OPINIÃO: Ser jovem é, cada dia mais, um ato revolucionário!

Por JOSÉ FRANCISCO RODRIGUES NETO*

A luta juvenil tem sido cada vez mais árdua nos últimos tempos. A tentativa de subtrair os avanços adquiridos tem se tornado algo cotidiano e, com isso, nós, jovens, devemos nos fortalecer como tais, de maneira ainda mais intensa.

Tentam, a todo custo, diminuir a identidade que tantos e tantas jovens conseguiram durante anos de lutas por causa de fundamentalismos individuais.

Primeiro, viramos apenas força de trabalho. Colocar o jovem e a jovem em um subemprego é uma maneira de contemplar as Políticas Públicas de Juventude, uma vez que todos e todas têm as mesmas chances e oportunidades, logo, todo mundo pode ser bem-sucedido na vida. Mas, todo/a jovem é igual? Um ser de fácil molde que é só dar uma receita que ele seguirá à risca e o sucesso é garantido? Meritocracia é ótima… para quem usufrui dela.

Depois, todos nós viramos insanos e insanas em querer mudar isso. Arrisco-me a dizer que porcentagens altas de jovens ouviram respostas negativas e tiveram sonhos cortados pela raiz quando disseram aos pais e mães que queriam ser artistas, cantores e cantoras, dançarinos e dançarinas, artesãos e artesãs e, como resposta, tiveram sonoros “Vai arrumar algo que preste pra fazer!” ou “Isso lá dá dinheiro!” emendados em “Por que tu não inventa de estudar medicina que nem o filho de fulano?”. E assim potenciais construtores e construtoras de cultura em nosso país se iam e o Brasil se empobrecia.

Mais recentemente, nos tornamos marginais. Na verdade, marginalizaram tantos e tantas que certos representantes querem colocar para debaixo do tapete por não fazerem parte de sua “crença”. Preferem investir em presídios a escolas. Preferem achar que muitos são potenciais bandidos do que acreditar em potenciais cidadãos e cidadãs com condições de contribuir com seu lugar. Preferem tratar a violência como causa, não como consequência. Apesar de eles e elas dizerem que todos e todas poderão ser punidos e punidas com isso, sabemos aonde essa política de repressão chegará: pobre e que mora em periferia e, em sua maioria, preto. Não falo em discurso comum, mas em fatos.

Diante disso, dessas tomadas à força das conquistas de acesso à cultura, ao trabalho digno, à participação cidadã e tantos outros direitos, digo que ser jovem e ir de encontro a todo esse discurso de desconstrução é, sim, um ato revolucionário!
Certa vez, ouvi de um senhor que não deveríamos repercutir essa imagem de que a juventude é “coitadinha” por exigir demais direitos e que o mundo se “virou” muito bem antes disso.

Acho que ele não entendeu que o mundo avançou e muda dia a dia. Os sujeitos que antes eram invisibilizados, agora estão colocando a cara pra luta.

Os negros, que só eram considerados favelados, agora retomam seu lugar que, historicamente, foi usurpado. Gays, lésbicas, transexuais e bissexuais, que eram motivo de chacotas, agora estão na luta para uma sociedade mais justa. Os jovens e as jovens que são egressos e egressas de medidas socioeducativas, e que são tratados como detentores de pena perpétua pelo que fizeram, agora mostram que são dignos de estar nessa construção social. Os jovens e as jovens de religião de matriz africana se sentem orgulhosos e orgulhosas de sua identidade.

Bem, se estar junto com os e as jovens que a elite tentou invisibilizar ao longo de centenas de anos é ser coitadinho, muito prazer, aqui está mais um!

Encerro com a frase do grande professor Boaventura de Sousa Santos: “Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza”.

*José Francisco Rodrigues Neto é gerente de Juventude da Prefeitura de Caruaru

Coluna de quinta: Alguns conceitos sobre a cultura

Por Hérlon Cavalcanti

A ideia é trazer reflexões sobre o papel que a cultura exerce seus direitos adquiridos, deveres e trazer para os leitores que a cultura não pode ser vista como despesas pelo poder publico ou promoventes de eventos, a cultura tem que ser vista como investimento. A cultura tem que ser entendida como politicas de estado.

