A democracia é um dos pilares fundamentais da sociedade moderna, sendo um sistema no qual o poder é exercido pelo povo, por meio de representantes eleitos, através de um sistema que garanta a legitimidade e expresse a efetiva vontade dos eleitores.
O Brasil possui uma história democrática que evoluiu ao longo do tempo, marcada por avanços e retrocessos. Desde o fim da ditadura militar, em 1985, o país experimentou, até a data de hoje, o maior período de estabilidade democrática. Nossa democracia foi testada ao extremo nas eleições de 2022. Em um ambiente de polarização extrema e desinformação, o país assistiu, em 08 (oito) de janeiro de 2023, a maior manifestação violenta e ataques contra a democracia da história.
Dentre tantas outas, algumas questões precisam ser respondidas: como foi possível o 8 (oito) de janeiro? O que fazer para evitar?
O ovo da serpente foi inseminado quando o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e seus asseclas começaram a contestar, ainda durante o processo político eleitoral, a legitimidade das urnas eletrônicas e do TSE. Entre algumas falas, Bolsonaro disse: “Votação não é transparente”; “Polícia Federal disse que TSE é um “queijo suíço”, como uma espécie de “peneira”. além desses pronunciamentos, que tinham como objetivo fragilizar a Justiça Eleitoral e retirar-lhe a credibilidade junto à população, Bolsonaro, ainda na condição de Presidente, promoveu, em 18 de julho de 2022, uma reunião com embaixadores, no Palácio do Planalto, onde atacou as urnas eletrônicas e a credibilidade da Justiça Eleitoral e, por esse motivo, ficou inelegível.
Uma parte do povo acreditou, o ovo da serpente, estava fértil e começava a ser incubado com muita mentira, desinformação e fake news. O processo político terminou com o resultado notoriamente já reconhecido, Bolsonaro perdeu.
Faltava a parte final para eclosão do ovo da serpente, primeiro multiplicar, depois quebrar a casca. Quem faria o trabalho final seriam os patriotas, que aqueceram o ovo da serpente nos quarteis, não aceitando o resultado das urnas. O ovo da serpente foi gestado com muito ódio e manipulação. O golpe estava logo ali.
Por fim, a casca do ovo foi quebrada, e a serpente do golpismo surge, deixando um saldo de quebradeira e vandalismos em Brasília.
A superação ao atentado contra a democracia brasileira em 8 (oito) de janeiro de 2023 foi e ainda está sendo um desafio complexo que exige uma abordagem multifacetada. É essencial que a sociedade e as instituições trabalhem juntas para superar o trauma da fatídica data, fortalecendo as bases democráticas e garantindo que o Brasil continue a avançar como uma nação democrática e inclusiva.
O engajamento ativo dos cidadãos, a transparência e fortalecimento institucional e a promoção dos valores democráticos são fundamentais para construir um futuro democrático e resiliente.
A democracia se fortaleceu, ganhou uma batalha, mas existe ainda quem queira novamente por o ovo da serpente, por isso não podemos baixar a guarda, negligenciar a vigilância, pois, em um primeiro descuido, a serpente pode crescer e envenenar toda a sociedade.
É tempo de aprender e dizer: 8 (OITO) DE JANEIRO NUNCA MAIS!