O Indicador de Confiança dos Micro e Pequenos Empresários (MPE) atingiu 52,7 pontos em abril, 2,6 pontos abaixo dos 55,3 pontos de março, quando atingiu o maior resultado desde que a série histórica começou a ser medida, em maio de 2015. Os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que, pela sétima vez consecutiva, o resultado ficou acima dos 50 pontos e indicam que o clima de otimismo prevalece entre os entrevistados.
Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que, acima de 50 pontos, reflete confiança desses empresários e, abaixo dos 50 pontos, reflete desconfiança com os negócios e com a economia.
“Os resultados do indicador estão em linha com as expectativas para 2018. Segundo as projeções, o país deverá crescer, em meio a um cenário de inflação sob controle e juros mais baixos. Não se pode ignorar, porém, que há importantes fatores de risco para a concretização desse cenário. Entre eles, destaque-se o desenrolar da corrida eleitoral e o revés da agenda de reformas, com o adiamento das discussões sobre a Reforma da Previdência”, diz o presidente da CNDL, José César da Costa.
O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses.
Indicador de Condições Gerais atinge 40,8 pontos
O Indicador de Condições Gerais caiu de 43,7 pontos em março para 40,8 pontos em abril de 2018. O índice abaixo do nível neutro de 50 pontos mostra que os empresários ainda não enxergam os últimos seis meses de forma favorável.
Em termos percentuais, 48% dos micro e pequenos empresários sondados consideram que as condições da economia brasileira pioraram nos últimos seis meses. Apesar de elevado, o número alcançou 57% em abril de 2017. Já a proporção dos que notaram melhora da economia marcou 21% em abril.
Com relação à avaliação do desempenho dos negócios: em um ano, o percentual dos que notam piora do próprio negócio passou de 45% para 40%. A proporção dos que notaram melhora dos seus negócios marcou 24% em abril.
Entre os que avaliam que o quadro de sua empresa piorou, 74% imputam a piora à redução das vendas por conta da crise. Além desses, 28% citam o aumento dos preços dos insumos e matérias primas. Já para aqueles que notaram melhora do seu negócio, 44% notaram aumento das vendas, a melhora da gestão da empresa (36%), a redução dos custos da empresa (24%) e a modificação do mix de produtos e serviços oferecidos (17%).