Inflação do aluguel acumula alta de 0,20% em 12 meses

Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), avançou 0,64% em março, ante 0,07% no mês anterior. No ano, o índice acumula alta de 1,47% e nos últimos 12 meses, de 0,20%. O índice dos últimos 12 meses é a referência para a maioria dos reajustes de contratos imobiliários.

Em março de 2017, o índice havia subido 0,01% e acumulava alta de 4,86% em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (28) pela Fundação Getulio Vargas.

Preços ao produtor

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,89% em março, após registrar queda de 0,02% no mês anterior. Os preços dos bens finais avançaram 0,57% em março, após recuarem 0,71% em fevereiro, com o principal destaque para o subgrupo de alimentos in natura, com a variação passando de -2,24% para 9,86%.

A taxa de variação do grupo bens intermediários passou de 0,87% em fevereiro para 0,69% em março, sendo o destaque para o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, com o percentual passando de -0,61% para -2,58%.

Os dados mostram também avanço de 1,54% no índice do grupo matérias-primas brutas. Em fevereiro, o índice havia registrado queda de 0,23%. As principais contribuições para a alta partiram de: soja em grão (-0,11% para 5,78%), milho em grão (0,15% para 11,41%) e leite in natura (-2,47% para 5,98%). Em sentido oposto, as principais quedas foram nos itens minério de ferro (0,38% para -1,88%), mandioca (7,82% para -2,39%) e suínos (-1,17% para -7,23%).

Preços ao consumidor

O estudo mensal da FGV mostrou ainda que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,14% em março, ante 0,28% em fevereiro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo transportes (1,16% para 0,40%), com destaque para a gasolina, cuja taxa passou de 2,10% para 0,18%.

Também apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos educação, leitura e recreação (1,01% para -0,29%); alimentação (0,07% para -0,08%); saúde e cuidados pessoais (0,51% para 0,36%); comunicação (-0,05% para -0,17%) e despesas diversas (0,20% para 0,12%). As principais influências observadas partiram dos seguintes itens: cursos formais (2,05% para 0,00%), carnes bovinas (-1,24% para -2,26%), medicamentos em geral (0,24% para 0,00%), tarifa de telefone móvel (0,24% para -0,57%) e cartório (1,18% para 0,13%).

Por outro lado, tiveram aumento os grupos habitação (-0,21% para 0,19%) e vestuário (-0,56% para 0,53%). Os maiores aumentos ficaram por conta de tarifa de eletricidade residencial (-1,74% para 0,83%) e roupas (-0,46% para 0,79%).

Custo da Construção

O estudo da FGV apontou também que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,23% em março, contra 0,14% em fevereiro. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços ficou em 0,50%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,32%. O índice que representa o custo da mão de obra não registrou variação entre fevereiro e março.

Governo anuncia recursos para implementação do Mais Alfabetização

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil

Em cerimônia hoje (28), no Palácio do Planalto, foi anunciada a implementação do Programa Mais Alfabetização com investimentos de R$ 523 milhões nos próximos dois anos. O programa do Ministério da Educação (MEC) busca fortalecer e apoiar escolas no processo de alfabetização dos estudantes no 1° e 2° anos do ensino fundamental.

Neste ano serão liberados R$ 253 milhões, sendo R$ 124 milhões de forma imediata para escolas de estados e municípios de todo o país, de acordo com o MEC. A segunda parcela dos recursos será liberada no segundo semestre deste ano, de acordo com o monitoramento e avaliação da execução do programa.

Um dos destaques do programa é a garantia de um assistente de alfabetização ao professor em sala de aula. O professor regente contará com o apoio do assistente para o desenvolvimento das atividades pedagógicas.

No evento, o ministro da Educação, Mendonça Filho, destacou a importância de reforçar a alfabetização no país para garantir o avanço das crianças no processo educativo. “Infelizmente o desempenho da alfabetização no país é muito precário, distante do que seria razoável, o que compromete a vida educacional de milhões de crianças. Sabemos que uma criança mal alfabetizada acumulará dificuldades ao longo de todas as etapas de sua vida educacional. E uma criança bem alfabetizada terá outro desempenho”, disse.

O presidente Michel Temer disse que o governo tem feito grandes esforços para ampliar a qualidade da educação no país. “O Brasil é um país que tem povo talentoso, trabalhador, e pode muito bem atingir um nível de justiça e bem-estar dos países desenvolvido. E para tudo isso a chave fundamental é educação para todos e educação de qualidade”, disse.

O Ministério da Educação aponta que a adesão de estados e municípios ao programa foi de 49 mil escolas atendendo assim 3,6 milhões de estudantes em 156 mil turmas dos dois primeiros anos do ensino fundamental.

O Mais Alfabetização foi lançado para reverter a estagnação na aprendizagem constatada pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) em 2016. Os resultados mostraram que 54,73% dos estudantes acima de 8 anos – faixa etária de 90% dos avaliados – permanece em níveis insuficientes de leitura.

Reajuste no repasse para transporte escolar

Durante o discurso, o ministro da Educação anunciou reajuste de 20% no repasse da União para o transporte escolar. “É um item relevante pelo custo de manutenção a estados e municípios”, disse Mendonça.

Discurso de Despedida

Mendonça Filho, que vai deixar a pasta da educação para se candidatar nas eleições de outubro, terminou o discurso em tom de despedida. Após dizer que esse deve ter sido seu último discurso no Palácio do Planalto. Ele agradeceu a confiança do presidente Temer e disse que exercer o cargo de ministro da Educação foi um dos períodos mais instigantes e desafiadores de sua carreira pública.

“De todas as funções que ocupei, e já fui governador do meu estado, essa tocou me tocou em profundidade” disse.

Temer desejou sorte a Mendonça Filho em sua vida pública e política e acrescentando que pela “vida pública extraordinária” que tem no momento, ele continuará discursando por todo o Brasil nos cargos que venha ocupar.

Cordel do Fogo Encantado prepara show especial para seu retorno no Recife

O grupo Cordel do Fogo Encantado anunciou recentemente as primeiras datas da turnê Viagem ao Coração do Sol pelo Brasil e confirma show no Recife no dia 12 de maio no Clube Português. Os ingressos já estão a venda pela plataforma Sympla, meia entrada do primeiro lote a R$40,00.

Além de músicas do álbum que será lançado dia 06 de abril, incluindo o single já divulgado, Liberdade, A Filha do Vento, a banda vai apresentar também alguns dos clássicos dos discos Cordel do Fogo Encantado (2001), O Palhaço do Circo Sem Futuro (2002) e Transfiguração (2006). A luz do palco estará sob responsabilidade de Jathyles Miranda de Souza, que também assina a cenografia e acompanha a banda desde o início. “A minha escola é o teatro e no Cordel consegui por em prática muito da experiência que tenho, pois a banda permite esse processo criativo como se fosse uma peça. Então, quando chega o momento de montar a luz do palco, trabalhamos semelhante à uma peça, ou seja, nada é aleatório, tudo é marcado, discutido”, conta o iluminador. E nos shows da nova turnê Gabriel Furtado foi convidado para fazer o video mapping e Isadora Gallas o figurino.

SERVIÇO:

Local: Clube Português
Data: 12 de maio
Abertura da casa: 21h30
Ingressos: 1º lote – R$40,00 (meia) / R$50,00 (social) / R$80,00 (inteira) / R$90,00 (camarote Open Bar)

Venda online: https://www.sympla.com.br/cordelemrecife

Paulo Maluf é internado em hospital particular em Brasília após passar mal na Papuda

Paulo-Maluf2

Congresso em Foco

O deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP) foi internado, na madrugada desta quarta-feira (28), em um hospital particular de Brasília. Em nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido por Kakay, informou que o congressista sofreu complicações em seu quadro de saúde e deverá ficar internado por pelo menos três dias.

