PSOL lança Dani Portela como pré-candidata à Prefeitura do Recife

Com a decisão tomada neste domingo (3), durante o Congresso Municipal do PSOL, na presença de mais de 150 delegadas e delegados, a deputada Dani Portela passa a ser a única mulher, até o presente momento, a postular o cargo de prefeita do Recife, em 2024, em oposição a João Campos.

“Eu quero ser candidata à prefeita do Recife porque, como o Presidente Lula sempre diz, é preciso incluir os pobres no orçamento público. O Recife é hoje uma das cidades mais desiguais do país. As palafitas voltaram à nossa cidade e em todos os lugares por onde andamos vemos famílias inteiras morando nas ruas e pessoas passando fome. É essa realidade que eu quero mudar. Governar é muito mais que fazer obras, é principalmente priorizar as pessoas”, pontuou Dani.

A pré-candidata defende a ampliação das políticas públicas do Governo Federal nos municípios. “Quero governar o Recife com um projeto alinhado ao do Presidente Lula e que se contraponha ao da extrema-direita e da direita tradicional. Quero governar dialogando com os trabalhadores e trabalhadoras dessa cidade, fortalecendo o serviço público, porque são os mais pobres que mais precisam dele. Quero ser a primeira prefeita negra do Recife para governar para aqueles e aquelas que são sempre excluídos das prioridades das políticas públicas, mas que são a maioria da nossa cidade”, finalizou.

O presidente estadual do PSOL, Thiago Paraíba, ressaltou a decisão do encontro. “É uma importante decisão que o PSOL toma, definindo a companheira Dani Portela como nossa pré-candidata a prefeita do Recife. Certamente, ela representará muito bem o programa de esquerda que vamos apresentar à sociedade e, pelo caráter estratégico do Recife, contribuirá para fortalecer o partido em todo o estado”, destacou.

A partir de agora, o PSOL junto a Rede, partido com o qual está federado, deverá abrir diálogo com as siglas de esquerda e movimentos sociais para debater a cidade

Palmeiras vence e coloca mão na taça do Campeonato Brasileiro

palmeiras, fluminense, brasileiro

O Palmeiras derrotou o Fluminense por 1 a 0, neste domingo (3) no Allianz Parque, para colocar uma mão no troféu do Campeonato Brasileiro. Com esta vitória o Verdão chegou aos 69 pontos, abrindo uma vantagem de três para seus adversários mais próximos quando falta apenas uma rodada para o final da competição.

Após este triunfo a equipe comandada pelo técnico português Abel Ferreira é campeão até mesmo com um empate na rodada final do Brasileirão. Até mesmo em caso de derrota para o Cruzeiro no Mineirão dificilmente o Palmeiras perde a conquista, pois tem um saldo de gols muito maior do que os de seus últimos perseguidores (oito para o Atlético-MG e 16 para o Flamengo), que têm a possibilidade de igualar o número de pontos e de vitórias.

Diante de um Fluminense que entrou em campo com uma equipe alternativa, para poupar jogadores para o Mundial de Clubes, cujo início se aproxima, o Verdão não encontrou grandes dificuldades para chegar à vitória. Aos 29 minutos Zé Rafael tocou para Breno Lopes, que invadiu a área em velocidade antes de bater na saída do goleiro Fábio.

A missão da equipe de Abel Ferreira ficou mais simples no início da etapa final, quando o jovem lateral Justen foi expulso, logo aos dois minutos, após entrada dura em Piquerez. Com o revés o Fluminense ficou estacionado na 7ª posição com 56 pontos.

Flamengo vivo

Uma das equipes que ainda têm pequenas chances de ser campeão é o Flamengo, que bateu o Cuiabá por 2 a 1 no estádio do Maracanã. O Rubro-Negro abriu uma vantagem de dois gols no primeiro tempo graças a Luiz Araújo e Pedro, enquanto Clayson marcou o gol de honra do Dourado.

