Hoje tem feijoada no Restaurante Tasquinha do Tio

Nesta quarta-feira (29), o Restaurante Tasquinha do Tio oferece uma completa e deliciosa feijoada como opção de almoço executivo. O prato vem acompanhado com arroz, couve, abacaxi, bacon e banana frita. O prato custa R$ 24,90 e dá direito ainda a um pudim de leite de sobremesa.

O Tasquinha do Tio tem ainda uma segunda opção de almoço executivo, que é a tilápia com baião de dois da capital. Esse baião de dois é a base de frutos do mar, uma combinação perfeita com a tilápia. O prato custa R$ 32,90, com direito também a pudim de leite de sobremesa.

O Restaurante Tasquinha do Tio fica localizado na Avenida Agamenon Magalhães, no térreo do Shopping Difusora. Reservas e informações: 2103-4179

Silvana Gontijo realiza workshop em Recife sobre Mídia e Educação

A educadora Silvana Gontijo participa, hoje, de um workshop realizado pela rede estadual de ensino de Pernambuco, no Recife (PE). O objetivo é transferir para professores, estudantes e gestores da rede pública do Estado toda a experiência adquirida a partir da implementação dos espaços de mídia e educação nas duas escolas NAVE (Núcleo Avançado de Educação), voltadas ao Ensino Médio profissionalizante, no Rio de Janeiro e em Recife.

O modelo da escola NAVE nasceu dos métodos de educação orientados pelo educador Antônio Carlos Gomes da Costa e experimentados pela OSCIP “planetapontocom”, organização fundada por Silvana Gontijo, que foram posteriormente desenvolvidos por meio de uma parceria firmada entre as secretarias de estado de educação do Rio de Janeiro e de Pernambuco e o Oi Futuro.

“A experiência com o modelo das escolas Nave traz um novo olhar sobre a forma de educar. Durante anos, a educação esteve dissociada do campo da comunicação e a escola é um ambiente de comunicação para o alcance de diversos objetivos. Por isso, os estudantes precisam estar inseridos nesse processo para que sejam, dessa forma, estimulados a ouvir, participar, integrar e comunicar”, aponta Silvana.

Fundada por Silvana Gontijo, a OSCIP “planetapontocom” tem como missão desenvolver soluções inovadoras para a educação pública brasileira. Além de escritora, Silvana é diretora de arte, cenógrafa, jornalista e roteirista. A partir da criação do “planetapontocom”, a autora tornou-se uma referência em Educação e já conta com oito livros publicados nos quais aborda temas relacionados à mídia e ao meio ambiente.

UNINASSAU sedia minicurso gratuito sobre dispensação de medicamentos

A Faculdade UNINASSAU Caruaru recebe, no próximo sábado (1), o minicurso “Boas práticas em dispensação de medicamentos e a segurança do paciente na farmácia hospitalar”. O evento ocorre no auditório da Instituição, das 8h às 12h e das 14h às 18h, e é realizado pelo Conselho Regional de Farmácia de Pernambuco (CRF-PE), em parceria com o curso de Farmácia da Faculdade. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo site. As vagas são limitadas.

O minicurso é voltado para profissionais farmacêuticos e estudantes do curso de Farmácia. Será ministrado pela farmacêutica e doutora em Inovação Terapêutica, Mônica Henrique dos Santos. Ela tem vasta experiência, em especial, na área de Gestão Pública em Serviços de Saúde e Assistência Farmacêutica; Política de Medicamentos; Farmácia, Cadeia Logística, Gerência de Materiais e Compras em serviços de saúde pública e privados.

No conteúdo programático do minicurso, temáticas como: bases teóricas e legais sobre dispensação de medicamentos, boas práticas de dispensação e distribuição de medicamentos e os padrões mínimos da Farmácia Hospitalar, métodos de distribuição e dispensação de medicamentos em diferentes realidades de serviços de saúde, automação em serviços farmacêuticos.

O coordenador do curso de Farmácia da UNINASSAU Caruaru, Janderley José, destaca a parceria com o Conselho Regional. “Parabenizamos o CRF-PE também por essa iniciativa de trazer para todos nós em Caruaru esse importante minicurso. A UNINASSAU Caruaru tem a honra de fazer parte deste momento importante para os alunos e profissionais da área”, ressalta.