Falar sobre cultura é falar de sonhos, perspectivas, realizações, frustações, e esperanças que de fato algo mude e que os seus fazedores de cultura, agentes culturais e artistas, possam ser respeitados e vistos de forma decente. A cultura como elemento sustentável. A cultura é tão forte que dá nomes de canais de TV, emissoras de Rádios, Jornais, Blogs, sites, Cinemas, ruas, Avenidas, Teatros, praças e por ai vai…

Então vamos para os conceitos sobre a cultura:

Definição sobre cultura!

Cultura significa cultivar, e vem do latim colere. A cultura contempla várias linguagens, como também as crenças, as tradições, os costumes, a moral, o conhecimento e todas as formas de expressão artísticas adquiridas pelo homem na sociedade.  Cultura na língua latina, tinha o sentido de cultivar a produção agrícola entre os Romanos. Ou seja, cultivar e preparar algo. Já sua definição no campo das ciências sociais, cultura é um conjunto de coisas, ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração.

Cultura popular!

O termo “cultura popular” surgiu no século XIX para classificar como uma cultura das classes mais baixas, da pobreza e do descaso social. A falta de valorização dos seus mestres e agentes culturais tenta passar para o publico a desclassificação da cultura popular como subcultura, às vezes até confundido as pessoas como  cultura de massa.

Cultura de massa!

Têm varias definições. Sua força está atrelada a indústria das grandes manifestações populares tais como: Radio TV, Cinema que promovem “grandes produções” e escondem seus conteúdos. A cultura de massa também pode ser vista como cultura Pop.

Cultura erudita!

A cultura erudita é produzida através de estudos, teorias e pesquisas pela evolução “intelectual”. A cultura erudita tem uma ligação muito forte com o capital viabilizando a elite e com a burguesia passando uma imagem falsa de cultura mais “requentada”. Isso não faz da cultura de elite ser melhor que a outras formas de cultura de jeito nenhum.

 Patrimônio cultural!

É toda forma de preservar algo, seja palpável ou não. São as grandezas de puder testemunhar através da forma oral, da memoria e das histórias do seu povo, ou através dos seus bens culturais existentes, as ricas tradições, os valores éticos e culturais envolventes através dos estudos, são fundamentais para se chegar às pesquisas e a preservação.

 O que é folclore!

O termo folclore vem do Inglês, ( folk que é gente ou povo e lore que significa conhecimentos. Toda essa forma de ver a cultura através das suas lendas, costumes, tradições, artesanatos, danças, religiosidade, dialetos entre outras formas expressivas culturalmente falando, reflete no conceito de folclore.

Incentivos financeiros para a cultura!

No campo das politicas públicas nacionais, muito são os incentivos fiscais, editais, recursos, programas e projetos voltados para área da cultura em todas as suas linguagens artísticas. Mesmo com alguns incentivos, muitos projetos não são contemplados por falta de capacitação e aprovação dos editais.

Como a cultura é vista pelos nossos representantes!

Um detalhe é que quase todos os nossos governantes em todas as esferas publicas seja municipal, estadual ou federal, não dão os verdadeiros valores merecidos para a pasta da cultura. Basta lembrar que o problema já vem de cima pra baixo. O governo Federal em abril cortou 33% do orçamento do MINC. O orçamento previsto para este ano era de R$ 1,39 bilhão e agora é de R$ 927 milhões. O orçamento do MinC caiu R$ 466 milhões. E Já se comenta nos bastidores que com a reforma administrativa do governo federal, o Minc pode perder mais recursos e até mesmo se fundir com o ministério do turismo. Como observamos cultura nesse país não é prioridade.

Para encerrar esse assunto vou recordar da frase do Metres escritor e pesquisador da cultura popular nascido no Rio Grande do Norte, Luiz da Câmara Cascudo quando perguntaram a ele o que era cultura? E ele assim respondeu! “É um conjunto de coisas aprendidas, é a vida em movimento”.

Opinião: A crueza brasileira

Por Tiê Felix

Tempos cruéis são estes que vivemos. Nem sequer mais falamos de uma suposta pobreza, essa foi vencida pelas “políticas públicas”. Nem sequer mais percebemos o nível de pobreza que chegamos em nosso país, sobretudo pela falta de respeito a lá classe média que se espalha por todos os lados. Estamos conservadores em um tempo que necessita de brusquidão.

