Eleição dinamiza mercado mesmo em época de crise

Pedro Augusto

Em Caruaru, cidade esta que vem batendo todos os recordes sucessivos de demissões em massa, o período eleitoral parece ter chegado em boa hora. Para quem ainda não conseguiu ligar uma coisa à outra, é recomendável saber que as campanhas dos candidatos costumam gerar diversas ofertas de empregos temporários direcionadas para os mais variados setores. Neste ano, apesar do tempo delas encontrar-se mais curto em relação ao pleito anterior, com o agravante da proibição de doações financeiras por parte de pessoas jurídicas, que promete inibir os gastos dos postulantes, a expectativa é de que várias oportunidades sejam abertas dando ao menos certa resposta à crise. É o que espera o motorista Edvaldo da Silva.

Pai de três filhos e desempregado há três meses, ele vem procurando neste período de campanha uma chance de retornar ao mercado de trabalho. “Essa crise veio para prejudicar muito pai de família, então, temos de aproveitar toda oportunidade que aparece. Embora as campanhas estejam mais curtas em comparação com a eleição de 2012, elas não vão deixar de gerar milhares de vagas de emprego. Estou à procura de uma delas. Se conseguir arranjá-la, mesmo que o trabalho seja por pouco tempo, já me ajudará bastante”, analisou Edvaldo.

Além proporcionar rentabilidade para inúmeros profissionais do volante, a eleição também costuma impulsionar diversos setores operacionais de Caruaru. Foi o que destacou o auditor fiscal da Agência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Reginaldo. “É interessante ressaltar que as campanhas eleitorais costumam dinamizar não só o mercado formal, mas também o informal. Neste ano não está sendo diferente. No primeiro campo já vêm sendo demandados os serviços de contabilistas, advogados, jornalistas, pesquisadores, telefonistas, dentre outros. Em paralelo, já estão sendo preenchidas vagas para as funções de planfeteiros, porta-bandeiras, cabos eleitorais, homens-placa – todas elas voltadas para o mercado informal. Mais uma vez, a eleição promete movimentar bastante a economia de Caruaru.”

Também em entrevista ao VANGUARDA, o auditor fiscal do MTE realçou os benefícios que a eleição 2016 promete proporcionar para o mercado local neste período de crise. “Embora as contratações desses profissionais não possuam naturezas trabalhistas, não tenho dúvidas de que estes acordos deverão minimizar, ainda que temporariamente, os efeitos do desemprego na nossa cidade, uma vez que já estão gerando diversas oportunidades de renda para milhares de trabalhadores. Para salvaguardar as partes, ou seja, tanto os empregados como os empregadores, é recomendável que as contratações sejam feitas por escrito, atendendo a vários aspectos, como a discriminação da remuneração pelos serviços prestados, as jornadas diárias de trabalho, dentre outros.”

De acordo ainda com Francisco Reginaldo, caso os empregadores deixem de cumprir com o que foi acertado, deverão ser acionados judicialmente. “Para deixar bem claro: nas situações de calote, os prestadores de serviço deverão entrar com uma ação judicial. Também é importante ressaltar que os candidatos ou partidos devem adotar medidas para que seja preservada a integridade física desses profissionais. Por exemplo, os homens-placa e planfeteiros, que ficam ao ar livre, precisam ter a garantia da ingestão de líquidos, a utilização de banheiros e ao descanso.”

Teatro na Comunidade apresenta musical sobre ecologia no Polo Caruaru

Neste domingo (28), tem espetáculo no Polo Caruaru, dessa vez com os estudantes da Escola Professora Jesuína Pereira Rego, que realizam um musical totalmente sobre ecologia e preservação do meio ambiente.

O espetáculo “Zapt e Zupt – Traques e Truques para manter o Verde Vivo” será realizado às 15h na Praça de Eventos e será gratuita. O enredo conta a luta d os Palhaços Juriti, Curió e a trupe Zapt e Zupt para proteger a última árvore da praça, a Maria Peroba, que está sendo maltratada por um comerciante.

Com músicas ao vivo e coreografias que oferecem um passeio pelas danças populares, a criançada vai se divertir com as brincadeiras infantis apresentadas pelos jovens atores. A direção é do Professor William Smith e tem produção da Cia Olhares, comandada por Benício Jr.

Colégio Motivo realiza campanha de conscientização e cuidado aos animais

Neste domingo (28), os alunos do Colégio Motivo realizam a campanha I Encãotro Motivo, que vai oferecer adoção responsável de cães e gatos e atendimento gratuito com veterinários. O objetivo é conscientizar a população da importância de ter cuidado com os animais e com o meio ambiente. Saquinhos e panfletos serão distribuídos para conscientizar a população dos direitos dos animais, os deveres dos donos e também sobre a importância da preservação do meio em que vivem.

A ideia surgiu com a turma do 6° ano, após a leitura do livro “Três animais” que fala dos maus tratos sofridos por três bichos. A leitura, feita na disciplina de Língua Portuguesa, despertou tanto interesse nos alunos que a equipe de professores decidiu realizar uma ação maior. O encãotro, como foi batizada o encontro, será das 15h30 às 18h, na Avenida Agamenon Magalhães, próximo ao Hemope, na transversal da Avenida Oswaldo Cruz.

De acordo com Viviane Ley, coordenadora pedagógica do colégio, a iniciativa é importante, pois parte dos alunos e do que eles trabalharam em sala de aula: “O protagonismo é um dos nossos mecanismos de trabalho, que mostramos ao aluno o quanto ele é responsável pela sociedade em que vive, essa ação mostra o quanto eles se preocupam com a sociedade e têm o poder de mudá-la”.

A iniciativa também será realizada por alunos das outras unidades do Motivo em Recife e Petrolina.

Tite divulga primeira lista de convocados

Pedro Augusto

O ciclo de convocações do técnico Tite para a seleção brasileira foi iniciado oficialmente no fim da manhã da última segunda-feira (22), na sede da CBF, no Rio de Janeiro, quando, na ocasião, ele anunciou os nomes dos jogadores que irão defender o país diante do Equador e da Colômbia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Satisfeito com o desempenho dos atletas olímpicos, que acabaram conquistando o ouro na Rio-2016, o ex-treinador do Corinthians decidiu chamar sete titulares da campanha vitoriosa.

Foram eles: o goleiro Weverton (Atlético-PR), os zagueiros Marquinhos (PSG-FRA) e Rodrigo Caio (São Paulo), o meia Renato Augusto (Beijing Guoan-CHI), além dos atacante Neymar (Barcelona-ESP), Gabigol (Santos) e Gabriel Jesus (Palmeiras). Nesta sua primeira lista, Tite também convocou mais quatro jogadores que vêm atuando por clubes do futebol brasileiro. Para o sistema defensivo foram chamados o goleiro Marcelo Grohe, do Grêmio, e o lateral direito Fagner, do Corinthians, em contrapartida, para o ofensivo, os meias Rafael Carioca (Atlético-MG) e Lucas Limas (Santos).

Na coletiva, o técnico brasileiro explicou o motivo de priorizar neste primeiro momento os jogadores que vêm defendendo os clubes nacionais. “Na Europa, as competições começaram recentemente e, como a maioria dos atletas de lá está retornando às atividades, ficaram prejudicados em sua real avaliação.” Em sua primeira convocação, Tite ainda promoveu o retorno do volante Paulinho, do Guangzhou Evergrande, da China, que não era chamado desde a sua participação na Copa do Mundo de 2014. Além disso, também convocou o atacante Taison, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, que defenderá a seleção principal pela primeira vez.

Tite fará sua estreia pela seleção canarinho no próximo dia 1º de setembro, no duelo contra o Equador, em Quito. A primeira partida do treinador em casa será no dia 6 de setembro, diante da Colômbia, em Manaus. O Brasil entrará em campo pressionado por uma posição incômoda nas Eliminatórias. Com nove pontos, o país é o sexto colocado, fora da zona de classificação para a Copa do Mundo da Rússia de 2018. A situação, inclusive, fez Tite destacar que o momento é de priorizar a classificação para a Copa do Mundo, e não de reformular o elenco.

“Têm jogadores fora em função de problema clínico [não citou quais]. Eu não vou ficar lamentando situações. Essa convocação é para esses dois jogos, é preciso ser justo neste momento. Não estamos nos classificando para a Copa (no momento)”, disse. Ao término das Eliminatórias, os quatro primeiros colocados garantirão a vaga direta para a Rússia e o quinto disputará a repescagem contra uma equipe da Oceania. Atualmente, quem vem liderando a competição é o Uruguai, com 13 pontos.

Veja a lista completa:
Goleiros:
Alisson (Roma-ITA)
Marcelo Grohe (Grêmio)
Weverton (Atlético-PR)
Zagueiros:
Miranda (Internazionale-ITA)
Gil (Shandong Luneng-CHI)
Marquinhos (PSG-FRA)
Rodrigo Caio (São Paulo)
Laterais:
Fagner (Corinthians)
Daniel Alves (Juventus-ITA)
Marcelo (Real Madrid-ESP)
Filipe Luis (Atlético de Madri-ESP)
Meio-campistas:
Casemiro (Real Madrid-ESP)
Rafael Carioca (Atlético-MG)
Paulinho (Guangzhou Evergrande-CHI)
Renato Augusto (Beijing Guoan-CHI)
Giuliano (Zenit-RUS)
Willian (Chelsea-ING)
Philippe Coutinho (Liverpool-ING)
Lucas Lima (Santos)
Atacantes:
Neymar (Barcelona-ESP)
Gabigol (Santos)
Gabriel Jesus (Palmeiras)
Taison (Shakhtar Donetsk-UCR)

ARQUIVO — Armadilhas dos cartões de crédito

Por Maurício Assuero

Independente da situação econômica do país,os encargos cobrados pelos cartões de crédito superam, e muito, as taxas de juros comuns aos empréstimos tradicionais, mesmo considerando que a taxa de juros de pessoa física é maior do que a taxa de juros para pessoa jurídica porque o risco de pessoa física é maior. Os cartões põe na composição dos seus encargos o custo com a inadimplência, por exemplo. Atualmente, tem cartão cuja taxa é 18,59% ao mês, ou 673,71% ao ano.

O cliente pode optar por pagar o valor mínimo de cada fatura, ou seja, 20% do valor total e ao fazer isso, sobre o saldo devedor incidirão os encargos. Assim, se uma pessoa deve R$ 1.000,00 e só paga R$ 200,00, sobre os R$ 800,00 incidirão os encargos, levando o valor da próxima fatura para, no mínimo, R$ 944,00. Note que “economia” obtida foi apenas R$ 56,00. Pagar o valor mínimo da fatura é o maior erro que se comete com o uso do cartão. Se o cliente entender que não vai ter dinheiro para quitar a fatura no seu valor integral, não compre. Se comprou e não tem como pagar, busque um empréstimo a taxa de juros mais baixa, liquide o cartão e quebre-o. Quando se equilibrar, volte a usar.

Já a algum tempo as administradoras estão enviando, junto com as faturas, uma opção de financiamento da fatura. A taxa de juros de para parcelamento da fatura é 9,9% ao mês, então uma fatura no valor de R$ 1.000,00 pode ser paga em 65 parcelas de R$ 208,69, ou 12 parcelas de R$ 133,37, ou 18 parcelas de R$ 110,78 ou 24 parcelas de R$ 101,11. No primeiro caso tem-se R$ 252,14 de juros totais, no segundo caso tem-se R$ 600,14, no terceiro caso tem-se R$ 994,04 e no último caso R$ 1.426,64! Então, este é o segundo equivoco que se pode cometer ao usar o cartão de crédito. Além das compras esta pessoa terá um valor fixo a pagar, ou seja, no mês seguinte deverá estar devendo mais do que R$ 1.000,00. Nunca parcele suas faturas.

O uso do cartão de crédito deve ser parcimonioso. O cartão deve ser usado em boas alternativas de compras, todavia, é preciso ter cuidado com o parcelamento dessas compras. Faça controle disso. Faça uma planilha no Excel para acompanhar suas compras ou melhor faça um fluxo de caixa para você não ser surpreendido. Tenha cuidado com compras parcelas porque vocd pode está pagando juros 7% ao mês. Nas grandes lojas, compra acima de 5 parcelas tem juros. As atendentes lhe orientam pagar “antecipar” os pagamentos. Bobagem pura: isso não diminui a taxa de juros cobrada. Se você tem mais de um cartão, tenha mais cuidado porque o problema pode ser maior.

