Do Blog do Magno Martins
As inserções do Partido Socialista Brasileiro na TV, que vão ao ar na noite desta quinta-feira (27), elevam o tom das críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) e, ao apresentar imagens apenas de um diálogo entre o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva, tentam “colar” a imagem dela a do socialista para que ele suba nas pesquisas.
Gravado antes da divulgação de novas informações sobre a aquisição pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, o programa também critica a presidente pela perda de valor de mercado da estatal durante sua gestão.
“Eu vi, em 2010 a presidenta Dilma dizer que ia defender a Petrobras, que o adversário dela ia privatizar a Petrobras. Eu vi, três anos depois, a Petrobras valer metade do que valia. Ou seja, tem meia Petrobras. E dever quatro vezes mais do que devia”, ataca o governador num trecho do vídeo.
Numa tentativa clara de evitar um embate direto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Eduardo e Marina, que foram ministros durante a gestão do petista, centraram suas críticas em Dilma Rousseff e asseguraram que vão garantir as conquistas dos últimos governos. “É inegável que houve avanços [nos últimos anos] e o presidente Lula cuidou de preservar esses avanços. De 2011 para cá, todos nós sabemos que começamos a ver as coisas não darem certo como se imaginava que poderia dar”, continua o socialista.
A ex-senadora Marina Silva prossegue com a crítica. “A gente vinha numa trajetória de progresso econômico e social e até com alguns ganhos ambientais, e o que a gente percebe é que estamos numa trajetória de retrocessos”, afirma.
Os dois criticam ainda a inflação elevada, o modelo energético, que foi elaborado por Dilma quando era ministra de Minas e Energia, e a falta de disposição da presidente para dialogar com a sociedade. “Ela teve a oportunidade de chegar à Presidência da República, de receber um legado do presidente Lula, com quem nós trabalhamos. Ela poderia ter feito pelo Brasil aquilo que ela se comprometeu a fazer, que era seguir melhorando o Brasil. Não desmanchar o que estava feito e fazer o que restava fazer”, alfineta Eduardo.