Especialista dá dicas para organizar o orçamento familiar

Organizar os orçamentos do lar e assumir o controle do próprio dinheiro são passos fundamentais para quem deseja estabilidade financeira. Para tanto, é necessário gerenciar melhor os gastos, economizar e evitar as dívidas. Para Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de graduação em Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, realizar um planejamento financeiro familiar é uma forma de se conscientizar sobre os recursos, a fim de evitar gastos supérfluos e, consequentemente, obter mais qualidade de vida.

“Atualmente, o principal motivo pelo endividamento das famílias no Brasil é o cartão de crédito, pois o seu mau uso é o maior vilão dos gastos. Além disso, o parcelamento é nocivo a qualquer orçamento”, afirma Reginaldo. Para sair dessa “bola de neve”, o professor diz que uma alternativa pode ser minimizar o uso ou até mesmo eliminá-lo. “Atualmente, é possível encontrar alternativas mais vantajosas do que os juros cobrados dos cartões de crédito. A inadimplência é alta em virtude das taxas impagáveis, que giram de 15% a 18% ao mês, enquanto a inflação do País está na faixa de 4,5% ao ano”, complementa o especialista.

Para dar um pontapé inicial, anote todos os gastos que você e sua família têm no mês. Isso inclui desde a compra de alimentos, consumo de luz, água, telefone, internet, TV a cabo, juros bancários, remédios, roupas, material escolar etc. O especialista explica que traçar um comparativo de dois a três meses é importante para identificar os motivos do aumento e redução de gastos. “No primeiro momento existirá dificuldades, mas esse comportamento deve persistir para se tornar uma rotina. Desta forma, as economias realizadas podem permitir a realização de outros objetivos, como uma viagem em família”, aponta.

Veja algumas dicas do especialista que vão ajudar a colocar as finanças nos eixos:

1 – O primeiro passo é convocar toda a família para que todos possam auxiliar no planejamento, incluindo situações consideradas irrelevantes como apagar as luzes, quando ninguém estiver no cômodo da casa, e evitar desperdícios de alimentos;

2 – Estabeleça prioridades;

3 – Planeje uma reserva de emergência para não se endividar;

4 – Coloque em prática pequenos hábitos de economia como reduzir o tempo no banho, desligar a TV e computador, quando não estiver utilizando;

5 – Compre somente o que vai consumir;

6 – No momento da compra pesquise, pois existem diferenças de preço absurdas entre um estabelecimento e outro;

7 – Nas compras, evite levar as crianças, principalmente quando se trata de material escolar;

8 – Jamais vá ao supermercado com fome, pois isso faz com que o consumo de itens supérfluos acabe se tornando um estímulo ao consumo;

9 – Se os gastos estão no limite, busque outras fontes de renda. Existem muitas oportunidades de atividades complementares como ser motorista de aplicativo, desenvolver artesanato, cuidar de animais de estimação, entre outros.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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