Raquel Lyra fez ‘peregrinação’ em Brasília

Wagner Gil

Esta semana, a prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB) fez uma verdadeira peregrinação por Brasília. A meta: conseguir recursos para tocar novas obras e destravar outras que tiveram verbas retidas. “Foram dois dias e duas noites de intenso trabalho. Andamos muito e fomos a todos os gabinetes dos 25 deputados pernambucanos”, revelou a prefeita, que bateu ainda na porta dos senadores Humberto Costa (PT) e Fernando Bezerra Coelho (MDB).

Raquel que foi acompanhada do secretário de Governo, Rubens Júnior. “Foram dois dias de muito trabalho. Muita dedicação. Tivemos reuniões ainda na Caixa Econômica Federal, em dois momentos, e, em um deles, para debater questões de saneamento e resíduos sólidos”, revelou Rubens. “Na próxima semana, uma equipe técnica da prefeitura voltará a Brasília para finalizar esse trabalho iniciado pela prefeita”, completou Rubens.

Animado, o secretário de Governo disse ainda que a deputada federal Marília Arraes (PT) e o senador Humberto Costa (PT) também foram bastante receptivos. “Nós conversamos com João Campos também”, disse Rubens Júnior, referindo-se ao deputado federal, filho do ex-governador Eduardo Campos.

VERBA PARLAMENTAR

Atualmente a Prefeitura de Caruaru vem sofrendo com a escassez de recursos, incluindo aí a ‘perseguição’ do Governo do Estado com a cidade, que não recebe obras e nem recursos dessa gestão. “No mês de setembro é quando os deputados começam a indicar verbas para os municípios. Nós nos antecipamos. Fomos no gabinete de cada um deles e falamos com a maioria”, disse Raquel. “Praticamente todos garantiram que vão destinar algo para Caruaru”, completou.

Rubens revelou ainda que foi no gabinete dos deputados mais votados em Caruaru, incluindo o seu aliado Daniel Coelho (PPS), Fernando Rodolfo (PP) e Wolney Queiroz (PDT). “Wolney não estava, mas nós fomos muito bem recebidos por sua assessoria”, destacou.

O deputado federal Túlio Gadelha (PDT) recebeu Raquel em seu gabinete e ainda postou uma foto. “Ele (Túlio Gadelha) também disse que destinaria verba para Caruaru. A nossa viagem foi muito proveitosa”, afirmou a chefe do Poder Executivo municipal.

A ida a Brasília foi decisiva também para destravar verbas que estavam em andamento, como a reforma dos mercados de Carne e de Farinha, bem como da Casa Rosa, todos no Parque 18 de Maio e dentro do projeto de revitalização da tombada Feira de Caruaru. Algumas obras, como banheiros, calçadas e iluminação, já foram concluídas, mas com o dinheiro do Finisa, uma linha de crédito adquirida com a Caixa Econômica Federal.

Papa Francisco é resgatado após ficar preso em elevador

Foto: Filippo Monteforte/AFP
Foto: Filippo Monteforte/AFP
O papa Francisco explicou que se atrasou para a tradicional oração dominical do Angelus porque ficou preso em um elevador do Vaticano e precisou ser resgatado pelos bombeiros.
Depois de mencionar a história de seu “resgate”, Francisco fez um anúncio surpreendente sobre a criação de novos postos de cardeais da Igreja, incluindo 10 com possibilidades de sucedê-lo como sumo pontífice.
“Tenho que pedir desculpas por chegar tarde. Fiquei preso em um elevador durante 25 minutos por um corte de energia, mas depois os bombeiros chegaram”, disse o sorridente pontífice de 82 anos.
“Um aplauso ao serviço dos bombeiros”, pediu, no que foi imediatamente atendido pela multidão.
Francisco chegou sete minutos atrasado, o que provocou inquietações nas emissoras de TV italianas que exibem o Angelus ao vivo. Os canais informaram que era um incidente quase inédito.
O pontífice parece ter energia ilimitada, apesar de sua idade, mas na juventude teve a maior parte de um pulmão extirpado. E as demonstrações de dor que escapam ocasionalmente lembram que a dor ciática é quase crônica.
“Houve um momento de grande preocupação pelo que poderia ter acontecido”, afirmou Vania De Luca, vaticanista do canal Rai News.

Caminhoneiros prometem paralisar as estradas na próxima quarta-feira (4)

De acordo com a categoria, paralisação não deve ter data nem hora para terminar. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com a categoria, paralisação não deve ter data nem hora para terminar. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A madrugada de terça (3) para quarta-feira (4) da próxima semana promete ser um misto de movimento e paralisação nas estradas de todo o Brasil. Isto porque devido à suspensão do julgamento sobre a constitucionalidade da tabela que prevê pisos mínimos para o frete dos caminhoneiros autônomos por parte do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, a categoria optou por bloquear o movimento nas rodovias federais, em todo o país, neste dia. De acordo com a categoria, o protesto não tem nem data nem hora para conclusão. Nos dias anteriores, a partir de domingo (1), haverá panfletagem junto aos caminhoneiros. O STF ainda não tem previsão para uma nova data de julgamento.

O grupo vinha negociando há algum tempo, sem sucesso, uma nova tabela com o governo após a anterior – considerada com valores baixos pela categoria – ter sido suspensa em julho. Marconi França, líder dos caminhoneiros autônomos em Recife, conta que foi informado da suspensão do julgamento, por telefone, pelo ministro Tarcísio de Freitas.
Ele diz acreditar que o adiamento ocorreu porque a tabela seria considerada constitucional e conta que a categoria já vinha articulando-se nacionalmente, há aproximadamente 30 dias, para pressionar o STF com o argumento da validade da lei 13.703. Isto porque ela teria passado por todos os trâmites jurídicos e constitucionais, além de aprovada na Câmara dos Deputados, Senado e CCJ, além de sancionada pelo então presidente Michel Temer. “Não estamos pedindo nada de mais, só o que é nosso e o cumprimento de uma lei vigente. Não há o que se discutir sobre isso. Tínhamos sido informados de que a Advocacia Geral da União (AGU) defenderia esta causa com unhas e dentes, mas fomos pegos de surpresa na data de ontem. Então, mediante o exposto, estaremos firmes com o movimento”, afirmou.
Marconi supõe, ainda, que até a próxima segunda (1), a categoria deve ser convocada para uma reunião, a qual não pretendem comparecer. “O que estamos pleiteando, há cerca de 15 anos, é o nosso piso mínimo. Em 2015 foi proposto um acordo com uma tabela referencial e isso já não funcionou. Só aceitamos a vinculativa à nossa lei”, explica. Ele credita o adiamento do julgamento à pressão de setores fortes do agronegócio bem como da bancada do segmento composta por 252 deputados e 35 senadores. “Eles estão querendo ganhar tempo mas, para a gente, não importa se isto será julgado hoje ou daqui a 50 anos. Enquanto estiver vigente, a lei é soberana e só queremos que o governo faça sua parte”, continua. E complementa fazendo um pedido à população para que não faça tal qual aconteceu no ano passado com a corrida aos postos. “Já sabemos que transportadores de combustíveis aderirão. Portanto, abasteçam os carros e comprem gás de cozinha porque só sairemos do asfalto quando formos atendidos”, adianta.
Repercussão no setor do agronegócio – O adiamento da corte repercutiu no segmento. Para a Abiove (Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais), o baixo desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) e a retração do setor do agronegócio em 0,4% anunciada nesta quinta-feira (29) pelo IBGE é reflexo da pressão sobre o setor produtivo, que sente os efeitos do tabelamento do preço do frete.
De acordo com André Nassar, presidente da Abiove, a paralisação dos caminhoneiros em maio de 2018 ainda interfere na retomada de crescimento econômico. “O tabelamento do frete é um impeditivo porque criou um cenário de insegurança jurídica e elevou os custos operacionais, comprometendo a geração de emprego e renda em nosso país”, disse ele. Em nota, a associação disse ser “impossível tornar o Brasil mais eficiente com essa distorção no nosso mercado de transportes”

Bolsonaro passará por nova cirurgia por causa de facada

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter
Jair Bolsonaro deve passar por uma nova cirurgia nos próximos dias. Logo cedo, neste domingo (1°), o presidente teve uma consulta com o médico Antonio Luiz Macedo, um dos que fizeram a cirurgia de abdômen, após ele ser atingido por uma facada em 6 de setembro do ano passado, durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG).
Pela redes sociais, Bolsonaro indicou que ficará afastado do cargo. “Agora em São Paulo com os Drs. Macedo e  Leandro. Pelo que tudo indica “curtirei” uns 10 dias de férias com eles brevemente. Bom dia a todos”, escreveu. Em entrevista ao portal G1, Macedo disse que surgiu uma “hérnia na incisão cirúrgica” anterior feita na barriga do chefe do Palácio do Planalto. Nem o médico e nem Bolsonaro indicaram quando será o procedimento.
Após a consulta médica, o presidente seguiu de helicóptero ao Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Brás, em São Paulo (SP). Por volta das 10h, Bolsonaro visitou o Jardim Bíblico, no templo, acompanhado do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da empresa Record. Outros bispos da igreja e uma comitiva do presidente também acompanham a visita

Inclusão de PMs é pauta em comissão de previdência das Forças Armadas

Uma possível inclusão de policiais e bombeiros militares estaduais no Projeto de Lei da Proteção Social das Forças Armadas (PL 1645/19), como é chamado o sistema previdenciário dos militares, é o principal ponto de debate na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o tema.

Para a audiência sobre o tema da próxima terça-feira (3), a comissão convidou o presidente do Clube Militar, general de divisão Eduardo José Barbosa; a presidente da União Nacional de Familiares das Forças Armadas e Auxiliares,, Kelma Costa; o vice-presidente da Associação dos Militares das Forças Armadas de São Paulo (Amfaesp), entre outros membros de associações relacionadas ao assunto.

Debate

Em audiência pública no colegiado, o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse na quinta-feira (29) que uma eventual inclusão das categorias no PL 1645/19 caberá ao Congresso Nacional. Ele também argumentou que possíveis mudanças na proposta devem ser discutidas com os governadores.

“O que eu alertei aqui foi que há necessidade de que haja responsabilidade fiscal e uma concertação ampla, ou seja, os governadores precisam participar desse processo de discussão, já que orçamentariamente e constitucionalmente há uma vinculação, inclusive hierárquica, das polícias militares com os governadores de cada estado da federação”, afirmou Marinho após a audiência.

Segundo o secretário, a inclusão dos militares estaduais ao PL 1645/19 deve contemplar as mesmas regras que poderão ser aplicadas às Forças Armadas, como o aumento do tempo de serviço de 30 para 35 anos e o pagamento de contribuição previdenciária pelos pensionistas.

“Pelo que ouvi aqui, há um certo consenso que tem que se haver responsabilidade. Não adianta simplesmente trazermos para dentro do processo os policiais militares, sem que haja uma contrapartida fiscal”, acrescentou.

Na audiência pública na comissão especial, que contou com a presença do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e com os comandantes das três Forças, deputados ligados às polícias militares criticaram a ausência desses profissionais e dos bombeiros militares na proposta.

O presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, deputado Capitão Augusto (PL-SP), defendeu que policiais e bombeiros militares façam parte do texto. “Estamos pedindo o mínimo. Se for para nos tratar como civis, eu vou querer os mesmos direitos. Só que quero greve e sindicato”, disse o parlamentar durante a audiência pública.

Para ele, os policiais militares têm todas as limitações das Forças Armadas, como falta de adicionais noturno e de insalubridade, e nem todos os benefícios, como vilas militares ou alimentação gratuita em quartéis.

Em outra audiência, ocorrida no último dia 27, o ministro da Defesa pediu a aprovação da proposta enviada ao Congresso pelo governo federal em março, que muda as regras previdenciárias dos militares e reestrutura a carreira das Forças Armadas.

Para Azevedo e Silva, a reforma valoriza a carreira como de Estado e contribui para atração e retenção de profissionais. Segundo o ministro, a reestruturação das carreiras militares não pode ser classificada como aumento salarial, “por não promover um reajuste linear de vencimentos”.

Oito são detidos na Operação Verde Brasil em Rondônia

Oito pessoas foram detidas em uma semana de Operação Verde Brasil em Rondônia, informou neste domingo (1º) o Exército. A operação é a ação governamental voltada ao combate a incêndios e crimes ambientais na Amazônia.

Operação de Garantia da Lei e da Ordem Verde Brasil sob a Coordenação da 17ª Brigada de Infantaria de Selva e com a participação de Órgãos Estaduais e Federais,  para combate a incêndios em vegetação e repressão a delitos ambientais
Operação de Garantia da Lei e da Ordem Verde Brasil sob a Coordenação da 17ª Brigada de Infantaria de Selva e com a participação de Órgãos Estaduais e Federais, para combate a incêndios em vegetação e repressão a delitos ambientais – Op VERDE BRASIL/17

Segundo a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, entre os ilícitos ambientais cometidos estão extração ilegal de madeira, queima ilegal do solo e porte ilegal de armas. De acordo com o balanço divulgado, houve a apreensão de 41 metros cúbicos de madeira e 11 termos de infração lavrados, no valor total de R$ 994.775 em multas. Também foram apreendidos um caminhão, cinco motocicletas, uma motosserra, uma espingarda e quatro cartuchos não deflagrados.

Conforme a brigada, até o momento, 208 homens e mulheres trabalharam diretamente nas ações de campo. São usados 43 veículos terrestres (viaturas auto combate a incêndio florestal, caminhões tanques, micro-ônibus, vans, caminhonetes 4×4, ambulâncias, quadriciclos e motocicletas), e 11 aeronaves (cinco helicópteros, um C-130, quatro Airtractors e um Caravan).

Para combater as queimadas em Rondônia, no Acre e no sul do Amazonas, as aeronaves lançaram cerca de 260 mil litros de água na primeira semana da Operação Verde Brasil.

Confira o horário de funcionamento do Caruaru Shopping, nos feriados de 7 e 15 de setembro

O Caruaru Shopping estará funcionando com horário especial nos feriados de 7 de setembro (Independência do Brasil) e 15 de setembro (Dia de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Caruaru). O primeiro feriado cai em um sábado e o horário será: Lojas e quiosques, das 10h às 20h; Alimentação e Lazer, das 11h às 21h; Hipermercado, das 9h às 21h; Academia, das 8h às 18h e o Rock & Bowl, das 12h às 21h.

O cinema Centerplex estará aberto conforme horário de sessão. Já o dia de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Caruaru, cai no domingo. E o horário de funcionamento será: Lojas e quiosques, das 12h às 21h; Alimentação e Lazer, das 11h às 21h; Hipermercado, das 9h às 21h; Academia, das 9h às 15h, e o Rock & Bowl, das 12h às 21h. O cinema Centerplex será aberto conforme horário de sessão.

O Caruaru Shopping está localizado no Caruaru Shopping, na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis. Mais informações:

Contribuintes podem opinar sobre reforma tributária para colaborar com os debates

Com o intuito de reunir subsídios e a opinião dos contribuintes sobre a reforma tributária para municiar deputados e senadores e contribuir com o debate sobre o tema, o SESCON-SP lançou o site “Termômetro da Reforma Tributária”. A página apresenta uma enquete que oferece ao usuário a oportunidade de dizer se é contra ou a favor a reforma, qual o melhor modelo, quais os itens de maior relevância que não podem faltar no texto, qual deve ser o principal enfoque dos debates, e muito mais.

Além disso, a página reúne estudos sobre as propostas, matérias e reportagens da imprensa sobre o tema, opiniões de especialistas e tudo o que o contribuinte precisa saber sobre o assunto. Periodicamente, o SESCON-SP tem feito uma compilação da pesquisa e entregue os resultados a deputados, senadores e autoridades.

“Acredito que somente com a participação da sociedade é que podemos construir um modelo tributário mais justo, equânime e eficiente”, explica o presidente do SESCON-SP, Reynaldo Lima Jr, sobre o porquê da criação da página.

Acesse em (www.sescon.org.br/site/reforma).

Ao lado de Haddad, Humberto defende unidade contra Bolsonaro

Para um público que lotou as ruas do entorno do mercado de Casa Amarela, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu, ao lado do ex-ministro Fernando Haddad, a ampliação do diálogo para barrar medidas impopulares do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o senador, é preciso unir forças contra o projeto bolsonarista e “antipovo”. Humberto disse que o Brasil deve olhar para o que aconteceu na Argentina, onde o presidente Mauricio Macri adotou um modelo parecido com o que vem sendo defendido por Bolsonaro e levou o país a uma crise sem precedentes.

“Nós continuamos na trincheira, na resistência contra esse governo. Temos que estar juntos, nos organizar para que a gente possa impedir os desmontes e barrar essa política econômica, que amplia o desemprego, a desigualdade e gera sofrimento para o nosso povo. O caminho é de uma unidade nacional. Pernambuco, assim como todo Nordeste e o Brasil, precisa estar unido na luta para enfrentar o governo Bolsonaro”, afirmou o senador. O ato foi realizado no contexto da Caravana Lula Livre, encabeçada por Haddad e que contou com a presença de deputados federais, estaduais e diversas lideranças políticas.

Na mesma linha, Haddad criticou a postura de Bolsonaro, que, desde que assumiu a presidência, tem dado declarações que vêm gerando reação no Brasil e no mundo. ” O presidente da República é um sujeito que dia sim e outro também só faz besteira. Ele sempre tem uma palavra para ofender alguém, seja mulher, indígena, negro ou nordestino. Bolsonaro só faz dividir o país e se você não for miliciano, você não tem respeito dele. Ele só respeita miliciano”, disparou Haddad, que completou: “No Nordeste, foram 70% de votos pro 13. O Nordeste não fugiu da luta. Agora, temos que convencer o povo do Sul, Sudeste”.

Neste domingo, a Caravana Lula Livre chega a Monteiro, na Paraíba, onde governadores, lideranças políticas e militantes irão fazer um grande ato denunciando a paralisação das obras da Transposição do Rio São Francisco. Foi em Monteiro que Lula fez a inauguração popular da obra e reuniu milhares de pessoas, em março de 2017. “Seguiremos em frente, denunciando, e enquanto Lula não estiver livre ,não sairemos da rua”, afirmou Haddad.

ARTIGO: A difícil arte da magia na educação

Professores enfrentam muitos desafios diariamente e isso é de conhecimento de todos. Qualquer pessoa pode relacionar muitos deles em questão de segundos. Para exercer essa profissão há que se ter não apenas muito conhecimento e preparação, mas também coragem e criatividade. No entanto, fazer a mágica de ensinar o que não se sabe é quase impossível para qualquer um, inclusive os docentes. De acordo com novos estudos do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, divulgado no final do mês passado, preparar adequadamente os professores, em especial áreas críticas com falta de professores, como faz a ONG Educando (cujo foco está na formação de docentes de escolas públicas em métodos práticos nas disciplinas de matemática, física, química e biologia), passa a ser uma necessidade primordial e de extrema urgência.

A razão é simples. Segundo a pesquisa, 33,5% dos educadores brasileiros dos ensinos acima mencionados não tinham, até o final de 2018, formação adequada para lecionar na área de atuação escolhida. Ao todo, 37,8% dos professores dos anos finais do ensino fundamental (entre o 6º e o 9º ano) e 29,2% dos docentes do ensino médio.

Os percentuais mostram profissionais sem qualquer licenciatura ou complementação pedagógica nas disciplinas pela qual eram responsáveis (os cinco primeiros anos do ensino fundamental não entraram na pesquisa em razão da nomenclatura diferenciada das matérias, que não são divididas como nos anos sequenciais).

O Anuário é elaborado com dados do Censo, da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua – ambos realizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – e outras pesquisas do nicho e publicado em parceria entre o movimento Todos pela Educação e a editora Moderna.

Não à toa a Unesco, braço de educação e cultura da ONU (Organização das Nações Unidas), mostra o Brasil em 88º lugar – entre 127 países – no desempenho da educação, segundo o documento The Education for All (EFA) / Global Monitoring Report (GMR). No país da evasão escolar (o mais recente Censo Escolar elaborado pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – aponta para mais de dois milhões de crianças e adolescentes fora das salas de aula), o “efeito dominó” do declínio da educação brasileira parte da falta de investimentos em infraestrutura, merenda e materiais. Mas continua em curso com falhas clamorosas no que tange aos professores: falta de incrementos salariais, planos de carreira e, como já citado, formação adequada.

Sobre salários e planos de carreira, o Anuário mostra que, em 2018, docentes da educação básica tinham rendimentos 30% menores em relação ao salário médio dos profissionais de curso superior. Ao comparar apenas com profissionais das áreas de exatas ou saúde, queda de 50%.

Sobre a formação, vislumbramos saídas? Além do árduo trabalho de instituições independentes do terceiro setor (como a ONG Educando), cujo intuito é auxiliar ao máximo em certas lacunas abertas na educação brasileira, a garantia da formação docente na educação básica é uma das 20 metas previstas pelo PNE (Plano Nacional da Educação), em vigência desde junho de 2014. O texto, dentre outros pontos, assegura a professores da educação básica formação, de nível superior, na específica área de atuação. E a base nacional docente foi além: apresentou ao MEC (Ministério da Educação), em dezembro do ano passado, proposta de uma avaliação anual para habilitação de educadores.

Falta-nos, apenas, portanto, direcionamento correto das políticas de investimentos na educação básica e, ainda, fazer uma “mágica” – em uso convergente da mesma verba – para transformar documentos oficiais das instâncias governamentais em objetos animados, que funcionem na prática. Em união, como um comboio, auxiliando professores, alunos e a educação em geral a caminhar para frente com segurança e assertividade.

Capacitar e valorizar professores ao fornecê-los suportes pedagógico, psicológico e planos de carreira justos é garantir um futuro com mais educação e estimulo ao constante aprendizado.

(*) Marcos Paim, professor e diretor do programa STEM Brasil da ONG Educando.