Paulo Câmara lança a 12ª Edição do Anuário 8 de Março

Para celebrar o Dia da Mulher, comemorado no último dia 8 de março, o governador Paulo Câmara comandou, nesta segunda-feira (19.03), evento realizado no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, que reuniu representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, da sociedade civil e dos 185 Organismos Municipais de Políticas Públicas para as Mulheres. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual fez questão de enfatizar as políticas e ações em prol dos direitos da mulher na sociedade moderna. Durante o evento, também foi lançada a 12ª Edição do Anuário 8 de Março – 2018 – instrumento de políticas para as mulheres que faz um balanço das ações realizadas em 2017 e estabelece metas prioritárias para 2018.

“Tenho me aplicado muito para impor avanço a esse processo tão caro às mulheres, aqui em Pernambuco. Venho fazendo tudo o que posso para que as mulheres tenham mais voz, mais dignidade, mais respeito e mais qualidade de vida. Ajo assim porque acredito que não poderá haver desenvolvimento e democracia onde não se promove igualdade social, política e econômica entre homens e mulheres. Por isso, precisamos enfatizar políticas e ações que acelerem esse processo de promoção de uma igualdade justa e efetiva”, afirmou o governador Paulo Câmara.

No evento, também foram anunciadas as vencedoras da 1ª Edição do Prêmio Literário da Mulher Idosa – Anita Paes Barreto. Na categoria Contos, a senhora Maria Vanise Pires foi a vencedora, com “A suurpreendente Clarice”. Já na categoria Poesias, o primeiro lugar ficou com Marli Marques, com o conto “Envelhecer (?)”. A premiação literária foi lançada em outubro passado e presta homenagem à educadora, psicóloga e pioneira na área de Educação de Crianças Especiais em Pernambuco, Anita Paes Barreto.

A secretária estadual da Mulher, Silvia Cordeiro, ressaltou as ações realizadas nos últimos quatro anos em favor das mulheres pernambucanas e reforçou que a luta em busca de igualdade seguirá firme. “Nós fizemos parte da historia e temos um futuro na mão, então, não vamos nos deixar por último. Vamos, juntas, construir um futuro melhor para todas as mulheres”, conclamou. A gestora da pasta ainda ressaltou que, desde a criação da secretaria, em 2007, o Governo de Pernambuco vem ampliando o raio de ação. “Aumentamos a nossa presença com os movimentos sociais e o resultado, a gente percebe, é que Pernambuco tem, sim, políticas públicas voltadas para as mulheres”, concluiu.

À frente da pasta da Mulher no município de Buíque, localizado no Sertão de Pernambuco, Santina Tereza de Oliveira destacou a importância do evento em favor dos direitos das mulheres. “Este é um momento importante e de decisão, de não retroceder, de entender como estamos enquanto estrutura e quais as políticas voltadas para as mulheres para que, cada vez mais, nos fortaleçamos”, registrou.

Estiveram presentes na cerimônia os secretários coronel Eduardo Pereira (Casa Militar); Pedro Eurico (Justiça e Direitos Humanos); Carlos Cavalcanti (Meio Ambiente e Sustentabilidade); a presidente da Fundarpe, Márcia Souto; a secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa; a primeira-dama de Olinda, Cláudia Cordeiro, representando o prefeito, Professor Lupércio; a desembargadora do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Daisy Pereira, representando o presidente Adalberto de Oliveira Melo; a defensora pública Virgínia Moury Fernandes; a promotora de Justiça Taciana Alves; as deputadas federais Creuza Pereira e Luciana Santos; a deputada estadual Laura Gomes; e prefeitos de diversas cidades do Estado.

