Gravatá vai transformará lixo em energia elétrica

A cidade de Gravatá, no Agreste pernambucano, será a primeira do Brasil a transformar lixo em energia elétrica. A ação é uma parceria entre a prefeitura do município com a Casa Civil e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, inclusive o contrato já foi assinado. A técnica é referência em países desenvolvidos como Alemanha, França, Espanha, Estados Unidos, Canadá, Itália, Suécia e Holanda.

O objetivo do município é que a energia gerada abasteça todo o parque elétrico público da cidade, incluindo a sede do Executivo municipal, todos os prédios públicos, escolas, hospital, unidades de saúde e praças. Isso vai acarretar, anualmente, em uma economia maior que R$ 1 milhão aos cofres públicos. “Gravatá vai entrar na vanguarda da produção de energia mundial, aplicando uma técnica semelhante aos países de primeiro mundo. O processo, além de ser mais limpo e sustentável, também é muito representativo do ponto de vista da gestão, porque resultará em uma significativa economia para o erário. Nossa cidade servirá de exemplo para o Brasil, em boas técnicas de gestão sustentáveis”, argumentou o gestor de Gravatá, Mário Cavalcanti.

Outra vantagem do processo de geração de energia elétrica, segundo o interventor, é a diminuição do volume de lixo do aterro público, além de 100% do descarte das coletas de lixo posteriores, consequentemente, aumentando a sua vida útil. “Vamos ajustar a administração também nesse segmento”, pontuou Cavalcanti.

Ele acrescentou que o destino do lixo é um problema antigo enfrentado no município. “É bom lembrar que o problema do lixo motivou oito dos 14 pontos elencados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para afastar do cargo o prefeito (Bruno Martiniano) e pedir a intervenção. É nosso dever ajustar a administração nesse segmento”, pontuou Cavalcanti.

Processo

O processo de produção de energia por meio da gaseificação leva poucos minutos. O lixo coletado nas ruas vai para o aterro. Do aterro, ele será transportado para as câmaras de gaseificação. Nesse espaço, os gases produzidos vão direto para o grupo moto gerador, se transformando em energia. Por fim, essa energia segue para a rede pública, abastecendo o parque elétrico municipal.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *