Pedro Augusto
Nesta segunda-feira (16) completará dois anos da morte do colunista do Jornal VANGUARDA, Marcolino Júnior. Ele foi brutalmente assassinado no dia 16 de abril de 2016, num motel em Caruaru, tendo o seu corpo localizado apenas dois dias depois já no distrito de Insurreição, em Sairé, também no Agreste do Estado. No desenrolar das investigações, a Polícia Civil apurou, na época, que o jornalista teria sido assassinado a facadas por Rafael Leite da Silva, hoje, com 35 anos.
Rafael acabou sendo condenado a 30 anos e cinco meses de prisão, em sessão realizada no dia 21 de junho do ano passado, no Salão do Júri do Fórum de Justiça Demóstenes Batista Veras, no Bairro Universitário, em Caruaru. Apesar das várias apelações empregadas pela sua defesa durante todo o julgamento, ele foi considerado culpado pela maioria do corpo de jurados que compôs o Júri Popular. A pena atribuída ao condenado se referiu à prática de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e recuso que impossibilitou a defesa da vítima, bem como ocultação de cadáver.
O assassino cumpre pena na PJPS, enquanto Davi Fernando Ferreira Graciano, de 24 anos, que na época foi apontado pela polícia como o mandante do crime, sequer ainda foi a julgamento e segue solto. De acordo com as informações levantadas pelo semanário, Davi chegou a ter a sua sentença de pronúncia anunciada (quando o juiz entende que há indícios de autoria e materialidade em um determinado crime), porém a sua defesa recorreu da decisão. O Tribunal de Justiça ainda não se pronunciou se o suposto mandante irá ou não a Júri.
Marcolino Júnior, de acordo com as investigações do delegado Márcio Cruz, teria sido vítima de latrocínio (assalto seguido de morte). “O Davi trabalhava e era a pessoa de confiança do Marcolino. Apuramos que ele se sentia injustiçado por conta da suposta má remuneração a que lhe era repassada semanalmente pelo colunista. Além disso, possuía interesse em se beneficiar de alguma forma dos bens e das quantias em dinheiro os quais a vítima possuía. Por isso, planejou o crime. Já Rafael iria ser recompensado financeiramente pela execução”, disse Márcio.
Bastante conhecido em toda Caruaru e região, onde se concentrava a sua área de atuação, Marcolino Junior era responsável neste semanário pela coluna “Gente de Vanguarda”.