Ação de recadastramento da Compesa é realizada por técnicos devidamente identificados

Para que a Compesa continue realizando o recadastramento de clientes, a contribuição da população é fundamental. Em Caruaru, a atualização cadastral está sendo realizada por meio de visitas domiciliares de técnicos contratados e devidamente identificados. Atualmente essa atividade está sendo realizada no bairro Maurício de Nassau. “É preciso o consentimento do morador. Por isso, pedimos a colaboração de todos, uma vez que os dados atualizados dos clientes acarretam uma melhor prestação de serviços”, reforça o gerente da Unidade de Negócios da Compesa, Mário Heitor.

RECADASTRAMENTO – Os técnicos estão sempre fardados com camisa UV da cor azul ou verde, casaco cinza com a identificação ‘a serviço da Compesa’, além de portar crachá com fotografia e nome completo. As visitas domiciliares para recadastramento de clientes acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h.

Todos os clientes de Caruaru serão visitados para realização da atualização cadastral. Em casos específicos, uma segunda visita pode acontecer, em situações de conflito de informações com dados registrados anteriormente. A revisão faz parte do processo de fiscalização e controle de qualidade da Companhia. Em hipótese alguma, será solicitada informação de caráter financeiro.

O objetivo da atualização cadastral é facilitar a localização do cliente no sistema, a fim de oportunizar maior agilidade no atendimento, a geração de faturas com informações precisas, além de promover o estreitamento do relacionamento do cliente com a Compesa. Em casos de dúvidas, o cliente deve entrar em contato pelo 0800 081 0195.

Empréstimo em bancos e financeiras é o maior vilão da inadimplência no país

Com o desemprego ainda elevado e o achatamento da renda, os brasileiros vêm enfrentando dificuldades em manter as contas em dia. A saída para muitos tem sido recorrer ao crédito não só para quitar dívidas como pagar despesas básicas, que incluem água e luz. Um levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o principal responsável pela negativação de CPFs no país é o empréstimo pessoal contraído em bancos e financeiras: 69% dos usuários da modalidade de crédito estão com restrição no nome. O crediário (68%) e o cartão de crédito (67%) aparecem logo em seguida no ranking.

Os dados mostram ainda que entre outros vilões da inadimplência estão o cheque especial (52%), o financiamento de automóvel (52%), o financiamento da casa própria (35%), as mensalidades escolares (26%), os empréstimos com parentes e amigos (23%), as contas de telefone (20%), os boletos de TV por assinatura e internet (16%) e as conta de água e luz (11%). Atrasos com condomínio correspondem a 11% das respostas.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, esse quadro deve-se não apenas ao orçamento apertado do brasileiro, mas também à falta de controle das finanças. “Se por um lado, o cenário econômico não vem favorecendo o equilíbrio das contas; por outro, existe um aspecto comportamental importante. Boa parte das pessoas não costuma organizar seus gastos, fazendo compras além de suas possibilidades financeiras, que muitas vezes transformam-se em dívidas difíceis de serem pagas. Ao buscar empréstimo, é preciso cuidado redobrado. A preocupação em quitar débitos pendentes só é interessante quando se troca uma dívida cara por outra mais barata. Ou seja, quando o consumidor substitui o valor das dívidas que cobram juros elevados, como cartão de crédito, por exemplo, por outra com valores mais baixos, como empréstimo consignado. Caso contrário, os juros podem fazer com que as parcelas dos empréstimos fiquem inviáveis ”, observa.

O levantamento também mapeou as contas que os inadimplentes possuem em aberto, mas que não levaram à negativação. Os empréstimos feitos com pessoas próximas, como parentes e amigos, estão em primeiro lugar (33%). Em segundo lugar, destacam-se as mensalidades escolares (26%) e, em terceiro, o cheque especial (24%). As parcelas do crediário (21%) e do cartão de crédito (17%) vêm na sequência.

Inadimplentes priorizam aluguel na hora de quitar contas; apenas 16% pagam em dia cartão de crédito

Um dos desafios para os inadimplentes é priorizar as contas que devem ser pagas, principalmente quando o dinheiro não sobra no fim do mês. De acordo com a pesquisa, o aluguel (84%) e o plano de saúde (82%) aparecem no topo dos compromissos financeiros quitados em dia. Já os boletos de condomínio aparecem em seguida, com uma participação de 78%. Outras dívidas que os inadimplentes costumam pagar no prazo são: TV por assinatura e internet (73%), conta de água e luz (72%), conta de telefone fixo e celular (66%) e financiamento da casa própria (53%). Apenas 24% dos entrevistados reconhecem estar em dia com o cheque especial e 16% com a fatura do cartão de crédito.