Serviço:

Minicurso “Boas práticas em dispensação de medicamentos e a segurança do paciente na farmácia hospitalar”

1º de setembro

Das 8h às 12h e das 14h às 18h

Inscrições:

Evento gratuito

Pernambuco registra menor índice de mortalidade infantil da história

Pernambuco registra, atualmente, o menor índice de mortalidade infantil da história da saúde pública do Estado. O índice de 2017 (dados mais recentes) é de 13,7 óbitos infantis a cada mil nascidos vivos. Nos últimos dez anos, a taxa de mortalidade infantil teve uma queda acumulada de 35,1%, passando de 20,1 em 2007 para o patamar atual de 13,7.

Em números absolutos, em 2007 foram registrados 3.229 óbitos infantis em um total de 145.130 bebês nascidos vivos em Pernambuco. Já em 2017, último ano em que os dados estão consolidados, foram 1.970 mortes com 143.919 nascidos vivos.

Analisando a série histórica, no período específico entre 2015 e 2016, foi registrado um aumento da Taxa de Mortalidade Infantil, apesar de uma redução de 3,4% no número de óbitos infantis (foram 2.264 óbitos de menores de 1 ano em 2015, contra 2.188 em 2016). Este fato sofreu o efeito da redução de 8,4% no número de nascidos vivos de mães residentes no Estado, já que a taxa é obtida a partir do número de óbitos de crianças menores de um ano de idade dividido pelo número de nascidos vivos multiplicado por 1.000. Assim, a taxa de mortalidade aumenta se o número de nascidos vivos diminui. É importante ressaltar que, nesse período, o Estado registrou uma epidemia da Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ) e o desconhecimento dos seus efeitos, acrescido dos fatores condicionantes para ocorrência dos óbitos infantis, pode justificar, em parte, o aumento da taxa em 2016.

“Os dados mais recentes da taxa de mortalidade infantil apontam que as políticas públicas implantadas em Pernambuco com o objetivo da melhoria da qualidade da assistência à saúde para a prevenção e redução da mortalidade infantil já mostram resultado. No ano passado, atingimos a marca de 13,7 óbitos infantis a cada mil nascidos vivos – a menor da nossa história”, comemora o secretário estadual de Saúde, Iran Costa.

Entre as ações do Governo de Pernambuco que foram fundamentais para esta expressiva redução, está o Programa Mãe Coruja, presente em 105 municípios pernambucanos. Além disso, destaca-se a qualificação da rede materno-infantil, com o estímulo ao parto normal, a ampliação de acesso aos métodos contraceptivos e a formação contínua dos profissionais da rede. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado tem atuado na implantação do pré-natal de alto risco na rede própria, principalmente no Interior, nos hospitais regionais e nas Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), com o objetivo de qualificar a assistência ao pré-natal de alto risco e assim reduzir o número de internamentos excessivos por conta de problemas durante a gestação.

BANCO DE DADOS – Os dados de mortalidade infantil de Pernambuco, no ano de 2017, já constam no banco de dados do Ministério da Saúde. Mas, até o momento, o sistema de informações do Governo Federal (Datasus), que disponibiliza ao grande público esse tipo de informação, só disponibilizou os dados referentes ao ano de 2016.

Meirelles defende refinanciamento de dívidas de pessoas físicas

O candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, defendeu publicamente, pela segunda vez, a proposta de refinanciamento de dívidas de pessoas físicas, desta vez em uma reunião com lideranças e empresários da Associação Comercial do Distrito Federal, no Setor Comercial Sul. O emedebista, acompanhado do vice da chapa, Germano Rigotto (MDB), afirmou ainda que vai assegurar as reformas tributária, política e da Previdência, caso eleito, e que vai criar 10 milhões de empregos no país.

Entre as medidas reivindicadas pelos líderes do comércio do DF, destacaram-se a modernização da máquina pública e a implantação do plano de desenvolvimento para melhorar o ambiente de negócios no Brasil. “É a primeira vez que Meirelles fala para o setor produtivo do DF. Ele demonstrou ser uma pessoal altamente qualificada para nos atender em todos os itens das pautas que apresentamos a ele”, disse Fernando Brites, presidente da associação.

