Empreendimentos deverão gerar mais de R$ 14 milhões na economia paulista em um ano

Uma projeção do prazo de retorno e fluxo de benefícios do investimento do governo federal em políticas de incentivo à economia solidária no estado de São Paulo, entre 2011 e 2016, prevê a geração de R$ 14,4 milhões na economia paulista em um ano. A estimativa foi feita pela Seção de Economia Solidária da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo (SRT-SP) e concentrou-se nas modalidades de ações integradas de apoio à implantação de iniciativas municipais (que visam a superação da extrema pobreza) e de catadores e catadoras de materiais recicláveis e reutilizáveis.

Para estimar o fluxo mensal de benefícios gerados foi realizada uma simulação assumindo-se que 5% do total de beneficiários na modalidade de catadores (47 mil) e 1% das ações integradas (16,2 mil) receberam um salário mínimo por mês, no período de análise.

A taxa de desconto utilizada nas simulações foi a taxa básica de juros (Selic) real (0,54%), calculada a partir da Selic nominal acumulada do mês de fevereiro de 2017 (0,87%), descontando-se a inflação do mesmo mês (0,33%), medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A geração de renda mensal esperada na modalidade de ação integrada é de R$ 440,7 mil, ou seja, um total anual de R$ 5,29 milhões. No caso dos catadores, o fluxo mensal de benefícios gerados é de R$ 761 mil, totalizando, em um ano, mais de R$ 9 milhões. Assim, o investimento realizado será capaz de gerar mais de R$ 14,4 milhões ao ano nas duas modalidades (veja quadro abaixo).

O ministro Ronaldo Nogueira destaca: “Os dados indicam o potencial das políticas de economia solidária como estratégia de geração de renda e de oportunidade de trabalho às populações mais vulneráveis do estado”.

O investimento feito pelo governo federal nas redes de cooperativas de catadores será capaz de, em seis meses, gerar o mesmo valor investido em pouco mais de um ano. “Considerando o tempo de retorno dos investimentos realizados observa-se que as políticas de incentivo à economia solidária são opções atrativas para a alocação de recursos do orçamento do governo federal, mesmo se levarmos em conta o custo de oportunidade para o gasto governamental, que, no caso analisado, foi representado pela taxa Selic mensal real”, explica Anze. O prazo de retorno para as ações integrada é de 11 meses.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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