O faturamento do comércio brasileiro relacionado ao Dia das Mães deve recuar 4,1%, no maior tombo em 12 anos, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O Dia das Mães é a segunda principal data do comércio no País, atrás apenas do Natal.
As vendas de artigos de uso pessoal e doméstico devem ter um crescimento de 4,4% em relação à data em 2015, e o comércio de itens de vestuário, calçados e acessórios deve crescer 2,3%.
Do outro lado, as livrarias e papelarias (-21,1%) e as lojas de móveis e eletrodomésticos (-18,4%) deverão registrar seus piores desempenhos em toda a série histórica e empurrar a variação da receita real do setor para o campo negativo.
As vendas para o Dia das Mães devem movimentar aproximadamente R$ 5,7 bilhões neste ano.
Menos emprego
Com a estimativa de queda nas vendas para a data comemorativa, houve redução também na expectativa de contratação de trabalhadores temporários.
A oferta de 25,6 mil vagas em todo o varejo, esperada pela CNC, é 5,6% inferior ao contingente contratado no mesmo período do ano passado e equivale a patamar semelhante às vagas geradas em 2012 (25,4 mil).
Com a expectativa de crescimento das vendas de vestuário, este segmento deverá oferecer a maior quantidade de vagas temporárias do varejo (14,7 mil ou 57,1% do total), seguido pelo setor de hiper e supermercados, o maior empregador do varejo brasileiro, com 4,6 mil postos temporários.
O rendimento médio dos profissionais contratados deverá alcançar R$ 1.217, valor sem qualquer ganho real ante os R$ 1.114 registrados no mesmo período do ano passado.
O maior salário médio pago pelo varejo deve vir do segmento de farmácias e perfumarias (R$ 1.355) com alta de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado.