O senador Douglas Cintra abriu na última terça-feira, 26.05, no plenário, a solenidade de entrega do Diploma José Ermírio de Moraes destacando que o empreendedorismo de um dos premiados, o empresário pernambucano Armando Monteiro Filho, “multiplica empregos, democratiza oportunidades, incentiva a inovação tecnológica, robustecendo, enfim, o desenvolvimento nacional e o bem-estar coletivo”.
Entre 17 candidatos, foram escolhidos pelo conselho do diploma, integrado por 15 senadores e presidido por Cintra, além de Armando Monteiro Filho, os empresários Albano Franco (sergipano, de laticínios, açúcar, álcool, rádio, tevê); Carlos Alberto Sicupira (carioca, um dos donos da cervejaria Inbev); Nevaldo Rocha (potiguar, fundador das lojas Riachuelo) e João Tenório (alagoano, dono da Sococo). O quinto homenageado, in memoriam, foi Antônio Ermírio de Moraes, falecido em agosto do ano passado, filho de José Ermírio, que dá nome ao prêmio.
O senador caruaruense lamentou, contudo, que o empreendedorismo, uma característica marcante dos brasileiros, “esbarra em uma carga tributária excessiva e em um verdadeiro labirinto burocrático”. Sublinhou que apesar de aperfeiçoamentos na legislação, como a criação do Simples Nacional, “o custo da cidadania empresarial ainda é demasiado alto”.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sublinhou do empresário pernambucano que “sua notável trajetória política foi um caminho paralelo que trilhou durante toda a vida”.
Já o senador Humberto Costa (PT-PE), autor da indicação de Armando Monteiro Filho, assinalou que “o Senado presta um justo reconhecimento a um homem cuja história de vida se confunde com a própria história política e econômica do Brasil, especialmente no século XX.”.
Armando Monteiro Filho, que fará 90 anos em setembro, é engenheiro por formação e atualmente preside a holding AMF Empreendimentos e Participações, Noraço Indústria e Comércio de Laminados e o Conselho de Administração da Editora Folha de Pernambuco. Genro de Agamenon Magalhães, dividiu as atividades empresariais com a política, tendo sido deputado estadual, deputado federal, ministro da Agricultura no governo João Goulart e ferrenho opositor da ditadura Vargas e da ditadura militar de 1964.
Impedido de viajar a Brasília por ordens médicas, foi representado na cerimônia pelo neto, o jovem advogado Armando Monteiro Bisneto. “Meu avô sempre acreditou na política e na democracia como meios de ação para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna”, acentuou Bisneto.