‘Caravana da Educação’ chega em Timbaúba

O governador Paulo Câmara acompanha, nesta terça-feira (20.03), mais uma reunião da Pactuação de Metas 2018 da Secretaria Estadual de Educação (SEE), desta vez, no município de Timbaúba, Zona da Mata do Estado. Paulo aproveita a oportunidade para visitar também os polos da Caravana da Educação, um circuito de atividades pedagógicas, culturais, esportivas e de orientações aos estudantes, que acontecem no mesmo dia com a participação da comunidade escolar. A edição de abertura foi realizada em Limoeiro, no Agreste Setentrional, na última sexta-feira (16.03).

Além da Mata Norte e Agreste Setentrional, a iniciativa irá contemplar todas as regiões de Pernambuco, até o final de maio, com o objetivo de aproximar a escola da população e fortalecer o protagonismo dos jovens da Rede Estadual. A Pactuação de Metas é um importante momento de discussão de metas para o ano de 2018 entre a Secretaria de Educação e as escolas, em parceria com a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado, para que todas conheçam suas metas com foco no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE).

Renato Góes inicia ensaios para a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

Renato Góes com as mãos amarradas F Luciano Telles (2)

O ator Renato Góes já está em Pernambuco, na cidade-teatro de Nova Jerusalém, participando dos ensaios do espetáculo da Paixão de Cristo, que estreia no próximo sábado dia 24 e vai até o dia 31 deste mês. Ele chegou no último sábado e, no mesmo dia, já deu início à maratona de preparativos para viver Jesus, personagem principal da Peça teatral.

Como protagonista, Góes estará nos palcos em quase todas as cenas do espetáculo, que tem cerca de duas horas e meia de duração. Diante desse desafio, o ator está aproveitando todo o tempo disponível para se esmerar na composição do personagem. Isso inclui repassar várias vezes os longos textos e treinar as movimentações cênicas que ele fará em cada um dos nove palcos da cidade-teatro.

“Meu objetivo é trabalhar para dar ênfase ao lado mais humano de Jesus. Procurei estudar o porquê de cada palavra, de cada momento, a fim de entender mais a fundo o texto”, afirma. Pernambucano, o artista já havia participado da Paixão de Cristo de 2007 a 2010 fazendo o papel do apóstolo João. “Sempre pensei em voltar à Nova Jerusalém, mas imaginava interpretar Pilatos. Jamais pensei em viver Jesus. É uma responsabilidade enorme, mas o fato de já conhecer a cidade-teatro e a equipe do espetáculo me dá segurança”, disse o ator que destacou na TV Globo como Santo dos Anjos, na novela Velho Chico, e também viveu o médico Renato Reis, na série Os Dias Eram Assim.

Os demais atores convidados, Kadu Moliterno (Pilatos), Victor Fasano (Herodes), Tonico Pereira (Anás), Nicole Bahls (Herodíades) e Rita Guedes (Madalena), desembarcam do aeroporto de Recife na tarde desta segunda-feira (19) e seguem direto para Nova Jerusalém onde, à noite, participam dos ensaios juntamente como todo o elenco de artistas pernambucanos.

As entradas para o espetáculo, que já estão à venda pelo site oficial (www.novajerusalem.com.br) custam de R$ 100,00 a R$ 140,00, dependendo do dia, com meia-entrada para estudantes, professores de Pernambuco e público de até 14 anos. Nas compras feitas pelo site, o valor do ingresso poderá ser parcelado em até 12 vezes nos cartões de créditos.

CESAR abre inscrições para o Programa Summer Job

O CESAR, centro de inovação sediado em Recife, abriu processo seletivo para uma nova turma do Programa Summer Job. As aulas terão início em 2 de julho e término em 10 de agosto e ocorrerão tanto na sede do CESAR em Recife, como nas regionais em Sorocaba (SP), Curitiba (PR) e Manaus (AM). As inscrições ficam abertas até 31 de março.

Os objetivos do curso são oferecer para as empresas maduras um ambiente de experimentação rápida, e para os alunos uma oportunidade de resolver problemas reais através do processo de inovação do CESAR. A interação intensiva entre alunos e empresas resulta em um efeito colateral importante: a identificação de talentos pelas empresas patrocinadoras. O Programa é voltado para estudantes de qualquer curso, embora cerca de 50% das vagas sejam destinadas aos alunos de Ciência da Computação, Engenharia, Administração, Economia, Design e afins.