“A incapacidade de pagar os compromissos em dia tem levado muitos brasileiros a fazer um tipo de rodízio para escolher qual conta pagar naquele mês. Normalmente, o consumidor prioriza o pagamento de contas básicas e de serviços essenciais, como água e luz, mesmo sabendo que podem ser interrompidos em situação de inadimplência. Mas esse tipo de decisão deve ser bem pesada, após uma análise do valor das pendências. ”, orienta o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

Metodologia

A pesquisa ouviu 600 consumidores com contas em atraso há mais de 90 dias. A amostra é representativa e contempla ambos os gêneros, pessoas acima de 18 anos, de todas as classes sociais e residentes nas 27 capitais do país. A margem de erro é de 3,97 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas
SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

Seminário discute gestão escolar para a aprendizagem

O Itaú Social e o Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV DGPE) promovem o seminário Gestão Escolar para a Aprendizagem de Todos e Todas, nesta terça-feira, 05 de novembro, das 9 às 12 horas. O evento, que ocorre no auditório da FGV 9 de julho, discutirá os desafios da gestão escolar para a aprendizagem, inclusive como mecanismo de inclusão social, e será transmitido ao vivo neste link.

A abertura será realizada pela superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann, e pelo diretor da FGV DGPE, José Henrique Paim. Em seguida, ocorre a mesa com os palestrantes Jaana Nogueira (FGV DGPE), Mauricio Ernica (Unicamp) e Tiana Tapety (Secretaria Municipal de Educação de Oeiras), mediada por Sofia Lerche (FGV DGPE).

O seminário é a primeira atividade do Encontro do Programa Melhoria da Educação, que reunirá parceiros técnicos e representantes dos municípios e territórios parceiros do programa. À tarde, os participantes seguirão para o Centro Fecomércio de Eventos, onde ocorrerão oficinas sobre o tema. O encontro continua no dia 06, com a participação apenas de parceiros técnicos, com atividades sobre equidade e tecnologias educacionais.

Programa Melhoria da Educação

Criado em 1999, o Melhoria da Educação já ofereceu capacitação a cerca de 3.500 gestores de mais de 1.050 municípios, em 17 estados brasileiros. Idealizado pelo Itaú Social, o programa atua em conjunto com dez parceiros técnicos: Avante, CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), Comunidade Educativa CEDAC, H+K, Instituto Avisa Lá, ICEP (Instituto Chapada de Educação e Pesquisa), IQE (Instituto Qualidade no Ensino), Instituto Rodrigo Mendes e Oficina Municipal.

O quê: Seminário Gestão Escolar para a Aprendizagem de Todos e Todas
Data: 05/11/2019 (terça-feira)
Horário: 9 horas
Local: Auditório da FGV 9 de julho (Rua Itapeva, 432 – Bela Vista, São Paulo/SP)

Transmissão ao vivo: https://www.youtube.com/user/fgvtv

Sesc Caruaru com produção de cinema para crianças e adultos a partir desta quarta (06)

O projeto Cine Sesc traz para Caruaru uma programação diversificada para os pequenos e os adultos em novembro. Vai ter exibição gratuita de curtas e longas-metragens a partir desta quarta-feira (06/11), no Teatro Rui Limeira Rosal, com sessões às 9h30, 15h e 19h30. Serão exibidos esta semana “Minha vida de abobrinha” e “Terra Vermelha”.

O longa-metragem “Minha vida de Abobrinha”, animação do diretor Claude Barras, poderá ser assistido em duas sessões: às 9h30 e 15h. O filme tem 1h06 de duração, e conta a história de Icare, um sensível menino de nove anos que prefere ser chamado de Abobrinha. Ele é deixado pela polícia em um orfanato depois que sua mãe falece. Deslocado neste novo universo, aos poucos começa a se relacionar com as outras crianças e descobre o significado de amizade e confiança. A produção tem indicação etária livre.

