Mais de sete mil pescadores artesanais e marisqueiros se cadastraram no Chapéu de Palha da Pesca neste ano. As inscrições foram encerradas na última quinta-feira (28) e contemplaram 54 municípios do Litoral, Agreste e Sertão. Com o encerramento dessa etapa, o programa já conta com 16.960 pessoas cadastradas, somando os agricultores da fruticultura irrigada e os pescadores. Em maio, será a vez do cadastramento dos trabalhadores da palha de cana-de-açúcar.
O secretário de Planejamento e Gestão, pasta que coordena o programa, Danilo Cabral, destaca a importância do Chapéu de Palha nesse momento de crise financeira. “Mesmo com o cenário de restrição fiscal, o governador Paulo Câmara decidiu manter os programas sociais, beneficiando os trabalhadores que não podem exercer suas atividades no período da entressafra”, afirma.
O município com o maior número de pescadores inscritos foi o de Goiana, na Mata Norte, com mais de 1,8 mil pessoas. Criada em 2011, o Chapéu de Palha da Pesca chega durante o inverno, período em que a pesca artesanal é proibida. Cada pescador cadastrado irá receber um auxílio de quatro parcelas de até R$ 256,52 complementares ao Bolsa Família, além de acesso a cursos de qualificação profissional.
“O programa é fundamental para manter a nossa dignidade neste período. O auxílio ajuda muito e os cursos oferecidos são ótimos”, disse a marisqueira Eleonora Alves de Santana ao se cadastrar no ponto de atendimento da Colônia de Pescadores Z1 do Pina, em Brasília Teimosa, no Recife.
O cadastro dos pescadores artesanais foi realizado em duas etapas. Entre os dias 11 e 15 deste mês, atendeu os moradores do Agreste e do Sertão, totalizando 551 inscritos. A segunda etapa, concluída nesta semana foi voltada para os municípios do Litoral. Em janeiro, foram realizadas as inscrições do Chapéu de Palha da Fruticultura Irrigada, somando 9.934 agricultores cadastrados.