Na rodada derradeira da competição o Flamengo visita o São Paulo no Morumbi. Já o Cuiabá recebe o Athletico-PR na Arena Pantanal em seu último compromisso na competição.

Tropeço do Botafogo

Quem ficou sem chance alguma de buscar o título foi o Botafogo, que mesmo jogando no estádio Nilton Santos empatou sem gols com o Cruzeiro. Com o resultado a Raposa não corre mais riscos de cair para a Série B do Brasileiro.

Outros resultados:

Bragantino 1 x 0 Coritiba
Grêmio 1 x 0 Vasco
Athletico-PR 3 x 0 Santos
Fortaleza 1 x 0 Goiás
América-MG 3 x 2 Bahia

Peças de teatro inéditas de Augusto Boal são lançadas em livro

O teatro brasileiro tem entre seus maiores nomes Augusto Boal. O autor, que viveu entre 1931 e 2009, foi um dos maiores teatrólogos do século 20. Ficou conhecido mundialmente pela criação do Teatro do Oprimido, e suas peças ainda são encenadas. Boal teve diversos parceiros de criação, sendo Gianfrancesco Guarnieri um dos mais célebres. O livro Teatro Reunido, lançado nesta semana pela Editora 34, traz as peças escritas exclusivamente por Boal. 

A obra reúne 14 peças teatrais, sendo oito delas inéditas. Jansem Campos, apresentador do Programa Arte Clube, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro e Rádio MEC, entrevistou Cecília Boal, viúva do dramaturgo com quem foi casado por 43 anos.

“O livro é extremamente bonito. Milton Ohata [editor] fez a seleção e escolheu peças que foram muito marcantes na trajetória de Boal, como Revolução na América do Sul, O Grande Acordo Internacional do Tio Patinhas, Murro em Ponta de Faca. São clássicos, creio eu, do teatro brasileiro, da moderna dramaturgia brasileira”, diz Cecília.

Apesar de escritas a partir da década de 1950, as obras do teatrólogo parecem escritas para o Brasil e para o mundo de hoje. Temas como política, educação, pela visão do autor, não ficaram datadas.

“Continua muito atual. A Revolução, então, particularmente, é uma obra que nunca perdeu a atualidade, porque ela fala de eleições. E ela fala de eleições num país em vias de desenvolvimento. E, de fato, a gente vê como as pessoas que não têm uma educação cívica, uma educação cidadã, são manipuladas”, avalia Cecília.

O livro Teatro Reunido traz peças inéditas que Boal escreveu no começo da década de 1950 para uma temporada em Nova York com John Gassner, mestre de Tennessee Williams e Arthur Miller, e ainda para o Teatro Experimental do Negro (TEN), fundado por Abdias do Nascimento.

Augusto Boal foi um homem do fazer coletivo, um homem de movimentos, de grupos, de partido. - Instituto Augusto Boal/ Reprodução
Augusto Boal foi um homem do fazer coletivo, um homem de movimentos, de grupos, de partido – Instituto Augusto Boal/ Reprodução

“Foram as peças que Boal, muito jovem, com 20, 21 anos, escreveu para o TEN, Teatro Experimental do Negro, que foi criado e dirigido por Abdias Nascimento. Abdias Nascimento foi um dos pais artísticos de Boal. Boal estava começando, estava nos primórdios, e foi apresentado a Abddias pelo Nelson Rodrigues, que foi outra espécie de pai”, relembra.

A companheira de Boal lembra que Abdias e Nelson liam todas as peças que Boal escrevia. “São as peças de um dramaturgo debutante, ou seja, não são peças ainda muito bem resolvidas, digamos assim. São peças de um jovem e tem esse interesse, creio eu, de conhecer o que o Boal, de 21 anos, escreveu para o Abdias. E o interessante, no caso, é que o TEN montou todas essas peças.”

Após criticar acordo com Mercosul, Macron anuncia verba para Amazônia

02.12.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Reunião com o Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, na Expo Dubai. Dubai - Emirados Árabes Unidos. 

