Em mau momento, Central completa 98 anos

Central

Pedro Augusto

Exibições emocionantes, gols memoráveis, o orgulho batendo no peito de ser caruaruense e ter uma equipe da terra para torcer. Ao longo de seus quase 100 anos de história, o Central Sport Club, ou simplesmente o Central, a Patativa, o Alvinegro, o Glorioso, o Central de Caruaru, ou seja, lá como queira chamar o leitor, não propiciou apenas essas alegrias, mas inúmeras que só um verdadeiro centralino poderia descrever e recontar. É claro que assim como já aconteceu em várias temporadas do passado, hoje o momento atual do maior clube do Interior do Estado não é o dos melhores – o clube passa por uma das maiores crises financeiras da sua história -, mas permanece em atividade e soprando as velinhas.

Reflexo deste péssimo momento foi o número irrisório de pessoas que estiveram acompanhando as comemorações dos 98 anos de fundação do Central. Promovido na manhã da última quarta-feira (15), no Estádio do Lacerdão, o evento contou apenas com as presenças de alguns membros da atual diretoria, como o presidente do Executivo, Lícius Cavalcanti, além de integrantes do Conselho Deliberativo, políticos locais e de poucos torcedores, que não representam em nada a grandeza da massa alvinegra. Na ocasião houve o hasteamento de bandeiras, café da manhã e corte de bolo. Estas duas últimas atividades ocorreram no Espaço Patrício Santos.

O aniversário de 98 anos foi festejado – apesar das reações sem graça dos participantes – a exatamente três dias da partida mais importante do ano para a Patativa. Isso porque, caso derrote o Coruripe-AL, neste domingo (18), a partir das 16h, no Estádio Gerson Amaral, o alvinegro caruaruense permanecerá ainda com chances matemáticas de conseguir a classificação para a próxima fase da Série D. Do contrário, caso perca, o Central praticamente dará adeus à competição. Atualmente amargando a lanterna do grupo A7 com quatro pontos, o time comandando pelo técnico Álvaro Gaia está a um ponto de alcançar o vice-líder Sousa-PB e a três de igualar com o líder, Juazeirense-BA.

Esses dois últimos clubes se enfrentam no mesmo dia, mas às 17h, no Estádio Marizão. Ainda pela quinta rodada da Série D, o América visita o Parnahyba, também no domingo e às 16h, no Estádio Pedro Alelaf, enquanto o Atlético recebe o Fluminense de Feira, no mesmo dia, mas às 18h, no Paulo Petribu. Tanto o Periquito quanto o Tatu Bola ainda possuem chances de passar para a segunda etapa da 4ª Divisão. Ambos estão atualmente na terceira posição de suas respectivas chaves A6 e A8, com seis e quatro pontos.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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