distrito Federal e municípios.

Uma nova reunião de líderes do Senado e da Câmara deverá ser feita na terça-feira, antes da sessão do Congresso, para confirmar o acordo e o procedimento de votação.

Entre os vetos que serão mantidos está um dispositivo do VET 35/2019, que proíbe a utilização, pelos partidos políticos, de sistemas de prestação de contas diferentes do software fornecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Outro veto que deverá ser confirmado é o VET 34/2019, que proíbe a emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) por meio eletrônico. O terceiro veto mantido (VET 44/2019) acaba com a preferência concedida a mulheres marisqueiras no pagamento de indenizações.

Agência Brasil

Só doação regular de sangue mantém estoques, diz ministério

Para marcar o Dia Mundial do Doador de Sangue, Ministério da Saúde lança campanha de doação de sangue, no Hemocentro de Brasília

A cada bolsa de sangue doada, até quatro vidas podem ser salvas no país, segundo estatísticas do Ministério da Saúde. No Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado nesta segunda-feira (25), a rede pública de saúde de todo o país reforça a importância da doação regular desse insumo vital. A data foi criada por meio de um decreto presidencial, em 1964, para marcar a fundação do primeiro centro de doadores voluntários de sangue no país. No Brasil, cerca de 3,3 milhões de pessoas são doadoras de sangue. Isso significa que 16, a cada mil pessoas, doam sangue regularmente.

“A nossa situação de doação de sangue no Brasil está atualmente em conformidade com o que a OMS [Organização Mundial da Saúde] preconiza para a segurança, que é entre 1% e 3% da população. Nós temos tido um percentual de 1,6% da população brasileira doando em serviços de coleta que fornecem sangue para a rede SUS, ou seja, para o Sistema Único de Saúde”, afirma Rodolfo Duarte Firmino, coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde.

Apesar de estar dentro do padrão de doação recomendado internacionalmente, o Ministério da Saúde trabalha para ampliar o número de doadores, especialmente o de doadores regulares. Dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que 42,9% das doações feitas em 2017 foram de primeira vez, 42% de repetição e 15% esporádicas. Além disso, a agência divulgou que, nas doações, há a prevalência dos tipos O+ e A+, contabilizando 43% e 30,7% das doações realizadas em 2017, respectivamente.

“São os doadores regulares que a gente percebe que mantêm abastecidos os bancos de sangue ao longo do ano”, diz Firmino. “Não tem nenhum substituto farmacêutico para o sangue, é um produto usado na medicina que só vem por meio da doação. Então, essas pessoas que foram lá no hemocentro de sua cidade fazer a doação esporádica, que retornem regularmente para doar, para não só termos os bancos de sangue abastecidos de forma mais perene, mas também porque a gente tem uma segurança desse sangue por a gente conhecer mais o doador”, acrescenta.

No Distrito Federal, mais de 2,2% da população é doadora de sangue, percentual superior à média nacional. Principal referência na coleta de sangue na região, a Fundação Hemocentro de Brasília vem conseguindo manter os estoques estáveis, mas segundo a diretora-presidente do órgão, Bárbara Simões, o trabalho de conscientização tem que ser permanente.

“A gente precisa ficar, de fato, lembrando o doador para retornar. É importante, porque o sangue tem uma validade. Os concentrados de hemácias duram de de 35 a 42 dias, plaquetas duram de três a cinco dias e o plasma pode durar mais de um ano congelado. Nesse sentido, sempre precisamos repor estoques de plaquetas e hemácias”, explica.

Vidas salvas
Até setembro de 2019, 2,4 milhões de bolsas de sangue foram coletadas no Brasil. Levando em consideração que cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas, o quantitativo doado poderia salvar quase 10 milhões de pessoas, caso houvesse necessidade. A quantidade de bolsas de sangue coletadas no mesmo período de 2018 foi igual, 2,4 milhões. Em relação às regiões, o Sudeste foi o que realizou maior número de coletas de janeiro a setembro de 2019, com 1 milhão de bolsas de sangue, seguido pela Região Nordeste (603 mil), Sul (435 mil), Centro-Oeste (211 mil) e Norte (178 mil). O país tem 32 hemocentros coordenadores e mais 2.066 serviços de coleta ligados ao Sistema Único de Saúde.

Doador regular desde 2012, o economista Zilber Sepúlveda, de 29 anos, vai ao Hemocentro de Brasília pelo menos três vezes ao ano. Para ele, cuja doação já se tornou um hábito, sua qualidade de vida melhorou após essa rotina.

“Antes de começar a doar, inclusive, eu não malhava, não comia direito. Indiretamente, por doar sangue, você se preocupa com isso. Até porque é um pouco chato você chegar lá e descobrir, por exemplo, que sua doação anterior não pôde ser aproveitada por alguma motivo, aí a gente passa a ter essa preocupação de comer bem, de se cuidar”, afirma.

O procedimento para doação é simples. O doador passa inicialmente por uma identificação pessoal, seguida de um triagem clínica, onde ele deve prestar informações gerais sobre seu quadro de saúde, incluindo informações sobre hábitos alimentares, histórico de doenças e uso de medicamentos. A coleta em si dura cerca de 15 minutos, mas todo o procedimento dura, em média, cerca de 40 minutos, a depender do fluxo do dia na unidade de saúde onde está sendo feita a doação.

Quem pode doar
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores (entre 16 e 18 anos) é necessário o consentimento dos responsáveis e entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. É preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação, não fumar e não estar de jejum. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.

A frequência máxima de doações por ano é quatro vezes para o homem e três para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

“O que eu posso dizer para quem quer doar é que não precisa ter medo. Muita gente acha que é um processo doloroso e que vai ser prejudicado de alguma forma. Ao contrário, já que dá até mais saúde, pois ao tirar um pouco de sangue, o corpo cria mais resistência para voltar àquela quantidade anterior”, diz Zilber Sepúlveda.

Sangue seguro
Todos os litros de sangue coletados na rede pública de saúde passam por um teste de sorologia para identificação de doenças. Além disso, é realizado outro exame, chamado Teste NAT, que reduz a chamada janela imunológica para HIV, Hepatite C e B, tempo em que o vírus já está presente no doador e ainda não é possível sua detecção. A coleta das bolsas de sangue é feita com material descartável, estéril e de uso clínico.

Agência Brasil

Fruticultura alavanca empregos no Vale do São Francisco

As belezas das enormes áreas de cultivo de fruticultura no Vale do São Francisco estão diretamente ligadas à fertilidade dos inúmeros empregos gerados no setor. Potencial espaço para vagas, o setor agropecuário, nos últimos 10 anos em Pernambuco, cresceu 26% na quantidade de postos de trabalho. A sustentação desse cenário tem uma explicação importante: o cultivo de uva e manga na região. Dos 26%, 21% são explicados pelo crescimento da fruticultura irrigada das duas frutas. Ou seja, 80% do crescimento do setor se refere à fruticultura. Os dados, compilados e divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Sdec), mostram a capacidade da liderança do setor na criação dos postos de trabalho no Estado.

O crescimento da agropecuária representa uma média de 1,5% ao ano na geração de empregos. Do total, a fruticultura irrigada cresce, em média, 5,1% ao ano. Só o cultivo da manga cresce, em média, 6,5% ao ano. E da uva, 4% ao ano. Segundo o economista da Sdec, Marcelo Freire, mesmo no panorama de crise econômica intensa no Brasil, de 2015 a 2017, o setor agropecuário conseguiu gerar empregos o ano todo, já que é uma cultura permanente e tem bons números de exportação.

“O que explica o crescimento da agropecuária é a fruticultura, principalmente a uva. E a uva está muito ligada ao comércio exterior. Pernambuco é o maior exportador de uva nos dados do ano passado. Além disso, o Estado é o segundo maior exportador de manga, ficando atrás apenas da Bahia. Isso segura muitos empregos, mesmo quando o quadro do Brasil esteve em forte crise”, analisou Freire. Em 2018, Pernambuco exportou US$ 132 milhões de uva e manga. Desse total, US$ 113 milhões foram para a Europa. Os principais mercados são: Holanda, Reino Unido e Espanha. Ainda têm mercados importantes na América do Norte: Estados Unidos e Canadá.

Nos números do acumulado deste ano (considerando de janeiro a setembro), em Pernambuco, o setor da fruticultura irrigada aparece na liderança no ranking da criação de vagas. Até os dados do momento, o cultivo da uva se apresenta em 1º lugar, com saldo de 3.285 postos de trabalho. O de manga aparece em 4º lugar, com saldo de 1.337 postos de trabalho. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Bruno Schwambach, esse acompanhamento de dados é bastante utilizado para as decisões do governo.

“Estamos sempre buscando novos mercados. Em viagem, nós mostramos o potencial da nossa produção, como aconteceu em reunião na China e no Panamá, e nesta última semana, na Europa. Isso tem sido importante para orientar onde aplicar ações e medidas que se tornem políticas públicas que aumentem as contratações, como foi o caso do Força Local, programa aberto para todos as culturas das cidades, mas que prioriza projetos que gerem emprego e renda para municípios com menos desenvolvimento ou que empreguem mulheres, por exemplo”, comentou Schwambach.

Empresa de produção de uva e manga no Vale do São Francisco, a Cappellaro Fruits gera mais de 600 empregos diretos. “São quase 300 hectares de área plantada de uva e manga na empresa. Hoje, a fruticultura é a principal fonte de renda, movimentação de dinheiro e emprego na região do Vale. A renda fica com a família. Parte da nossa produção vai para o mercado interno e outra parte para exportação”, comentou o diretor do Grupo Cappellaro, Vilmar Cappellaro, ao complementar que mais de 50% do custo de produção é com mão de obra.

Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, quem sustenta o Vale economicamente é a fruticultura irrigada. “São cerca de 100 mil empregos o ano todo. Isso porque antes existia uma sazonalidade na produção dessas frutas e hoje é trabalho o ano inteiro, com produção permanente. Na região, são até cinco funcionários por hectare no cultivo de uva e até dois funcionários no cultivo de manga”, explicou Lira.

Capacidade produtiva deve ser ampliada

Culturas permanentes no Vale do São Francisco, a uva e a manga ocupam aproximadamente 14 mil hectares na região e geram cerca de 100 mil empregos durante o ano. No entanto, os dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Sdec) apontam que o cultivo da uva, apesar de gerar saldo positivo no número de empregos no Estado, tem se mostrado decrescente nos últimos quatro anos. Em 2016, a uva gerou 4.800 empregos; em 2017, 4.410; e em 2018, 4.540. Esse cenário pode representar um limite de expansão de produção. Mas isso não significa que não possa ampliar a capacidade produtiva.

De acordo com o economista da Sdec, Marcelo Freire, esse fenômeno se chama de maturidade produtiva. “Quando a gente observa os acumulados, constatamos que a uva sempre gera vaga de emprego positiva, mas em uma velocidade decrescente. Uma das razões que explica é uma produção que vai chegando a um determinado limite que o mercado demanda. O empresário não vai produzir muito acima do que se espera vender, então vai chegando aos poucos a uma capacidade produtiva ocupada”, analisou Freire.

Entretanto, existem alternativas para alcançar mais produtividade, e também geração de empregos. “Para conseguir ampliar a área de produção é importante implantar irrigação para a fruticultura. Buscamos recursos para isso junto ao Governo Federal, mas os projetos estão parados devido ao contingenciamento. Ainda não temos previsão de recursos. Então quem está fazendo novas áreas são investidores privados”, explicou o secretário da Sdec, Bruno Schwambach.

E as empresas enxergam espaço para se expandir. “Ao longo dos últimos anos não aumentou muito a área plantada. As áreas existentes foram se adequando às novas variedades das frutas. Para expandir as áreas tem que ter investidor e tem que ter mercado. E uma importante solução será investir em tecnologia para produzir variedades mais resistentes a doenças, buscar melhoramento genético, melhorar a irrigação e a nutrição”, defendeu o diretor do Grupo Cappellaro, Vilmar Cappellaro.

Segundo Freire, a demanda existe. “Nossos maiores compradores são países que, em geral, estão tendo um apelo para alimentação saudável, como as frutas. Acreditamos que existr um potencial para desenvolver ainda mais, com a presença da tecnologia”, complementou Freire.

Folhape

Petroleiros de Pernambuco entram em greve nesta segunda-feira

Os petroleiros de Pernambuco e da Paraíba entram em greve a partir desta segunda-feira (25). De acordo com o Sindpetro – PE/PB, o movimento grevista foi aprovado em assembleia pela categoria na última semana, seguindo indicativo da Federação Única dos Petroleiros.A greve segue até as 23h59 da próxima sexta-feira.

A categoria afirma que a paralisação vem em resposta ao descumprimento das cláusulas 41 e 86 e do 9º parágrafo da cláusulas 73 do Acordo Coletivo de Trabalho da Petrobrás, que abordam dos efetivos da empresa e da utilização de metas para efeito de bonificação dos funcionários.

“Assinado no dia 4 de novembro pela empresa e pelas entidades sindicais, após longa mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ACT é parte fundamental na relação entre empregados e empregadores. Ao descumprir o compromisso assumido pela diretoria, a atual direção da empresa desrespeita não apenas o seu corpo de funcionários, mas também a instituição que mediou o conflito”, ressalta Rogério Almeida, Coordenador Geral do Sindipetro-PE/PB.

A categoria frisa que o movimento grevista visa a defesa de seus empregos, dos postos de trabalho e se volta contra a possibilidade de privatização da Petrobrás.

Folhape

Gasto estimado com compras é de R$ 1.132 por pessoa

Entre os que pretendem comprar produtos com descontos, 76% consideram a data uma oportunidade de adquirir itens que estejam precisando com preços mais baixos. Além disso, 32% querem antecipar os presentes de Natal de olho nas promoções e 17% planejam aproveitar as ofertas mesmo sem necessidade de comprar algo no momento. Em relação aos que não pretendem fazer compras na Black Friday, os principais motivos apontados são falta de dinheiro (35%), prioridade em pagar dívidas (18%) e falta de necessidade de comprar algum produto (16%). Também há aqueles que não acreditam na veracidade dos descontos oferecidos, que somam 15% da amostra.

Considerando os que realizaram compras no ano passado, 35% esperam adquirir mais produtos em 2019, 23% planejam comprar menos e 20% a mesma quantidade. Quanto à intenção de gastos, os entrevistados estão divididos: 32% pretendem desembolsar mais este ano e outros 32% menos. Por outro lado, 24% devem gastar o mesmo valor. Entre os que têm intenção de gastar mais, 31% justificaram que vão às compras por precisarem adquirir mais produtos. Mesmo percentual (31%) pode ser observado entre os que afirmaram que pretendem comprar mais por terem economizado ao longo do ano para desembolsar na data.

Em média, os consumidores devem comprar cerca de três produtos e desembolsar R$ 1.132. No entanto, 40% dos entrevistados ainda não definiram o quanto pretendem gastar. De acordo com o levantamento, a expectativa dos consumidores para este ano é de que haja um desconto médio de 45% nos produtos e serviços ofertados.

A pesquisa também investigou os locais que os consumidores devem fazer as compras. As lojas on-line (77%) mantêm a preferência dos consumidores. Na sequência, aparecem as lojas físicas (54%), como os shopping centers (33%), as lojas de rua e de bairros (28%) e os supermercados (16%). Outro dado aponta que 68% estão evitando algum tipo de compra em outubro e novembro para aproveitar as ofertas da Black Friday. Além disso, quatro em cada dez (44%) consumidores pretendem comprar na semana do evento, enquanto 27% irão às compras no dia e 13% pretendiam ir na primeira quinzena de novembro.

Somente 18% devem madrugar na porta das lojas físicas para garantir as compras, enquanto 73% não têm essa intenção. Ao mesmo tempo, 61% dos que trabalham esperam se manter conectados durante o expediente para ficar sabendo das melhores ofertas e 40% devem passar a madrugada conectados à internet para garantir a compra dos produtos.

Cresce número de consumidores que só vão comprar na Black Friday se descontos valerem a pena

Na próxima sexta-feira, dia 29 de novembro, será realizada a 10ª edição da Black Friday no país. Ao se consolidar como uma das mais importantes datas para o varejo, a ação deve refletir um amadurecimento do consumidor, cada vez mais consciente em tomar cuidado para garantir as melhores ofertas e não ser enganado. É o que aponta pesquisa realizada em todas as capitais do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os dados revelam que este ano quatro em cada dez (39%) brasileiros só pretendem adquirir algum produto se as ofertas realmente valerem a pena — um crescimento de sete pontos percentuais em relação a 2018. Em contrapartida, metade (50%) disse ter intenção de fazer compras na Black Friday. Apenas 11% não devem aproveitar as promoções.

Esse comportamento do consumidor também pode ser observado na decisão da compra. A pesquisa indica que nove em cada dez (91%) entrevistados planejam pesquisar preços antes de adquirir algum item, principalmente para confirmar se os produtos realmente estão na promoção, ou seja, com preços mais baixos do que o normal (54%). Considerando aqueles que pretendem buscar informações sobre as ofertas, 40% afirmaram que olhariam os preços a menos de 30 dias da Black Friday, enquanto 28% fariam pesquisa com um mês de antecedência e 11% até dois meses antes. Outros 13% só devem verificar preços no dia do evento. Os meios mais utilizados apontados para fazer a pesquisa são sites e aplicativos que fazem comparação de preços e produtos (55%), sites das lojas (52%) e portais de busca (42%).

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a Black Friday deste ano promete ser diferente em relação aos outros anos. “O consumidor brasileiro está mais exigente, em busca de experiências e bons descontos. Tanto é que já começa a se preparar com antecedência para as promoções e pesquisar as ofertas antes de sair comprando. Esse novo cenário abre oportunidades para o varejo que terá a chance de oferecer produtos com preços atrativos e alavancar as vendas, seja no ambiente físico ou on-line”, destaca.