Com direção de Marco Bechis e estrelado por Claudio Santamaria, Chiara Caselli, Matheus Nachtergaele e Leonardo Medeiros, a produção brasileira “Terra Vermelha” é baseada em histórias reais e trata de briga entre índios e fazendeiros por terra. Um grupo de índios escravizados, que são atração turística em troca de algum dinheiro, decidem reivindicar suas posses por direito. O filme será exibido às 19h30 e tem classificação indicativa de 14 anos.

Nas quartas feiras 13 e 20 de novembro, serão exibidos ainda os curtas “Ormie”; “Rodas”; “Band-Aids e pirulitos”; “Kostyd”; “Lumi”; “A aula de natação”; “Corrida”; “Grande prêmio”; e “O príncipe rato” e os longas-metragens “O filho uruguaio”, “A história da cabra: queijo de cabra”, e “Plastic City”. O Sesc Caruaru fica na Rua Rui Limeira Rosa, sem número, no Bairro Petrópolis.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço: Cine Sesc

Entrada: Gratuita

Local: Teatro Rui Limeira Rosal – Sesc Caruaru (Rua Rui Limeira Rosal, s/n – Bairro Petrópolis)

Programação

06/11 “Minha vida de Abobrinha” – 9h30 e 15h (L) | “Terra Vermelha” – 19h (14 anos)

13/11 – “Ormie”; “Rodas”; “Band-Aids e pirulitos”; “Kostyd”; “Lumi”; “A aula de natação”; “Corrida”; “Grande prêmio”; e “O príncipe rato” 9h30 e 15h (L) | “O filho uruguaio” – 19h (12 anos)

20/11 – “A história da cabra: queijo de cabra” ” 9h30 e 15h (L) | “Plastic City” – 19h (16 anos)

Informações: (81) 3721-3967

Secretaria de Educação de Caruaru divulga calendário de matrículas para 2020

A Secretaria de Educação de Caruaru iniciou o período de matrículas para crianças e jovens que desejam estudar na rede municipal de ensino. Os prazos gerais vão até o dia 23 de dezembro de 2019, mas é bom ficar alerta ao que diz o calendário.

Os alunos que já fazem parte das escolas municipais podem renovar a matrícula até sexta-feira (15). Os retardatários têm entre os dias 18 e 19 deste mês.

Os estudantes que já estão matriculados na rede municipal, mas almejam mudar de unidade de ensino, devem procurar a escola de sua preferência e realizar o remanejamento do dia 18/11 até 21/11.

Já as matrículas para novatos podem ser efetivadas entre 25/11 e 23/12. Se por ventura perderem o prazo, os pais e/ou responsáveis devem comparecer ao departamento de Organização Escolar, na Secretaria de Educação, para verificar a existência de vagas e possível localização.

As crianças que estiverem inscritas nas creches terão vagas garantidas no 1º Ano do Ensino Fundamental, mediante o comparecimento do responsável às escolas de destino para confirmação de matrícula.

Para efetivar a matrícula, os pais devem comparecer, diretamente, na escola de preferência do estudante e devem estar munidos de RG e CPF, comprovante de residência, além de cópia da certidão de nascimento do discente, dos cartões de vacinação, do SUS e Saúde Bucal, do Bolsa Família, em caso de existir beneficiado, e também duas fotos 3×4 recentes e a transferência da unidade estudantil de origem.

É bom lembrar que, para os interessados em ingressar na Modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos, no Ensino Fundamental, a idade mínima será de 15 anos completos, conforme a Resolução CNE/CEB nº 03, de junho de 2010.

Calendário:

– Renovação da matrícula: até o dia 15/11

– Renovação para retardatários: 18 a 19/11

– Remanejamentos dos estudantes da rede municipal: 18 a 21/11

– Efetivação de matrículas para alunos novatos: 25/11 a 23/12

Caruaru Shopping sorteia quatro carros na campanha ‘Um encanto de Natal’

O Caruaru Shopping já está nos preparativos para a realização da campanha promocional ‘Um encanto de Natal’. A ação, que teve início no dia 1º de novembro, segue até 31 de janeiro de 2020. Este ano o Caruaru Shopping estará sorteando quatro carros 0 Km – Renault Kwid.

A cada R$ 300 em compras, o consumidor terá direito a um cupom para participar da promoção. As trocas devem ser feitas no estande que funcionará de segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos das 11h às 21h, próximo ao cinema. O sorteio acontecerá no dia 31 de janeiro de 2020, às 20h.

No Caruaru Shopping são mais de 200 lojas com tudo o que você precisa para o seu Natal!

Mega-Sena sorteia hoje prêmio acumulado de R$ 40 milhões

Os apostadores têm até as 19h (horário de Brasília), desta segunda-feira (4) para fazer seu jogo no concurso 2.204 da Mega-Sena, cujo prêmio principal está acumulado e vai pagar R$ 40 milhões para quem acertar o sozinho as seis dezenas.

O bilhete simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 3,50.

O sorteio está sendo realizado excepcionalmente hoje, porque no sábado (2) não houve extração devido ao feriado de Finados.

As dezenas serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de Paulo. O sorteio é aberto ao público.

Bolsonaro aposta na agenda econômica para alavancar imagem do governo

O presidente Jair Bolsonaro retornou ao Brasil na última semana, após uma viagem de 12 dias pela Ásia e pelo Oriente Médio, pronto para surfar uma onda positiva que se forma na economia com a queda na taxa de juros; redução, ainda que tímida, na taxa de desemprego; e uma agenda de pacotes para estimular a atividade econômica. No entanto, todo o planejamento foi atropelado pelas suspeitas envolvendo áudios das gravações da portaria do condomínio, no Rio, onde o presidente tem casa e também onde mora um dos suspeitos de assassinar a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e o motorista Anderson Gomes.

A recente declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de ressuscitar o AI-5, se a “esquerda radicalizar”, também prejudicou. Depois da turbulência dos últimos dias, o presidente inicia a semana com boas notícias para tentar melhorar a imagem do governo.

Dentro da agenda reformista, está prevista a apresentação de propostas do pacto federativo para a distribuição de recursos entre União, estados e municípios, medidas de estímulo à geração de empregos, e a apresentação da reforma administrativa, com o objetivo de estabelecer novas regras para contratação, estabilidade, promoção e salários de servidores. A reforma tributária vem sendo debatida pela equipe econômica. Além das ações previstas no pacote econômico, que devem ser lançadas a conta-gotas, Bolsonaro também poderá tirar proveito do maior leilão de petróleo da história do país, que poderá assegurar arrecadação de R$ 106,5 bilhões, caso todos os blocos sejam arrematados.

As novas propostas da agenda reformista não significam, entretanto, que o Palácio do Planalto surfará na crista da onda. As boas notícias que o Executivo se prepara para apresentar nesta terça-feira (5) ainda contrastam com os últimos fatos negativos, principalmente depois de Bolsonaro ter admitido, no sábado, que pegou a gravação da portaria do condomínio da Barra da Tijuca. A oposição já se articula para questionar o presidente na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Supremo Tribunal Federal (STF) por obstrução de Justiça. E a declaração de Eduardo sobre o AI-5 ainda repercute mal nos partidos e entre parlamentares.

Embora o Congresso tenha sensibilidade em relação a matérias econômicas, o ritmo de tramitação costuma ser contaminado à medida que notícias negativas associadas ao governo surgem, sustenta o cientista político Enrico Ribeiro, coordenador legislativo da Queiroz Assessoria em Relações Institucionais e Governamentais. “Onde tem dedo do governo tem um toque de Midas ao revés, trazendo quase 150 votos contrários da oposição, mesma quantidade que calculamos ser a base governista. O governo fica refém dos partidos de Centro, que não farão esforços para acelerar o andamento”, avaliou.

O desafio da articulação política do Planalto, assim, é tentar convencer e estruturar junto a líderes partidários e aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), uma diretriz com relação às prioridades. É aí que está o principal contraste de ideias. Enquanto Maia tenta acordo com o Executivo para fechar um cronograma em torno da reforma tributária, a equipe econômica quer encaminhar a reforma administrativa. No Congresso, dizem que as recentes polêmicas associadas ao Planalto alimentam a queda de braço, e o Executivo, por sua vez, se recusa a ceder, alimentando o cabo de guerra.

O embate pode custar a celeridade almejada pelo governo, a exemplo do pacote de estímulo ao emprego. O texto da chamada carteira de trabalho Verde e Amarela está pronto e havia a expectativa de ser apresentado na sexta. A divergência de ideias está no rito de tramitação. O Executivo desejava enviá-la por medida provisória, ou seja, dar à matéria rito máximo de 120 dias, bem com o aplicação imediata até a aprovação e sanção. Maia, no entanto, resiste, e deseja o envio por meio de projeto de lei.

A equipe econômica atuou para chegar a um acordo. O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, conversou com Maia e com Alcolumbre, na semana passada, a fim de tentar um meio-termo. O presidente da Câmara reforçou que não aceita a discussão do pacote de emprego por MP, mas escutou as ponderações entre as reformas. Marinho sustentou que, enquanto não há consenso sobre o modelo ideal da reforma tributária nem na Câmara, nem no Senado, há mais conformidade em torno da administrativa.

Acordos
Nesta segunda-feira (4), o governo costura os últimos acordos em torno da agenda econômica. A apresentação da proposta do pacto federativo é mais consensual. A ideia é propor a desvinculação de recursos em fundos especiais, uma fatia maior dos royalties do petróleo e o fim da destinação obrigatória de percentuais do orçamento para saúde e educação, a fim de distribuir esses recursos entre União, estados e municípios. Os últimos detalhes, assim, estão voltados para a reforma administrativa e a carteira Verde e Amarela. O Executivo trabalha para evitar o envio de textos natimortos ou sem apelo político para iniciar a maturação no Congresso.

No sábado, ao confirmar a pretensão de ir ao Congresso lançar o pacote econômico e não descartar o convite ao presidente do STF, Dias Toffoli, Bolsonaro disse que a ideia é mostrar que os três Poderes têm que estar em harmonia. “Pretendo levar (as propostas ao Congresso). Está pré-agendado na terça-feira. A ideia é dar demonstração, como na reforma da Previdência, de que estamos juntos”, declarou. A reforma tributária governista, no entanto, pode ficar para depois. O ministro da Economia, Paulo Guedes, está convencido de que é necessário lançar algo ainda este ano, caso contrário, será acusado de não ter apresentado nada. É consenso na equipe econômica, que o melhor é não discutir uma modernização do sistema tributário até o fim de 2019.

Carteira verde e amarela
A carteira de trabalho Verde e Amarela sugere a substituição da atual carteira física por uma digital. Aos empresários, será oferecida uma desoneração escalonada, que se inicia em 34%, dos quais 20% virão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e 6%, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) — cabendo aos patrões arcarem com o recolhimento de 2% do fundo. Os encargos restantes, referentes a alíquotas do Sistema S e do salário educação, também seriam arcados pelo governo. A ideia é que o escalonamento seja feito a cada dois anos, com redução das desonerações à medida que os empregadores mantenham os trabalhadores, que deverão contemplar a faixa entre 18 e 29 anos ou acima de 55 anos, para cargos remunerados em até 1,5 salários- mínimos, atualmente em R$ 1.497,00. Em seis anos, a desoneração poderia chegar a 12% aos patrões que mantiverem seus funcionários por cerca de seis anos, explica um interlocutor do governo.

Parte da colheita fica para 2020
À exceção do leilão de campos excedentes do pré-sal, cuja venda pode garantir receitas extraordinárias para os cofres públicos ainda este ano, os impactos das demais propostas para a economia devem ficar para o próximo ano. Contando a partir de amanhã, restarão 21 dias para sessões deliberativas ordinárias, que ocorrem entre terça e quinta-feira, até o fim do ano legislativo, em 22 de dezembro, que cairá em um domingo. Ou seja, salvo uma sessão extraordinária, o último dia para votações plenárias no Congresso será em 19 de dezembro. Por isso, o governo espera, ao menos, maturar a agenda, dando sinalizações ao mercado e preparando a sociedade para as votações que virão em 2020.

Sem tempo hábil para aprovar ainda em 2019 as matérias econômicas — algo reconhecido até por interlocutores governistas —, o Executivo trabalha para melhorar o relacionamento com o Congresso. Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro chamou o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), para traçar as estratégias e prioridades até dezembro. Mas ele mesmo está ciente de que ajustes internos serão necessários para intensificar a articulação política.

As polêmicas associadas ao governo não são o único obstáculo para o melhor andamento das matérias de interesse do Executivo. A despeito do esforço de Ramos e de Vitor Hugo, alguns ministros de Estado não têm tido sensibilidade política para contribuir junto à formação da base para a aprovação de projetos deles próprios, segundo criticam interlocutores. “Os articuladores são demandados sobre interesses de parlamentares em cargos importantes e regionais em estatais e autarquias, as encaminham aos ministros, mas eles não as executam”, diz um vice-líder governista.

Os ministérios da Agricultura, Saúde e Cidadania, controlados por políticos, Tereza Cristina (DEM), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Osmar Terra (MDB), respectivamente, são alguns dos mais demandados — e onde as reclamações são frequentes desde o início do mandato. Mas, recentemente, as principais reclamações residem nos ministérios da Infraestrutura e de Minas e Energia, chefiados por Tarcísio de Freitas e Bento Albuquerque, respectivamente.

Ao Correio, Vitor Hugo não comentou sobre o tema, mas admite que o governo conversa sobre o estabelecimento de prioridades. “Não adianta colocar seis pautas ao mesmo tempo no fim do ano e não ter tempo. Faltam menos de dois meses para o fim das sessões”, disse. As prioridades, por ora, são o Projeto de Lei (PL) nº 3723/2019, que regulamenta a concessão de porte de armas de fogo para novas categorias, além das previstas no Estatuto do Desarmamento, a Medida Provisória 890, que institui o programa Médicos pelo Brasil, o PL nº 3261/19, que atualiza o marco legal do saneamento básico, o PL nº 1645/2019, e a reforma da Previdência dos militares.

Correio Braziliense

Quatro mil toneladas de óleo já foram retiradas de praias nordestinas

PE – TAMANDARE – 18/10/2019 – Moradores da cidade de Tamandare, fazem mutirao para limpar as grandes quantidades de oleo jogado ao mar. Uma das praias mais afetada, foi a praia da boca com a foz do rio una, localizada no municipio de Tamandare, onde o poder publico, nao fez a total coleta do materia, nesta sexta feira (18). Foto: Tarciso Augusto/ DP FOTO.

Desde o início do aparecimento de manchas de óleo nas praias nordestinas, mais de 4 mil toneladas de resíduos já foram retirados desses locais, informou no sábado (2) o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petro%u0301leo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O descarte desse material é feito pelas secretarias de Meio Ambiente dos estados.

Em nota, o GAA informou também que “foram detectados e removidos pequenos fragmentos de óleo em Ponta da Baleia, em Caravelas e na Ilha de Santa Bárbara, em Abrolhos-BA, por equipes e navios da Marinha, juntamente com o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]”.

De acordo com o grupo, de maneira a incrementar a prevenção da chegada do óleo a Abrolhos, os seguintes navios da Marinha permanecem atuando e monitorando a região: fragatas Independência e Constituição, Navio de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia, Navio Varredor Atalaia, Navio Oceanográfico Antares, Navio-Tanque Almirante Gastão Motta, Corveta Caboclo e Navios OSRV Viking Surf e Mar Limpo IV da Petrobras.

No dia 31 de outubro, de acordo com a nota, o GAA solicitou à Petrobras a transferência da área monitorada pelo satélite CosmoSkymed, da Bacia de Campos (Rio de Janeiro) para a região de Abrolhos, com objetivo de incrementar o monitoramento.

A notícia positiva, de acordo com o GAA, é que estão limpas as praias do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco. As localidades que ainda permanecem com vestígios de óleo e com ações de limpeza em andamento são as seguintes: Maragogi, Japaratinga, Barra de São Miguel, Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu, em Alagoas; Artista, em Sergipe; Arembepe, Berlinque, Barra Grande, Cueira, Pratigi, Alcobaça, Mar Moreno e Piracanga, na Bahia.

Neste sábado, de acordo com a nota, foram empregados nos trabalhos de limpeza das praias e observação marítima 15 navios, quatro aeronaves, três drones e mais de 2.350 militares e 85 servidores do Ibama e ICMBio.

A nota faz um levantamento dos equipamentos e de pessoas até o momento empregados na prevenção e limpeza do óleo que chega às praias nordestinas: mais de 3.370 militares da Marinha, 26 navios, sendo 22 da Marinha e quatro da Petrobras, 14 aeronaves, sendo três da Marinha, seis da Força Aérea Brasileira (FAB), três do Ibama e dois da Petrobras. Também foram mobilizados 5 mil militares e 140 viaturas do Exército Brasileiro, 140 servidores do Ibama, 40 do ICMBio e 440 funcionários da Petrobras.