O advogado de Maluf também ressaltou que o quadro de saúde do parlamentar é grave, com “permanente risco de óbito”. O Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (Home) confirmou a internação do deputado. No entanto, não deu detalhes sobre seu estado de saúde, por não ter sido autorizado pela família.

O parlamentar cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde 22 de dezembro, após ter sido condenado por corrupção pelo STF. Desde então, os advogados de Maluf acumulam sucessivas negativas da Justiça para que ele cumpra sua pena em regime domiciliar.

Essa semana, a defesa ingressou com novo apelo ao STF sob a justificativa de que ele “corre o risco de ficar cego”. No pedido, a defesa anexou um relatório oftalmológico que “aponta a possibilidade de perda total da visão do único olho funcional” do parlamentar, caso não seja feito o necessário tratamento que, de acordo com eles, Maluf “não tem à sua disposição”.

O relatório aponta ainda que ele perdeu a visão do olho direito em abril de 2017. No caso do olho esquerdo, “apresenta também degeneração macular e pode rapidamente desencadear quadro irreversível com perda da visão do seu olho único”.

Além disso, a defesa ressalta argumentos já usados em pedidos anteriores como a idade de Maluf, que atualmente está com 86 anos, além de suas complicações de saúde como os problemas cardíacos, o câncer de próstata, o diabetes e a hérnia de disco. Os advogados também alegam que não houve trânsito em julgado no caso da condenação de Maluf, ainda havendo um recurso para ser analisado.

Leia a nota do advogado de Maluf na íntegra:

“O Dr Paulo Maluf teve uma complicação séria no seu quadro de saúde esta madrugada e foi internado as pressas no hospital HOME perto da meia-noite. A informação é que terá que ficar sob observação por pelo menos 3 dias. A defesa não obteve ainda maiores detalhes e também se preserva o direito de respeitar a dor e a preocupação da família, que não quer maior exposição. Como é do conhecimento de todos o quadro de saúde do Dr Paulo é grave ,com constante e diário comprometimento , inclusive com permanente risco de óbito. O que cabia a defesa técnica foi feito, agora são os médicos que estarão responsáveis pela saúde. Kakay”

“Bolsonaro não vai se esvair do nada”, avalia diretor do Instituto Ipsos

Bolsonaro-Marcelo-Camargo-Agência-Brasil1

Congresso em Foco

Líder nas pesquisas de intenção de voto em que o ex-presidente Lula é excluído da disputa, cenário mais provável devido à condenação em segunda instância, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) é um concorrente a ser levado a sério pelos demais candidatos, a despeito de suas inúmeras controvérsias, adverte o diretor do terceiro maior grupo de pesquisas do mundo, o francês Ipsos. Responsável pelo setor de Public Affairs (assuntos públicos) do instituto francês no Brasil, Danilo Cersosimo explica que, além de elevados índices de intenção de voto, Bolsonaro acumula percentual considerável na avaliação de sua imagem. Seu nível de aprovação varia entre 20% e 24%.

Para Danilo, a intenção de votos, somada à aprovação da imagem, demonstra que Bolsonaro tem uma base consistentes e não será desidratado facilmente ao longo da campanha, mesmo dispondo de menos tempo de rádio e TV e de recursos que boa parte de seus adversários em outubro. “Ele já tem base, não é apenas um fenômeno que vai se esvair do nada. Do ponto de vista da corrida eleitoral, é preciso saber como esse jogo vai acontecer, muito provavelmente sem Lula”, diz o diretor da Ipsos em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco.

Danilo considera que, mesmo tendo quase 30 anos de mandatos na Câmara, Bolsonaro projeta para parte do eleitorado o sentimento “antipolítico” e tende a ser o grande beneficiário se nomes que poderiam ocupar esse espaço, como o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e o apresentador de TV Luciano Huck, ficarem de fora da disputa.

“A desidratação do nome do Bolsonaro pode favorecer alguém com esse perfil. A tal desidratação de Bolsonaro pode ocorrer se vier um nome desse perfil. Os debates serão decisivos para ele. Vai depender de quem serão os interlocutores, isso vai ser fundamental para tomada de decisão durante a campanha, que é relativamente curta pela importância que tem.”

Na entrevista abaixo, o diretor da Ipsos também aposta que o PT ficará fora do segundo turno da eleição, devido à fragilidade dos cotados para substituírem Lula caso se confirme o indeferimento de sua candidatura, casos do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad e do ex-governador baiano Jaques Wagner. Para Danilo Cersosimo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é um nome que tem todas as condições de chegar à rodada final de votação com grandes chances de vitória. “Se for Alckmin, é muito grande a chance pela força partidária do PSDB, ainda que internamente continue em fragmentação. Hoje vejo mais força no PSDB do que no PT para chegar ao segundo turno. Um segundo turno entre ambos é quase impossível”, considera.
Desde novembro do ano passado, a Ipsos desenvolve com o jornal O Estado de S. Paulo o Barômetro, levantamento que mede a popularidade das principais figuras públicas do país. A iniciativa ouve mensalmente cerca de 1.200 pessoas em 72 municípios e faz parte do Pulso Brasil, pesquisa da Ipsos que monitora a opinião pública sobre política, economia, consumo e questões sociais.

Congresso em Foco – Que características o senhor antevê para a eleição presidencial? O que deve haver de diferença em relação à eleição passada?
Danilo Cersosimo – Parece-me que vamos de novo presenciar essa crescente onda dos últimos anos de absenteísmo, de votos nulos e brancos no país. Isso se dá muito pela falta de identificação da população com as lideranças que aí estão. Existe um vácuo de liderança, que não foi preenchido. Não creio que teremos o efeito do novo na política. O discurso do gestor, do novo, como foi o efeito Doria, muito possivelmente não se replicará no Brasil. Existe uma carência por lideranças, um sentimento de antipolítica que não será preenchido por esse perfil que o Doria, em algum momento, sugeriu ocupar. Por outro lado, existe um flanco para um outsider no perfil antipolítica, mas “à la Bolsonaro”, tanto que ele está aí. Ele tem entre 14% e 15% de votos em pesquisas espontâneas. No nosso monitoramento do Barômetro ele tem tido constante aprovação de imagem, de 20% a 24%. Se, por um lado, aprovação de imagem não significa conversão de voto, quando a gente olha os dados do Bolsonaro e os dados eleitorais eles são relativamente consistentes.

Bolsonaro têm fôlego para ir adiante?
Tem imagem consistente num núcleo de eleitores e consegue entre 14% e 15% de intenções de voto. Ele já tem base, não é apenas um fenômeno que vai se esvair do nada. Do ponto de vista da corrida eleitoral, é preciso saber como esse jogo vai acontecer, muito provavelmente sem Lula – suas chances de concorrer são quase inexistentes – e pensando nos nomes mais prováveis pelo PT, como Fernando Haddad e Jaques Wagner… Por outro lado, em 2016, o PT se enfraqueceu demais, por conta do que estava por vir com a Lava Jato e o impeachment da Dilma. Perdeu muitas prefeituras, perdeu musculatura. Conseguirá Lula fazer sucessor mesmo estando inelegível ou encarcerado? Acredito que não, por causa da força que o PT deixou de ter como máquina política. Está longe dos grandes centros de poder.

O que muda sem Lula?
Com Lula, ele certamente iria para o segundo turno com chance considerável de ser eleito. Sem Lula o cenário muda muito. Nesse cenário abre-se possibilidade enorme para nomes vindos de fora. Mas nomes vindos de fora com discurso de gestão perderam um pouco a força. Abre-se espaço para um outsider como Luciano Huck e Bolsonaro pela necessidade de liderança mais carismática. É preciso pensar quais são as carências da população, desemprego, violência e corrupção, como cada um desses nomes vai ocupar esses territórios. Corrupção resvala em outra esfera que é de administrar bem o recurso público. Teria espaço para o discurso do bom administrador, mas ninguém parece querer ocupá-lo.

