Grupos indígenas do RS se apresentam pelo Sonora Brasil

Grupos indígenas do Rio Grande do Sul se apresentam no Sonora Brasil em Garanhuns e Buíque, nesta segunda-feira (22/07) e na terça-feira (23/07), respectivamente. Na programação, o coral infantojuvenil Grupo Teko Guarani – do povo Mbyá-Guarani (Porto Alegre) e o Grupo Nóg Gã – do povo Kaingang (São Leopoldo). Em Garanhuns, a apresentação inicia às 16h, no Pátio Externo da Unidade, que fica na Rua Manoel Clemente, nº 136, no Centro da cidade. Já em Buíque, será na Aldeia Malhador – do Povo Kapinawá, a partir das 15h. A classificação etária é livre e o acesso gratuito.

O coral infantojuvenil Grupo Teko Guarani utiliza o mbaraká (violão) com cinco cordas: cada uma representa uma divindade Mbyá: Tupã, Kuaray, Karaí, Jakairá e Tupã Mirim. O ravé (violino/rabeca) possui três cordas e é considerado um instrumento de invenção indígena, posteriormente aperfeiçoado pelos juruá (não indígenas). O mbaraká miri (chocalho) e o angu´á pú (tambor) têm funções primordiais na sustentação do andamento e ritmo musicais, além da importância no estabelecimento da conexão com as divindades. Já o Grupo Nóg Gã utiliza as lanças de guerra como instrumento percussivo. Em contato ao chão, realizam simbolicamente uma demarcação e embasam ritmicamente as marcas coreográficas.

O Grupo Teko Guarani é da Aldeia Tekoa Anhetenguá, na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre (RS). Lá, vivem 16 famílias Mbyá-Guarani. Já o Grupo Nóg Gã é composto por indígenas de diversas aldeias Kaingang da região de São Leopoldo (RS). Eles habitam o Sul e o Sudeste do Brasil, há séculos. A população é composta, atualmente, por aproximadamente 30 mil pessoas que vivem em cerca de 30 diferentes áreas nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Sonora Brasil – O Sonora Brasil está na 22ª edição e é considerado o maior projeto de circulação musical do país, realizando aproximadamente 450 concertos por ano, passando por mais de 100 cidades, a maioria distante dos grandes centros urbanos. O projeto possibilita à população o contato com a qualidade e a diversidade da música brasileira e contribui para o conjunto de ações desenvolvidas pelo Sesc visando à formação de plateia. Para os músicos, propicia uma experiência ímpar, colocando-os em condição privilegiada para a difusão de seus trabalhos e, consequentemente, estimulando suas carreiras.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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