Um dos requisitos para a participação no Programa é que o aluno esteja cursando a partir do 4° período e tenha inglês fluente, já que todas as aulas serão ministradas nesse idioma. Nesta edição, o CESAR criará um grupo misto com estudantes estrangeiros e brasileiros, o que favorecerá o compartilhamento de conhecimento e de experiências. O Programa oferece aos alunos uma ajuda de custo no valor de R$ 2 mil, além de passagem para aqueles que optarem por unidades do CESAR diferentes do seu estado de residência.

“O Summer Job é ideal para os estudantes que buscam aprimoramento pessoal e vivência do mercado de trabalho e têm espírito empreendedor. Durante todo o Programa, os participantes serão envolvidos na resolução de um desafio da empresa patrocinadora”. juntamente com uma equipe técnica altamente qualificada”, explicou Eduardo Peixoto, Executivo Chefe de Negócios do CESAR. “Um dos grandes diferenciais é que temos no Programa empresas patrocinadoras que trarão diversos desafios nos quais os estudantes deverão trabalhar, bem como direcionamentos reais de mercado”, reforçou Peixoto.

O executivo também destacou que as vantagens do Programa vão além da capacitação dos estudantes. “As empresas patrocinadoras do Summer Job também se beneficiam, já que os protótipos gerados durante as atividades poderão ser implementados e virarem produtos inovadores”, explicou.

Desde 2012, o CESAR vem realizando edições do Summer Job. Algumas das empresas patrocinadoras das últimas edições foram Fedex Express, Grupo Boticário, Gerdau, Unilever, Globo, Grupo Cornélio Brennand, FCA – Fiat Chrysler Automobiles, entre outras. O Programa já contou com a participação de alunos do ITA, UFPE, Insper (SP), USP (SP), PUC-Rio (RJ), UEA (AM), UFJF (MG), UPE, Universidade Católica de Pernambuco e UFPB, entre outras.

Para inscrição e mais informações, acesse: http://summerjob.cesar.org.br

Ministério inicia Campanha de Prevenção de Acidentes do Trabalho de 2018 em abril

O adoecimento ocupacional e as quedas do trabalho em altura serão o foco da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT), que será realizada pelo Ministério do Trabalho em todo país a partir de abril. “A novidade para 2018 é que, diferente dos anos anteriores, a campanha se estenderá por todo o ano, com o intuito de firmamos uma cultura de prevenção contínua contra acidentes do trabalho”, ressaltou o ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, que participou nesta segunda-feira (19), em Brasília, de reunião sobre o tema com vários parceiros do governo e da sociedade civil.

Yomura destacou que o Ministério vai realizar eventos em todos os estados, com foco em datas específicas, como o 1º de maio, o Dia D de Inclusão de Pessoas com Deficiência e outras datas importantes para a Inspeção do Trabalho, como o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (27/07) e o Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas (10/10). “Queremos o engajamento de todos para que consigamos alcançar as metas e atividades previstas na campanha este ano”, enfatizou.

A diretora do Departamento de Saúde e Segurança do Ministério do Trabalho, Eva Patrícia Gonçalves Pires, chama a atenção para os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) demonstrando que as incapacitações e danos à integridade física dos trabalhadores decorrentes de acidentes e doenças do trabalho representam 4% do PIB, o que ultrapassa o valor de R$ 200 bilhões /ano somente no Brasil.

“A Canpat 2018 foi pensada de forma coletiva, junto com instituições apoiadoras, sejam parceiros institucionais ou associações relacionadas aos profissionais. Contamos ainda com o apoio de confederações de empregadores e centrais de trabalhadores, além de profissionais da área de segurança e saúde no trabalho no país”, salientou a diretora.