Quais serão os grandes temas desta eleição?
Pela ordem, desemprego, segurança pública, corrupção e boa gestão dos recursos públicos. Corrupção até mais que boa gestão, especialmente em classes mais altas. As classes sociais mais baixas, com situação de emprego mais fragilizado, demandam muito mais soluções em relação a emprego. Emprego e saúde sempre são os principais itens da agenda. Seriam no atual contexto de crise econômica, de cinco anos de economia ruim, mais de 12 milhões de desempregados, isso só está mais forte em 2018 do que em 2010 e 2014. Quando olhamos para questões do plano econômico, em todos os países, as pessoas entendem as questões do campo econômico como inflação e emprego. Há um ano e meio a inflação era item muito presente nas demandas da sociedade. Hoje não é vista mais como grande problema a ser resolvido. Desemprego continua a ser. Era pior há um ano, mas continua como principal problema a ser resolvido, acima das demais questões.

Que erro será fatal para um candidato à Presidência em 2018?
Uma campanha deveria ser conduzida de maneira construtiva e propositiva. Mas isso quase nunca ocorre. Um erro estratégico será não se colocar no lugar do brasileiro. Candidatos terão de falar a língua do brasileiro para serem compreendidos. As vezes a ideia é muito boa, mas se ela não for bem transmitida, não terá sucesso. Ainda que tenha perdido eleições, Lula sempre foi um fenômeno por saber criar laço com o povo, especialmente quando o brasileiro está mais vulnerável. Não dá pra tratar de grandes questões num país fragilizado de maneira distante. Principalmente emprego e violência. Pegando ambas como exemplo, elas precisam de solução em curto, médio e longo prazo. Grande deficiência que temos no Brasil hoje é tratarmos só de curto prazo. Isso não vai mudar, mas seria erro fatal. O Brasil tem problemas a serem resolvidos hoje. Isso precisa ser comunicado de maneira calorosa, se colocando no lugar do brasileiro que está sofrendo há anos. Em 2013, quando estouraram as manifestações, ficou clara a percepção de que o brasileiro paga muito imposto e o dinheiro não é utilizado e escoa pelos ralos da corrupção. É preciso ter sensibilidade para tratar dessas questões. Todo nome da política é visto com um pé atrás. Quem não estiver envolvido em escândalos tem credibilidade maior para tratar de coisas delicadas.

A disparidade de recursos e tempo de TV será decisiva nesta eleição?
É um grande desafio. Certamente será um problema. Candidatos com maior tempo de TV, como Alckmin, mesmo não tendo até aqui desempenho positivo, isso pode mudar favoravelmente pra ele. A questão que fica é qual será o papel da internet e das redes sociais para balançar esse cenário. Num país em que a internet não tem a força que a gente imagina, talvez não resolva tudo. Isso pode mudar um pouco o cenário eleitoral. A gente vê, não só no Brasil, esse exército de seguidores, mas boa parte é bots. Vamos ter resposta de influência da internet este ano. Não vejo a internet ainda no Brasil com capacidade de influenciar uma campanha a ponto de eleger um candidato. Bolsonaro talvez seja o maior exemplo de bom uso de estratégica de comunicação na internet. Ficou bem mais conhecido pela internet. Ele sabe que precisa ultrapassar essa fronteira. Não se ganha eleição no país sem o voto das classes mais baixas, do interior do país. Existe massa alijada desse debate da internet. Pode ser que nos próximos anos que isso cresça. O corpo a corpo, o líder político local nas pequenas e médias cidades ainda conta muito pra encorpar uma campanha. A internet não vai eleger ninguém.

MDB, PT e PSDB ficarão com mais recursos e tempo de TV, tem estrutura nos municípios e estados. Bolsonaro e Marina são grandes perdedores nesse cenário?
Nesse sentido sim. Marina muito mais porque não tem a força de comunicação do Bolsonaro. Vai ser muito interessante olhar como será uma campanha se Luciano Huck e Joaquim Barbosa concorrerem. A depender da sigla, enfrentariam mesmos problemas de Marina, mas são figuras de muito alcance. Isso é um problema, mas é um problema maior porque nos últimos quatro anos não foi construída nenhuma alternativa nesse sentido. Tivemos quatro anos para que alternativas fossem construídas. Isso não aconteceu. O fato concreto é que temos uma eleição que tende a ser pulverizada, com serie de nomes concorrendo, mas que no final das contas, cm essas regras, nem todos terão igualdade de alcance. Olhar pra trás e ver o tempo perdido é penoso.

O eleitor se cansou da polarização PT e PDSB?
Ela tenderia a se repetir num cenário com Lula. Por não haver possivelmente esse cenário essa polarização vai ser certamente impactada. Não vejo o PT indo para o segundo turno nem despontando candidato forte com condição de de polarizar. Quando olho para o PDSDB, de novo sinalizando fragmentação interna, vejo chances de um candidato no segundo turno. Se for Alckmin, é muito grande pela força partidária do PSDB, ainda que internamente continue em fragmentação. Hoje vejo mais força no PSDB do que no PT para chegar ao segundo turno. Um segundo turno entre ambos é quase impossível.

Quais as chances de Ciro ser o antagonista de Alckmin?
Baseado no que a gente tem de dados sobre aprovação de imagem, acredito que Ciro tenha teto não muito alto, sem grandes chances de segundo turno. Fatos novos e arranjos podem surgir. Mas baseado no próprio histórico, no que temos de dados, acho pouco provável que ele desponte como alguém que vá para o segundo turno. A segunda vaga está bem aberta. Quando a gente olha para o cenário eleitoral, Bolsonaro é colocado no segundo turno porque tem, de maneira consistente, seus 14% ou 15% em pesquisa de intenção de voto espontânea. Hoje Bolsonaro aparece indo para o segundo turno. Hoje a segunda vaga é teoricamente do PSDB se vier com candidato forte. A incógnita é: qual será a força de um nome vindo de fora, como Joaquim Barbosa e Luciano Huck? Amoêdo é um nome de fora, mas não é conhecido, não é percebido assim. Esse perfil gestor perdeu um pouco força. Existe flanco para uma celebridade… Como esse tabuleiro vai mudar se Joaquim Barbosa ou Huck entrar na briga? Acredito que ambos têm muito potencial eleitoral para crescer, com base em dados de pesquisa. Se estiverem no jogo, esse cenário muda, pode mudar inclusive para o próprio Bolsonaro. A desidratação do nome do Bolsonaro pode favorecer alguém com esse perfil. A tal desidratação de Bolsonaro pode ocorrer se vier um nome desse perfil. Os debates serão decisivos para ele. Vai depender de quem serão os interlocutores, isso vai ser fundamental para tomada de decisão durante a campanha, que é relativamente curta pela importância que tem.

Prefeitos da Zona da Mata debaterão na AFCP redução da criminalidade através do setor canavieiro

Na próxima segunda-feira (02), às 10h, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) espera receber os prefeitos da Zona da Mata para um debate sobre o projeto Renovar do setor canavieiro onde visa contribuir na redução dos índices de criminalidade na região através do crescimento de postos de trabalho por meio da recuperação de antigos patamares da safra da cana e da produtividade das usinas. Na referida região, existem 11 mil fornecedores independentes de cana, dos quais já dependem 30 mil trabalhadores.

Os deputados estaduais e federais, ligados a estes municípios, também estão sendo convidados, bem como senadores e o secretário estadual de Agricultura, Wellington Batista. A participação dos prefeitos e de cada ator envolvido será tratada durante a reunião que contará ainda com a presença do presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), José Inácio, já que o Renovar é um projeto que está sendo discutido dos estados da Bahia ao Rio Grande do Norte.

“Como há uma relação direta entre crime e desemprego, que cresceram bastante nos últimos anos, o Renovar, que foi entregue recentemente ao governador Paulo Câmara, visa a partir de uma Parceria Pública Privada (PPP) recuperar os canaviais da região, a fim de renovar os canaviais do estado e acabar com a capacidade ociosa das unidades industriais. Com isso, abrem-se milhares de empregos no campo e usinas – condições importantes para contribuir na redução da criminalidade na nossa região, com repercussões diretas também na Região Metropolitana do Recife”, comenta Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP. O Renovar, elaborado pelo consultor Gregório Maranhão, conta também com a parceria do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco (Sindicape).

Por se tratar de uma PPP, o Renovar visa dividir tal responsabilidade entre o setor canavieiro e o público. Desse modo, o Governo do Estado através de recursos federais voltados para essa finalidade pode atuar como parceiro na implementação deste projeto. Assim, como há milhões em recurso federais voltados para Pernambuco com projetos também de Segurança Pública, anunciados recentemente pelo presidente Temer, é vital o apoio político dos prefeitos da Mata Norte, deputados e senadores, os quais estão bastante preocupados com a questão da criminalidade.

Lima explica sobre a viabilidade do Renovar para baixar a criminalidade através de outro relevante indicador socioeconômico, que é o emprego na Zona da Mata – região que tem superado e muito o nível de crimes. “Hoje as usinas de açúcar e etanol em PE tem uma capacidade ociosa de mais de 5 milhões. Elas moem 11,5 milhões de cana por safra diante do déficit da matéria-prima nos últimos anos, marcados por cinco anos de seca, quando estão prontas para esmagar 17 milhões”, diz Lima. O dirigente lembra que a cada mil toneladas de cana de açúcar a mais ou a menos estão em jogo seis empregos direto e o triplo disso em indireto. O Renovar (Programa de Revitalização da Atividade Canavieira do NE) atua na raiz desse problema, pois auxilia na renovação dos canaviais, os quais demandarão milhares de mais empregos no campo e usinas, fatores socioeconômicos vitais para ajudar na redução da criminalidade.

MEC transfere R$ 963 milhões da complementação ao Fundeb

Os recursos referentes à parcela de março da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) estarão disponíveis a partir desta quarta-feira, 28, nas contas correntes de estados e municípios beneficiários. Responsável pela transferência dos valores, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC, repassou R$ 963,9 milhões aos entes federativos na última segunda-feira, 26. Desse total, R$ 96,3 milhões referem-se à complementação para o pagamento do piso do magistério.

“Os recursos transferidos por meio do Fundeb são essenciais para a garantia de uma educação básica de qualidade, nos quatro cantos do país”, observa o ministro da Educação, Mendonça Filho. “A complementação da União aos municípios é essencial para a melhoria da educação básica e valorização dos profissionais que atuam em sala de aula, porque leva em consideração a situação social e econômica de cada estado e seus municípios.”

Conforme a lei que instituiu o Fundeb, a União repassa a complementação aos estados e respectivos municípios que não alcançam com a própria arrecadação o valor mínimo nacional por aluno estabelecido a cada ano. Em 2018, esse valor é de R$ 3.016,67. Os estados que recebem a complementação são: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

Principal fonte de financiamento da educação básica pública, o Fundeb é formado por percentuais de diversos impostos e transferências constitucionais, a exemplo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Pelo menos 60% dos recursos do Fundeb devem ser usados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais. O restante serve para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, compreendendo, entre outras ações, o pagamento de outros profissionais ligados à educação, bem como a aquisição de equipamentos e a construção de escolas.

