Com 21% no primeiro turno, Marina empataria com Dilma no segundo

dataDo G1

Pesquisa feita pelo Datafolha para o jornal Folha de S.Paulo divulgada na edição desta segunda-feira (18) mostra Dilma Rousseff (PT) com 36% das intenções de voto para presidente, seguida de Marina Silva (PSB), com 21%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%.

É a primeira pesquisa que inclui um cenário em que a ex-senadora Marina Silva é o possível nome do PSB no lugar do ex-governador Eduardo Campos, que morreu na quarta-feira (13), em um acidente de avião. O PSB ainda não definiu se Marina será a candidata substituta, mas lideranças dão a escolha como certa.

No levantamento anterior do Datafolha, realizado nos dias 15 e 16 de julho e divulgado no dia 17, Dilma tinha 36%, Aécio, 20% e Eduardo Campos, 8%.

O percentual de entrevistados que disseram não saber em quem votar ou que não responderam foi de 14% em julho e agora atingiu 9%. Brancos e nulos eram 13%; agora são 8%. O quarto colocado na pesquisa, pastor Everaldo (PSC), aparece com 3% das intenções de voto; no levantamento anterior, tinha os mesmos 3%.

A pesquisa mostra que, se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno: Dilma teria 36% contra 46% da soma dos demais candidatos. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 36% contra 36% dos demais, o que indicava uma incerteza sobre a necessidade de segundo turno.

O resultado da atual pesquisa mostra que, se for confirmada candidata do PSB no lugar de Campos, Marina começa a campanha em situação de empate técnico com Aécio Neves, numericamente à frente do tucano: 21% a 20%, dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais.

Marina larga também em situação de empate técnico com Dilma na simulação de segundo turno: Marina com 47% e Dilma com 43%. O Datafolha não pesquisou um cenário entre Marina e Aécio. No cenário entre Dilma e Aécio, a petista tem 47%, e o tucano, 39%.

O levantamento foi encomendado pelo jornal Folha de S.Paulo. O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00386/2014.

Veja os números do Datafolha para a pesquisa estimulada (em que a relação dos candidatos é apresentada ao entrevistado):

– Dilma Rousseff (PT): 36%
– Marina Silva (PSB): 21%
– Aécio Neves (PSDB): 20%
– Pastor Everaldo (PSC): 3%
– José Maria (PSTU): 1%
– Eduardo Jorge  (PV): 1%
– Luciana Genro (PSOL): 0%
– Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
– Eymael (PSDC): 0%
– Levy Fidelix (PRTB): 0%
– Mauro Iasi (PCB): 0%
– Brancos/nulos/nenhum: 8%
– Não sabe: 9%

Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, o Datafolha avaliou os seguintes cenários:

– Marina Silva: 47%
– Dilma Rousseff: 43%

– Dilma Rousseff: 47%
– Aécio Neves: 39%

O Datafolha não realizou a simulação de uma disputa entre Aécio Neves e Marina Silva.

Rejeição
A presidente Dilma tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Confira abaixo:

– Dilma Roussef: 34%
– Aécio Neves: 18%
– Pastor Everaldo: 17%
– Zé Maria: 16%
– Eymael e Levy Fidelix e Rui Costa: 13%
– Marina Silva, Luciana Genro e Mauro Iasi: 11%
– Eduardo Jorge: 10%

Avaliação da presidente
A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 38% dos eleitores – no levantamento anterior, divulgado em 17 de julho, o índice era de 32%. O percentual de aprovação considera os entrevistados que avaliaram o governo como “bom” ou “ótimo”. A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideraram o governo “ruim” ou “péssimo”, foi de 23% (era 29%). Dos ouvidos, 38% consideram o governo como “regular” (mesmo percentual anterior).

O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
– Ótimo/bom: 38%
– Regular: 38%
– Ruim/péssimo: 23%

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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