Por CAROL BRITO
Da Folha de Pernambuco
Faltando duas semanas para assumir o comando do Governo do Estado, o vice-governador João Lyra Neto (PSB) mergulha nos números estaduais para preparar a transição do governo. Após assumir a administração estadual, no dia 4 de abril, o socialista estaria esperando uma conversa com a presidente Dilma Rousseff (PT) para avaliar o andamento das parcerias do Estado com a União. A expectativa é que, com a saída de cerca de oito chefes do Executivo estadual para disputar as eleições, os administradores que forem assumir o governo sejam convocados para um diálogo.
Um dos principais objetivos seria debater a situação dos convênios firmados. Atualmente, o gestor está verificando o andamento das parcerias e levantando se há alguma atrasada. João Lyra já teve uma reunião com representantes da Caixa Econômica para verificar o andamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Pernambuco. O vice-governador teria marcado outro encontro para tratar do assunto.
O socialista ainda estaria na expectativa se haverá uma revisão do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal (PAF). Em 2012, o Ministério da Fazenda revisou o programa de 21 estados, permitindo que eles aumentassem seus gastos em R$ 58,3 bilhões.
O gestor está na reta final de reuniões com setores do secretariado estadual. A expectativa é que o processo seja finalizado na última semana do mês. O socialista já se reuniu com as secretarias das Cidades, Educação, Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico, Planejamento, Fazenda e Administração e com a Controladoria. Na última sexta-feira, João Lyra conversou, por duas horas e meia, com o governador Eduardo Campos (PSB).
Além do balanço das ações da administração estadual, João Lyra terá que definir as alterações no secretariado. Até o momento, a avaliação é que serão feitas em torno de dez mudanças de auxiliares que vão se dedicar a outras atividades nas eleições de outubro. As modificações atingem as pastas de Comunicação (Evaldo Costa), Casa Civil (Tadeu Alencar), Casa Militar (Mário Cavalcanti), Fazenda (Paulo Câmara), Cidades (Danilo Cabral), Ciência e Tecnologia (Marcelino Granja), Meio Ambiente (Sérgio Xavier), Agricultura (Aldo Santos), Governo (Milton Coelho) e Gabinete do governador (Renato Thièbaut).