Do Blog da Folha
O dia 10 de junho foi apontado inicialmente pelo presidente estadual do PP, deputado Eduardo da Fonte, como a data na qual o partido anunciaria o lado que assumirá na campanha estadual, se marchará com Paulo Câmara (PSB) ou Armando Monteiro Neto (PTB). Já se passaram oito dias desse marco e a legenda segue indefinida, pelo menos oficialmente. Há um comentário de bastidor frequente de que os progressistas já fecharam com a Frente Popular, inclusive, tendo definido o momento de anunciar esse acerto. Isso ocorreria há duas semanas. Ocorreria…
Agora, faltando pouco mais de 10 dias para o encerramento do prazo para realização de convenções partidárias, o PP sai do foco e fecha-se no que seu presidente regional chamou de debate interno. Prefeitos, deputados e vereadores da sigla estão se posicionando junto ao deputado Eduardo da Fonte, indicando suas preferências.
A maior parte da legenda, como já é de conhecimento público, é favorável a seguir com a Frente Popular de Pernambuco. Entretanto, as dificuldades de eleger seus deputados, com a exceção do próprio Eduardo da Fonte, segue sendo pesada. Atualmente, o campo governista conta com um número considerável de candidatos à reeleição e postulantes a estreantes na briga proporcional. Tanto que um dos nomes que disputaria vaga na Câmara Federal, o deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB), voltou atrás e agora tentará assegurar sua cadeira na Alepe.
Do lado do senador Armando Monteiro Neto, curiosamente, há a avaliação de que o PP não deve fortalecer o seu palanque. Os armandistas argumentam que havia uma sinalização inicial de que os progressistas acompanhariam o PT, justamente pela relação entre Eduardo da Fonte e o ex-presidente Lula, contudo o fato de a sigla ter aberto publicamente diálogo com a Frente Popular foi visto como um indício de que o partido estava aberto, desconsiderando o apoio do líder petista. Eles preferiram ficar apenas no aguardo.
Há, também, quem comente nos bastidores que o PP está esperando a consolidação de algumas pesquisas para tomar posição. Alguns progressistas não querem entrar em um projeto que esteja destinado a perder. Preferem ter a segurança que pesquisas qualitativas poderiam oferecer sobre a disputa sucessória estadual. Como algumas já saíram, o momento estaria próximo.