Questionado sobre se a proposta de refinanciamento se assemelhava à de Ciro Gomes, do PDT, Meirelles negou. “Não adianta simplesmente não pagar dívidas e ter um problema com credores depois. A vida não é tão simples. Precisamos colocar a economia para crescer, adotar a política econômica correta, criar emprego. Aí sim, poderemos criar um projeto similar ao Refis e reescalonar essa dívida, criando condições para a pessoa pagar o que deve em suaves prestações. Mas não é simplesmente dar um calote generalizado no país inteiro”, explicou.

Nas pesquisas, Meirelles não consegue ultrapassar os 2%. Além de ter participado do rejeitado governo Temer, o ex-ministro tem o ônus de não ser conhecido por grande parte do eleitorado. Nesse sentido, a equipe de comunicação do candidato trabalha duramente para reverter esse cenário. Entre as apostas, a campanha #ChamaOMeirelles, que exalta a experiência do político. No encontro com o setor do comércio da capital federal, Meirelles baseou o discurso na experiência que teve nos cargos que já ocupou.

Em São Paulo
A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, posicionou-se contra a liberação do porte de armas no Brasil, uma das principais bandeiras do seu principal adversário nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL). “Não se vai resolver o problema (da segurança) distribuindo armas para a população. Ser presidente da República e dizer que a população se apegue à própria sorte e compre uma arma para se defender, então, para que serve o presidente? O Estado não pode transferir para a população a responsabilidade de se defender”, argumentou, durante sabatina promovida pelo jornal Estado de S. Paulo e a Faap, em São Paulo. Na ocasião, a candidata também se manifestou contrária à liberação das drogas, mas reconheceu a importância de se discutir o tema.

A candidata também aproveitou para fazer duras críticas ao governo de Michel Temer por causa da intervenção no Rio de Janeiro. Segundo Marina, esta foi uma “decisão extrema, porque o governo se declarou incompetente para gerir a segurança. E a população não pode ser entregue à própria sorte”. Para o setor, Marina defendeu que, se eleita, vai dialogar com o Rio para adotar as melhores medidas. “A segurança pública precisa ser enfrentada de uma maneira geral”, disse. Defendeu também a implementação de um sistema único de segurança e melhor formação e remuneração aos policiais.

Correio Braziliense

TRE-PE combina regras para evitar conflito de militância na campanha

Com o objetivo de garantir uma campanha eleitoral segura e tranquila, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) convocou, na manhã de hoje, candidatos, advogados de partidos e coligações e representantes partidários para uma reunião na sede do Tribunal.

No encontro, conduzido pelo desembargador Stênio Neiva, coordenador da Comissão de Desembargadores Auxiliares (CDAUX), ficou acordado entre os participantes que as coligações irão respeitar a sede do comitê do adversário e que também vão tentar delimitar as suas áreas de atuação.

A reunião aconteceu poucos dias após uma confusão entre a militância de Paulo Câmara e Armando Monteiro (PTB), ganhar as redes sociais, na última semana. Entretanto, o encontro é considerado de praxe. “Na realidade todo ano se faz isso. Não aconteceu antes porque a gente não tinha agenda”, explicou Stênio Neiva.

Durante a conversa, representantes de três coligações de manifestaram: Frente Popular, encabeçada pelo governador e candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB), Pernambuco Vai Mudar, do senador Armando Monteiro (PTB), e Esperança Não Tem Medo, da advogada Dani Portela (PSOL).

“A gente sabe que tem alguns atritos em alguns locais isolados e essas reuniões e esses contatos, sobretudo com a população, servirão para que a gente possa aparar eventuais arestas que estejam surgindo”, comentou o procurador regional eleitoral auxiliar, Roberto Moreira.

Folhape

“Perde a família de radialistas de Pernambuco”, diz Eduardo Monteiro sobre morte de Edvaldo Morais

A morte do radialista Edvaldo Morais foi muito sentida por familiares e por amigos do profissional que atuava havia 50 anos nas rádios pernambucanas e nos últimos dez anos estava na Rádio Folha, apresentando mais recentemente o programa Show de Rádio. Edvaldo faleceu na noite dessa segunda-feira (27) depois de ter sofrido um infarte durante a realização de exames médicos. O corpo do radialista foi sepultado na tarde desta terça-feira no Cemitério de Santo Amaro, na região central do Recife.

Durante o velório ,que ocorreu na capela principal do Cemitério de Santo Amaro, o empresário Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM – do qual faz parte a Folha de Pernambuco -, falou emocionado sobre a amizade que mantinha com o radialista. “Perde o jornalismo, perde a família de radialistas de Pernambuco e eu perco um grande amigo, uma amizade de mais de 40 anos. Vou guardar na memória o exemplo do amigo das horas mais difíceis e será muito difícil suprir a sua ausência”.

O enterro com o cortejo do corpo de Edvaldo Morais ocorreu por volta das 15h30, no Cemitério de Santo Amaro, seguido por uma multidão, sob aplausos e cercado por familiares, fãs e amigos do radialista.

Folhape

Bolsonaro diz que policial que mata tem que ser condecorado

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) propôs novamente imunidade para policiais durante entrevista no Jornal Nacional nesta terça (28). “Se matar 10, 15 ou 20 ele tem que ser condecorado e não processado”, disse o candidato.

Mentor econômico do presidenciável, o economista Paulo Guedes foi um dos temas da entrevista. Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos questionaram se o presidenciável não estaria atribuindo poderes demais a Guedes – cotado para ministro da Fazenda em um eventual governo.

“É quase como um casamento. Estou namorando o Paulo Guedes há algum tempo e ele a mim também. Somos separados. Até o momento da separação não pensamos numa mulher reserva para isso. Se isso vier acontecer – por vontade dele ou minha -, paciência. O que eu tenho de Paulo Guedes até o momento é fidelidade e compromisso enormes para com o futuro do Brasil. Acredito nas propostas que ele vai implementar. Se não implementar todas é porque temos um filtro chamado Câmara e Senado”, respondeu o capitão reformado.

O presidenciável disse ainda que se diferencia dos outros políticos por nunca ter ocupado nenhum cargo no governo. “Nunca recebi dinheiro de empresa nenhuma para campanha. Sempre fiz minha campanha usando o que consegui ao longo do mandato. Eu tenho reconhecimento popular para isso”, afirmou.

Questionado sobre receber auxílio-moradia enquanto possuía imóvel em Brasília, o candidato disse que vive em um “cubículo” em Brasília. “Eu fui para um apartamento novo agora porque precisava. Tinha 70 metros quadrados, tinha despesas também”, afirmou.

Salários
O candidato disse ainda que cabe à Justiça resolver a diferença salarial entre homens e mulheres. O presidenciável vem tentando se desfazer da imagem de misógino e se mostrou irritado ao ser questionado sobre o tema.

Bolsonaro repetiu que a equiparação salarial é garantida pela CLT, mesmo quando foi indagado sobre pesquisa do IBGE que aponta que as mulheres recebem, em média, 25% menos que os homens.

O presidenciável interrompeu por diversas vezes a jornalista Renata Vasconcellos e afirmou que ela recebe menos do que William Bonner, ao lado de quem ela apresenta o telejornal. “Estou vendo uma senhora e um senhor aqui e com toda certeza há uma diferença salarial aqui, parece que é muito maior para ele do que para a senhora”, disse.

“O meu salário não diz respeito a ninguém, mas posso garantir ao senhor como mulher que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”, respondeu Renata.

Questionado novamente se fará alguma ação para reduzir a desigualdade, o candidato se esquivou. “Por que o Ministério Público do Trabalho não age? Eu não tenho ingerência sobre isso. É só as mulheres denunciarem”, respondeu.

Folhape

Banco Central ofertará dólares de reservas para segurar alta da moeda

No dia em que a moeda norte-americana fechou no segundo maior nível desde a criação do Real, o Banco Central (BC) anunciou que venderá dólares das reservas internacionais com compromisso de recomprá-las mais adiante. Em comunicado emitido no início da noite, a autoridade monetária informou que ofertará até US$ 2,15 bilhões na próxima sexta-feira (31).

