CMN libera R$ 21 bilhões para crédito à agricultura

A agricultura contará com mais R$ 21 bilhões em crédito nesta safra. O Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou a quantia por meio do redirecionamento dos depósitos da poupança rural. De acordo com o Banco Central, as medidas estão em linha com o Plano Safra 2014/2015, lançado em maio deste ano.

Os recursos foram liberados por meio de duas resoluções aprovadas pelo CMN. A primeira elevou de 67% para 72% a proporção dos depósitos da poupança rural que os bancos são obrigados a aplicar em crédito agrícola, destinando R$ 5 bilhões adicionais para o setor. Para não prejudicar a alocação para outros tipos de linhas de crédito, o CMN diminuiu de 18% para 13% o recolhimento compulsório da poupança rural – fração da poupança rural que as instituições são obrigadas a recolher para o Banco Central.

A segunda resolução permitiu que os bancos com operações de custeio e comercialização, contratadas na safra 2013/2014, deixem de usar o fator de ponderação para o cálculo da exigibilidade do crédito rural. As instituições podiam multiplicar por 2,2 o saldo dessas operações de crédito para cumprir o critério de exigência. Agora, a multiplicação não poderá mais ser feita, o que resultará na liberação de R$ 16 bilhões para o setor.

Atualmente, cinco instituições financeiras operam a poupança rural: Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, Banco Cooperativo do Brasil e Banco Sicredi.

O CMN também aumentou o acesso de empresas estatais ao crédito. Até agora, as instituições financeiras podiam comprometer até 25% do patrimônio de referência com o setor público. A resolução separa o limite da União das empresas estatais. Agora, o banco poderá verificar o risco e o comportamento dessas empresas para examinar o grau de dependência econômica da estatal em relação ao Orçamento da União.

Caso seja comprovado que a estatal se sustenta com receitas próprias, a empresa será tratada como cliente à parte, podendo pegar mais recursos emprestados. De acordo com o Banco Central, a mudança não foi feita para beneficiar as empresas estatais, mas em cumprimento às normas internacionais para o crédito ao setor público, alteradas em abril deste ano.

“O sistema financeiro tem limite máximo de exposição muito longe desses 25%. Na prática, não é uma alteração muito significativa”, disse Caio Ferreira, chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do Banco Central. Como as estatais do setor elétrico e a Petrobras estão excluídas do limite de 25% nas operações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a mudança terá pouco impacto sobre o crédito para as empresas públicas.

Agência Brasil

Disputa pelo comando da Alepe

As movimentações visando ao comando da Assembleia Legislativa (Alepe) no próximo biênio já foram iniciadas, que será definido em fevereiro de 2015. Atual presidente da Casa, o governador em exercício, Guilherme Uchoa (PDT), promoveu um jantar para os legisladores estaduais eleitos e atuais, no Palácio das Princesas, ontem.

Em entrevista ao programa Frente a Frente, naRádio Folha FM 96,7, o pedetista chegou a declarar que “se o cavalo passar selado, eu monto”. Contudo, o PSB, detentor da futura maior bancada, almeja o posto e cobrará que o princípio da proporcionalidade seja obedecido. Uma reunião com os deputados do partido foi realizada, recentemente, e o acerto é que os socialistas comecem a negociar o apoio de outras legendas.

Entre os nomes do PSB cotados para o posto estariam os dos deputados estaduais Waldemar Borges, Aluisio Lessa, Ângelo Ferreira e Raquel Lyra. Apesar das especulações, todos evitam falar de nomes para evitar embates internos e desgastar o projeto. Lessa relembra que o critério da proporcionalidade foi deixado de lado nas últimas eleições para favorecer Guilherme Uchoa, mas avalia que há um sentimento na Casa favorável à renovação.

“O sentimento da Casa é diferente hoje. O PSB elegeu a maior bancada com 15 estaduais e deve ser respeitado o princípio da proporcionalidade. Não queremos discutir o nome de A ou B. Será alguém apoiado por todos”, defendeu Lessa.