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou neste sábado (2) que irá repassar 500 milhões de euros – cerca de R$ 2,68 bilhões – para preservação da Amazônia nos próximos três anos. Macron deu a declaração em uma postagem no X (antigo Twitter).

“Com o Brasil, estamos determinados a preservar as florestas. Nos próximos três anos, a França dedicará 500 milhões de euros à sua preservação”, disse Macron. A declaração veio acompanhada de uma foto dele com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma reunião bilateral na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), nos Emirados Árabes.

O anúncio foi feito horas depois de Macron ter criticado o acordo Mercosul União Europeia, que chamou de “incoerente” e em relação ao qual disse ser “totalmente contra”. Ele afirma que o acordo, que vem sendo negociado há décadas, está sendo “mal remendado” na tentativa de ser fechado.

“[O acordo] não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado e que desfaz tarifas”, acrescentou.

Pouco após a fala, que ocorreu em seguida a uma reunião bilateral, o presidente Lula disse que seu homólogo francês tem o direito de se opor. “A França sempre foi um país mais duro para se fazer acordos, porque a França é mais protecionista”, afirmou Lula.

Fundo Amazônia

Na manhã deste sábado (2), também o Reino Unido anunciou a destinação adicional de 35 milhões de libras (cerca de R$ 215 milhões) para o Fundo Amazônia, além dos 80 milhões de libras (R$ 500 milhões) que já havia anunciado em maio.

“Se não tiver acordo, paciência”, diz Lula, sobre Mercosul e UE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (3), que caso não haja o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), não foi por falta de vontade dos sul-americanos, mas por protecionismo dos europeus. Ontem (2), Lula se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, na tentativa de avançar com a negociação.

Nos últimos dias, o presidente brasileiro esteve em visita ao Oriente Médio e, hoje, conversou com jornalistas antes de deixar Dubai, nos Emirados Árabes, a caminho de Berlim, na Alemanha, onde tem compromissos da agenda bilateral. A Alemanha é um dos países que defende o acordo Mercosul-UE.

“Se não tiver acordo, paciência, não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil e que não digam mais que é por conta da América do Sul. Assuma a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer uma acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão, é sempre ganhar mais e nós não somos mais colonizados, nós somos independentes, nós queremos ser tratados apenas com o respeito de países independentes que temos coisas pra vender, e as coisas que temos têm preço. O que queremos é um certo equilíbrio”, disse Lula.

O presidente francês é contra o acordo Mercosul-UE, dizendo ser “incoerente” e “mal remendado”. “[O acordo] não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado e que desfaz tarifas”, afirmou Macron, neste sábado.

Já segundo Lula, a França é protecionista sobre seus interesses agrícolas. Além disso, o presidente brasileiro defende alterações em pontos do acordo de livre comércio sobre licitações de compras governamentais, pois, para ele, é uma política indutora do desenvolvimento da indústria nacional e oportunidade para pequenas e médias empresas.

Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países. Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

“Se não tiver acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa. Agora, o que a gente não vai fazer é um acordo para tomar prejuízo”, completou Lula.

O que é o sal-gema e por que sua extração gerou problemas em Maceió?

empregos serão gerados na exploração de sal-gema no ES. Foto: Tawatchai/Freepik

Parte dos moradores de Maceió vivem dias de tensão. Na última quarta-feira (29), a prefeitura da capital alagoana decretou situação de emergência diante do iminente colapso em uma das minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem no bairro do Mustange. É mais um capítulo de uma história que se arrasta desde 2018, quando foram registrados afundamentos em cinco bairros. Estima-se que cerca de 60 mil residentes tiveram que se mudar do local e deixar para trás os seus imóveis.