Serão feitos dois leilões, um às 12h15 e outro às 12h35. As ofertas, no entanto, não ampliarão o total de dólares injetados no mercado. Os leilões ajudarão o BC a rolar (renovar) contratos de leilões com compromisso de recompra que venceriam no início do próximo mês.

Com os leilões, os dólares das reservas internacionais, que voltariam para o BC em 5 de setembro, continuarão no mercado. Uma parte circulará até 5 de novembro; e outra, até 4 de dezembro. Caso os contratos não fossem renovados, a oferta da divisa diminuiria, pressionando a cotação do dólar ainda mais para cima.

Hoje (28), a cotação da moeda norte-americana aproximou-se da barreira dos R$ 4,15, com alta de 1,48%, cotado a R$ 4,142 para venda. O valor é o segundo maior desde o Plano Real, ficando atrás apenas do registrado em janeiro de 2016, quando bateu o valor de R$ 4,166. A cotação está sendo influenciada pela turbulência do mercado financeiro à medida que as eleições de outubro se aproximam.

Agência Brasil

Supremo julga nesta quinta se pais podem educar filhos em casa

Há sete anos, a dona de casa Sharol Werneck Gomes educa os filhos, que hoje têm 10 e 8 anos, em casa A experiência começou com a filha que, quando tinha 4 anos e meio, foi alfabetizada em casa. “Eu optei, em princípio, porque achei interessante ter essa opção de educar meus filhos em casa”, conta. A filha chegou a ir para a escola, mas a experiência não foi boa, o que fez com que Sharol tivesse mais certeza do caminho escolhido inicialmente.

“A professora gritava muito na sala de aula. Como estava adiantada, minha filha foi colocada como monitora, trouxe um peso sobre ela, que não tinha maturidade para lidar com essa situação. Então, ela ficou bem desgastada. E a professora ainda colocou para ajudar coleguinhas, que implicavam muito com ela. Era bem ruim, ela chorava todos os dias”, diz.

O filho, mais novo, nem chegou a frequentar as salas de aula. Sharol, que não passou por nenhuma capacitação formal para dar aulas, diz que está constantemente pesquisando e lendo sobre os melhores métodos. “Eu pesquiso a base curricular para saber mais ou menos o que preciso ensinar, uso como um norte, mas não fico presa a ela não”. Atualmente, ela e o marido coordenam um grupo de apoio para educação familiar em Cascavel (PR), do qual participam 30 famílias.

O número de famílias que optam pela educação em casa, prática conhecida como homeschooling, cresce a cada ano no Brasil, de acordo com Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). Em 2018 chegou a 7,5 mil famílias, mais que o dobro das 3,2 mil famílias identificadas em 2016. A estimativa é de que hoje 15 mil crianças recebam educação domiciliar.

O homeschooling, no entanto, não é regulamentado no país. Um julgamento marcado para esta semana no Supremo Tribunal Federal (STF) deve trazer à tona uma longa disputa entre pais que desejam educar seus filhos em casa e o Poder Público, que diz que a Constituição obriga a matrícula e a frequência das crianças em uma escola.

Desde 2015 o assunto aguarda julgamento pelo Supremo, que deve definir um entendimento único para todos os casos desse tipo que tramitam na Justiça brasileira, estabelecendo o que o tribunal chama de tese de repercussão geral.

Ação

O caso que será julgado em plenário e servirá de parâmetro para os demais foi levado ao Supremo pelo microempresário Moisés Dias e sua mulher, Neridiana Dias. Em 2011, o casal decidiu tirar sua filha de 11 anos da escola pública em que estudava no município de Canela (RS), a aproximadamente 110 km de Porto Alegre, e passar a educá-la por conta própria.

Eles alegaram que a metodologia da escola municipal não era adequada por misturar na mesma sala alunos de diferentes séries e idades, fugindo do que consideravam um “critério ideal de sociabilidade”. O casal disse que queria afastar sua filha de uma educação sexual antecipada por influência do convívio com colegas mais velhos.

