Henry vê “indícios de retaliação” contra PE

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Folhape

Até pouco tempo à frente da pasta de Desenvolvimento Econômico na gestão Paulo Câmara, à qual é vinculado o Porto de Suape, o vice-governador, Raul Henry, considera um “absurdo não proteger uma indústria nascente que emprega tanta gente que recebeu tantos investimentos do Estado”. Refere-se às previsões difíceis para os estaleiros de Pernambuco em função da mudança na legislação que tira a exigência de conteúdo local, facilitando que navios sejam comprados no exterior a custo mais barato. Henry enfatiza: “É uma insensatez você levar à falência duas empresas dessa magnitude, é uma questão de decisão política”. Refere-se aos estaleiros Atlântico Sul e ao Vard Promar. Em entrevista à CBN, analisou o seguinte: “Para proteger essa indústria nascente, assim como aconteceu no Japão, na China e na Coreia, é preciso ter uma lei de conteúdo local. Pois estão querendo acabar com essa lei de conteúdo local para poder a Petrobras comprar mais barato lá fora”. A ausência de decisão política a qual ele faz referência é do Governo Michel Temer. Na esteira, Henry emenda: “O outro assunto é a autonomia de Suape. Também é uma canetada só, também é uma questão de decisão política”. Por mais de uma vez, Temer cancelou visitas a Pernambuco para assinar o decreto que prevê a devolução da autonomia do Porto de Suape. Além do distanciamento do PSB, do governador Paulo Câmara, a direção nacional do MDB também vive impasse em relação ao MDB local, presidido por Henry, cujo comando está sendo disputado na Justiça. A briga se arrasta desde setembro e Henry tem recorrido à ponderação, mas desabafa: “Pernambuco se habilitou com todos os indicadores para receber financiamento de R$ 600 milhões do BNDES e esse financiamento não foi autorizado. São indícios de que algumas coisas não vieram para Pernambuco por uma questão de decisão política, de retaliação apenas.”.

Único candidato à Câmara
Raul Henry chegou a tratar com Paulo Câmara sobre eventual travessia de Gonzaga Patriota para o MDB. “Paulo disse que não teria problema eu convidá-lo e eu convidei”, relata. Mas, diante da disputa vigente pelo comando do MDB, nem Gonzaga migrou, nem Fernando Monteiro e a sigla perdeu Kaio Maniçoba. Resultado: hoje, só tem Henry na corrida pela Câmara Federal.

Cofre >Henry admite que “vai ter que brigar” por fundo partidário, uma vez que quem distribui o recurso é a direção nacional. “Esperamos que prevaleça o bom senso”, projeta.

Corrida > Pré-candidato ao Planalto pelo PRB, o empresário Flávio Rocha estará na Folha de Pernambuco, hoje, onde visita o presidente do Grupo EQM, Eduardo Monteiro. Rocha também participa, amanhã, do 17º Fórum Empresarial -LIDE.

Intervalo > Cotado para assumir a secretaria da Casa Civil, André Campos saiu de férias ontem e deve passar uma semana fora, segundo fontes palacianas.

Saída > Gilberto Sobral, presidente do PRB de Olinda, entregou o cargo de secretário de Patrimônio e Cultura na gestão do Professor Lupércio. Ao sair do governo, ele se dedica ao partido e foi convidado a ser candidato a deputado e/ou coordenador, no Estado, da campanha de Flávio Rocha ao Planalto.

Voz feminina > A deputada Simone Santana conduz a Ação Formativa Mulheres na Tribuna – Adalgisa Cavalcanti, hoje, às 8h, na Alepe. Recebe lideranças femininas de vários municípios para cursos de iniciação à política. Hoje é a vez do Paulista.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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