Governo aumenta para 1,6% previsão de crescimento da economia para 2017

Da Agência Brasil

Os sinais de recuperação da economia levaram o governo a aumentar a previsão de crescimento para 2017. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) passou de 1,2% para 1,6% para o próximo ano, anunciou há pouco o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton Araújo.

A projeção para inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 4,8%. Os números serão usados na elaboração do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2017, que será enviado ao Congresso Nacional até 31 de agosto.

Segundo o secretário, o governo só divulgará o reflexo do aumento do crescimento econômico na arrecadação federal no envio do projeto. Caso as receitas subam mais que o esperado, o governo não teria de aumentar tributos para reforçar o caixa no próximo ano e cumprir a meta de déficit primário (resultado negativo nas contas públicas desconsiderando o pagamento de juros) de R$ 139 bilhões em 2017.

De acordo com Araújo, as recentes melhorias nos indicadores financeiros e os sinais de recuperação da economia permitiram à equipe econômica reajustar a estimativa de crescimento para o próximo ano. Conforme o secretário, o país deve voltar a registrar crescimento econômico a partir do quarto trimestre deste ano.

“Em termos reais, a produção industrial cresce há quatro meses seguidos. A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] mostrou sinais de estabilização na atividade do comércio, com crescimento de 0,1% em junho. Temos indicações de que o segundo semestre terá desempenho melhor que o primeiro. No nosso cenário base, estimamos crescimento do PIB no quarto trimestre em relação ao terceiro”, explicou o secretário.

Para 2016, a Secretaria de Política Econômica reduziu a previsão de contração do PIB de 3,1% para 3%. A projeção para o IPCA foi mantida em 7,2%.

As estimativas da equipe econômica são mais otimistas que as do mercado. Segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgadas pelo Banco Central, o país deve fechar 2016 com retração do PIB de 3,2% e inflação de 7,31%.

Para 2017, os analistas de mercado preveem crescimento de 1,1% no PIB e IPCA de 5,14%.

Vendas de imóveis novos registram queda de 13,9%

Os Indicadores ABRAINC-Fipe do primeiro semestre de 2016 revelam que as vendas de novos imóveis somaram 49.797 unidades e tiveram queda de 13,9% se comparados com o volume observado no mesmo período de 2015. Nos últimos 12 meses, as vendas alcançaram 104.158 unidades vendidas, volume 15% inferior ao total de vendas no período precedente. No mês de junho, dados das empresas indicam que foram vendidas 10.325 unidades, o que representa um recuo de 10,8% frente às vendas do mesmo mês do ano anterior.

Em relação aos lançamentos, os primeiros seis meses do ano mostraram volume 10,4% superior ao observado no mesmo período de 2015, com o total de 31.360 unidades lançadas. Considerando os últimos 12 meses, o total lançado foi de 67.013 unidades, o que representa queda de 1,5% face ao observado no período precedente. Já em junho de 2016, foram lançadas 10.224 unidades, indicando uma queda de 10,9% no volume lançado no mesmo mês de 2015.

As entregas de imóveis representaram o montante de 67.280 unidades no acumulado de 2016, volume 3,5% superior ao observado na mesma base de 2015. Nos últimos 12 meses, as entregas somaram 128.748 unidades, número 20,6% inferior ao total entregue no período precedente. Em junho deste ano, foram entregues 17.732 unidades, o correspondente a uma alta de 39,3% frente ao número de unidades entregues em junho de 2015.

O vice-presidente executivo da Abrainc, Renato Ventura, destaca que o setor imobiliário é bastante impactado pela confiança dos compradores e das empresas. “Esta confiança está começando a voltar, mas ainda é baixa”, afirma o executivo, reforçando que o setor é historicamente cíclico, e, portanto, há momentos de baixa na atividade e em seguida recuperação”.