De acordo com a nota, a Operação Amazônia Azul – Mar Limpo e%u0301 Vida, em fase final de planejamento, terá início a partir da próxima semana. A Marinha realizará, em conjunto com o Exército e a FAB, ações humanitárias relacionadas ao meio ambiente, cooperação na recuperação de áreas marítimas atingidas e monitoramento das águas jurisdicionais brasileiras.

A nota afirma, por último, que a “gravidade, a extensão e o ineditismo desse crime ambiental exigem constante avaliação da estrutura e dos recursos materiais e humanos empregados, no tempo e na quantitade que for necessária”.

ARTIGO — A Tristeza no Anhangabaú

Fernando Rizzolo é advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais

Ainda me lembro de que há anos, quando passava uns dias em Porto Alegre, alguns gaúchos amigos me perguntavam com frequência o que era esse tal de “Anhangabaú” de que tanto ouviam falar nos noticiários, como referência ao centro de São Paulo.

Tentei explicar de forma simplista que era um nome indígena dado a um vale que existia no centro da capital paulistana. Na realidade, “Anhangabaú” é palavra em tupi-guarani que significa “rios dos malefícios do diabo”. Os indígenas acreditavam que as águas do riacho Anhangabaú provocavam doenças físicas e espirituais.

Em quase todas as cidades há folclore, elementos que ajudam a contar a história do lugar, e o Anhangabaú não foge à regra. E foi caminhando numa tarde de segunda-feira que me deparei com uma multidão, por volta de mil pessoas, muitas deitadas no chão, outras chorando e contando histórias aos que estavam ao seu lado numa fila interminável. Muito sutilmente, procurei me aproximar de um idoso na fila, que mais parecia um morador de rua, pois estava deitado no velho e famoso “papelão de chão”, utilizado pelos moradores de rua na capital para diminuir o impacto do frio que existe entre o chão e seu corpo.

Perguntei-lhe do que se tratava a tal fila enorme, e ele, com olhar cansado, até um pouco marejado, de maneira submissa e educada me disse que era desempregado há dois anos e que aquela multidão estava ali para tentar conseguir um emprego. Era possível ver, na sua timidez social e na dos que ali estavam, o desalento, o desespero, a tristeza. Ele disse também, com um olhar de esperança, que acreditava naquele “mutirão do emprego”. Contou-me, com uma voz trêmula, que passou a noite “para pegar lugar”. Balançando minha cabeça afirmativamente, desejei-lhe boa sorte.

À medida que caminhava, pensava: Que Brasil estamos vivendo? Temos um crescimento pífio, contamos com 13 milhões de desempregados, segundo o IPEA, a escalada da desigualdade social disparou, empresários não investem, na expectativa de mudanças, o dólar sobe numa velocidade sem controle, a economia não anda e, mais, no vácuo da falta de propostas, os noticiários se enchem, dando publicidade ao rigor das Operações da Lava Jato, às prisões diárias e outras investidas policiais que parecem ser uma das pautas do governo, o que me parece justo e razoável, pois votei no presidente Bolsonaro e fui às ruas para protestar contra a corrupção, mas, entre os desfiles militares, as palavras ríspidas aos jornalistas, os conflitos internacionais em que o presidente acabou se envolvendo na defesa da soberania, nos conflitos entre poderes, entendo que o povo brasileiro perdeu o consenso político e estamos mergulhados na escuridão.

O Ministro Dias Toffoli, a quem considero uma pessoa de bom senso, em entrevista fez menção exatamente a essa questão do apaziguamento entre os poderes, do diálogo, da preservação da democracia e, acima de tudo, do Estado Democrático de Direito. Temos que partir para a geração de emprego e menos agressividade, temos que viabilizar o diálogo com todos os matizes ideológicos, e não apenas desenrolar um rol de acusações ao Congresso, vez que vivemos uma democracia representativa, que, com todas as imperfeições da democracia, ainda é melhor do que o Estado de Exceção.

Pensei no Anhangabaú, pensei nos indígenas que deram nome àquele lugar e com um olhar triste refleti: “talvez alguma tribo um dia tenha previsto que tanta tristeza habitaria ali, na procura de um sonho, de um emprego”, enfim, que se sequem as lágrimas do vale e que a esperança de um Brasil melhor faça valer a pena passar uma noite de espera no velho Anhangabaú…

Fernando Rizzolo é advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais.