Em outubro será concluída a primeira fase do convênio firmado entre a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e o Governo Britânico, que prevê investimentos no valor de cinco milhões de libras – o equivalente a R$ 25 milhões – que serão aplicados em projetos de inovações tecnológicas que permitam encontrar soluções eficientes, com padrão mundial, para a redução e controle das perdas comerciais (água distribuída e não faturada) e físicas (vazamentos). Nesta primeira etapa foram aplicadas 300 mil libras para realizar o diagnóstico da gestão de perdas de água na Região Metropolitana do Recife (RMR), e propor soluções técnicas e financeiras para promover maior eficiência na operação dos sistemas de abastecimento de água, assim como o suporte para licitação de um contrato de performance no combate às perdas. Também será entregue um estudo do comportamento dos clientes da Compesa, que ajudará a empresa a definir estratégias para aprimorar o seu relacionamento.
Para visualizar as oportunidades no setor de saneamento para o desenvolvimento social e econômico da RMR e para que haja continuidade de investimentos pelo Governo Britânico, o diretor-geral do Ministério de Comércio Internacional do Reino Unido, John Mahon, participou de uma reunião, na última semana, com a presidente da Compesa, Manuela Marinho, na sede da estatal, no bairro de Santo Amaro. John Mahon também é o conselheiro sênior do Prosperity Fund (Fundo de Prosperidade), o fundo global do Governo Britânico que financia as ações do Projeto Cidades Inteligentes, do qual o convênio em andamento na Compesa faz parte. Na ocasião, o corpo técnico da companhia, liderado pelo diretor de Novos Negócios, Flávio Coutinho, apresentou o trabalho que está sendo desenvolvido para o ministro britânico e comitiva – formada por Martin Whalley, diretor de Comércio e Investimento no Brasil, Graham Tidey, consul britânico em Recife, e Gabriela Figueiredo, gerente do Programa Cidades Inteligentes.
As ações definidas no diagnóstico serão aplicadas na segunda fase do convênio, como projeto-piloto, em localidades já definidas da cidade do Recife, que abrangem 33 bairros situados numa área delimitada pela Avenida Armindo Moura até as imediações do Shopping Tacaruna, e do Litoral até o Parque de Exposição do Cordeiro. “A próxima fase deve ser iniciada ainda em 2019, com duração de três anos”, informou Flávio Coutinho, acrescentando que na segunda etapa está previsto o investimento de aproximadamente 4,7 milhões de libras. “Esse programa ajudará a melhorar a infraestrutura do Recife e, consequentemente, o setor econômico, os negócios, e disso o Reino Unido tem orgulho. Nós temos sistemas hídricos antigos que dependem de inovações tecnológicas para alcançar melhorias de eficiência operacional. É essa expertise que queremos compartilhar nessa parceria”, disse John Mahon.
Os recursos do convênio, que tem a duração de quatro anos, são administrados pelo Banco Mundial e podem ser direcionados não só para consultoria, como também para a aquisição de equipamentos.