Expediente duplo na Sulanca iniciará neste fim de semana

Pedro Augusto

No intuito de impulsionar ainda mais a lucratividade, o que é sempre bem-vindo em tempos de crise, a Prefeitura, em conjunto com a Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, decidiu novamente adotar o funcionamento da Feira da Sulanca, no Parque 18 de Maio, no Centro, no período de dois dias durante as vendas de fim de ano. De acordo com o calendário divulgado à imprensa pela PMC, deste dia 18 até o próximo dia 30, a Sulanca estará operando com expedientes consecutivos, ou seja, aos domingos e segundas-feiras. As comercializações estão previstas para iniciar às 4h em todos os setores da feira, com o reforço também das atividades das lojas que fazem parte do complexo de empreendimentos do Parque.

Na última Sulanca antes da mudança interina de expediente, que foi realizada na segunda (12), VANGUARDA esteve conversando com alguns feirantes dos setores do antigo terreno da Fundac e da Brasilit, afim de que eles pudessem opinar sobre o novo sistema de horário de operação da feira. Em sua maioria, eles se mostraram a favor da execução do expediente duplo.

Para o sulanqueiro Lenildo Alves, que atua com o seu banco instalado no antigo terreno da Fundac, a mudança empregada pelos órgãos que garante a funcionalidade da Sulanca propiciará lucratividades à altura de uma época de fim de ano. “Não só os clientes que circulam pelos mais variados setores, mas todos os feirantes que trabalham no Parque 18 de Maio sabem muito bem que as feiras de Toritama e de Santa Cruz do Capibaribe já estão abrindo aos domingos. Desta forma, se não houvesse essa mudança de horário também por aqui, com certeza as vendas iriam diminuir em grande número na Sulanca, haja vista que contaríamos apenas com um dia para negociar. Todo mundo sabe que as mercadorias da nossa feira são melhores em relação às dos municípios vizinhos, então, a expectativa é de comercializamos redobrado nestas próximas semanas, quando ficaremos cada vez mais próximos das festas de Natal e do Réveillon”, opinou Lenildo.

No setor do antigo terreno da Fundac, a reportagem VANGUARDA ainda conversou com o sulanqueiro Heleno Severino. Especializado na comercialização de artigos em jeans, ele também está enxergando com bons “olhos” o funcionamento da Sulanca em expediente duplo. “No último fim de ano, quando houve a mesma abertura em dois dias, de início, alguns feirantes chegaram a criticar dizendo que nas segundas só estavam assimilando prejuízos, porém não tardaram a mudar de opinião, quando perceberam que as vendas destes dias específicos estavam funcionando como complemento das de domingos, ou seja, não estava havendo prejuízo, mas, sim, acréscimo nas vendas. É o que também aguardo para este fim ano. Em vez de queda, espero é aumento nas comercializações em comparação com 2017”, analisou Heleno.

Em tempos ainda de desempenhos irregulares em termos de vendas, decorridos da crise financeira que se arrasta no país há mais de três anos, ter a possibilidade de comercializar por dias seguidos na Feira da Sulanca está animando a sulanqueira Tarsila de Almeida. Com o seu banco no setor da Brasilit, ela espera ter motivos para comemorar a chegada das festas de Natal e de Fim de Ano. “Até lá, serão realizadas diversas feiras e espero aproveitar ao máximo esta demanda extra que deve ser percebida no fim de ano para entrar 2019 com o pé direito. Este ano foi bastante difícil para nós que comercializamos no Parque e qualquer medida a mais que possa propiciar uma lucratividade maior é sempre muito bem-vinda! Acertaram mais uma vez os órgãos que determinaram essa jornada dupla.”

Assim como Tarsila, Paulo da Silva negocia produtos no setor da Brasilit. Perguntado sobre o aumento do expediente, ao contrário dos demais feirantes entrevistados, ele não se mostrou tão confiante. “Em minha opinião seria melhor se a Sulanca abrisse nas segundas e terças-feiras durante este período de festas, até porque não concorreria tanto com as vendas de Santa Cruz e de Toritama. Mas, fazer o quê? É esperar que essa medida dê resultado a nós feirantes, haja vista que todos estão precisando. Tivemos um 2018 de muitos altos e baixos em termos de lucratividade e a torcida é de terminarmos, ao menos o ano, da melhor forma possível!”

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *