Em PE, PSDB deixar oposição é senha para PSB apoiar Alckmin

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Renata Bezerra de Melo / Folhape

Pré-candidato a governador de São Paulo, Márcio França faz o seguinte cálculo: para aumentar sua vantagem no Nordeste, de forma a tentar quebrar o favoritismo do PT na região, Geraldo Alckmin precisaria ter Pernambuco ao seu lado na corrida pelo Planalto. Márcio argumenta que o eleitor tende a votar no candidato de seu Estado; lembra que o Ceará terá Ciro Gomes no páreo da disputa presidencial e aposta que o PT, caso não tenha Lula, pode indicar Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, o que deixaria margem pequena para Alckmin trabalhar nesses locais, restando o Estado governado por Paulo Câmara como foco. No Palácio das Princesas, Alckmin é o nome do PSDB visto como mais viável para se fazer uma aliança. De outro lado, o próprio Paulo Câmara já realçou que a eleição de Márcio em São Paulo é prioridade para o PSB, do qual ele é vice-presidente nacional.

Na visão de interlocutores de Paulo Câmara, estar com o PSDB numa aliança nacional seria possível não fosse o fato de os tucanos encontrarem-se na oposição no Estado. Palacianos, no momento, não veem como mudar isso no âmbito local. E ter o PSDB no palanque de Paulo Câmara seria uma das senhas, segundo governistas, para que o governador pernambucano pudesse trabalhar por uma aliança nacional com o tucanato. Segundo Márcio já registrou, Alckmin tem consciência dessa força do PSB em Pernambuco. No entanto, o governador paulista, que, na avaliação de correligionários, não tem perfil dele pressionar, não fez movimento algum ainda, dizem tucanos de Pernambuco, no sentido de empurrar a sigla para o palanque de Paulo Câmara.

Prevendo dilúvio
O TCE alertou o Governo do Estado sobre o risco de uma grande enchente em Olinda pela paralisação das obras no Canal do Fragoso. A obstrução do canal foi a responsável por uma grande inundação em maio de 2016. Segundo o TCE, as obras estão paralisadas e correm risco de virarem um “elefante branco”. O secretário Kaio Maniçoba foi comunicado pela relatora Teresa Duere.

Voo 1 > Novo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Nilson Leitão (MT) deixou Pernambuco anteontem. Ele e o deputado Carlos Sampaio (SP) desembarcaram no Estado na última sexta e seguiram para o Litoral Sul acompanhados do deputado Bruno Araújo.

Voo 2 > Nilson Leitão, que substitui Ricardo Tripoli, vai ter o pernambucano Betinho Gomes como um de seus de více-líderes e assume o comando de uma bancada que rachou completamente na votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, apesar de ter ministros na gestão do peemedebista.

Pendência > Em conversas de bastidores, juízes têm realçado que o ministro Luiz Fux liberou para votação em plenário liminar concedida por ele em 2014 – determinando o pagamento de auxílio-moradia para magistrados do País – por não ter condições de assumir o TSE, no dia 6 de fevereiro, mantendo esse assunto pendente.

Poucas chances > O zum-zum-zum é crescente em rodas de magistrados porque a presidente do STF, ministra Cármem Lúcia, já informou às associações de juízes e do MP que pautará a ação até março. E é voz corrente que a maioria do STF é contra o auxílio de R$ 4,3 mil mensais.

Vai copiar > O ministro José Múcio enaltece a atuação do Tribunal de Contas de Pernambuco e defende a adoção de modelos aplicados no TCE pelo Tribunal de Contas da União, a exemplo do prazo de 60 dias para devolução de pedido de vista. No TCU, não há prazo.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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