Entre as várias ações desenvolvidas na campanha deste ano, serão realizados estudos e diagnósticos envolvendo questões de segurança e saúde, a exemplo de acidentes e adoecimentos, temas da campanha. Dados da OIT de 2013 mostram que, do total de acidentes e doenças do trabalho observados em outros países, as doenças ocupacionais representam, em média, 84% desse número.

Já no Brasil, o número de Comunicações de Acidentes de Trabalho – CAT correspondentes a doenças ocupacionais é inferior a 2% do total, o que remete à necessidade de uma real verificação e estudo da questão. “Isso não quer dizer que os trabalhadores não adoecem, mas sim que os números, seja em vista da grande subnotificação e pela invisibilidade da doença do trabalho, não estão refletindo a realidade”, explica Eva.

Segundo a diretora, acidentes com trabalho em altura são frequentes e muitos prejudiciais no Brasil, tanto que o fato motivou a publicação de uma norma específica em 2012: a Norma Regulamentadora nº 35. “Mesmo assim, quedas de trabalho em altura ainda persistem em segundo lugar em óbitos por acidentes do trabalho típicos com CAT registrada, o que justifica a urgência em massificar o tema”, avalia.

Estratégia – Durante a campanha de 2018, o Ministério pretende publicar diversos materiais que serão distribuídos, como cartilhas sobre trabalho em altura e a NR-35, direcionado a pequenas empresas; cartilha sobre manutenção em fachadas; manual consolidado explicativo sobre a NR-35; Guia de Procedimentos da Inspeção do Trabalho (Manual de Fiscalização do trabalho em altura) e ainda cartilha sobre adoecimento ocupacional, que buscará orientar trabalhadores e empregadores sobre o tema.

Além disso, serão produzidos cartazes, banners e folhetos, que serão distribuídos pelas Superintendências Regionais nos estados e também por meio digital, numa extensa divulgação do tema nas redes sociais e nos sites dos parceiros. No link da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho, via página do Ministério, todo o material da campanha estará livre para download ao público em geral.

A Canpat 2018 será iniciada em abril e finalizada só em outubro. Nesse período, o Ministério vai realizar vários eventos em todo país. “Entre os eventos estão previstos a realização de palestras de conscientização para país e alunos nas escolas, o lançamento do Prêmio de Frase e de Redação Escolar relacionados à Prevenção de Acidentes do Trabalho, destinados aos estudantes do ensino fundamental e médio e, paralelamente, a realização de operativos de fiscalização e seminários estaduais sobre conscientização”, frisou.

Controle da inflação levará a taxa Selic a 6,5%, aposta Copom

Diario de Pernambuco

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual na quarta-feira, para 6,5% ao ano. Com isso, a taxa chegará ao menor patamar da história e deve permanecer nesse nível, pelo menos, até o primeiro semestre de 2019. Para o mercado, a lenta recuperação da economia, que deve crescer 3% em 2018, aliada à ausência de pressões inflacionárias no radar, manterá a Selic inalterada por um longo período.

A trégua do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é tamanha que, na comparação em 12 meses, a variação de preços permanece abaixo de 3% entre julho de 2017, quando chegou a 2,71%, e fevereiro de 2018, com variação de 2,84%. A tendência é de que a inflação permaneça abaixo do piso da meta nos próximos meses, o que favorecerá a manutenção dos juros no menor patamar da história. O corte da Selic na reunião do Copom, que começa amanhã, ficou condicionado à surpresas inflacionárias. E elas se materializaram.

Desde o último encontro do colegiado, ficou claro que o IPCA deve permanecer mais próximo dos 3% do que dos 4,2% estimados pelos diretores da autoridade monetária. As projeções apresentadas pelo BC no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) apontavam que o IPCA de janeiro teria alta de 0,53%, e o de fevereiro, de 0,47%. Entretanto, o resultado apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou variação positiva de 0,29% no primeiro mês do ano e de 0,32% no segundo. Para março, a mediana das expectativas apresentada pelo boletim Focus projeta alta de 0,22%. Havia quatro semanas, os analistas apostavam em variação de 0,31%.

Demanda

Aliada a isso, a gradual recuperação da atividade econômica favorece a manutenção dos juros em patamar baixo. No mercado, não há expectativa de crescimento da demanda por produtos e serviços que tenha impacto direto na elevação de preços. A expansão moderada do PIB ficou clara após a divulgação dos principais indicadores de atividade. Em janeiro, a produção industrial encolheu 2,4%, o setor de serviços recuou 1,9% e as vendas do varejo tiveram alta de 0,9%.

No mercado, a avaliação é de que os primeiros dados devem colocar um viés de baixa nas projeções dos analistas que apostavam em um crescimento da economia superior a 3%. “A recuperação será lenta e gradual, com a inflação mais baixa do que era esperada pelo mercado. Com isso, o BC pode cortar os juros em 0,25 ponto percentual e parar o ciclo de cortes. A discussão sobre novas quedas ou alta de juros pode voltar a partir de julho, quando o horizonte relevante para a política monetária leva em conta as metas de 2019”, destaca o economista Rafael Cardoso, da Daycoval Investimentos.

As principais pressões ao cenário inflacionário, destaca Cardoso, estão ligadas a um maior reajuste nos preços da energia elétrica e a uma possível alta no custo dos alimentos, que no atacado dá sinais de elevação.

Ambiente favorável

O ritmo de crescimento moderado da economia no primeiro trimestre, avalia o diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, favorecerá o último corte de juros de 0,25 ponto percentual. Nas contas dele, o PIB no primeiro trimestre terá expansão de apenas 0,5%, diante da lenta recuperação da indústria, das vendas do varejo e do setor de serviços. “Os indicadores coincidentes de fevereiro também sugerem crescimento apenas moderado do consumo”, destaca.

Na opinião de Barbosa, a despeito da pressão nos índices de inflação ao produtor, a expectativa de repasse ao consumidor continua limitada. Para ele, a alta das cotações agrícolas ainda não é suficiente para pressionar os preços de alimentos ao consumidor. “Ao mesmo tempo em que a ociosidade da economia deve limitar os repasses ao varejo dos bens industriais”, diz.

O diretor do Bradesco aponta, ainda, que, desde a última decisão do Copom, as surpresas inflacionárias se confirmaram, com descompressão mais intensa do que a esperada dos núcleos, o que o levou a revisar a projeção de IPCA de 2018 para 3,5%. “Adicionalmente, os primeiros indicadores de atividade do ano reforçam a leitura de crescimento moderado no primeiro trimestre. Em nossa visão, as surpresas baixistas com a inflação e a retomada moderada da atividade levarão o BC a um novo corte de 0,25 ponto percentual”, afirma.

As surpresas inflacionárias de janeiro e fevereiro, além das previsões baixistas para o IPCA de 2018 e 2019, favorecem a queda dos juros em 0,25 ponto percentual, avalia o economista-chefe para a América Latina do Banco Goldman Sachs, Alberto Ramos. Para ele, além dos preços controlados, a redução da Selic é favorecida pela recuperação gradual da atividade econômica. “Apesar dos resultados fracos de janeiro, as perspectivas para o consumo das famílias e do setor de serviços são positivas. Tudo isso apoiado por um ambiente global de inflação baixa, aumento do emprego, melhores condições de crédito e fortalecimento da confiança do consumidor”, comenta.

Alta dos preços dos combustíveis provoca aumento de 4,3% nos custos industriais com energia, informa CNI

Os custos da indústria brasileira com energia subiram 4,3% no último trimestre de 2017 em relação ao terceiro trimestre, com o ajuste sazonal. O aumento foi puxado pela alta de 11,1% do óleo combustível, provocada pela evolução dos preços internacionais do petróleo. Além disso, o preço da energia elétrica teve uma alta de 2,8%, informa o Indicador de Custos Industrial, divulgado nesta segunda-feira, 19 de março pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Conforme o estudo trimestral, os custos com energia e com os produtos intermediários nacionais e importados foram os responsáveis pelo aumento de 1,6% no indicador de custos industriais do último trimestre de 2017 na comparação com o período imediatamente anterior, descontados os efeitos sazonais. O indicador de custos com intermediários domésticos subiu 3% e o de intermediários importados cresceu 3,7% no período. A CNI observa que, mesmo com aumentos expressivos, a energia e os insumos importados têm participação menor no custo da indústria.

O indicador de custos com pessoal subiu 0,5% no quarto trimestre de 2017 em relação terceiro, na série com ajuste sazonal. No entanto, as quedas de 7,6% dos custos com capital de giro e de 1,2% no custo tributários compensaram os outros aumentos, analisa a CNI. Com o aumento de 1,6% no último trimestre, o indicador de custos industriais fechou 2017 com um crescimento de 0,6% na comparação com 2016. Foi o segundo menor aumento desde 2007, quando o indicador começou a ser calculado, e só ficou à frente da queda de 1,9% nos custos registrada em 2009.

“O baixo crescimento dos custos em 2017 derivou tanto de um crescimento mais moderado nos custos com pessoal e com intermediários domésticos quanto da queda do custo com intermediários importados e com capital de giro”, diz o estudo.

Entre os componentes do custo de produção, o que mais subiu em 2017 foi o custo com pessoal, que teve um aumento 3,8% frente a 2016. O custo com energia aumentou 3,4% e, o com bens intermediários, 1,1%. O custo tributário caiu 0,4% e o de capital de giro recuou 20,9%.

LUCRO E COMPETITIVIDADE – O estudo da CNI mostra ainda que, enquanto os custos industriais subiram 0,6%, os preços dos produtos manufaturados aumentaram 1,6% no mercado interno em 2017 frente a 2016. Com isso, as empresas conseguiram recompor as margens de lucro, mas continuaram perdendo competitividade diante dos importados.

Enquanto os custos industriais subiram 0,6%, os preços dos produtos manufaturados importados caiu 7,7% em reais. O preço dos produtos manufaturados no mercado dos Estados Unidos também diminuíram 6,2%.

Mercado automobilístico brasileiro tem retomada no interesse e no potencial em 2018

carros

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a retomada de crescimento da indústria automobilística foi uma constante no primeiro bimestre de 2018. A produção e o licenciamento de autoveículos registraram crescimento de dois dígitos de janeiro até março. Nos dois primeiros meses do ano, 431,6 mil veículos foram produzidos no Brasil. O número corresponde a uma alta de 15% em comparação com o mesmo período de 2017, o que representa um impacto positivo para o setor.

Embora os números apontem aumento, para o professor de finanças do ISAE – Escola de Negócios, Antônio Jorge Martins, a retomada do interesse e do potencial de mercado automobilístico brasileiro ainda é um grande desafio. Principalmente pelo fato das novas gerações terem cada vez menos pretensão de adquirir o próprio veículo, as empresas devem buscar a modernização e a adaptação às novas demandas. Por outro lado, isso pode vir a trazer um aumento de valores. “Os setores que possuem evolução tecnológica tendem a apresentar crescimento real dos preços praticados, por conta da necessidade de amortizar os investimentos tecnológicos em um prazo cada vez menor e tendo em vista a constante evolução”, explica.

De acordo com Martins, a preocupação atual da sociedade se volta para a mobilidade como um todo deixando de se engajar, necessariamente, no senso de propriedade. “Para dispormos dessa mobilidade total, a tendência é de crescimento do número de empresas que possam oferecer tais serviços, pois a mobilidade se voltará para as mais diversas camadas da sociedade que hoje possuem dificuldades de locomoção, como idosos e crianças”, comenta.

Deve-se levar em conta, também, o aumento do compartilhamento de veículos, presente de forma constante no panorama atual. Para o professor, por conta disso, o setor automotivo tende a concentrar seus esforços na prestação de serviços, deixando de focar exclusivamente em produtos. “A estratégia dos fabricantes do setor caminha para desenvolver os pilares de conectividade, design e motorização, sendo que a preocupação deste último item se volta para sustentabilidade como a eliminação de combustíveis fósseis e para a economia. Quanto a conectividade, que tende cada dia mais a ser um diferencial, o ‘top’ deste pilar representará o carro e caminhão autônomo”, completa o especialista.

Chocolate sem exageros

Pois é, o ano realmente está voando, o carnaval mal passou e a Páscoa já vem batendo na porta, e junto com ela, as infinitas ofertas de chocolates e doces, não muito saudáveis, para presentear e consumir. A nutricionista e Pedagoga Fabiana Pedrosa, da Tia Cantinas + Saudáveis – responsável pela alimentação do Colégio Motivo – alerta para a enorme variedade de ovos de Páscoa disponíveis no mercado, alguns podem ser mais saudáveis do que outros. “O ideal seria consumir o chocolate que tem 100% de cacau, ou mais próximos disso. Querendo outras opções, a guloseima poderia ser acrescida de oleaginosas ou flocos de arroz”, explica. A matéria-prima do chocolate, o cacau, além de ser uma fonte rica de energia, pela composição de carboidratos, possui também altas taxas de fósforo e vitamina C, o que o torna eficaz reforço para o sistema imunológico. “Além disso, é um poderoso antioxidante, por ser rico em flavonoides”, acrescenta a nutricionista.

Por isso, o maior percentual de cacau – e consequente menor percentagem de açúcar e leite – é benéfica. Os recheios tendem a deixar o ovo ainda mais calóricos. Fabiana sugere substituir o ovo de Páscoa com percentual de cacau menor do que o sugerido, por outro ingrediente de sabor semelhante e com propriedades nutricionais mais interessantes, a exemplo dos ovos de Páscoa de alfarroba. “Na cantina do Motivo oferecemos o bombom de cacau, o brigadeiro de macaxeira, o docinho de cenoura, e o muffin de beterraba com cacau, que são bem aceitos pelas crianças”, diz. O importante é escolher o ovo de Páscoa ideal e aproveitar a ocasião sem exageros.

Receita:

OVO DE PÁSCOA DE ALFARROBA

*ALFARROBA Naturalmente doce, a alfarroba dispensa o uso de açúcar na fabricação de seus produtos. É uma ótima alternativa ao chocolate, pois além de não conter estimulantes como cafeína e teobromina, ela é rica em vitaminas e minerais. Em 100g do produto você encontra 303mg de cálcio, 633mg de potássio e 126mg de fósforo, além de outros minerais como ferro, zinco e as vitaminas E, B6 e B12.

Rende 6 ovinhos

*Chama as crianças para fazer com você. A receita é bem fácil

Ingredientes:

100g de alfarroba Compre duas barrinhas de alfarroba, de 50g cada.

1 panela;

2 bowls (pelo menos uma das vasilhas deve ser de vidro, para ir em banho-maria);

*Para esta receita, sugiro o formato da forma dos ovinhos de Páscoa pequenos, no material de acetato com molde de silicone.

Modo de preparo:

Corte a alfarroba em pedaços pequenos. assim ajuda a derreter mais fácil.

Coloque a alfarroba numa vasilha de vidro e derreta em banho-maria mexendo sem parar.

Espere o alfarroba esfriar um pouco e preencha as forminhas.

Para retirar o ar e assentar a alfarroba derretida, dê leves batidinhas com o fundo da forma em uma superfície lisa.

Leve à geladeira por 3 ou 4 horas.

Para saber se está bom, é só testar se estão soltando facilmente

*Desinforme, cubra com papel alumínio e embrulhe com papel celofane de sua preferência, fechando o ovo de Páscoa com duas fitinhas coloridas.

Agora é só esconder tudo no domingo para a caça aos ovos! Boa Páscoa !!!

ARTIGO — Gracias a Brasil

Maurício Rands

Muchas gracias por parte de los venezolanos a los brasileños que han ayudado, abierto las puertas y acogido a los venezolanos, les han dado su mano, les han dado su comida. Gracias a Brasil por lo qué han hecho por los venezolanos’. Este foi o agradecimento que ouvimos da fotógrafa venezuelana durante a Missão OEA-Itamaraty que esteve na fronteira na semana passada. Pablo, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), reitera a importância do reconhecimento formal de que a Venezuela se encontra em crise humanitária. Incrível. Para que reconhecer o óbvio? Como a Venezuela não o faz, alguns organismos internacionais se defrontam com dificuldades para viabilizar uma ajuda maior. Mesmo assim estão fazendo um trabalho inacreditável. E querem fazer mais. ACNUR, OIM, FUPAD, OEA, OPAS, Fraternidade, Igrejas, etc. Sem eles, os milhões de migrantes e refugiados venezuelanos estariam em condições ainda mais precárias.

O Governo do Brasil tem feito muito. A crise humanitária que se agudiza em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, é avassaladora. Boa Vista tem cerca de 300 mil habitantes. Em poucos meses, recebeu um contingente de mais de 10% de sua população. Natural que os serviços de assistência, saúde e educação estejam assoberbados. O Presidente Temer criou uma coordenação interministerial para centralizar as ações e recursos. Em 2/3/2018, editou a Medida Provisória n° 823, que abriu um crédito extraordinário em favor do Ministério da Defesa no valor de R$ 190 milhões para “assistência emergencial e acolhimento humanitário de pessoas advindas da República Bolivariana da Venezuela”. Com esses recursos, o Exército está construindo e reformando abrigos, e fornecendo-lhes equipamentos e mantimentos. Em ritmo acelerado porque as chuvas começam em um mês. Os abrigos estão em variados graus de organização. O pior, o Tancredo Neves, tem esgoto a céu aberto, corredor do pó e violência. Os banheiros, imundos. Outros já estão mais organizados. Caso dos dedicados apenas aos índios (Warao e Eñapa), como Pintolândia (700 pessoas) e Casa de Passagem de Pacaraima (500). Apesar de estarem em abrigos um pouco melhor, esses indígenas sofrem de muitas doenças. No último, p. ex, já existem 5 casos de AIDS, e outros tantos de tuberculose, sarampo e catapora.

Nossa missão da OEA que esteve em Roraima viu cenas impressionantes. De dedicação de voluntários e organismos internacionais. De servidores públicos brasileiros, militares e civis, empenhados em assistir aos venezuelanos. Com vacina, exames médicos, comida, gestão de abrigos e documentação para vistos de residência ou de refugiado. Testemunhamos um sentimento genuíno de solidariedade e de superação de dificuldades. Inclusive das burocráticas. Como foro de todo o continente, a OEA pode auxiliar o diálogo e a informação sobre o fenômeno. A OEA e sua fundação operativa (Fundação Panamericana para o Desenvolvimento – FUPAD) está contribuindo no reforço ao governo brasileiro e às demais instituições nacionais e internacionais, públicas e privadas. Inclusive com a construção de unidades de saúde e escolas. A OEA está igualmente se envolvendo no esforço de captação de doações e de viabilização de programas para que os venezuelanos no Brasil tenham oportunidades de geração de renda, inclusive interiorizando-se para outros estados. Nossa missão pôde testemunhar que não são poucos os migrantes com potencial de requalificação.

Conversamos com pessoas de todos os níveis de formação: de pedreiros, profissionais de saúde, de segurança a engenheiros, radiologistas, membros da guarda nacional e outros. Todos querem trabalho. O Brasil está sendo reconhecido como um país que tem uma das leis de migração mais avançadas do mundo, a Lei 13.445/2017, proposta pelo Ministro Aloysio Nunes. Essa solidariedade internacional do país diante de uma crise humanitária das proporções da venezuelana vai aumentar ainda mais o conceito brasileiro no concerto das nações abertas.