Startup aposta em soluções rápidas e eficientes para serviços domésticos

Quem é que nunca teve problema para encontrar um bom prestador de serviço? Até mesmo trabalhos básicos como instalar um chuveiro ou desentupir uma pia podem se transformar em uma verdadeira epopeia. Agora, imagine usar uma espécie de rede social para fazer orçamentos e, a partir do preço e da avaliação dada por outros clientes, negociar e fechar o serviço, sem sair de casa. É a isso que se propõe o Triider (www.triider.com.br), startup gaúcha que acaba de iniciar sua expansão nacional.

Com mais de três anos desde sua criação, a plataforma, que teve o início de sua história no Rio Grande do Sul – em Porto Alegre e em Canoas – acaba de iniciar seus trabalhos nas cidades de Curitiba e Belo Horizonte, escolhidas para o começo da expansão nacional. Para os próximos meses, a startup já planeja a chegada em outras duas grandes cidades brasileiras: São Paulo e Brasília. No estado de origem do Triider, 80 novos negócios têm sido fechados por dia por meio da plataforma.

Analisando os números do Rio Grande do Sul, desde que entrou em operação, em abril de 2016, a plataforma efetivou 20 mil serviços, divididos em 8 grupos (limpeza, ar-condicionado, elétricos, hidráulicos, reforma, montagem de móveis, fretes e assistência técnica), realizados por cerca de 240 profissionais cadastrados. A média de ganhos dos profissionais vinculados ao Triider é de R$ 3 mil – mas há relatos de prestadores que conseguem ganhos de até R$ 8 mil ao mês. “Esse faturamento depende do mês, da disponibilidade do profissional e de outras variáveis. Nós conseguimos criar um fluxo positivo tanto para o cliente quanto para os profissionais”, explica o CEO do Triider, Juliano Murlick. Do valor fechado entre cliente e profissional, a startup fica com um porcentual do negócio.

Para ter seus serviços disponíveis via Triider, os profissionais interessados precisam fazer um cadastro na plataforma. A fim de garantir a experiência e a segurança de quem contrata os serviços, a startup checa os antecedentes criminais dos trabalhadores, as referências profissionais, realiza treinamento presencial e obriga a apresentação de seus documentos oficiais, como RG, CPF e comprovante de residência.

Como funciona?

Para o cliente, é preciso selecionar o serviço desejado e realizar um cadastro com a solicitação. Na sequência, a plataforma disponibiliza aos prestadores de serviço qual é o trabalho buscado, que respondem com orçamentos. Os valores ficam visíveis ao usuário, que pode escolher conforme o preço, avaliação de serviços anteriores, entre outros critérios. É possível, também, contratar o serviço via chat no ato.

Os pagamentos são feitos com cartão de crédito por meio da plataforma, assim como acontece no Uber ou no Airbnb, com possibilidade de parcelamento em até seis vezes sem juros. A empresa já concluiu 20 mil serviços, com 95% dos atendimentos avaliados com 5 estrelas. Os clientes, desde que mantenham relação com o fornecedor estritamente via plataforma, contam com seguro de até R$ 5 mil para negligências. Além de toda garantia via Triider, os serviços oferecidos podem ser parcelados no cartão de crédito. “Com muito estudo de mercado e atendendo solicitações dos nossos usuários, conseguimos chegar a uma ferramenta extremamente segura, prática, ágil e que oferece serviços de excelência. E são essas características que levaremos para todo o país”, completa Juliano Murlick.

Para conhecer todos os detalhes sobre o Triider, que está disponível para os sistemas Android e iOS, acesse o site www.triider.com.br.

Em Caruaru, Senac promove maratona de oficinas, palestras, workshops e talk show

Estão abertas as inscrições para o Confex 2019, evento que reunirá extensa programação de oficinas, palestras, workshops e talk shows nas áreas de gestão e negócios, tecnologia, gastronomia, moda e beleza. As atividades acontecem nos dias 19 e 20 de setembro, no Senac, em Caruaru, localizado na Avenida Maria José Lyra, 140, no bairro de Indianópolis. O investimento para cada atividade é de R$20 e as inscrições podem ser feitas pessoalmente no local, das 8h às 21h.

O Confex 2019 acontece paralelamente ao Congresso de Tecnologia na Educação, que, em sua primeira edição, traz para Caruaru o debate sobre “Metodologias disruptivas na educação: formas inovadoras de ensinar e aprender”. A ideia do Confex é ampliar a discussão de temas ligados a áreas específicas e ter um foco mais prático. “Pretendemos oferecer ao público a oportunidade de ter contato com esse mix de profissionais qualificados, com intuito de trazer uma discussão de temas inovadores, objetivando atualização e aperfeiçoamento profissional”, explicou a Gerente do Senac em Caruaru, Michelliny Almeida. Para participar das atividades do Confex, não é preciso estar inscrito no Congresso.

Ao todo, estão sendo oferecidas 23 atividades no Confex: três workshops, 15 oficinas, um talk show e uma palestra. Na área de Beleza há programações sobre tendências de Coloração, Tranças e Maquiagem, Massagem Modeladora, Alongamento de Cílios, Terapias Holísticas, a técnica das Unhas de Gel e sobre Terapias Holísticas. Para a área de Gastronomia, os destaques são a oficina de Sushi Fusion e o workshop sobre Tendência na Coquetelaria Brasileira.

Na área de Gestão, destaques para o talk show Reflexões do Profissional que Desejo Ser, com Juliana Monteiro e Design Thinking – Criatividade e Inovação em Ambientes Competitivos, que contará com a mediação de Jonas Cavalcanti. Há, ainda, outras três atividades: Design Sprint sobre Como Tirar Ideia do Papel no Mundo Digital, Bootcamp sobre Planejamento Estratégico de Vida e Carreira e Sistema B sobre Negócios de Impacto com Lideranças que Fazem a Diferença. Mais informações podem ser obtidas no site do Senac (www.pe.senac.br) ou pelos telefones 3727-8259 / 8260. Confira, abaixo, a lista completa de atividades ofertadas.

Serviço:

Confex 2019
Datas: 19 e 20 de setembro
Local: Senac em Caruaru, na Avenida Maria José Lyra, 140, no bairro Indianópolis.
Inscrição e informação: (81) 3727-8259 / 8260

Lista de atividades oferecidas:

Quinta-feira (19/09), manhã:

9h às 12h – Sala 05 – Gestão e Negócios
Design Sprint: Como Tirar Ideias do Papel na Era Digital – Tenaflae Lordêlo;

9h às 12h – Sala 10 – Gestão e Negócios
Bootcamp: Planejamento Estratégico de Vida e Carreira – Hamilton Pereira e Convidados;

8h às 10h – Cozinha Didática – Gastronomia
Oficina: Sushi Fusion – Victor Borba Cunha

10:30h às 12:30h – Cozinha Didática – Gastronomia
Sazonalidade e Terroir: Resgate e Preservação das Nossas Raízes – João Eugênio Lima

9h às 12h – Lab/Maquiagem – Moda e Beleza
Oficina: Tendências de Maquiagem para 2020 – Lindineide Alves

9h às 12h – Salão Escola – Moda e Beleza
Oficina: Novas Tendências em Coloração– Myke Douglas

9h às 12h – Salão de Estética – Moda e Beleza
Oficina: Terapias Holísticas, Ventosaterapia e Moxabustão – Andressa Mendonça

9h às 12h – Salão de Podologia – Moda e Beleza
Oficina: Unha em Gel c/Tip – Rejane Alves

Quinta-feira (19/09), tarde:

14h às 17h – Sala 05 – Gestão e Negócios
Palestra: Design thinking- criatividade e inovação em Ambientes competitivos – Jonas Cavalcanti

14h às 17h – Sala 10 – Gestão e Negócios
Sistema B: Negócios de Impacto com Lideranças que fazem a Diferença – Charles Vergueiro

13h às 15h – Cozinha Didática – Gastronomia
Workshop: Tendências na Coquetelaria Brasileira – Fernando Marcos Bezerra

15:30h às 17:30h – Cozinha Didática – Gastronomia
Workshop: Chantilly Flexível – Adriana Lisboa Arregui

14h às 17h – Lab/Maquiagem – Moda e Beleza
Oficina: Alongamento de Cílios – Eliane Cristina Ferreira

14h às 16h – Salão Escola – Moda e Beleza
Oficina: Tranças – Novas Tendências – Manuela Paulina Santos

14h às 16h – Salão Estética – Moda e Beleza
Oficina: Massagem Modeladora –Keyciane Luigi

14h às 16h – Salão de Podologia – Moda e Beleza
Oficina: Unha em Gel com Fibra – Rejane Alves

14h às 16h – Lab/Idiomas – Idiomas –
Oficina: Ferramentas Colaborativas Institucionais – Integrando soluções (agenda, anotações, driver) – Carlos Soares e Mitchell Bezerra

Sexta-feira (20/09), manhã:

9h às 12h – Sala 05 – Gestão e Negócios
Talk show: Reflexões do Profissional que Desejo Ser – Julianne Monteiro e Convidados

9h às 11h – Cozinha Didática – Gastronomia
Oficina: Tortas com Recheios Verticalizados – Tânia Maria Pereira

9h às 12h – Lab/Maquiagem – Moda e Beleza
Oficina: Terapia Capilar e Tricologia – Myke Douglas

9h às 12h – Salão Escola – Moda e Beleza
Oficina: Tendências de Corte – Edgar Leal

9h às 12h – Salão de Estética – Moda e Beleza
Oficina: Auriculoterapia – Hyla Danielle

9h às 12h – Salão de Podologia – Moda e Beleza
Oficina: Cutilagem a Seco – Rejane Alves

7ª edição do Black Day ocorrerá nos próximos dias 18 e 19

O Caruaru Shopping já está nos preparativos para a realização da 7ª edição do Black Day, que este ano acontece nos dias 18 e 19 de setembro. Durante a megapromoção, todas as lojas estarão abertas das 8h às 23h, com descontos de até 70%.

Uma novidade este ano é que o cliente que fizer compras a partir de R$ 100 no Black Day estará participando do sorteio de um carro 0km. “A cada R$ 100 em compras, ganha-se um cupom. O cliente deve preencher o cadastro para trocar o cupom e concorrer ao prêmio”, explicou Walace Carvalho, gerente de Marketing do Caruaru Shopping.

Haverá ainda a ação do voucher premiado. “Teremos dez vouchers escondidos pelo shopping (cinco em cada dia) e quem os encontrar vai ganhar, na hora, R$ 500,00 para fazer compras nas nossas lojas durante os dias do Black Day”, afirmou Walace, completando que as pessoas devem ficar atentas às redes sociais do centro de compras (Instagram e Facebook), onde serão divulgadas dicas de onde esses vouchers poderão estar.

Pelo segundo ano, o Caruaru Shopping também terá o Expresso Black Day, um ônibus que faz o transporte gratuito dos clientes (shopping/centro/shopping). “Com o Expresso Black Day, estaremos oferecendo mais comodidade e conforto para os nossos clientes que vierem participar dessa grande promoção”, adiantou o gerente de Marketing. Os ônibus estarão saindo do centro para o shopping às 10h, 13h, 15h, 18h, 19h e 20h.

O evento contará ainda com a presença do Procon, que monta um ponto de atendimento ao consumidor dentro do centro de compras, além do apoio da Destra, Compesa, Celpe e Polícia Militar.

Brechó Solidário será realizado neste sábado em Caruaru

Há sete meses Ana Maria Barbosa, caruaruense de 47 anos de idade, descobriu que tinha o câncer de mama. A notícia deixou os amigos e todos os familiares bem abalados e com medo de perdê-la. Porém, a doença não permitiu que a vendedora ambulante abaixasse a cabeça. Ana Maria decidiu que iria lutar contra o câncer.

Atualmente, realiza sessões de quimioterapia no Centro de Oncologia de Caruaru (Ceoc), mas não é o suficiente para o total avanço do tratamento. Ana Maria precisa passar por alguns procedimentos médicos no Recife. E, para custear as despesas, que não são poucas, um brechó solidário será promovido no intuito de arrecadar dinheiro e auxilia-lá no tratamento.

O evento neste sábado, 14 de setembro, a partir das 9h, no Circo 93, localizado na rua Silvino Macedo – Rua da Má Fama. Os preços dos itens vendidos serão entre R$ 5 e R$ 30. Serão oferecidos calças, camisas, bolsas, bonés, sandálias, sapatos, outras peças de roupas e acessórios, masculinos e femininos.

Ana Maria Barbosa falou da sua expectativa e como o brechó será importante para ajudar no tratamento. “A quimioterapia castiga muito, deixando-me debilitada durante dias, sem condições de trabalhar. O brechó foi uma maneira pela qual minha família e amigos encontraram de me ajudar, a partir de doações e na divulgação do evento. Ver a mobilização e apoio de tantas pessoas me enche de amor, esperança e de força para continuar lutando”, afirmou.

Vacina contra difteria está em falta na rede pública

Dia D de vacinação contra a gripe no Leme, na zona sul do Rio de Janeiro.

A falta da vacina pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B), que já é sentida em vários postos do Sistema Único de Saúde (SUS), deverá se agravar até o fim do ano, em consequência da reprovação do produto, que era importado da Índia. Os primeiros problemas da vacina, produzida pela empresa Biologicals E. Limited, foram identificados no início do ano. Três lotes foram reprovados pelo Instituto Nacional de Qualidade em Saúde (INCQS). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em junho, reprovou a importação. Com isso, cerca de 3 milhões de doses precisaram ser devolvidas.

De acordo com o Ministério da Saúde, foi feita a compra com outros fornecedores para atender à demanda do País. A entrega dos imunizantes, contudo, será feita de forma escalonada. Os primeiros carregamentos começaram a chegar em agosto. Foram 400 mil doses, metade da demanda nacional. Se não houver imprevistos no calendário, até novembro chegarão 6,6 milhões de doses. A demora na entrega é atribuída à dificuldade na produção. O Ministério da Saúde afirmou que não havia no mercado internacional disponibilidade imediata para a compra da vacina. Depois da chegada ao País, as vacinas terão de passar por uma avaliação no INCQS antes de serem distribuídas para Estados e chegarem às salas de vacinação.

Todos os meses, 800 mil doses da vacina são aplicadas no País. Há, ainda, uma demanda que não foi atendida nos últimos meses. A pasta informou que, regularizados os estoques, equipes de saúde deverão fazer uma busca ativa para localizar as crianças que não foram imunizadas. A estimativa é de que a situação seja normalizada apenas em fevereiro de 2020.

A falta da vacina ocorre às vésperas da campanha de multivacinação anunciada pelo governo. A iniciativa, prevista para outubro, tem como principal objetivo melhorar a cobertura vacinal contra o sarampo, em virtude do surto que atinge 13 estados. A campanha, no entanto, serviria também para atualizar outras vacinas, como a pentavalente. Com a ausência do imunizante, o alcance da campanha será em parte comprometido. “É uma pena. Seria uma boa oportunidade de se atualizar a carteira” afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.

A cobertura vacinal no país está em queda. Nos últimos dois anos os indicadores, considerados adequados, sofreram uma expressiva redução. Em 2018, por exemplo, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, 312 cidades do País tinham alto risco de retorno da poliomielite. Em nota, o Ministério informou não haver dados que indiquem emergência das doenças protegidas pela pentavalente. Mesmo assim, acrescentou a pasta, há estoques suficientes para ações de bloqueio, caso surtos ocorram.

Preocupação
Especialistas ouvidos pelo jornal afirmam que a falta da pentavalente preocupa sobretudo por causa da difteria. Países próximos registraram surto da doença, uma infecção causada por bactéria, transmitida pela tosse, espirro ou contato com objetos ou roupas contaminadas. Na Venezuela, por exemplo, foram mais de mil casos suspeitos em 2018.

Outro problema é a coqueluche. Nos últimos dois anos, os casos da doença subiram. Em 2017, foram 1.898 e em 2018, 2.151. O maior receio são os casos precoces, identificados em bebês com menos de 6 meses. Nessa situação, a infecção geralmente é mais grave. “A recomendação é de que gestantes tomem uma vacina, justamente para proteger o bebê nos primeiros meses. O item usado nessa estratégia não está em falta. Mesmo assim, os indicadores vacinais são muito baixos, estão em 50%”, disse Cunha.

Enquanto estoques do SUS não forem regularizados, interessados poderão comprar a vacina em clínicas particulares. São três doses, cada uma a R$ 250. Mas a composição da pentavalente aplicada nas clínicas particulares é diferente. Ela protege contra difteria, pólio inativado, tétano, hemófilo B e coqueluche acelular, com menos risco de reação do que a coqueluche usada na pentavalente da rede pública. “São vacinas intercambiáveis. Mas é preciso ficar atento, pois a pentavalente das clínicas não traz a vacina de hepatite B”, diz Cunha.

Agência Estado

Estupro bate recorde e maioria das vítimas são meninas de até 13 anos

O 13ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na terça-feira (10), registrou recorde da violência sexual. Foram 66 mil vítimas de estupro no Brasil em 2018, maior índice desde que o estudo começou a ser feito em 2007.

A maioria das vítimas (53,8%) foram meninas de até 13 anos. Conforme a estatística, apurada em microdados das secretarias de Segurança Pública de todos os estados e do Distrito Federal, quatro meninas até essa idade são estupradas por hora no país. Ocorrem em média 180 estupros por dia no Brasil, 4,1% acima do verificado em 2017 pelo anuário.

De acordo com a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Cristina Neme, “o perfil do agressor é de uma pessoa muito próxima da vítima, muitas vezes seu familiar”, como pai, avô e padrasto conforme identificado em outras edições do anuário. O fórum é o órgão responsável pela publicação do anuário.

Para a pesquisadora, a reincidência do perfil indica que “tem algo estrutural nesse fenômeno”. Ela avalia que a mudança de comportamento dependerá de campanhas de educação sexual e que o dano exige mais assistência e atendimento integral a vítimas e famílias.

De cada dez estupros, oito ocorrem contra meninas e mulheres e dois contra meninos e homens. A maioria das mulheres violadas (50,9%) são negras.

Feminicídio
Além do crescimento da violência sexual, o anuário contabiliza alta dos homicídios contra mulheres em razão de gênero, o chamado feminicídio descrito no Código Penal, após alteração feita pela Lei nº 13.104.

Em 2018, 1.206 mulheres foram vítimas de feminicídio, alta de 4% em relação ao ano anterior. De cada dez mulheres mortas seis eram negras. A faixa etária das vítimas é mais diluída, 28,2% tem entre 20 e 29 anos, 29,8% entre 30 e 39 anos. E 18,5% entre 40 e 49 anos. Nove em cada dez assassinos de mulheres são companheiros ou ex-companheiros.

Funcionários dos Correios anunciam greve

Funcionários dos Correios decretaram, na noite desta terça-feira (10), greve em todo o Brasil. A decisão foi tomada em assembleias dos trabalhadores que são contra a privatização da Estatal, prevista pelo ministro da Economia Paulo Guedes, e também contra a direção dos Correios, que decidiu não negociar acordo coletivo com a categoria. A paralisação não tem data para terminar.

“A direção da ECT e o governo querem reduzir radicalmente salários e benefícios para diminuir custos e privatizar os Correios. Entregar o setor postal a empresários loucos por lucro. Jogar no lixo o atendimento a todos os cidadãos, a segurança nacional envolvida nas operações, a integração nacional promovida pelos Correios!”, informou em nota a FindECT, fundação dos trabalhadores dos Correios.

Estado de Minas

Senado abre prazo de 5 sessões para votação da reforma da Previdência

O prazo de cinco sessões, previsto pelo regimento do Senado para votação da reforma da Previdência, começou a ser contado ontem (10). Nesta terça-feirta, o plenário da Casa recebeu uma sessão temática para discutir a matéria, da qual participou o relator da reforma, Tasso Jereissati (PSDB-CE). O senador presidiu parte da sessão e ouviu a ponderação de alguns dos convidados.

O secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, um dos grandes articuladores da reforma pelo lado do governo federal, afirmou que o governo projeta uma economia de R$ 876 bilhões em 10 anos, já considerando as mudanças feitas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, na semana passada. Antes de o texto da reforma chegar à CCJ, a economia projetada era de R$ 933,5 bilhões.

Ainda nas projeções do governo, haverá uma economia, em 10 anos, de R$ 621,3 milhões, considerando apenas a previdência do regime geral. A economia por indivíduo chegaria a R$ 8,7 mil. Já entre servidores federais, a economia no mesmo período seria de R$ 159,8 milhões, sendo R$ 114,1 mil a economia por indivíduo.

