Exportações brasileiras reagem e padrões GS1 são aliados do crescimento

O desempenho da balança comercial brasileira resultou em US$ 126,5 bilhões no período de janeiro a julho deste ano, segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O superávit do primeiro semestre foi de US$ 42,5 bilhões, o melhor da série histórica, iniciada em 1989. O resultado representa crescimento de 18,7% em relação ao mesmo período de 2016 pela média diária. O maior impulso foi revelado pelos grupos de produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados.

De acordo com levantamento da Organização Mundial de Comércio (OMC), o Brasil registrou um número ainda maior no primeiro semestre, com embarques nacionais para o exterior 19,34% maiores, comparados ao mesmo período de 2016 – uma taxa de crescimento acima da média global. Para as empresas brasileiras capazes de exportar, é uma notícia muito positiva no momento em que a retração do mercado está instalada. As empresas devem cumprir uma série de requisitos para exportação, dependendo do país importador e suas condições. Porém, um deles é comum em quase todo o mundo, o padrão de identificação de itens comerciais – Global Trade Item Number (GTIN) – atribuído pela GS1, entidade global sem fins lucrativos.

Representado por códigos de barras lineares, bidimensionais ou transmitidos via radiofrequência, o GTIN é o padrão de reconhecimento dos itens comerciais nos sistemas automatizados em mais de 150 países. No Brasil, a GS1 é representada pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, que desempenha o papel de um grande aliado das 58 mil empresas associadas. “A adoção de padrões globais faz com que os produtos nacionais sejam reconhecidos em qualquer lugar, por qualquer sistema automatizado, e pode ser a diferença entre concluir ou não o processo de compra e venda”, explica João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.

Tecnologia – À medida que se desenvolvem mais recursos tecnológicos, aumentam as possibilidades de automatizar processos com eficiência. Na indústria de medicamentos e dispositivos da área da saúde, por exemplo, o padrão Datamatrix, da GS1, representa o que há de mais avançado em captura e transmissão de dados a partir da leitura de códigos de barras bidimensionais. O GS1 Datamatrix é empregado em produtos que precisam agregar grande variedade de informações, ao mesmo tempo em que ocupa espaço muito reduzido para impressão como instrumentos cirúrgicos, próteses, embalagens pequenas e outros itens. É com a segurança oferecida pelo código 2D, que armazena mais de 2000 caracteres alfanuméricos, que produtos que exigem um cuidado específico ganham condiç&otilde ;es ideais para serem exportados.

Vale lembrar que, segundo o Brazilian Health Devices – programa implantado em parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – as empresas de artigos e equipamentos médicos, odontológicos, hospitalares e de laboratórios somaram crescimento de 33,6% nas exportações durante o primeiro trimestre deste ano. O padrão GS1 Datamatrix é o grande aliado do setor na identificação dos itens.

Sobre a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil
A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. A organização brasileira tem 58 mil associados. Mais informações em www.gs1br.org.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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