O risco de colapso em uma das 35 minas de responsabilidade da Braskem vem sendo monitorado pela Defesa Civil de Maceió e foi detectado devido ao avanço no afundamento. A petroquímica confirma que pode ocorrer um grande desabamento da área, mas afirma que existe também a possibilidade de que o solo se acomode. Um eventual colapso geraria um tremor de terra e tem potencial para abrir uma cratera maior que o estádio do Maracanã. As consequências, no entanto, ainda são incertas. O governo federal também acompanha a situação.

Mas o que é o sal-gema? Diferente do sal que geralmente usamos na cozinha, que é obtido do mar, o sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano. Por esta razão, o cloreto de sódio é acompanhado de uma variedade de minerais.

Designado também por halita, o sal-gema é comercializado para uso na cozinha. Muito comum nos supermercados, o sal extraído no Himalaia, que possui uma tonalidade rosa devido às características locais, é um sal-gema.

No entanto, o sal-gema é também uma matéria-prima versátil para a indústria química. É empregado, por exemplo, na produção de soda cáustica, ácido clorídrico, bicarbonato de sódio, sabão, detergente e pasta de dente, enfim, na fabricação de produtos de limpeza e de higiene e em produtos farmacêuticos.

Indústria

Inicialmente, a exploração em Maceió se voltou para a produção de dicloroetano, substância empregada na fabricação de PVC. Não por acaso, desde que inaugurou em 2012 uma unidade industrial na cidade de Marechal Deodoro, vizinha a Maceió, a Braskem se tornou a maior produtora de PVC do continente americano. Outras indústrias, como a de celulose e de vidro, também empregam o sal-gema em seus processos.

A exploração de sal-gema, como outros minerais, depende de licenciamento ambiental. A exploração é fiscalizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM). No mercado internacional, o Brasil é um ator relevante. Segundo dados da ANM, foram 7 milhões de toneladas em 2002. O ranking do ano passado, no entanto, mostra que os três líderes mundiais têm produção muito mais robusta que todos os demais: China (64 milhões de toneladas), Índia (45 milhões) e Estados Unidos (42 milhões).

Em Maceió, a exploração das minas teve início em 1976 pela empresa Salgema Indústrias Químicas, que logo foi estatizada e mais tarde novamente privatizada. Em 1996, mudou de nome para Trikem e, em 2002, funde-se com outras empresas menores tornando-se finalmente Braskem, com controle majoritário do Grupo Novonor, antigo Grupo Odebrecht. A Petrobras também possui participação acionária na empresa, com 47% das ações, dividindo o controle acionário com a Novonor. Atualmente, a Braskem desenvolve atividades não apenas no Brasil, como também em outros países como Estados Unidos, México e Alemanha.

Escavação

A exploração em Maceió envolvia a escavação de poços até a camada de sal, que pode estar há mais de mil metros de profundidade. Então, injetava-se água para dissolver o sal-gema e formar uma salmoura. Em seguida, usando um sistema de pressão, a solução era trazida até a superfície. Ao fim da extração, esses poços precisam ser preenchidos com uma solução líquida para manter a estabilidade do solo.

O problema em Maceió ocorreu por vazamento dessa solução líquida, deixando buracos na camada de sal. Uma hipótese já levantada por pesquisadores é de que a ocorrência tenha relação com falhas geológicas na região. Consequentemente, a instabilidade no solo levou a um tremor de terra sentido em março de 2018. O evento causou os afundamentos nos cinco bairros: Pinheiro, Mustange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.

Com novos tremores e o surgimento de rachaduras em casas e ruas, a Braskem anunciou o fim da exploração das minas em maio de 2019. A petroquímica diz que já foi pago R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para moradores e comerciantes desses bairros. Uma parcela dos atingidos busca reparação através de processos judiciais. O caso também é discutido em ações movidas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Caruaru se destaca no 1° Encontro Nacional de Turismo em Aracaju

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec), participou do primeiro encontro nacional de turismo, realizado nos dias 28, 29 e 30 de novembro na cidade de Aracaju, capital de Sergipe. O evento visou à promoção de uma ampla reflexão acerca de temas que envolvem a cadeia produtiva do turismo nacional.

O evento contou com palestras, mesas redondas, apresentação de cases de sucesso, painéis e discussões atinentes a diversos temas de interesse turístico. Caruaru foi destaque em mais um evento do turismo nacional, evidenciando o que há de melhor na capital do agreste.

Nessa primeira edição, o encontro contou com a presença de autoridades federais, estaduais, municipais, profissionais e empresários do mercado do turismo nacional, todos em busca de caminhos que melhorem os processos relativos à cadeia turística. Representando Caruaru, estiveram presentes o prefeito Rodrigo Pinheiro, Pedro Augusto, secretário da Sedetec, Vital Florêncio, secretário executivo de turismo e Thiago Azevedo, secretário de comunicação.

“Eventos de turismo como esses oferecem oportunidades para estabelecer conexões com profissionais do setor, é de extrema importância a participação de uma cidade como Caruaru. Nessa primeira edição foi possível nos interligar com potentes parceiros do setor de turismo. Isso é valioso para compartilhar experiências, ver novas tendências e criar colaborações para o crescimento do turismo em nossa cidade”, destacou o prefeito, Rodrigo Pinheiro.

Mercado Cultural Casa Rosa tem muita música e animação no fim de semana

Neste fim de semana, quatro atrações irão movimentar o Mercado Cultural Casa Rosa, em Caruaru. O local, que além de ser um ponto de concentração da cultura, dispõe de um ambiente amplo, com excelente estrutura física e espaço infantil.

Localizado no Parque 18 de Maio, no coração da Feira de Caruaru, o espaço funciona aos sábados, domingos e feriados,  das 11h às 17h30. O Mercado conta atualmente com 12 estabelecimentos, com serviços variados, como: cachaçaria, cozinha típica, tapiocaria, boteco tradicional, petiscaria, além de espaços multifuncionais.

Confira a programação para este fim de semana:

Sábado – 2 de dezembro
11h – André de Oliveira
13h – Nika Macedo
15h – Andreza Almeida

Domingo – 3 de dezembro
13h – Thiago Barão
15h – Afinasamba

Escolha do novo presidente do PSDB consolida retomada de força de Aécio Neves dentro do partido

O ex-governador Marconi Perillo (GO) foi escolhido presidente do PSDB, em convenção realizada ontem, numa eleição que consolidou o retorno do deputado federal Aécio Neves (MG) ao papel de protagonista entre os caciques tucanos.

Principal articulador da candidatura de Perillo, com quem tem uma relação de duas décadas — ambos foram contemporâneos como governadores, e seguem alinhados desde então — , Aécio também emplacou aliados em postos-chave da nova Executiva nacional da sigla e se movimenta para assumir ele próprio o Instituto Teotônio Vilela, fundação partidária voltada à formação política de quadros da sigla. Já o novo comandante da legenda, que substitui o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, terá como primeira missão pacificar o partido.

Principal estrela tucana após as eleições presidenciais de 2014, a última em que o PSDB foi competitivo, Aécio viveu uma derrocada paralela à do partido, que viu suas bancadas no Congresso encolherem desde 2018. À época, ele havia se afastado do comando da sigla após ser acusado na Lava-Jato por suposto recebimento de propina da JBS. O caso foi arquivado neste ano pela Justiça Federal com a absolvição de Aécio, que passou a aspirar novos voos. Nesta quinta-feira, após a convenção, ele defendeu que o PSDB tenha candidato ao Palácio do Planalto em 2026 para “conduzir uma alternativa” ao presidente Lula (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e sugeriu que pode disputar o governo de Minas.

— Recebo estímulos todo o tempo, mas não coloco o carro na frente dos bois. Sou mineiro. Vamos dar tempo ao tempo — afirmou.

Perillo foi eleito de forma consensual, após o ex-senador José Aníbal (SP) retirar sua candidatura. Aníbal entrou no páreo na véspera da convenção, após uma conversa com Eduardo Leite, de quem havia se aproximado desde as prévias tucanas de 2021 contra João Doria, seu desafeto. Leite inicialmente quis lançar o ex-senador Tasso Jereissati, que bateu de frente com Aécio durante a crise, como seu sucessor no comando tucano. Sem encontrar apoio a seu plano, concordou em apoiar Perillo, o favorito de Aécio.

No total, dos 214 delegados, 208 votaram na chapa de consenso ao diretório nacional, formada por representantes dos estados conforme seu peso interno. Em acordo, o diretório escolheu Perillo à presidência e outro aliado de Aécio, o deputado federal Paulo Abi-Ackel, para a secretaria-geral. A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, aliada de Leite, ficou com a 1ª vice-presidência.

O comando do Instituto Teotônio Vilela, posto cobiçado devido à capilaridade nacional no partido, é alvo de uma disputa entre Aécio e o ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia. A indicação de Garcia foi pactuada pela maioria da bancada do PSDB na Câmara em um aceno ao diretório de São Paulo, berço histórico dos tucanos e hoje fragmentado em várias alas. Diante da pressão de aliados de Aécio, Perillo constituiu um colegiado de quase 30 nomes para tomar a decisão.

Correligionários de Garcia tentam unir o tucanato paulista e os três governadores do partido — Leite, Eduardo Riedel (MS) e Raquel Lyra (PE) — em torno de sua indicação. Aécio, além do diretório de Minas, vem atraindo apoio de outros caciques, como o ex-governador e hoje deputado federal Beto Richa (PR).

— Defendo o nome do Aécio (para a fundação). Rodrigo é capacitado, e também é excelente, mas Aécio é uma referência, tem longa história no partido. É um nome que pesa mais — avaliou.

Assim como Richa e Aécio, que foram fustigados pela Lava-Jato e obtiveram decisões judiciais favoráveis nos últimos anos, Perillo submergiu em 2018, quando perdeu a eleição ao Senado dias após ser alvo da Operação Cash Delivery, que apurava suposto pagamento de propinas da Odebrecht. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a operação por entender que ela deveria ter tramitado na Justiça Eleitoral. Perillo tentou novamente o Senado, mas não se elegeu. Para interlocutores, a falta de um cargo pesou agora a favor do ex-governador de Goiás, visto como um “tucano raiz” que se dedicará à reconstrução do partido.

Crises internas
Perillo assume um partido em crise e reduzido. No Congresso, são apenas 14 deputados federais e dois senadores — após as eleições de 2014, eram 54 e 11, respectivamente. Em São Paulo, houve uma debandada de prefeitos após os tucanos perderem o governo estadual para Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Eduardo Leite deixou de herança para Marconi Perillo a tarefa de resolver divergências no diretório paulista do PSDB. Na véspera de sair do cargo, o governador do Rio Grande do Sul nomeou um aliado para comandar provisoriamente o partido em São Paulo, o que desagradou o grupo de Garcia.

O Globo

Lula discute situação dos reféns da guerra com presidente de Israel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta sexta-feira (1°) com o presidente de Israel, Isaac Herzog, às margens da COP28, a conferência climática que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Segundo informações da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), ambos discutiram a situação dos reféns em mãos do grupo terrorista Hamas. Outro tema que preocupa o país é a situação de brasileiros de origem palestina que ainda não foram repatriados da Faixa de Gaza.

Em seguida, o presidente entrou para uma reunião bilateral com o secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres.

A agenda do presidente para esta sexta-feira prevê ainda encontros com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o premiê da Espanha, Pedro Sanchez, e o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali.

À noite, Lula participa de um jantar oferecido por ele em conjunto com o presidente dos Emirados Árabes, o xeque Mohamed bin Zayed Al Nahyan. O evento, com público restrito, tem como tema “Amazônia: uma experiência imersiva”.

O Globo