Os intelectuais supostamente de esquerda estão entrincheirados em seus pensamentos equivocados e apaixonados. Defendem o partido que salvou o Brasil e depois o lançou novamente na estaca zero. Tenho pena quando vejo tantos ótimos estudiosos, pessoas de reconhecida competência se trocando por valores pífios em nome do governo que está ai.São meros reprodutores de uma ladainha ideológica já por demais cansada de tanto ser repetida. Acho que tais professores, intelectuais e jornalistas deveria procurar somente se opor ao injusto. Somente a verdadeira oposição, que é àquilo que se manifesta de forma injusta, é justa. Mas não, se limitam a trocar recadinhos pela internet, discussões acaloradas sem nenhuma importância, somente para manifestar sua suposta autoridade.

Muitas pessoas hoje não admitem a opinião contraditória simplesmente porque numa pátria analfabeta desacreditam do raciocínio dos outros. É por isso que o analfabetismo permite o autoritarismo, já que ele permite que uns se sobreponham aos outros em termos de desprezo pelo que se pensa. A suposta esquerda de hoje dá graças a Deus pela existência de gente pobre, porque se tais pessoas não existissem jamais teriam no que debater.

A grande maioria dos nossos intelectuais de esquerda hoje estão ocupando espaços de importância em termos de status e contradizem com isso suas posições. Quantos professores univesitários, defensores ferrenhos do partidão não recebem seus 20 mil por mês?

A injustiça começa daí.

Tiê Felix é professor

OPINIÃO: ‘Sou inocente…’

Por MAURÍCIO ASSUERO*

O que mais se ouve nas entrevistas feitas dos envolvidos nos escândalos (escolha qualquer um) é a frase “sou inocente, não há provas contra mim”. Quem usa desse bordão esquece, deliberadamente, que o fato de não ter provas não significa, nem significará nunca, presunção de inocência. Não ter provas pode ser fruto de um trabalho bem feito. Ser inocente é não cometer qualquer crime, qualquer ação à margem da lei. A falta de provas pode, realmente, livrar um acusado da cadeia, basta ver no caso do mensalão onde alguns foram condenados por formação de quadrilha e, devido aos embargos infringentes, foram inocentados porque as provas eram insuficientes, mas isso não dá a nenhum deles o direito de proclamar inocência. Foi uma interpretação da corte sobre o que, de fato, seria uma quadrilha e, por conta dessa interpretação, alguns tiveram suas penas reduzidas.
O fato mais lamentoso desse imbróglio todo é que o Congresso, na sua maioria, esqueceu o povo e, no afã de tomar medidas que prejudicam o governo, acaba prejudicando o povo. É, no mínimo, incoerente líderes de partidos criticarem os desmandos da Petrobras, o governo do PT etc. e fazerem conchavos para manter o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, no exercício do seu poder. Sob esta ótica, se ele pode, Dilma também pode, porque roubalheira não é uma questão relativa, ou seja, é bobagem dizer que fulano é mais ladrão do que sicrano. Tanto faz roubar R$ 1 como R$ 1 milhão.

O fato é que ninguém demonstra mais preocupação em salvar empregos. O programa de manutenção do emprego, até o momento, não disse a que veio. Baixar taxa de juros dos bancos públicos (Caixa e Banco do Brasil) para empresas que se comprometam a não demitir é fumaça para os olhos da população. No caso do Banco do Brasil, a instituição possui ações no mercado financeiro e os acionistas querem lucros, que não virão com essa política medíocre. Os juros altos existem por conta da necessidade de combater a inflação. Então, resolvendo a inflação, fica mais simples trabalhar com taxas de juros que atendam a expectativa do mercado. Isso não vai funcionar por decreto ou pela vontade absoluta do governo.

O governo fez a sua opção por políticas sociais (eleitoreiras), ao invés de implantar políticas favoráveis ao crescimento econômico. Incentivando a economia, haveria recursos para apoiar o social, agora não tem como mexer no social sob pena de causar um estrago ainda maior. Por essa razão, fornecedores de produtos e serviços do governo estão sem dinheiro para arcar com suas obrigações. A maioria deles é, de fato, inocente.

*Maurício Assuero é economista e professor da UFPE.

