Segundo levantamento feito pelos cursos de Ciências Contábeis e de Gestão Financeira do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP) em junho, o custo da alimentação básica do caruaruense foi de R$ 285,17, sofrendo aumento de 4,67% em relação a maio. O valor continua menor que no Recife, com uma diferença de R$ R$ 80,62. A cesta básica de Caruaru também é R$ 86,16 mais barata que a média nordestina, e R$ 119,44 mais barata que a média da cesta nacional.
Considerando o gasto médio mensal dos 12 componentes da cesta apresentados na tabela 2 (ver anexo), os que apresentaram os maiores pesos na determinação do valor total da cesta foram a carne (21,85%), o feijão (14,02%), o pão (14%) e o tomate (13,33%). Para comprar a quantidade necessária de carne para todo o mês, o caruaruense precisou desembolsar em média, R$ 62,32, sendo R$ 39,98 para o feijão, R$ 39,94 para a quantidade de pão e R$ 38,01 para o tomate.
A pesquisa segue a metodologia do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Foram elaborados e aplicados 329 questionários com trabalhadores sindicalizados e de associações de diversas categorias, selecionados por amostragem estratificada, representativa da classe de trabalhadores de Caruaru.
COMPARAÇÃO
Em junho, o preço dos gêneros alimentícios essenciais aumentou em 26 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas foram verificadas em Florianópolis (10,13% – R$ 463,24), Goiânia (9,40% – R$ 421,46), Aracaju (9,25% – R$ 376,73) e Porto Velho (8,15% – R$ 390,22).
A cesta mais cara do país continua sendo a de São Paulo (R$ 469,02) e a cesta mais barata foi registrada em Natal (R$ 352,12). Recife ainda ocupa a quarta posição entre as cestas mais baratas do Brasil (R$ 365,79).
CUSTO
Levando em consideração o Decreto-lei 399 de 30 de abril de 1938, o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer, previdência social e, de acordo com a Constituição Federal de 1988 (Art. 7º – IV), o salário mínimo além de suprir as necessidades básicas anteriormente definidas, deve sofrer reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo.
Utilizando a metodologia do Dieese, que tem como base o Decreto-lei supracitado no que se refere à composição da Cesta Básica Nacional e à regulamentação do salário mínimo, pode-se estimar mensalmente o valor do salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas do trabalhador e sua família.
Uma família caruaruense deveria então receber um salário mínimo, em junho, de R$ 2.395,72 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e dos outros itens já citados acima, garantindo, assim, a sobrevivência digna de um grupo familiar. Este valor representa aproximadamente 2,7 vezes mais que o salário mínimo de R$ 880,00, atualmente em vigor.