Espaço Dandara reserva exposições para turistas

Quem gosta de arte não pode deixar de conferir as exposições fixas e temporárias que estão sendo realizadas no Espaço que ganhou o nome “Dandara” no São João de Caruaru, coordenado pela Secretaria Especial da Mulher e Direitos Humanos. Atualmente o local abriga a exposição fixa “A morte entre as cores de Frida Kahlo” com quadros da artista plástica, filósofa e poetisa Íris Marcolino, que também estão à venda no local e a exposição fixa “Jura Oluá Itám”, sobre a indumentária típica dos orixás, que apresenta toda a diversidade cultural e mística, incluindo instrumentos utilizados em templos das religiões de matrizes afro.

No hall de exposições temporárias, a primeira foi “Um mundo pelas mãos”, do fotógrafo Eduardo Queiroga, que retratou a vida e trabalho das parteiras de Caruaru e Palmares (Zona da Mata), fazendo parte um projeto de investigação dos saberes e das práticas das parteiras tradicionais, desenvolvido pelo Instituto Nômades. Em seguida, foi a vez da exposição “Gênero meu gênero” da fotógrafa Bárbara Vasconcelos, que evidencia em imagens a montagem das drag queens. Próxima quinta-feira (25) será aberta a exposição “T: um outro olhar”, construída pela equipe da Gerência de Livre Orientação Sexual (GLOS), vinculada à Secretaria Executiva de Direitos Humanos do Recife. A exposição, que ficará exposta até o dia 29 de junho, propõe uma reflexão acerca da inclusão social e o respeito à diversidade sexual. As obras mostram retratos do cotidiano de pessoas transexuais; suas historias de vida, sonhos e dores; a luta para vencer o preconceito e a discriminação social.

O nome “Dandara” não é à toa. O local ganhou o nome de uma guerreira negra, tida como a mais representativa liderança feminina na República dos Palmares. Dandara foi companheira de Zumbi dos Palmares e lutou pela libertação das negras e negros do Brasil. Pouco conhecida no estudos de história, devido ao machismo ainda presente na cultura do país. O espaço funciona no galpão da antiga Estação Ferroviária, na quinta, das 20h às 22h; sexta, das 20h às 00h; sábados e domingos, das 17h às 00h.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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