Costa dispara contra a oposição: “É a nata que apoiou a ditadura”

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Com pretensões de renovar o mandato no Senado Federal, o senador Humberto Costa (PT), criticou, nesta segunda-feira, 29, o palanque de oposição montado em Petrolina. No último sábado, 27, na cidade sertaneja, lideranças do PTB, PSDB e DEM se reuniram no segundo ato político contra o governo Paulo Câmara (PSB). Para o senador, que está colocado em outro plano da oposição ao Campo das Princesas, a Frente que está montada com os tucanos e Democratas “é o que há de pior da política de Pernambuco”.

“São as oligarquias da época dos engenhos, da época da casa grande e senzala”, disparou o senador petista durante entrevista à CBN Recife. O petista, entretanto, fez questão de ressaltar que o senador Armando Monteiro Neto (PTB) seria o único ponto fora da curva e que o petebista – antigo aliado – estaria cometendo um equívoco. “É uma direita tão empedernida, atrasada que não aceitou nem Arraes. É a nata do que sustentou a ditadura militar”, avaliou Costa.

No entendimento do senador, o palanque montado não deverá ter o aval da população. “Não acho que o povo de Pernambuco vai fazer um retrocesso”, disse lembrando ainda que os opositores são alinhados ao governo do presidente Michel Temer (MDB).

Por que antecipar recebíveis gera maior lucro para o caixa das empresas?

Uma das preocupações de tesoureiros e de diretores financeiros das grandes empresas é como aproveitar melhor o dinheiro do caixa, quais as opções de investimento estão rendendo mais. Em tempo de crise econômica e queda acentuada da taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), as alternativas ficam ainda mais reduzidas.

Não é de hoje que os recebíveis (duplicatas, cheques, de cartões) tornaram-se fundamentais para o financiamento do capital de giro das empresas. Atualmente, eles são absolutamente fundamentais e, praticamente, a única opção disponível para a maioria delas. “Historicamente, tínhamos os bancos e as factorings descontando recebíveis. Estas últimas passaram a atuar como FIDCs (Fundos de Direitos Creditórios), mas sem competitividade contra os bancos. Isso mudou e hoje estes fundos muitas vezes batem os maiores bancos do país, tornando-se uma excelente fonte de financiamento”, explica Fernando Blanco, consultor e fundador do IDCC – Instituto para o Desenvolvimento da Cultura do Crédito.

Dados do Banco Central mostram que mercado de duplicatas, por exemplo, alcançou R$ 406 bilhões em 2016. Desse total, 60% corresponde a grandes bancos, 25% FIDCs e Factorings e 15% a bancos médios. Em qualquer tipo de negócio, é normal enfrentar momentos de sobra em caixa e aperto financeiro. Mas o que fazer quando há sobras? Como tirar bons resultados dele em pouco tempo? A resposta tradicional é partir para as aplicações baseadas em CDI – Certificado de Depósito Interbancário -, mas, na atual situação do País, é realmente uma boa escolha?

“O CDI é o lastro das operações de empréstimos de curtíssimo prazo entre bancos, e também é o índice de referência para diversas operações financeiras, como CDB, LCI e LCA. É possível encontrar modalidades de investimento que tenham o rendimento de 80% ou até mesmo 105% do CDI. Ele foi idealizado para acompanhar a taxa Selic e, em muitas vezes, acaba se igualando a ela.”, explica Camilo Telles, CEO e fundador do Antecipa.

Em dezembro deste ano, o Banco Central sacramentou a décima redução da taxa, agora em 7% – seu menor nível em quatro anos, e a previsão é que continue decrescente ao longo do ano, como prevê o Relatório de Mercado Focus. “Se a tendência se mantiver, os ganhos em aplicações baseadas em CDI serão menores a cada mês, deixando de ser atraentes para investimentos de curto prazo”, afirma Telles.

O outro aspecto é em relação ao imposto de renda, ou seja, o tempo mínimo de aplicação e investimento inicial. LCI e LCA são isentos, mas exigem prazos mínimos de 90 dias para saques e investimentos iniciais altos. Fundos DI e CDB têm curtos prazos de retirada, porém descontos do IR que variam entre 15% e 22,5% a depender do prazo.

“Seja qual for a modalidade, os prazos esticados ou os descontos do IR, associados à contenção da inflação, tornam os investimentos pouco rentáveis, com ganhos reais próximos de 2% a.a”, assinala o executivo que opera um marketplace de antecipação de recebíveis entre compradores e fornecedores com o foco no caixa do sacado.

Tratando-se de fluxo de caixa, é fundamental que o retorno do investimento seja rápido. “Uma maneira de obter rendimentos instantâneos sobre dinheiro de caixa é negociar melhores condições de pagamentos e assim obter lucro sobre ele, como acontece no adiantamento de recebíveis feito com o SCF – Supply Chain Financing, que por sua vez conecta empresa às outras do mercado, permitindo que haja negociação direta”, finaliza.

Memorial de Justiça e Tangram lançam inventário online de processos históricos

O Projeto Memorial Digital do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em parceria com a Tangram Cultural será lançado nesta terça-feira (30/1), no Memorial da Justiça, localizado na avenida Alfredo Lisboa, s/n, no bairro do Brum, das 14h às 17h. Por meio da inciativa serão disponibilizados, num inventário online no site do TJPE, imagem e conteúdo de processos judiciais criminais que fazem parte do acervo do Memorial e que tramitaram no período imperial brasileiro, entre os anos de 1822 a 1889 na Comarca do Recife. Até abril, o site disponibilizará um total de 500 processos. A digitalização dos documentos tem o objetivo não só de facilitar o acesso ao acervo de processos antigos como o de preservar os documentos originais do desgaste provocado pela ação do tempo e pelo manuseio constante.

Após o lançamento da iniciativa para o público, tem início uma roda de conversa sobre os acervos históricos judiciais de Pernambuco: acesso e pesquisa. Participam como palestrantes da roda de conversa, o professor Hildo Leal da Rosa, do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje/PE); o professor George Cabral, presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP); e a professora Maria Emília Vasconcelos dos Santos, do Departamento de História da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). A roda de conversa também promoverá debates com a professora Marcília Gama da Silva, do Memorial da Justiça do Trabalho; e a técnica em arquivo da Faculdade de Direito do Recife Ingrid Rique

A gestora do Memorial de Justiça e coordenadora técnica da iniciativa, Mônica Pádua, enfatiza que o projeto além de possibilitar o acesso público ao acervo de processos também vai facilitar o estudo da relação entre teoria e práticas jurídicas no século XIX. “Com o lançamento do Memorial Digital vamos permitir à comunidade jurídica e aos demais interessados o acesso contínuo e facilitado a fontes para estudos em História do Direito, Antropologia, Sociologia, no modo de vida pernambucano do Século XIX e em outras áreas”, afirmou.

Para execução do projeto, o TJPE formou um grupo de trabalho com a participação de profissionais do Memorial de Justiça, da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) e da Assessoria de Comunicação Social (Ascom). Já a Tangram Cultural sob a coordenação de Germana Pereira é responsável pela produção executiva do projeto. A equipe da empresa elaborou a ficha técnica que trará a descrição dos documentos digitalizados e realizou a padronização da linguagem a ser utilizada nas descrições.

Funcultura – O projeto foi aprovado e está sendo financiado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) em 11 de outubro de 2017. O concurso tinha 16 categorias e uma delas é Patrimônio, área na qual o Memorial concorreu com foco em documentos, acervos ou bens móveis de Pernambuco. Este é o segundo projeto do Memorial da Justiça que garante financiamento por meio do Funcultura. O primeiro, Do Concreto ao Sensorial, integra o programa de acessibilidade e inclusão do Memorial da Justiça de Pernambuco.

Ministério do Trabalho realizou 205.979 fiscalizações em 2017

O Ministério do Trabalho realizou 205.979 fiscalizações relativas ao cumprimento das normas trabalhistas e de segurança e saúde no trabalho em todo país em 2017. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram onde ocorreram mais ações, sendo 31.555, 27.207 e 21.808, respectivamente.

Em 2016, o Ministério do Trabalho havia realizado 264.562 fiscalizações, com um total de 232.506 autos de infração lavrados. Em 2017, foram 257.610 autos lavrados pelos 2.367 auditores-fiscais do Trabalho em todo país. “Apesar das dificuldades, obtivemos um bom resultado”, avalia o diretor de Fiscalização do Ministério, João Paulo Ferreira Machado.

No combate ao trabalho análogo ao de escravo, num total de 3.786 trabalhadores alcançados pela fiscalização, 407 foram resgatados por estarem submetidos a trabalho análogo ao de escravo. Foram fiscalizadas 184 propriedades, o que resultou no pagamento de R$ 2,28 milhões. “Conseguimos, mesmo com o contingenciamento, com que os grupos móveis mantivessem uma média quatro ações de combate ao trabalho análogo por mês durante o ano”, avalia.

Além disso, a fiscalização afastou 1.085 crianças e adolescentes do trabalho irregular e outros 102.311 empregados foram encontrados em situação informal, sem registro em carteira. Um total de 113.829 aprendizes e 37.217 pessoas com deficiência ou reabilitadas do INSS foram inseridas no mercado de trabalho sob ação fiscal. Na prevenção de acidentes doenças do trabalho foram realizadas 42.574 ações fiscais, com 1.575 acidentes do trabalho analisados pelos auditores-fiscais do Trabalho em 2017.

Este ano, salienta João Paulo, o foco da fiscalização, além da erradicação do trabalho análogo ao de escravo e infantil, será a proteção do adolescente trabalhador, o combate à informalidade, o cumprimento das cotas legais para admissão de aprendizes e de pessoas com deficiência, o combate à discriminação no ambiente de trabalho e, ainda, a prevenção e redução de acidentes ou doenças do trabalho. Também estarão na pauta dos auditores-fiscais o combate à inadimplência e a sonegação do FGTS.

Com relação ao desconhecimento das normas, o diretor de Fiscalização do Ministério ressalta que o Governo Federal possui um canal de atendimento exclusivo para questões trabalhistas, o Alô Trabalho (158). Além disso, oferece o plantão de orientação trabalhista na maior parte de suas unidades em todo o Brasil.

Em 8 países um quarto da população passa fome, diz ONU

Da Agência EFE

Ao todo, oito países têm um quarto ou mais da sua população passando fome em situação de emergência, revelou o último relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) elaborado por duas agências do organismo. A informação é da Agência EFE.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) informaram nesta segunda-feira (29) em comunicado conjunto que a insegurança alimentar em países afundados em conflitos continua piorando, fazendo com que a ajuda humanitária seja de “extrema importância”.

O relatório identificou 16 países com sérios problemas de alimentação, dos quais oito enfrentam crise ou emergências que afetam um quarto ou mais da população. O caso mais preocupante é o do Iêmen, onde 60% dos habitantes (17 milhões de pessoas) sofrem fome severa, seguido do Sudão do Sul, com 45% da população (4,8 milhões) em situação semelhante.

A guerra na Síria fez com que 33% da população do país sofra com altos níveis de insegurança alimentar (6,5 milhões de pessoas), a mesma porcentagem do Líbano, com 1,9 milhões de famintos devido ao grande número de refugiados sírios lá.

Três de cada dez pessoas sofrem com níveis críticos de fome na República Centro-Africana (1,1 milhões de pessoas), enquanto que a porcentagem é 26% na Ucrânia (1,2 milhões) e de 25% tanto no Afeganistão (7,6 milhões) quanto na Somália (3,1 milhões).

Frente às crises que receberam mais atenção em outras partes da África, as agências mostraram “preocupação” pela rápida deterioração vista na República Democrática do Congo, onde calcula-se que a crise alimentar pode afetar 7,7 milhões de habitantes (11% da população).

No Sudão o número de pessoas com graves problemas de insegurança alimentar é 3,8 milhões; no Iraque, 3,2 milhões; no entorno do Lago Chade (entre Chade, Níger, Nigéria e Camarões), 2,9 milhões; no Burundi, 1,8 milhão; e no Haiti, 1,3 milhão.

Em 2016, o cálculo era que 815 milhões de pessoas passavam fome no mundo, sendo que 489 milhões (75%) viviam em zonas afetadas pela violência.

56,8% das operadoras em regime de direção da ANS são de pequeno porte

No período entre 2000 e 2017, houve 829 instaurações de regimes de direção fiscal de operadoras de saúde no país, sendo que muitas foram recondução de regimes vigentes. Parte considerável dos encerramentos dos regimes se dão com liquidação extrajudicial ou cancelamento do registro. De acordo com o estudo inédito “Regimes de Direção e de Liquidação Extrajudicial”, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram identificadas 44 operadoras com regime de direção fiscal ainda em andamento. Acesse a íntegra do estudo: http://iess.org.br/?p=publicacoes&id_tipo=3.

Dessas, 97,7% prestavam assistência médico-hospitalar e 2,3% assistência exclusivamente odontológica. Entre as operadoras que estão em direção fiscal, apenas sete, o que equivale a 15,9% do total, são de grande porte, ou seja, possuem mais de 100.000 beneficiários. A maior parte das operadoras sob regime de direção fiscal é de pequeno porte, um total de 56,8%.

O levantamento do IESS apresenta também os dados de regime de direção fiscal em andamento por região. A região Norte é que possui maior número proporcional de operadoras com anormalidades econômico-financeiras. Na região, 9,5% das 42 OPS existentes encontram-se nessa situação. Já 4,2% das operadoras com sede na região Centro-Oeste estão sob regime de direção fiscal. Nas regiões Sul e Nordeste, as proporções são de 3,0% e 2,5%, respectivamente. Por concentrar o maior número de sedes de operadoras, um total de 793, a Região Sudeste apresenta o maior número de operadoras com problemas econômico-financeiros, um total de 26. No entanto, este número representa o menor valor proporcional, ou seja, 3,3% de operadoras sob regime de direção fiscal.

Operadoras de pequeno porte

Com relação aos desfechos desses regimes, o documento mostra que 81,6% das operadoras que saíram do mercado ou entraram em processo de liquidação judicial eram consideradas de pequeno porte, ou seja, respondiam por até 20 mil beneficiários. “A falta de escala acaba por prejudicar os menores players do mercado, com maior dificuldade em atender as normas sobre regras financeiras do órgão regulador”, analisa o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro.

Os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de se pensar na saúde financeira das pequenas e médias operadoras. Segundo Carneiro, há uma série de fatores que impactam nas condições econômicas das operadoras. Uma destas questões é a alteração no rol de procedimentos da ANS. “Sem uma avaliação criteriosa de custo-efetividade da incorporação de novas tecnologias, há a expansão de custos sem, necessariamente, mais eficiência e qualidade assistencial. Esse e outros fatores, como modelo de pagamentos a prestadores, podem alterar a estrutura de custos e a sustentabilidade, principalmente, das pequenas e médias operadoras”, comenta.

O processo de consolidação do setor de saúde suplementar nos últimos 10 anos tem sido acompanhado por adequações da legislação e a atuação sistemática da ANS. “A legislação sobre as garantias financeiras não deve se tornar um obstáculo para a manutenção das operadoras, mas uma maneira de garanti-la, contribuindo para o amplo atendimento de diferentes grupos de beneficiários de planos de saúde”, conclui o superintendente executivo do IESS.

Entenda a regulação

A título de informação a constatação por parte da ANS de irregularidades em alguma operadora gera um regime especial de direção técnica, que pode ser transformado em regime de direção fiscal nos casos de anormalidades econômicas/financeiras e/ou administrativas graves.

No entanto, pode-se notar que houve uma redução gradativa do número de direções fiscais ao longo do período analisado. Este fato pode ser explicado pela criação de medidas técnicas e gerenciais para o acompanhamento da situação econômico-financeira das operadoras.

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

Ministros pela metade

Heitor Scalambrini Costa*

O forte de Pernambuco não é oferecer bons ministros ao Ministério de Minas e Energia (para outros ministérios deixo você decidir). Nos últimos 20 anos, dois políticos do Estado figuraram como ministros desta pasta tão estratégica e importante para o país . Este ministério, como outros, tem sido usado como “moeda de troca” na politicagem da chamada “governança”. Já foi feudo do PFL/DEM, depois do PMDB, e com passagem do PT. Pessoas sem nenhum vínculo com a área e sem conhecimento de causa tem sido nomeadas.

Ministro, entre março de 2001 e março de 2002, em plena crise do desabastecimento de energia, quem não se lembra de José Jorge (DEM-PE). Um verdadeiro fantoche. Em pleno gozo, na cadeira de ministro, se sujeitou a que uma outra pessoa, comandasse as ações do Ministério, o então Chefe da Casa Civil da época (atual presidente da Petrobrás), Pedro Parente. Virou chacota para a grande imprensa do país. Além de imporem, com o apagão elétrico da era FHC, um prejuízo de R$ 45,2 bilhões, segundo relatório aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Agora, no cargo, está um outro personagem completamente desconhecido do setor energético, e mesmo da política nacional, o deputado federal do PSB Fernando Bezerra Coelho Filho. Sem entrar no mérito de como se deu sua indicação, em pleno processo de angariar votos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, caiu em seu colo um Ministério no (des)governo Temer. Diga-se de passagem, contestado por amplos setores da sociedade brasileira.

De tradicional família sertaneja, os Coelhos do município de Petrolina (Pernambuco), é filho de um senador da república. Esta família por décadas domina a região, com mão de ferro, com seus descendentes sempre ocupando cargos em governos, não importando o viés ideológico. Transitam no amplo espectro politico da direita, a esquerda. Sem nenhum constrangimento, a frase “Hay gobierno, soy gobierno” cai muito bem a esta família.

O atual ministro do MME é um títere de empresas, e de setores organizados do empresariado nacional e internacional, cumprindo um papel de mero coadjuvante, um borbônico no meio energético. Todavia, tem amplo respaldo do chamado “mercado”. E age, e governa, em função dos interesses do capital.

Diante dos energúmenos personagens atuais, Pernambuco se ressente de figuras ícones como Frei Caneca, Paulo Freire, Dom Helder Câmara, Josué de Castro, Francisco Julião, Miguel Arraes, Pelópidas da Silveira, entre outros.

Anúncios pagos em redes sociais ampliam recursos para candidatos

Folhapress

Os políticos terão uma nova arma à disposição na campanha de 2018. Além da propaganda de rádio e TV –uma bala de canhão, com potência para atingir um número amplo de telespectadores–, eles poderão dar tiros mais certeiros em seus eleitores.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a propaganda eleitoral na internet, o que inclui pagar para exibir anúncios eleitorais ou impulsionar publicações em plataformas como o Facebook, Instagram, YouTube e o Twitter.

O tribunal também permite que campanhas usem sites, e-mails, blogs e aplicativos de mensagem instantânea, a partir de 16 de agosto. Somente candidatos, partidos e coligações poderão panfletar nas redes, fornecendo dados sobre sua identidade eletrônica à Justiça Eleitoral. Estão proibidos de impulsionar conteúdo eleitoral nas redes perfis falsos, páginas ligadas a empresas e a entidades da administração pública.

O TSE tem até 5 de março para publicar a versão definitiva das regras. Empresas de tecnologia consultadas pela reportagem, como Google, Facebook (que também responde pelo Instagram) e Twitter dizem que vão respeitar as novas normas. Por ora, cientistas políticos e marqueteiros apostam que o impulsionamento de propaganda na internet inaugurará um novo capítulo no modo de fazer uma campanha no Brasil.

As redes podem ser fundamentais para postulantes ao Legislativo, que costumam ter menos exposição midiática. “Um candidato nas disputas proporcionais [Câmara e Assembleias] com recursos para interagir e cultivar uma base potencial –digamos, uma grande corporação como a polícia– terá grande vantagem usando as redes”, diz o cientista político Antonio Lavareda, especialista em comportamento eleitoral.

Nesse sentido, a possibilidade de impulsionar sua campanha nas redes pode favorecer candidatos com recursos próprios, que consigam colocar dinheiro nas campanhas ou angariar doações privadas. As novas regras de financiamento eleitoral proíbem doações de empresas e preveem o uso do fundo partidário.

“Um candidato com mais poder financeiro vai ter mais visibilidade. É um ecossistema [nas redes sociais] que envolve mais planejamento, como buscar quais são os assuntos mais relevantes. É preciso pensar numa gestão de campanha digital, não adianta colocar o ‘play’ [num anúncio] e achar que está tudo certo”, diz Arnaldo Jardim, diretor de planejamento digital da Benjamin, que tem campanhas como a de João Doria (PSDB) em 2016 no portfólio.

O valor da compra de visibilidade nas redes depende da complexidade dos filtros, e pode custar tanto quanto algumas fornadas de santinhos numa gráfica ou ultrapassar o valor de 30 segundos no intervalo da novela das 21h, na casa dos R$ 800 mil.

Agência consultada diz que o orçamento para atingir um público de cerca de 45 milhões do Facebook é na ordem de R$ 12 milhões. Com 120 milhões de usuários no Brasil, a rede é a mais importante no país. Os perfis contêm uma seção em que é possível ver todos os anúncios que o usuário contratou.

Confiança da Indústria fica estável em janeiro

Agência Brasil

O Índice de Confiança da Indústria medido pela Fundação Getulio Vargas encerrou janeiro em 99,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, mesmo resultado aferido em dezembro. No trimestre, o índice avançou 1,2 ponto, atingindo 98,8 pontos.

Também registrou estabilidade o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (74,7%), que se manteve o maior desde dezembro de 2015. No trimestre, o índice avançou 0,1 ponto percentual, passando para 74,7%.

O desempenho do Índice da Situação Atual o maior desde setembro de 2013 – subiu 2,4 pontos, atingindo 100,9 pontos. Contribuiu para esse resultado, a melhora na percepção sobre os estoques em janeiro. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente caiu de 5,6% para 5,4%, mas a parcela das que o consideram excessivo caiu em maior proporção, de 9,1% para 8%.

O Índice de Expectativas caiu 2,4 pontos, totalizando 98 pontos, mesmo nível de novembro passado. A principal contribuição para a queda do índice foi a expectativa sobre a evolução de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Houve queda da proporção de empresas prevendo aumento no volume de pessoal, de 19% para 17,8%, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,5% para 12,3%.

Fundo eleitoral dará mais dinheiro público a 21 partidos

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Congresso em Foco

Dos 32 partidos que participaram da eleição de 2014, 21 terão mais dinheiro em caixa para gastar com as eleições deste ano em comparação com quatro anos atrás. O aumento é decorrente da criação de um fundo eleitoral bilionário com dinheiro público criado pelo Congresso Nacional para compensar a proibição das doações empresariais. O levantamento é do jornal O Estado de S. Paulo. Entre os beneficiários estão, sobretudo, partidos pequenos e médios. O PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, receberá a maior diferença (R$ 56,8 milhões a mais em 2018); seguido por PDT (R$ 53,9 milhões) e PR (R$ 36,2 milhões a mais).

Embora continuem com a maior fatia do bolo do fundo eleitoral, PT, MDB e PSDB perderão recursos públicos em comparação com 2014. No caso do PT, o montante cai de R$ 316,3 milhões para R$ 212,3 milhões; do MDB, de 376,6 milhões para R$ 234,3 milhões; e do PSDB, de R$ 321,7 milhões para R$ 185,8 milhões.

O levantamento feito pelo Estado, com base nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), compara apenas as doações feitas em 2014 aos partidos com o fundo eleitoral, sem computar recursos enviados diretamente para os candidatos. Os valores foram corrigidos pela inflação do período. Quando somadas todas as doações eleitorais, inclusive as que foram diretamente aos candidatos, o número de partidos que terão mais recursos neste ano cai para cinco: PRB, Podemos (ex-PTN), PSOL, PCB e PCO, mostra o Estadão.

Na prática, os números reforçam a análise de que a reforma política aprovada no ano passado favoreceu as cúpulas partidárias, que terão ainda mais poder sobre as candidaturas. Pelas regras, num cenário geral de menos recursos para as campanhas, caberá à comissão executiva de cada partido definir como será a divisão interna do fundo eleitoral entre seus candidatos.

Em entrevista ao Estadão, o diretor executivo da Transparência Brasil, Manoel Galdino, diz que o financiamento público eleitoral deverá reduzir o “abismo” que sempre existiu em relação aos valores disponíveis para as campanhas. Para ele, os grandes partidos ainda continuam com grande vantagem em relação aos demais.

“Proporcionalmente, esses partidos menores serão beneficiados, porque antes recebiam poucos recursos de empresas, era mais de outros partidos. Com a proibição de doação de empresas, eles não perderam, pois, além do que vão receber do fundo eleitoral, continuam podendo vender seu tempo de TV, sua aliança, em troca de mais dinheiro”, afirma o diretor da Transparência.

O financiamento empresarial de campanhas foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em 2015. Como alternativa, parlamentares aprovaram no ano passado a criação do fundo eleitoral, que terá R$ 1,71 bilhão e será abastecido com recursos do orçamento da União. A exemplo do que ocorreu nas eleições municipais de 2016, a doação de pessoa física também será permitida neste ano.