Marinho frisou que o país não tem recursos suficientes para sustentar a previdência atual, e áreas importantes sofrerão o impacto do déficit previdenciário. “O acréscimo à nossa divida é R$ 40 bilhões ano a ano, o que impede que o Estado tenha recursos para investir. Faltam recursos para educação, saúde e segurança pública, [ou seja,] para os mais pobres”, afirmou o secretário.

A sessão também recebeu Ricardo Berzoini, que foi ministro da Previdência Social de janeiro de 2003 a janeiro de 2004. Para Berzoini, uma reforma da Previdência deve preservar o conceito de proteção social previsto pela Constituição de 1988. “Aqui se estabelece uma troca entre crianças e idosos. Precisamos tirar dinheiro dos idosos para proteger as crianças. Eu digo algo diferente: ‘precisamos tributar os bilionários, os latifundiários, os banqueiros, para que possamos ter dinheiro para fazer as políticas públicas que o Brasil precisa. […]’ É mentira que essa reforma combate privilégios.”, disse.

Berzoini apresentou como base de seu argumento o fato de a proposta não atingir a atual legislatura do Congresso e de a reforma da Previdência para os militares ser, segundo ele, “um projeto muito simpático”. “Para parlamentar é só daqui para a frente, para quem se eleger em 2022. Para milita,r é um projeto muito simpático, acompanhado de um aumento salarial. Agora, para pensionista, há uma redução de 40%”, destacou.

Sem citar Berzoini, o secretário Rogério Marinho rebateu a proposta de tributação de grandes fortunas. “Ouvimos aqui que devemos taxar grandes fortunas ou dividendos. Bom, maravilhoso. Pessoas que aqui vieram passaram 13 anos no governo e não o fizeram. O Brasil precisa mudar sua situação tributária, mas em outro momento, em outro projeto de lei. Aqui estamos tratando de Previdência.”

Ao defender a reforma, o economista Paulo Tafner ressaltou que o perfil populacional do Brasil está mudando e que isso exige mudanças no sistema previdenciário. “Nosso sistema de repartição está condenado pela demografia. Nós devemos pensar no futuro. O Brasil é um país jovem, que vai migrar rapidamente para um país idoso. E isso já está começando. […]. A cada ano aumenta em R$ 10 bilhões o gasto previdenciário. Em 10 anos, vai chegar a 80% do orçamento total”, estimou o economista.

Agência Brasil

Pilar de programa de Moro, Força Nacional custou R$ 167 mi e atuou em 46 operações em 2018

Pilar central do programa de redução da violência do ministro Sergio Moro, a Força Nacional de Segurança Pública, conjunto de agentes enviados pelo governo federal para resolver crises de segurança, custou R$ 167 milhões no ano passado.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que esses agentes atuaram em 46 operações no ano passado (39% a mais que em 2017), sobretudo em ações na fronteira do país, em policiamento ostensivo e no controle ambiental.

Pesquisadores da área afirmam que o envio dos agentes pode ser positivo em casos pontuais, mas não resolvem o problema da criminalidade nas áreas em que atuam.

Criada em 2004, a Força Nacional de Segurança Pública é um convênio entre estados e governo federal. Os estados cedem peritos, bombeiros e policiais civis e militares, e continuam pagando seus salários (os agentes cedidos recebem também diárias do governo federal).

Em troca, os estados podem requisitar esses agentes em casos de crise, como ataques do crime organizado ou greves policiais. Também ganham em troca viaturas e armamentos que forem comprados durante a atuação da Força naquele estado.

No ano passado, 2.050 agentes foram mobilizados para a Força Nacional. O governo federal gastou R$ 155,8 milhões apenas com diárias pagas aos agentes convocados, o que dá, em média, um bônus mensal de R$ 6.335 no salário de cada um.

Só a ação da Força no Rio de Janeiro, que trabalhou com o reforço do policiamento no estado, custou boa parte desse orçamento, em 2018 –36,8% do gasto total.

No mês passado, o ministro Sergio Moro anunciou um plano de segurança que prevê enviar o efetivo federal a cidades violentas.

Batizado de Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta Em Frente, Brasil, o plano de Moro escolheu cinco cidades-piloto em cada região do país, de porte médio e com alto índice de violência: Goiânia, Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Paulista (PE) e São José dos Pinhais (PR). Outras cidades devem ser incluídas a partir do ano que vem.

O governo mandou cem agentes da Força Nacional de Segurança para cada um desses locais por quatro meses, a maior parte para atuar com a Polícia Militar local, no trabalho ostensivo, e outra parte com investigações. Cada município receberá verbas e equipamentos. O custo dessa fase inicial será de R$ 20 milhões.

Guaracy Mingardi, ex-subsecretário Nacional de Segurança Pública, afirma que “num curtíssimo prazo, ajuda, e pode ser que resolva se ficar apenas nessas cinco cidades. Mas é pouca gente e muito dinheiro”, diz ele, citando o fato de que, se o governo envia 200 agentes, só trabalham 50 homens em cada turno (uma vez que a jornada é de 12h de trabalho por 36h de descanso).

“É um paliativo. Melhor enviar a Força Nacional que o Exército. Mas no dia a dia tem que ser polícia na área, que conhece bem a região”, diz ele. O fato de os agentes não terem vínculo com o terreno em que vão atuar e não conhecerem as dinâmicas da criminalidade de cada região é uma das maiores críticas à atuação da Força no longo prazo.

Isabel Figueiredo, que também trabalhou na Secretaria Nacional de Segurança Pública, afirma que a Força “é uma resposta muito mais simbólica do que uma iniciativa com resultados concretos.”

“Uma resposta que deveria ser exceção, você resolve o problema e volta, está virando regra. A Força não é de permanência. Quando você coloca ela como um dos alicerces centrais do programa de redução da criminalidade violenta, tem primeiro um problema de premissa, que é apostar na repressão.”

Os analistas citam ainda um “desconforto” dos policiais locais com a presença da Força, “porque eles têm outra cultura, outra formação, outro salário, e se sentem desvalorizados. Em vez de dar treinamento, melhores condições de trabalho, salários melhores, você traz um cara de fora, que não conhece o cenário, e que ainda pode ficar com o mérito se a ação der certo”, afirma Figueiredo.

Para o ex-ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, a Força Nacional tem uma contribuição relevante, mas seu efeito é limitado. “O contingente é temporário, não tem doutrina, disciplina, um conjunto de valores. Há uma baixa institucionalidade. Deveria evoluir para uma guarda nacional permanente, com efetivo permanente, algo que ficasse entre as forças de segurança estaduais e as Forças Armadas”, sugere.

Folhapress

Governo planeja cobrar imposto de 0,4% para saques e depósitos em dinheiro

O governo planeja em sua proposta de reforma tributária que saques e depósitos em dinheiro sejam taxados com uma alíquota inicial de 0,4%. A cobrança integra a ideia do imposto sobre pagamentos, que vem sendo comparado à antiga CPMF.

Já para pagamentos no débito e no crédito, a alíquota inicial estudada é de 0,2% (para cada lado da operação, pagador e recebedor). Ambas as taxas tendem a crescer após serem criadas, já que ideia do governo é usar o novo imposto para substituir gradualmente a tributação sobre os salários, considerada pela equipe econômica como nociva para a geração de empregos no país.

Marcelo de Sousa Silva, secretário especial adjunto da Receita Federal, defendeu o novo tributo nesta terça-feira (10) no Fórum Nacional Tributário (promovido pelo sindicato dos auditores fiscais, em Brasília), ao ressaltar que ele substituiria tanto a tributação sobre a folha como o IOF.

Apesar de o governo rechaçar a comparação com a antiga CPMF, o próprio secretário defendeu o novo imposto mostrando um gráfico que mostra o histórico relativamente estável das alíquotas de CPMF ao longo dos anos em que vigorou, o que representaria uma previsibilidade para o novo imposto.

Silva afirmou que, com a substituição da tributação sobre folha de pagamentos pelo novo imposto, a seguridade social acabaria sendo bancada pela sociedade como um todo. “Estamos transferindo o ônus para toda a sociedade”, afirmou. Ele ressaltou logo em seguida que a reforma vai propor, por outro lado, benefícios como ampliação da faixa de isenções e reembolso de impostos a pessoas de baixa renda.

Ele disse ainda que as proposta de alteração no imposto de renda devem ser concluídas pela equipe econômica ainda nesta semana. O secretário ainda indicou que a reforma tributária deve começar com a união apenas de PIS e Cofins, que virariam a Contribuição sobre Bens e Serviços. A alíquota proposta será de 11%.

Folhapress