O estudo revela ainda que, ao final de junho de 2016, as empresas disponibilizavam 117.565 unidades para compra. No mesmo período, foi vendido o equivalente a 8,3% da oferta do mês, percentual que representa uma queda de 1,4 ponto percentual em comparação a junho de 2015 (9,7%). Dessa forma, estima-se que a oferta final de junho seja suficiente para garantir o abastecimento do mercado durante 12,1 meses, se o ritmo de vendas do mês (10,3 mil unidades/mês) for mantido.

Segundo o diretor da Abrainc, Luiz Fernando Moura, o momento ainda é oportuno para quem deseja comprar imóvel. “A perspectiva é que com o encaminhamento das reformas que possibilitem a retomada do crescimento da economia, haja um aumento da confiança, provocando maior demanda por imóveis. A oferta para o atendimento a esta demanda, nem sempre acontece na mesma velocidade”, esclarece ele.

Distratos

O indicador de distratos revela que, no primeiro semestre de 2016, houve redução de 2,6% em relação ao mesmo período de 2015, atingindo 22.228 unidades distratadas. Quando comparados nos últimos 12 meses, os distratos tiveram alta de 3,2%, atingindo 47.018 de devolução de imóveis. Em junho de 2016, foram distratadas 3.828 unidades, o que representa um aumento de 0,4% frente ao número absoluto de distratos observados em junho de 2015.

Se considerados os distratos como proporção das vendas por safra de lançamento, as unidades vendidas no primeiro trimestre de 2014 apresentam a taxa de distratos mais elevada da série histórica (19,2%).

Ventura explica que os distratos ocorrem, principalmente, por dois motivos. Um dele é quando o comprador não consegue financiamento bancário que imagina conseguir quando a compra na planta foi realizada. E há também casos de investidores que não veem a valorização que imaginavam, e assim solicitam o distrato. “São casos distintos, que devem ser tratados diferentemente, em benefício do sistema e do conjunto de compradores”, diz o vice-presidente executivo da Abrainc.

Expectativa do consumidor cresce em agosto, mas fica abaixo da média histórica

Agência Brasil

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou ontem (26) que o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 0,8% em agosto na comparação com julho e alcançou 102 pontos, puxado pela melhora das expectativas em relação à inflação, ao emprego e à renda pessoal. Mesmo com o resultado, a CNI destaca que o indicador continua 6,3% abaixo da média histórica, de 109 pontos.

Pelos dados de agosto, os índices mostram que os consumidores acreditam que a situação financeira melhorou nos últimos três meses. Em agosto, o indicador de expectativa de inflação aumentou 2,7%, o de desemprego subiu 1,4% e o de renda pessoal cresceu 2,5% na comparação com julho. Quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que esperam a queda da inflação e do desemprego e o aumento da renda pessoal. O indicador de situação financeira aumentou 1,1% em relação a julho.

Mesmo assim, avalia a CNI, os brasileiros ainda estão cautelosos com as compras de bens de maior valor, como automóveis e imóveis. O indicador de expectativa de compras de maior valor caiu 1,3% em relação a julho e foi o único componente do Inec que registrou queda na comparação mensal, informou a confederação.

Segundo a CNI, o Inec é importante porque antecipa tendências de consumo. A confederação destaca que consumidores confiantes, com perspectivas positivas em relação ao emprego e à situação financeira, tendem a comprar mais, o que aquece a atividade econômica.

Barreiras comerciais restringem competitividade de produtos brasileiros

Agência Brasil

O diplomata brasileiro em missão na Organização Mundial do Comércio (OMC), Celso de Tarso Pereira, disse na última quinta-feira (25) que é possível ampliar mercado para os produtos brasileiros no exterior com a derrubada de barreiras comerciais e que esse é um desafio para o país.

“São produtos competitivos, produzidos sem subsídios, que deveriam ter um acesso desimpedido nos principais mercados. O desafio é definir uma estratégia para desmantelar essas barreiras”, disse o diplomata, que participou do 4º Fórum de Agricultura da América do Sul, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

Pereira citou o exemplo do açúcar e do frango, produtos dos quais o Brasil é líder em exportações, mas que só são vendidos à União Europeia no sistema de quotas tarifárias. O que excede as cotas é taxado com tarifas de importação mais altas.

Segundo o diplomata, existe uma “fortaleza” de restrições, de cotas e de picos tarifários que impedem que as exportações brasileiras sejam tão competitivas quanto os produtos industrializados de outros países são no mercado nacional. “É quase uma dívida histórica que deveria ser equacionada. Ela será, mas apenas gradualmente”, avaliou.

As negociações para que as barreiras agrícolas sejam superadas são duras, segundo Pereira, principalmente porque os países envolvidos exigem contrapartidas econômicas em outros setores, como na área de serviços ou de compras governamentais. “A discussão fica mais difícil, porque é necessário ter na mesa não só os representantes da área agrícola, mas também do resto da economia brasileira”, explicou.

Barreiras sanitárias

Celso de Tarso Pereira também falou sobre as barreiras “criativas” praticadas no mercado internacional. Segundo ele, vários países impõem restrições a produtos agrícolas brasileiros sob o pretexto de que eles não seguem padrões sanitários internacionais. “São barreiras impostas sem a devida fundamentação científica, apenas com intuito protecionista”, ressaltou.

Para contornar o problema, o diplomata apontou duas soluções possíveis em âmbito internacional. A primeira seria a negociação direta com os possíveis importadores, para convencê-los de que os produtos brasileiros cumprem as normas sanitárias internacionais. E a segunda solução, mais drástica, seria uma ação de litígio junto à OMC para que as barreiras sem fundamentação científica sejam derrubadas.

O governo brasileiro não descarta a solução drástica, segundo o diretor de Acesso a Mercados e Competitividade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Luís Rossi, que também participou do fórum: “Podemos até recorrer a um litígio via OMC caso os nossos argumentos, que são científicos e baseados em princípios técnicos, não sejam aceitos por questões que não tiverem uma justificativa plausível.”

Vários problemas ainda se fazem presentes na PJPS

Pedro Augusto

Na terça-feira passada (23) completou um mês em que a primeira rebelião da história da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, no Bairro do Vassoural, em Caruaru, foi registrada. Na ocasião, seis detentos foram mortos, 20 ficaram feridos e ainda houve destruição em massa nos pavilhões da unidade. Passado todo este tempo, o problema de superlotação ainda se faz presente na PJPS com prazo indeterminado para acabar. De acordo com os últimos dados repassados pela Secretaria Estadual de Ressocialização, até a última segunda-feira (22), cerca de 300 reeducandos haviam sido transferidos bem como 55 tinham obtido os alvarás de soltura.

Números estes inexpressivos se comparados ao montante de detentos que se encontrava aglomerado na data em que o motim foi estourado. De acordo também com informações divulgadas pela pasta estadual, no último dia 23 de julho, a Juiz Plácido de Souza encontrava-se comportando pouco mais de 1.900 reeducandos, ou seja, um volume cinco vezes maior em relação a sua capacidade total, em torno dos 380. Além do problema da superlotação, hoje, a unidade prisional, também vem penando pela falta de infraestrutura, que já dava sinais de esgotamento, mas que ficou ainda mais comprometida após a rebelião.

Vídeos enviados para a reportagem VANGUARDA, através grupos de whatsapp, mostraram a circulação de detentos em meio às pedras e outros materiais que servem para serem utilizados justamente nos motins. Somado a todos a estes problemas, ainda hoje o número de agentes penitenciários atuando na PJPS também se encontra restrito vindo de encontro à promessa da Secretaria de Ressocialização que pretende incrementar o quadro de servidores desta área específica. Um concurso para preencher vagas voltadas para a categoria chegou a ser anunciado no mês passado pela pasta, mas ainda não saiu do papel.

Mesmo estando diretamente ligada a todas estas questões referentes à Juiz Plácido de Souza, a Secretaria Estadual de Ressocialização preferiu adotar o silêncio e até o fechamento desta matéria, não havia respondido como se encontrava as ações em prol da reestruturação física da unidade tampouco se mais detentos iriam ser transferidos, se havia novidades a respeito da realização do concurso voltado para os agentes, dentre outros aspectos importantes. De qualquer modo, o VANGUARDA está aberto para conceder na próxima edição o espaço necessário à secretaria caso seja de seu interesse.