Fundos poderão operacionalizar indústria armamentista de Pernambuco

Da FOLHAPE

Tentando trazer a indústria armamentista para Pernambuco há quase um ano, o Ministério da Defesa obteve mais um avanço nesse processo na quinta-feira (27). É a possibilidade de financiamento de fábricas do segmento através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que são operacionalizados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e pelo Banco do Nordeste (BNB), respectivamente.

A inclusão do setor nesses fundos foi aprovada na 21ª reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), que reuniu representantes de todos os estados atendidos pela superintendência no Instituto Ricardo Brennand, no Recife, e foi presidida pelo ministro da Integração, Helder Barbalho. Defensor da vinda da indústria armamentista para Pernambuco, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, também participou da reunião. “Essa proposta de que o FDNE possa financiar a indústria da defesa é uma forma de incentivar essa indústria a se deslocar do Sul e do Sudeste para o Nordeste”, explicou Jungmann, dizendo que este segmento representa uma boa oportunidade de negócio para a região.

“A indústria da defesa representa 3,7% do PIB do País, gera 60 mil empregos diretos, tem um faturamento anual de R$ 202 bilhões e uma média salarial mais alta”, revelou o ministro pernambucano, dizendo que esta também é a indústria que mais investe em tecnologia do País e, por isso, pode fazer parcerias inclusive com o Porto Digital. Na ocasião, Jungmann lembrou também que o Governo de Pernambuco já está em negociação com duas fabricantes de munições. Uma delas é a suíça Ruag, que, segundo o ministro, está em estágio avançado de negociação com o Estado.

Também presenta no Condel, o governador Paulo Câmara confirmou a negociação e disse que já estuda até a área capaz de receber a fábrica. Por questões de confidencialidade, ele não deu detalhes do projeto, mas disse que pretende ter definições sobre o assunto ainda neste ano.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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