Crianças das creches contarão com reforço nutricional

A partir desta sexta-feira (24), as crianças matriculadas nos CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) passarão a receber a suplementação de micronutrientes – Nutrisus – que tem como proposta principal garantir a prevenção de doenças carenciais e um desenvolvimento infantil saudável, potencializando através dessa mistura que será inserida na alimentação dos alunos.

Para a Secretaria de Educação, Graça Rosal, esta é uma forma de garantir o pleno desenvolvimento das crianças acolhidas pelas creches. “Estamos atendendo à faixa etária indicada pelo Ministério da Saúde que são as crianças entre 6 meses e 4 anos de idade. A distribuição dos sachês de 1g acontecerá no horário do almoço, em que serão inseridos nos pratos prontos. O bom é que a mistura é eficiente e não tem cheiro nem sabor”, garantiu.

A nutricionista Cristiane Vilela destaca a importância da suplementação para os primeiros anos de vida e garante que a implantação de ações como esta é capaz de estimular de forma saudável este desenvolvimento. “As práticas alimentares inadequadas, nos primeiros anos de vida, têm levado ao desenvolvimento da desnutrição, anemia, excesso de peso, doenças respiratórias, raquitismo, e outras patologias provocadas por carências nutricionais. O NUTRISUS é uma oportunidade para garantirmos a inexistência da deficiência de micronutrientes nas crianças. A mistura garante a ingestão diária de 15 micronutrientes que são as vitaminas A, D, E, C, B¹, B², B6, B9, B12, PP, Ferro, Zinco, Cobre, Selênio e Iodo”.

Ainda de acordo com a nutricionista, atualmente, estima-se que mais ou menos um quarto da população brasileira tem anemia e este é considerado um grande problema de saúde pública no Brasil. “Dentre os grupos mais vulneráveis e suscetíveis aos efeitos provocados por essa patologia estão as crianças menores de 2 anos que necessitam do ferro na dosagem certa para auxiliar no crescimento. É importante destacar também que a carência de outros micronutrientes pode prejudicar inclusive a absorção e o metabolismo do ferro nessa fase, o que favorece o desenvolvimento inadequado e o surgimento de patologias que além de prejudicar o crescimento, podem provocar também o baixo rendimento escolar”, avaliou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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