Coluna de quinta: Papa Francisco- um revolucionário da fé.

Por Hérlon Cavalcanti

13 de março de 2013, o mundo todo parou para assistir a posse do chefe da igreja católica o primeiro Papa Latino nascido na Argentina d. Jorge Mario Bergoglio o Papa Francisco. Com uma coragem incrível, e uma simplicidade no olhar, o Papa Jesuíta começou seu papado imprimindo seu modelo de gestão que vem chamando atenção do mundo todo  como lema ”O amor gratuito de Deus por nós”.

Seu primeiro questionamento como chefe da igreja Católica foi não usufruir de bens materiais, nem do luxo que o cerca. Ele começou a visitar refugiados no Sul da Itália e foi visto por varias vezes circulando na área pobre da periferia de Roma, ou mesmo almoçando junto aos trabalhadores do luxuoso Vaticano.

Na linha por mudanças, o papa criou o grupo de oito cardeais escolhidos para representar as diferentes realidades eclesiais no mundo. O chamado “Conselho de Cardeais”, que começou a elaborar a Reforma da Igreja, ou a reforma da Cúria Romana. O Papa defende o caráter sinodal, a ideia do caminhar juntos. Seu jeito de querer de fato uma reforma profunda na igreja começou a gerar incômodos dentro da cúpula do Vaticano quando ele criou a Secretaria da Economia para vigiar o Banco do Vaticano sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, para evitar a lavagem de dinheiro de alguns padres, bispos, monsenhor e cardeais.

O Papa mostra aos 78 anos, que pretende acabar com as indulgências, um movimento que gerou objeto de compra e de venda e geraram enormes lucros para os Papas, para os cardeais e para os cofres vaticanos, uma espécie de bônus que facilita o perdão dos pecados e a entrada do pecador no paraíso.  Essa prática gerou a ruptura do teólogo e frade agostiniano Martinho Lutero com o papa Leão X. Se o papa conseguir acabar com as indulgencias entrará para a história do Cristianismo, em favor da unidade das igrejas cristãs.

Outro fato marcante do seu papado é quando traz para si a responsabilidade de abrir o debate que os homossexuais podem comungar nas missas e explica sua atitude dizendo: a Igreja condena o pecado, mas ama o pecador. Em seu documento “Evangelii Gaudium”, o grande pecado denunciado pelo papa é explorar o pobre, colocar o lucro acima da pessoa!

Outra grande polemica é os escândalos de pedofilia e a condenação dos padres pedófilos A Igreja indica “tolerância zero” para os religiosos pedófilos ele considera que eles devem responder por seus crimes junto à Justiça de seus países, como qualquer cidadão.  E o que dizer do celibato dos padres e a ordenação das mulheres casadas? Pois bem são pontos que vão mexendo com a estrutura física e moral da igreja católica.  O celibato vem desde século XII como obrigação para todos os padres. A ordenação das mulheres, o Papa diz que: “É necessário se fazer uma reflexão sobre o papel da mulher na Igreja. Na prática, ao longo da história, muitas mulheres agiram com autoridade dentro da Igreja, influenciando papas e redefinindo os rumos da história”.

O papa Francisco quebra paradigmas e abre o debate dentro da igreja com a ordenação de homens casados como acontece nas Igrejas Católicas Orientais e indo mais além com a intenção permitindo que os Padres se casem, e os homens casados em segunda união possam comungar livremente. O papa manda um recado direto para essas pessoas: a Igreja também é para você, venha e ocupe seu lugar;

O Papa marca a história mundial com adesão das Igrejas Católica Romana, Luterana e Anglicana, permitindo um acordo para o reconhecimento mútuo dos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e do Matrimônio. Isso vai permitir que servo católico que se batizar na sua Igreja e depois converter-se à Igreja Anglicana, não precisará mais batizar-se em sua nova confissão. Uma revolução da força de um homem na tentativa da unificação da igreja católica que vem ao longo do tempo em todo mundo perdendo milhares de fieis.

E no campo da politica o Papa Francisco mostra ao mundo sua força na condução de aproximar dois países que durante 50 anos romperam ligações diplomáticas Cuba e EUA. O Papa Francisco preocupado com essa situação conversou com Barack Obama e Raúl Castro para tentar acabar com esse embargo econômico, e o mundo recentemente assistiu a um encontro histórico entre os dois presidentes que vão aos poucos se alinhando politicamente.

Por esses tantos motivos, o chefe da Igreja católica o Papa Francisco, marca a história como um grande revolucionário da fé.

Coluna de quinta: Papa Francisco- um revolucionário da fé

Por Hérlon Cavalcanti

13 de março de 2013, o mundo todo parou para assistir a posse do chefe da igreja católica o primeiro Papa Latino nascido na Argentina d. Jorge Mario Bergoglio o Papa Francisco. Com uma coragem incrível, e uma simplicidade no olhar, o Papa Jesuíta começou seu papado imprimindo seu modelo de gestão que vem chamando atenção do mundo todo  como lema ”O amor gratuito de Deus por nós”.

Seu primeiro questionamento como chefe da igreja Católica foi não usufruir de bens materiais, nem do luxo que o cerca. Ele começou a visitar refugiados no Sul da Itália e foi visto por varias vezes circulando na área pobre da periferia de Roma, ou mesmo almoçando junto aos trabalhadores do luxuoso Vaticano.

Na linha por mudanças, o papa criou o grupo de oito cardeais escolhidos para representar as diferentes realidades eclesiais no mundo. O chamado “Conselho de Cardeais”, que começou a elaborar a Reforma da Igreja, ou a reforma da Cúria Romana. O Papa defende o caráter sinodal, a ideia do caminhar juntos. Seu jeito de querer de fato uma reforma profunda na igreja começou a gerar incômodos dentro da cúpula do Vaticano quando ele criou a Secretaria da Economia para vigiar o Banco do Vaticano sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, para evitar a lavagem de dinheiro de alguns padres, bispos, monsenhor e cardeais.

O Papa mostra aos 78 anos, que pretende acabar com as indulgências, um movimento que gerou objeto de compra e de venda e geraram enormes lucros para os Papas, para os cardeais e para os cofres vaticanos, uma espécie de bônus que facilita o perdão dos pecados e a entrada do pecador no paraíso.  Essa prática gerou a ruptura do teólogo e frade agostiniano Martinho Lutero com o papa Leão X. Se o papa conseguir acabar com as indulgencias entrará para a história do Cristianismo, em favor da unidade das igrejas cristãs.

Outro fato marcante do seu papado é quando traz para si a responsabilidade de abrir o debate que os homossexuais podem comungar nas missas e explica sua atitude dizendo: a Igreja condena o pecado, mas ama o pecador. Em seu documento “Evangelii Gaudium”, o grande pecado denunciado pelo papa é explorar o pobre, colocar o lucro acima da pessoa!

Outra grande polemica é os escândalos de pedofilia e a condenação dos padres pedófilos A Igreja indica “tolerância zero” para os religiosos pedófilos ele considera que eles devem responder por seus crimes junto à Justiça de seus países, como qualquer cidadão.  E o que dizer do celibato dos padres e a ordenação das mulheres casadas? Pois bem são pontos que vão mexendo com a estrutura física e moral da igreja católica.  O celibato vem desde século XII como obrigação para todos os padres. A ordenação das mulheres, o Papa diz que: “É necessário se fazer uma reflexão sobre o papel da mulher na Igreja. Na prática, ao longo da história, muitas mulheres agiram com autoridade dentro da Igreja, influenciando papas e redefinindo os rumos da história”.

O papa Francisco quebra paradigmas e abre o debate dentro da igreja com a ordenação de homens casados como acontece nas Igrejas Católicas Orientais e indo mais além com a intenção permitindo que os Padres se casem, e os homens casados em segunda união possam comungar livremente. O papa manda um recado direto para essas pessoas: a Igreja também é para você, venha e ocupe seu lugar;

O Papa marca a história mundial com adesão das Igrejas Católica Romana, Luterana e Anglicana, permitindo um acordo para o reconhecimento mútuo dos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e do Matrimônio. Isso vai permitir que servo católico que se batizar na sua Igreja e depois converter-se à Igreja Anglicana, não precisará mais batizar-se em sua nova confissão. Uma revolução da força de um homem na tentativa da unificação da igreja católica que vem ao longo do tempo em todo mundo perdendo milhares de fieis.

E no campo da politica o Papa Francisco mostra ao mundo sua força na condução de aproximar dois países que durante 50 anos romperam ligações diplomáticas Cuba e EUA. O Papa Francisco preocupado com essa situação conversou com Barack Obama e Raúl Castro para tentar acabar com esse embargo econômico, e o mundo recentemente assistiu a um encontro histórico entre os dois presidentes que vão aos poucos se alinhando politicamente.

Por esses tantos motivos, o chefe da Igreja católica o Papa Francisco, marca a história como um grande revolucionário da fé.

OPINIÃO: Quem não deve…

Por MAURÍCIO ASSUERO*

Temos duas crises no país: uma econômica e outra política. A primeira, dificilmente, se resolverá se não houver uma definição sobre a segunda. Vi, esta semana, inúmeros comentários políticos e todos atribuíam ao PT a culpa pelo que estava acontecendo no Brasil. É lamentável, pela proposta que este partido tinha, admitirmos que isso é verdadeiro. O pior é que, ao invés de admitir que errou, o partido continua falando de perseguição e de crime político quando, a cada dia, se descobrem mais e mais coisas de enriquecimento pessoal.

Agora, a questão em pauta é transformar o ex-presidente Lula em ministro. Isso tem dois objetivos e cada um de nós pode escolher o que achar mais factível: o primeiro é dar a Lula o tão desejado terceiro mandato. O segundo é livrá-lo do alcance do trabalho de investigação comandado pelo juiz Sérgio Moro. Ora, Dilma foi escolha de Lula e foi apresentada ao país quatro anos atrás como a melhor opção de continuar com os ganhos econômicos e sociais que o país havia obtido. Agora não presta mais? No segundo caso, a nomeação de Lula como ministro faria com que ele adquirisse foro especial e fosse julgado por uma corte (com todo respeito) na qual o presidente Ricardo Lewandowski é amigo de Lula (inclusive a imprensa já falou sobre os mecanismos que o levaram ao STF).

Diz o velho ditado que “quem não deve não teme” e é nisso que o homem simples se baseia para acordar que há muita coisa errada. Lula estaria com medo de ser preso. Por quê? José Dirceu tentou, por três vezes, um habeas corpus preventivo para não ser preso. Por quê? Sua empresa faturou R$ 39 milhões e ele fez uma “vaquinha” para angariar R$ 960 mil para pagar a multa imposta pelo STF. Por quê? São perguntas simples que deveriam ter respostas simples, mas não é assim. Enquanto isso, o país vai afundando num lamaçal de ingovernabilidade porque a presidente não mandou o ministro da Justiça controlar a Polícia Federal… Enquanto isso, Levy, vamos ser bastante específicos, Joaquim Levy, tem buscado cumprir ponto por ponto de uma proposta que pode fazer o país sair da crise econômica e, lamentavelmente, “suas excelências” votam contra o governo porque não conseguiram indicação para cargos, por exemplo.

No meu entender, o povo precisa de emprego, de renda, de casa, independentemente de quem esteja na presidência. No meu entender, os esforços deveriam ser para resolver a crise econômica. A política se resolve na Polícia Federal.

*Maurício Assuero é economista e professor da UFPE.

Artigo: Multiculturalismo corporativo: como lidar (e se beneficiar) com as diferenças nas organizações

Por Arley Ribeiro

O mundo muda constantemente, em uma velocidade fantástica. As mudanças não são apenas tecnológicas, mas também sociais e políticas e exercem grande influência em nosso dia-a-dia. Adaptar-se ou rejeitá-las é uma questão individual e, ainda hoje, existem pessoas que preferem se manter distante do mundo tecnológico sem deixar de interagir com quem é extremamente “plugado”.

Esse tipo de escolha não pode ocorrer no mundo dos negócios. Ou a empresa se adapta rapidamente às mudanças, ou simplesmente se acaba.

Embora os planos de cada corporação dependam de uma série infinita de fatores diretamente ligados ao seu ramo de atuação, existe uma particularidade que facilita a adaptação: o multiculturalismo corporativo. Pessoas de diversas culturas, credos, gêneros e idades podem contribuir com diferentes pontos de vista quando diante de uma mesma questão. Assim, com a visão mais geral possível, o executivo principal tem uma base sólida para tomar decisões com maior probabilidade de acerto.

Mas, existe o outro lado da moeda: consolidar as ideias de pessoas com diferentes formações e opiniões transformando-as em um ponto de vista válido é uma tarefa complexa. Comunicar suas ações para superiores de culturas diversas, também é um desafio.

Sempre gostei de trabalhar com equipes multiculturais, que me ajudaram muito na obtenção de resultados e me exigiam bastante empenho para gerenciá-las. Ao mesmo tempo, quase sempre tive que me reportar para pessoas de culturas muito diferentes da minha e adaptar minhas repostas e ações para que fossem perfeitamente compreendidas. Essa é uma virtude que consegui após certo esforço.

Eu me lembro da minha primeira apresentação para executivos europeus, quando trabalhava numa empresa alemã. Eles ouviram compenetrados e quietos toda minha explanação, sem apresentar a mínima reação. Quando terminei, eles começaram organizadamente a fazer perguntas detalhadas e acabaram aprovando todos os meus planos.

Algo diferente ocorreu com minha primeira experiência com executivos indianos. Eles sinalizavam com a cabeça “negativamente” o tempo inteiro e mesmo quando as minhas respostas pareciam estar corretas continuavam sinalizando negativamente. Logo depois o término de minha explanação, com poucos reparos nos meus planos, que me disseram que o movimento do “sim” indiano corresponde ao nosso “não”.

O mais complexo é “aglomerar” as ideias da equipe de forma a facilitar a tomada de decisões. Há alguns anos, trabalhava em uma empresa química nacional e os técnicos descobriram um produto que secava muito rápido e que permanecia flexível depois de seco. Eu passei a questão para as diversas áreas envolvidas no processo e não encontramos uma aplicação prática para esta fórmula. Até que um dia, em uma reunião com pessoal da linha da produção acabei mencionando este produto como um ideia ainda sem aplicação. Um operário já de certa idade, recém-contratado, levantou e disse: “Moço, isto aí para colar solado de sapato deve ser bom demais”. E foi mesmo. Desenvolvemos um produto para sapateiros que trabalhassem em lugares muito frios, como na região Sul do País, pudessem ter agilidade em seu trabalho.

Muitas vezes, a “cultura” necessária para uma decisão não vem só da formação da equipe, mas sim de experiências que estas pessoas tiveram. Este senhor já havia trabalhado como sapateiro e, mesmo sem ter cursado nenhuma faculdade, resolveu um problema que outras pessoas não haviam conseguido.

Assim, a multicultura é a melhor forma de uma empresa ter sucesso em um ambiente extremamente mutável, e também para enfrentar períodos de retração econômica. Ao mesmo tempo, todo executivo precisa também estar aberto para entender a diversidade tanto da sua equipe, quanto das pessoas acima e à volta dele, tirando proveito da diversidade de ideias e opiniões geradas por pessoas muito diferentes.

* Arley Ribeiro é executivo e Engenheiro Químico, com experiência no setor de adesivos de consumo e industrial em países da América do Sul, México, EUA, Europa e Índia.

OPINIÃO: Um corpo sem cérebro

Por MAURÍCIO ASSUERO*

No momento atual, creio que esta é a melhor analogia que pode ser feita à combalida economia brasileira. É sempre muito triste vir aqui para falar sobre os péssimos cenários que nos envolvem, com uma perspectiva de encaminhamento bastante improvável. Nossa economia parece um cano furado em vários pontos e uma pessoa tentando conter o vazamento com os dedos. Vai faltar dedo para tanto buraco.

Crescimento econômico já era; desemprego caminha para um nível delicado; taxa de juros em 14,25% ao ano; e a inflação sem cair (agora as projeções indicam 9,23% ao ano e, em várias ocasiões, eu já dei a entender que ela já passou a barreira dos dois dígitos). A esperança se apoia no resgate da credibilidade para atrair investimento externo, mas, para que isso aconteça, as medidas, por mais impopulares que elas são, precisam ser aprovadas. O governo tinha como meta economizar 1,12% do PIB com o superávit primário e, em função da queda de arrecadação, reduziu para 0,15% do PIB. Isso foi uma decisão tecnicamente necessária, mas terrível para as pretensões de um programa econômico que precisa apresentar seriedade. Mas o pior ainda estava por vir e veio da forma mais desastrosa possível.

Em recente pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff disse: “Não vamos colocar uma meta, nós vamos deixar a meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta”. Um comunicado desse, sem pé nem cabeça, assusta pelo significado decorrente dele. O governo, simplesmente, abandonou o compromisso com o superávit primário. Esperava-se, antes, cerca de R$ 60 bilhões; caiu para R$ 8,7 bilhões e agora… Bem, agora é o que der. Se houver superávit, qualquer que seja o valor, este será a meta! Se o governo conseguir R$ 10 de superávit, então este valor foi a meta. Vamos dobrar!

O governo pode botar o país de volta aos trilhos do crescimento, mas não será capaz de convencer ninguém por conta da simbiose que existe entre governos e as figuras enroladas com mensalão, petrolão e, agora, eletrolão. Sem contar os casos do Ministério da Saúde, a questão envolvendo as ONGs via Ministério do Trabalho etc. São duas frentes de atuação para o governo. Não adianta priorizar uma em detrimento da outra. O fato é que 2015 é um ano perdido e, sem ações mais decisivas, 2016 será pior. Economia não é cassino: não dá para apostar as fichas e contar com a sorte.

*Maurício Assuero é economista e professor da UFPE

OPINIÃO: Apoio ao emprego

Por MAURÍCIO ASSUERO*

Com a taxa de desemprego se aproximando dos dois dígitos, o governo correu para implantar um programa de manutenção do emprego a partir da flexibilização dos salários, ou seja, reduz o salário mediante a redução da jornada de trabalho. Parece uma mediada necessária para combater este fantasma assustador. A ideia é boa, mas peca em alguns princípios, dentre os quais as limitações que o governo impõe para que a empresa seja beneficiada (por exemplo: demonstrar que está em real dificuldade financeira).

Ora, um setor industrial que, notadamente, perde 30% de vendas e mantém seus custos altos, me parece trivial se enquadrar. Assim, antes de flexibilizar as regras do emprego, deveriam ser flexibilizadas as exigências. Faz sentido, por exemplo, exigir que a empresa beneficiária não pode demitir durante um ano, que é o prazo do programa. Agora, essa demonstração de dificuldade deveria ser algo mais livre.

O grande entrave desse programa não é a postura de alguns juízes do trabalho que já emitiram opinião contrária, muito embora haja concordância dos trabalhadores e dos empregados. O gargalo está no fundo que irá complementar o salário do trabalhador. Na verdade, a empresa paga uma parte do salário do trabalhador e o governo complementa as horas reduzidas. O problema é que este recurso vem do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

O FAT é um fundo vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego que tem como base de arrecadação o PIS/Pasep. O BNDES toma dinheiro emprestado ao FAT para financiar seus programas e, o mais interessante, é que no bimestre maio-junho de 2014 o FAT arrecadou R$ 2,8 bilhões, enquanto que nestes dois meses de 2015 a arrecadação foi de R$ 1,2 bilhão, ou seja, uma queda de 53,93%.

Como se sabe, o PIS e Cofins são impostos calculados sobre o faturamento das empresas e, diante da crise, tais recursos estão diminuindo e comprometendo o desempenho do fundo. De acordo com a demanda, o governo terá que escolher entre manter a esperança de crescimento econômico via operações do BNDES (que, diga-se de passagem, não tem projetos com capacidade para dinamizar a economia) ou manter os trabalhadores nos seus empregos. A escolha é difícil.

No bojo de tudo isso, o que se lamenta é a forma como o governo está decidindo suas políticas. Ações intempestivas, de curto alcance, longe de uma política estruturadora. Até parece que ninguém se preocupou em analisar a situação do FAT para anunciar o programa e o mais interessante: o programa vem do governo e não do ministério. Dito de outra forma, foi totalmente pensado no âmbito da sustentação econômica do governo (Banco Central, Fazenda e Planejamento). Ao ministro do Trabalho, coube apenas a incumbência de explicar como será.

Nós precisamos torcer, apesar da forma estabanada com que as coisas estão sendo feitas, para que tudo dê certo. Queremos o Brasil crescendo, mas não como banana no carbureto.

*Maurício Assuero é economista e professor da UFPE