Cesta básica de Caruaru registra aumento pelo sexto mês consecutivo

Pelo sexto mês consecutivo, o valor da cesta básica caruaruense registrou alta, de acordo com a pesquisa mensal feita por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden. Segundo o levantamento, valor da alimentação básica em abril passou de R$ 311,95 para R$ 330,03, totalizando uma alta de 5,8%.

De acordo com a professora do UniFavip|Wyden, Eliane Alves, coordenadora da pesquisa, de janeiro a abril deste ano, a cesta básica caruaruense acumulou alta de 29,42%, a maior da série histórica. “O tomate, mais uma vez, foi o maior vilão, com aumento de 37,29%”, analisa Eliane. O leite (17,62%) e a carne (5,3%) também registraram alta. O feijão, a margarina e o óleo tiveram queda nos preços.

Em abril, o comportamento dos preços dos gêneros alimentícios continuou sendo de aumento em todas as 18 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Os aumentos mais expressivos foram registrados em Campo Grande, São Luís, Aracaju e Vitória.

A cesta mais cara do país entre as capitais, pelo sexto mês consecutivo, foi a de São Paulo (R$ 522,05) e a cesta mais barata foi a de Salvador (R$ 396,75). A cesta básica caruaruense continuou apresentando um valor menor que a de Recife: a diferença foi um pouco menor se comparada às variações anteriores, passando de R$ 89,40 para R$ 87,00.

Ainda de acordo com o levantamento do UniFavip|Wyden, uma família caruaruense deveria então receber um salário mínimo, em abril, de R$ 2.772,61 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e de outros itens necessários para garantir a sobrevivência digna de um grupo familiar. Este valor representa aproximadamente 2,78 vezes mais que o salário mínimo de R$ 998,00 atualmente em vigor.

De acordo com o Ministério do Trabalho, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru em Abril utilizou 34,6% de todo o seu tempo de trabalho só com as despesas de alimentação. “Tendo como base os dados oficiais do Ministério do Trabalho, ao considerar que a jornada oficial é de 220 horas mensais, o assalariado de Caruaru, em abril, precisou trabalhar 76 horas e 11 minutos para pagar o valor apresentado pela cesta no mês”, completa Eliane.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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