Outro argumento foi o de que a família, por ser cristã, acredita no criacionismo – crença segundo a qual o homem foi criado por Deus à sua semelhança – e por isso “não aceita viável ou crível que os homens tenham evoluído de um macaco, como insiste a Teoria Evolucionista [de Charles Darwin]”, que é ensinada na escola.

Em resposta, a família recebeu um comunicado da Secretaria de Educação de Canela ordenando a “imediata matrícula” da menina em uma escola. O Conselho Municipal de Educação também deu parecer contra o ensino domiciliar, “por considerar que o mesmo não se encontra regulamentado no Brasil”.

O casal recorreu à Justiça, mas teve negado um mandado de segurança em primeira e segunda instâncias. Em sua sentença, o juiz Franklin de Oliveira Neto, titular da Comarca de Canela, escreveu que a escola é “ambiente de socialização essencial” e que privar uma criança do contato com as demais prejudica sua capacidade de convívio.

“O mundo não é feito de iguais”, escreveu o juiz. “Uma criança que venha a ser privada desse contato possivelmente terá dificuldades de aceitar o que lhe é diferente. Não terá tolerância com pensamentos e condutas distintos dos seus”.

O caso seguiu até chegar ao STF, onde é relatado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Posicionamentos contrários

Provocada, a Advocacia-Geral da União (AGU) disse que as normas brasileiras estabelecem que a educação deve ser oferecida gratuita e obrigatoriamente pelo Poder Público. “É muito importante destacar que a escola possibilita um aprendizado muito mais amplo que aquele que poderia ser proporcionado pelos pais, no âmbito domiciliar, por maiores que sejam os esforços envidados pela família. Isso porque ela prepara o indivíduo para situações com as quais inevitavelmente haverá de conviver fora do seio familiar, além de qualificá-lo para o trabalho”, diz a AGU.

Para a instituição, por mais diferentes que sejam os membros de uma família, nenhum núcleo familiar será capaz de propiciar à criança ou ao adolescente o convívio com tamanha diversidade cultural, como é próprio dos ambientes escolares. “Sendo assim. a escola é indispensável para o pleno exercício da cidadania”, acrescenta.

A Procuradoria-Geral da República também se manifestou, concluindo: “a utilização de instrumentos e métodos de ensino domiciliar para crianças e adolescentes em idade escolar. em substituição à educação em estabelecimentos escolares, por opção dos pais ou responsáveis, não encontra fundamento próprio na Constituição Federal”.

Há oito anos, o Conselho Nacional de Educação (CNE) emitiu um parecer orientando que as crianças e os adolescentes sejam matriculados em escolas devidamente autorizadas. O CNE também entende que a legislação vigente enfatiza “a importância da troca de experiências, do exercício da tolerância recíproca, não sob o controle dos pais, mas no convívio das salas de aula, dos corredores escolares, dos espaços de recreio, nas excursões em grupo fora da escola, na organização de atividades esportivas, literárias ou de sociabilidade, que demandam mais que os irmãos apenas, para que reproduzam a sociedade, onde a cidadania será exercida”.

Educação individualizada

Quem é a favor do homeschooling argumenta, entre outras questões, que a educação em casa garante o direito à dignidade e ao respeito, assegurando uma educação mais individualizada e, portanto, mais efetiva. “Mesmo nas melhores escolas, a educação necessariamente é provida de forma massificada, sem atentar para as necessidades específicas de cada criança e sem prover a elas as técnicas, os instrumentos e as metodologias do ensino-aprendizagem mais adequadas e qualificadas ao tempo presente”, diz a Aned.

“Estamos buscando a autonomia educacional da família, não somos antiescola, não estamos lutando contra escola, apenas somos a família buscando uma nova opção que, no nosso entender, é melhor para o nosso filho”, diz o presidente da Aned, Rick Dias. Ele conta que tirou os filhos da escola há oito anos, quando a mais velha tinha 12 anos e o mais novo, 9. Hoje, a mais velha cursa relações internacionais em uma universidade particular. “Não cremos que o Estado deva definir como devemos educar nossos filhos”.

Agência Brasil