Além da presidência da Assembleia, o partido deverá pleitear o comando da primeira secretaria. Isso porque a legenda possui mais que o dobro do número de legisladores da segunda maior bancada – PTB, que terá deputados. Um dos cotados é o deputado estadual Aglailson Junior (PSB). “Há a lógica de que os dois maiores cargos sejam reservados para bancada do nosso tamanho, mas isso não quer dizer que não se negocie. Não podemos colocar nomes na frente”, ponderou Aluisio Lessa.

Guilherme Uchoa, por sua vez, está tentando conquistar o apoio dos novatos para permanecer no comando da Casa pelo quinto mandato consecutivo. Após as eleições deste ano, ele convidou os legisladores eleitos pela primeira vez para uma reunião na Assembleia. A última reeleição do pedetista só foi possível após a polêmica aprovação de proposta de emenda constitucional que alterou as regras da reeleição para a presidência do Legislativo.

Prefeitura de Caruaru e Condepe/Fidem debatem Plano Diretor

Foi realizado na manhã dessa quinta (30), no Caruaru Park Hotel, o
seminário “Desafios para revisão e implementação de Planos Diretores”, uma
realização da Agência Condepe/Fidem, com apoio da Prefeitura de Caruaru.

O encontro foi coordenado pelo presidente da agência estadual, Murilo
Soares, e pelo diretor executivo de Apoio à Gestão Regional e
Metropolitana, Luciano Pinto. Durante o evento, o prefeito José Queiroz
marcou presença, acompanhado do presidente da URB, Aldo Arruda, e do
Secretário de Participação Social, Leonardo Bulhões.

Queiroz lembrou que os estudos para implantar o primeiro Plano Diretor de
Caruaru começaram ainda na gestão de João Lyra Filho. “Na década de 60,
Caruaru já se preparava para um aprofundamento nos planos diretores, uma
vez que fazíamos cursos que abordavam esse tema em Brasília. E a cidade
vive nos últimos anos uma evolução incrível, por isso o Plano Diretor
deverá ser atualizado com o diferencial de engajar a população no debate.
Nesse sentido, contamos com a Secretaria de Participação Social,
diariamente em contato com os caruaruenses”, destacou.

O evento contou ainda com a palestra de Geraldo Marinho, que abordou “Os desafios para as revisão e implementação dos Planos Diretores Participativos”, no qual foi ressaltada a participação popular. “Debater esse processo de forma participativa será um marco para a evolução de cada cidade que enviou representantes para esse momento”, reforçou.

Representantes e gerentes de municípios vizinhos também estiveram no
encontro, participando das palestras e de uma mesa redonda. Em Caruaru, a
prefeitura está debatendo com o Conselho da Cidade um cronograma de
plenárias públicas com a população a fim de discutir a revisão do Plano
Diretor, que será feita através de empresa a ser licitada. O plano define
orientações para questões como mobilidade, infraestrutura e expansão urbana
e rural do município.

Armando: honrado em ministério, mas não teve convite

Do Blog do Magno

O senador Armando Monteiro (PTB), que perdeu a eleição do governo do estado para o socialista Paulo Câmara, afirmou ontem que não recebeu qualquer convite para assumir um ministério no segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita no domingo passado. Depois do resultado das eleições nacionais, parte da bancada federal de Pernambuco levantou a hipótese de que o petebista poderia assumir o Ministério de Minas e Energia.

A pasta é comandada pelo ministro Edison Lobão. “É evidente que todos se sentem honrados com um convite desses e eu me sentiria assim, mas não posso trabalhar em cima de uma coisa que não existe. Eu trabalho com a realidade e ela não aponta nessa direção. Nunca recebi nenhuma sondagem e meu foco está voltado para o trabalho no senado”, afirmou o trabalhista.

O senador petebista disse acreditar que a informação tenha surgido a partir da vontade de alguns integrantes da bancada federal que apoiaram sua candidatura ao Executivo.”Não têm procedência. Isso é uma especulação que talvez tenha sido levantada pela vontade de alguns companheiros da bancada federal, mas não existe nada nesse caminho”, comentou Armando que, durante a eleição, apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Rozael destaca criação da AACC

rozael nova

Foto: Wagner Gil

Em seu discurso na tribuna da sessão desta quinta-feira (30), da Câmara Municipal, o vereador Rozael do Divinópolis, do Pros, ressaltou a criação da AACC (Associação das Agremiações Carnavalescas de Caruaru). Elaborada com objetivo de resgatar as tradições de momo do município, a entidade terá sua direção executiva empossada no próximo dia 14, às 19h30, no Salão Nobre Leonardo Chaves.