Mais Alfabetização: Temer autoriza R$ 253 milhões em investimentos iniciais para o programa

Nesta quarta-feira, 28, o presidente da República, Michel Temer, anunciou investimentos de R$ 253 milhões ao implementar o Programa Mais Alfabetização. Nos próximos dois anos, o Governo Federal vai direcionar o total de R$ 523 milhões, por meio do programa, para escolas e municípios em todo o país.

Na oportunidade, o presidente Michel Temer ressaltou que, em menos de dois anos, o Governo Federal reformou o ensino médio, aprovou a base curricular, ampliou o ensino em tempo integral, criou a residência pedagógica e melhorou as condições do financiamento estudantil. “Portanto, o nosso governo e toda a equipe do MEC fizeram uma verdadeira revolução silenciosa na educação brasileira. Trabalho em silêncio que produz os resultados que aqui verificamos. Portanto, nós todos trabalhamos duro não para oferecer uma educação qualquer, mas uma educação de qualidade, voltada para o futuro”, destacou.

Durante a cerimônia, professores e diretores de escolas com 90% ou mais dos alunos com resultados suficientes na Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) em leitura e matemática receberam certificado de reconhecimento do MEC, assim como prefeitos, secretários e diretores de municípios com 80% ou mais dos alunos com resultados suficientes na ANA. No total, 292 escolas alcançaram 90% de resultados eficientes em leitura e matemática. Dessas, 63 (22%) são da rede estadual de ensino e 229 (78%) da rede municipal.

Mais Alfabetização – O programa vai fortalecer e apoiar as escolas no processo de alfabetização dos estudantes no 1º e 2º anos do ensino fundamental. A adesão ao Mais Alfabetização foi de 49 mil escolas, com atendimento de 3,6 milhões de estudantes em 156 mil turmas do 1º e 2º anos do ensino fundamental em todo o país.

Confiança do comércio atinge maior índice desde abril de 2014: 114,5 pontos

Agência Brasil

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 2,1% de fevereiro para março e atingiu 114,5 pontos em uma escala de zero a 200. Esse é o maior patamar do indicador desde abril de 2014.

O resultado ocorre, principalmente, por conta da melhora de 4,5% na avaliação das condições atuais pelos comerciantes, apesar de ainda situar-se na zona negativa. Apesar disso, o subindice das condições atuais ficou em 92,9 pontos, ainda em uma zona negativa (abaixo de 100 pontos).

As expectativas dos comerciantes no curto prazo são as maiores desde dezembro de 2013, já que, com um aumento de 1%, chegaram ao patamar de 155,6 pontos.

O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio teve leve aumento mensal de 0,8%, com destaque para o aumento da intenção de contratação de funcionários (1,4%).

Variação anual

Na comparação com março de 2017, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio acusou aumento de 14,6% em razão da alta de 36,2% nas condições atuais, de 5,4% nas expectativas e de 13,2% nas intenções de investimento.

Segundo a CNC, a avaliação mais positiva dos varejistas deve-se à recuperação do comércio, que se baseia principalmente no consumo, aliada à manutenção do cenário favorável de inflação e melhores condições de crédito.

Para a Confederação Nacional do Comércio, o processo de recuperação, mesmo lento, do emprego e da renda tende a impulsionar ainda mais a confiança dos empresários.

Hospital Mestre Vitalino recebe reconhecimento pelo serviço de Ouvidoria

Ouvidoria1

Representantes do Hospital Mestre Vitalino participaram do I Encontro Amigos da Ouvidoria, realizado no Recife. Durante o evento, que contou com a presença de todos os hospitais da Rede Estadual de Saúde, o HMV se destacou no quesito demandas respondidas no prazo, ficando em primeiro lugar no ranking de novos hospitais. Em segundo ficou o Hospital Miguel Arraes e em terceiro o Hospital Dom Hélder Câmara.

Na ocasião o HMV foi condecorado pela sua qualidade no serviço de ouvidoria no ano de 2017. A ouvidoria auxilia a participação da população na melhoria da assistência oferecida pelas unidades.