Encontro literário inédito em Caruaru vai discutir o tema violência

Marcelino Freire

Autores pernambucanos de diferentes gerações se reúnem no domingo, 1º de outubro, das 8h30 às 17h, para atividades no Armazém da Criatividade, no Polo Comercial, em Caruaru. O evento contará com oficina literária, palestra, mesa-redonda e feira de livros. O tema desta primeira edição é a violência retratada na literatura. As atividades são voltadas para diferentes públicos: crianças, jovens e adultos. Para cada perfil, o evento contará com atividades específicas. Informações no telefone (81) 99839.1312.

Os premiados escritores pernambucanos Raimundo Carrero, Mário Rodrigues e Marcelino Freire são os convidados para a mesa-redonda que vai tratar do tema “Violência na Literatura”. Para o organizador do evento, Thiago Medeiros, o objetivo é “estimular o debate sobre assuntos relevantes socialmente como é o caso da violência, além de incentivar a produção literária”.

O acesso é gratuito para a Feira de Livros, a partir das 9h, enquanto que para a mesa-redonda a atividade está programada para acontecer das 14h às 17h. O historiador Walmiré Dimeron também fará palestra sobre os 100 anos de José Condé.

No caso da Oficina Literária, que vai acontecer das 8h30 às 12h, com Marcelino Freire, é necessário inscrição prévia e o investimento de R$ 100 (cem reais).

Programação
8h30 – 17h – Feira de Livros Infanto-Juvenil
8h30 às 12h – Oficina Literária com Mário Rodrigues
14h30 às 15h30 – Palestra: 100 anos de José Condé – Walmiré Dimeron (historiador)
15h30 às 17h – Mesa-redonda: Violência na Literatura – Raimundo Carrero, Mário Rodrigues e Marcelino Freire (Escritores/Palestrantes)

SOBRE OS ESCRITORES

Raimundo Carrero – Nascido em Salgueiro (1947), Carrero é jornalista e escritor. Atuou durante 25 anos no Diário de Pernambuco, exercendo diversos cargos, entre eles os de crítico literário e editor chefe de redação. No início da década de 1970, participou ativamente, como romancista e contista, do Movimento Armorial, idealizado pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, cuja principal orientação era e é a realização da uma obra erudita com base nos símbolos e insígnias da cultura popular. Raimundo sempre declarou ter em Ariano um de seus mestres, tendo também colaborado para sua formação os escritores Hermilo Borba Filho e Gilberto Freyre. Até 1998, foi presidente da Fundação de Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco (Fundarpe). É Membro da Academia Pernambucana de Letras. Em sua bibliografia, o livro Somos pedras que se consomem foi incluído entre os dez melhores do país e entre as dez melhores obras de ficção.

Marcelino Freire – Escritor nascido em Sertânia (1967), Marcelino Freire é autor da obra “Contos Negreiros” que recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura (2006). Marcelino é um dos integrantes do coletivo EDITH, pelo qual lançou o livro de contos “Amar É Crime” (2011). O escritor já marcou presença em antologias no Brasil e no Exterior, entre elas: “Geração 90” (2001), “Os Transgressores” (2003), “Je Suis Favela” (2011, França) e “Je Suis Toujours Favela” (2014, França).
Seu primeiro romance “Nossos Ossos” foi publicado em 2013 em três países: Brasil, Argentina e França. A obra ganhou o Prêmio Machado de Assis (2014) de Melhor Romance pela Biblioteca Nacional. Foi uma das finalistas do Prêmio Jabuti de Literatura de 2014, na categoria romance. Em 2016 foi lançado o livro “Olhar Paris”, organizado por Leonardo Tonus, que reúne contos, crônicas, poemas etc. de 21 autores, entre eles está Marcelino Freire.

Mário Rodrigues – Nascido em Garanhuns (1978), no Agreste do Estado, Mário Rodrigues tem 38 anos. É ganhador do Prêmio Sesc de Literatura 2016, na categoria contos com a publicação da sua primeira coletânea de textos, Receita para se fazer um monstro (Ed. Record).

Dono de um texto econômico, com frases curtas e sem uso de vírgulas, Rodrigues narra em seu livro de estreia uma sucessão de histórias situadas na infância dos personagens, no período dos anos 1980. Nas tramas, passagens envolvendo brincadeiras, descoberta e amores e perdas enfrentadas pelos protagonistas. Apostando menos no saudosismo e mais nas angústias desse período, o escritor reflete também sobre a realidade brutal enfrentada por algumas crianças.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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