Na ocasião, políticos, presidentes de blocos, artistas e a imprensa em geral desfrutarão de um belo coquetel. “Com a criação da AACC não tenho dúvidas de que ficaremos mais fortes para buscarmos recursos para fazer uma prévia carnavalesca grandiosa na cidade. Este ano já tivemos a oportunidade de fazermos uma bela festa”, destacou Rozael.

 

 

Opinião: Caruaru agora é Dilma – nossos sinceros agradecimentos ao povo de nossa cidade

Por Adilson Lira 

Queremos agradecer aos quase 100 mil caruaruenses que saíram de suas casas no último domingo para votar e eleger a presidenta Dilma Rousseff para mais 4 anos.

Sem sombra de dúvidas foi a maior e mais gratificante vitória que obtivemos em Caruaru, desde as eleições de 1989. Nem a primeira eleição de Lula em 2002 teve a grandeza dessa vitória obtida agora aqui em Caruaru. Basta lembrar que nunca havíamos ganhado uma eleição presidencial em nossa cidade. Nem o ex-presidente Lula havia ganhado eleição aqui.

Hoje, com cerca de 100 mil votos e uma diferença de 30 mil em relação ao nosso adversário, os eleitores e as eleitoras caruaruenses consagram a presidenta Dilma e honram um governo que tanto fez por nossa cidade.

Nossos sinceros agradecimentos aos vereadores Pr. Carlos Santos (PRB); Dr. Demóstenes Veras (PROS); Gilberto de Dora (PSB); Edmilson do Salgado (PCdoB); Heleno do Inocoop (PRTB); Edjailson Carú Forró (PTdoB) e Ranilson Enfermeiro (PTB), pelo voto e apoio a nossa presidenta agora no segundo turno.

Somos também gratos ao senador Douglas Cintra (PTB) e os companheiros Lino Portela (Presidente do PCdoB); Fábio José (PSol) e Rivaldo Soares (PHS) que se empenharam conosco na batalha eleitoral que culminou com essa maiúscula e importante vitória em Caruaru. Hoje podemos dizer que vencemos no Brasil, em Pernambuco e em Caruaru. Vitória completa. Dilma Rousseff é, no voto, a presidenta de todos os caruaruenses.

Queremos agradecer de uma forma muito especial à nossa aguerrida militância que, de forma voluntária, se juntou a nós na missão de reelegermos a presidenta Dilma. Essa militância tomou as ruas de nossa cidade e nos proporcionou essa grande vitória e uma belíssima festa da democracia.

Finalmente, nossos mais importantes agradecimentos aos eleitores de nossa cidade que, contrariando as tradicionais lideranças políticas locais, se mostraram livres, independentes e não seguiram suas orientações, muito pelo contrário, escolheram a melhor opção para o Brasil, a reeleição da nossa presidenta.

A nós não interessa quem saiu derrotado dessa disputa eleitoral. Nos importa muito mais enaltecer os méritos de quem venceu. E entendemos que quem venceu foi o povo. O povo brasileiro, o povo pernambucano e o povo caruaruense. Esse povo preferiu honrar com a reeleição da presidenta Dilma um governo que vem dando certo. Um governo que implantou e vem fazendo funcionar programas importantes como:

  • Minha Casa, Minha Vida;
  • Mais Médicos;
  • Bolsa família;
  • Prouni;
  • FIES;
  • Pronatec  (e tantos outros).

Os eleitores caruaruenses preferiram honrar com seus votos os governos que investiram mais de 610 milhões de reais aqui em nossa cidade, nos últimos 12 anos. Os governos que baixaram a 5% a taxa nacional de desemprego. Os governos que pagaram a dívida externa e nos livraram da escravidão do FMI.

Nossa vitória em Caruaru não é apenas a vitória da presidenta Dilma, nem tampouco a vitória do Partido dos Trabalhadores e dos nossos aliados. Nossa vitória é principalmente a vitória de cada caruaruense que nos consagraram com os já citados quase 100 mil votos.

A eles (e elas) nossos sinceros agradecimentos, com a certeza de que continuaremos na luta por um Brasil melhor, por um estado mais desenvolvido e por uma Caruaru mais acolhedora.

Adilson Lira – Presidente do PT Caruaru e coordenador da Campanha de Dilma Roussef em Caruaru e região.

Em Gravatá, espaço infantil do Parque da Cidade recebe reparos

A Prefeitura de Gravatá, através da Secretaria de Turismo/Coordenação do Parque da cidade, iniciou na quinta feira, 30, a manutenção nos brinquedos do espaço infantil, com ações de conserto dos equipamentos, soldagem e pequenos reparos que estão sendo realizados.

Finalizada essa etapa, a equipe dará inicio a pintura dos equipamentos, trazendo mais alegria e deixando o espaço revitalizado, mais agradável para a utilização dos pequenos. Além dessas, outras iniciativas serão realizadas, como capinação e tratamento na faixa de areia que compõe o parque infantil.

Detran-PE sem funcionamento em algumas unidades nesta sexta

Neste dia 31 de outubro, comemorado o feriado do Servidor Público nos órgãos públicos estaduais.  Em razão disso, estarão fechadas todas as unidades do DETRAN-PE, exceto aquelas que funcionam em estabelecimentos comerciais, como os shoppings centers e os Expressos Cidadão do bairro de Afogados, o Expresso Cidadão do Shopping Rio Mar (ambos situados em Recife) e o Expresso Cidadão do município de Petrolina, tendo em vista que estas unidades já ficaram sem funcionar no Dia do Comerciário, na semana passada.

A unidade DETRAN do Shopping Costa Dourada, situado no município do Cabo de Santo Agostinho,  estará fechada no dia 31 de outubro em virtude do feriado referente ao Dia Municipal da Reforma Protestante, mas, no sábado, dia 1º de novembro, funcionará normalmente.

Caixinha eleitoral beneficiou 135 parlamentares

Pelo menos 307 secretários par­lamentares engordaram a conta de campa­nha dos seus deputados com fartas contri­buições em dinheiro ou prestaram serviços de graça, contabilizados como doações em valores estimados. Outros 56 assessores fizeram o mesmo para os seus respectivos senadores. Juntos, funcionários das duas Casas doaram R$ 1,38 milhão para os che­fes buscarem um novo mandato.

Em vários casos, as doações superaram muito o valor do salário pago pelo gabinete. Nada menos do que 125 deputados – quase um quarto da Câmara – reforçaram o caixa eleitoral com o dinheiro ou o trabalho gra­cioso de seus assessores, o que caracteriza uma clara vantagem em relação aos candi­datos que não contam com mandato parlamentar. Dos 38 senadores que concorreram nesta eleição, dez receberam alguma ajuda do gabinete.

Em todo o Congresso, a maior contri­buição foi feita pelo assessor José Maurício Braga, do gabinete do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). Com salário de R$ 8,7 mil, ele assinou três cheques no final julho e colocou R$ 43 mil – quase cinco vezes mais do que sua remuneração mensal – na conta de campanha do chefe.
Da esquerda à direita

Mas as doações não escolhem partido nem orientação ideológica: o expediente vai da esquerda à direita. A de­putada Iracema Portella (PP-PI), por exemplo, ganhou uma doação desse tipo no valor de R$ 10 mil do servidor José Ribamar de Assunção, que recebe pouco mais de R$ 2 mil por mês. Num primeiro contato, ela não soube explicar o serviço prestado pelo assessor. Mais tarde, a sua assessoria jurídica informou que foi a cessão de um veículo durante a campanha eleitoral. O valor doado es­tava dentro do limite legal de R$ 50 mil.

O segundo colocado no ranking das doações de asses­sores parlamentares é o deputado Chico Alencar (Psol-RJ). Ele arrecadou R$ 66,7 mil entre funcionários de seu gabi­nete, o que representa 46% do total do seu caixa de cam­panha (até o segundo relatório parcial). Sempre atento aos desmandos e privilégios de colegas parlamentares, o deputado acomodou-se numa mesa do cafezinho do Salão Verde da Câmara para explicar com calma como funciona o processo de arrecadação no seu partido.

No grupo de parlamentares que re­ceberam a doação isolada de um úni­co servidor, Luiza Erundina (PSB-SP) avalia que o país precisa rediscutir o peso do poder econômico nas eleições. “Todo servidor público é pessoa física e, como cidadão, tem o direito de parti­cipar do processo eleitoral como eleitor e como doador. As doações milionárias ou clandestinas, que desequilibram a disputa e distorcem a democracia, é que deveriam ser alvo da vigilância permanente da sociedade”, diz a depu­tada, cuja campanha recebeu R$ 4 mil de uma servidora.

Com apenas 15 deputados, o PCdoB ficou com o quinto lugar no ranking dos partidos, com R$ 60,8 mil arrecadados de assessores. Só Osmar Júnior (PCdoB­-PI) arrebanhou R$ 29,7 mil. O secretá­rio parlamentar Lamec Barbosa doou R$ 14,5 mil em valores estimados. George Rodrigues Silva contribuiu com mais R$ 8,6 mil nessas condições.

Uma coincidência no mínimo curiosa acon­teceu no gabinete do deputado André de Paula (PSD-PE). O secretário parlamentar João Antô­nio Caixeiro foi contratado no dia 18 de julho deste ano com o maior salário do gabinete: R$ 12,9 mil. Apenas cinco dias depois, fez uma contribuição de R$ 10 mil para a campanha do deputado.
Congresso em Foco

Metade da bancada do PT recebeu doações de assessores

O PT foi o partido que mais recorreu à arrecadação entre seus funcionários na Câmara. Dos 88 deputados petistas, 44 receberam a ajuda do gabinete, a chamada caixinha eleitoral. Juntos, esses assessores repassaram R$ 498.767 para a campanha de seus respectivos chefes, mostra reportagem de capa da nova edição da Revista Congresso em Foco. Entre os que recorreram a essa prática estão o atual líder da bancada, Vicentinho (SP), e o ex-presidente da Câmara Marco Maia (RS).

Também vem do partido o deputado que mais levantou recursos no próprio gabinete. Rubens Otoni (PT-GO) recebeu R$ 73 mil de contribuições de 11 assessores – um quarto do total arrecadado por ele na segunda parcial da prestação de contas. Com salário de R$ 7,9 mil, a servidora Divina Maria de Oliveira doou R$ 8 mil.

Madson da Veiga, com salário um pouco menor, transferiu R$ 6 mil para a conta de campanha do deputado. E ainda registrou mais R$ 10,2 mil em doação de valor estimado. Otoni afirma não saber qual foi a contribuição. “Não tenho esse controle. É algum serviço, um carro que foi colocado na campanha. A Justiça eleitoral exige esse registro”. Sandra Diniz deu R$ 7 mil em dinheiro, além de R$ 7,7 mil em contribuição estimável. Ela trabalha no escritório do parlamentar em Goiânia. Mais uma vez, o deputado não sabe de nada: “Não sei, pode ser um carro”.

Otoni prefere não avaliar quanto essa bondade pesa no orçamento de cada servidor: “É uma questão pessoal. Cada um apoia do jeito que pode”. Ele afirma que nenhum servidor foi constrangido ou pressionado a doar. “No nosso caso, não. No PT, é uma cultura política. Nossos militantes procuram participar”, diz. Ele explica que 80% de seus assessores são filiados ao partido. “Quem não é filiado é militante”, garante.

Militância partidária

A prática de assessores doarem para deputados não se restringiu aos gabinetes. Chegou até a liderança do PT na Câmara. O líder Vicentinho recebeu apenas duas doações, mas de peso. José Banhara, que trabalha na liderança com salário de R$ 15,6 mil, compareceu com R$ 12 mil. Mário Nunes, funcionário do gabinete que tem vencimento mensal de R$ 12,9 mil, contribuiu com o mesmo valor do colega.

“Fiquei agradecido com o gesto deles, mas não teria coragem de pedir”, comenta o líder petista, salientando que os dois assessores são ativistas históricos do partido. “Não foi pedido. Senão, todos teriam dado”, acrescenta. O deputado reforça a importância da militância: “Construímos um partido baseado na própria militância. Nós vivemos de salário”.
Congresso em Foco