Roberto Amaral: ‘Não há razão para o PSB sair do governo’

Deu no Brasil 247

O vice nacional do PSB

O vice-presidente nacional da sigla

A oferta que o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, deverá fazer, nesta terça-feira (3), em Fortaleza, ao governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), para que este aceite o comando do diretório do partido que ele está criando, o Solidariedade, não parece preocupar a direção do PSB. “O Cid não vai aceitar. Ele não deve deixar o partido. E se o Paulinho entregar (o comando do diretório), o Solidariedade seria mais uma legenda de aluguel”, resumiu o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. Em relação às pressões para que o PSB entregue os cargos que ocupa no governo federal, Amaral disse que a legenda não se submeterá a vontade de terceiros. “Não há razão para sairmos do governo. Somos da base desde 2010. E a nossa agenda somos nós quem definimos. Nenhum partido e nem a imprensa irá decidir por nós”, afirmou.

Cid é uma das poucas vozes contrárias a uma candidatura própria por parte do PSB e já se manifestou abertamente favorável a que o partido apoie a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e permaneça na base de apoio do governo. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, a criação do Solidariedade tem sido acompanhada de perto pelo PSDB, que tenta atrair os integrantes da nova legenda para a base de apoio da candidatura à Presidência do senador Aécio Neves. Caso Cid venha a optar por deixar a sigla pessebista, abre-se uma possibilidade para que o seu irmão, o ex-governador Ciro Gomes, que hoje também milita no PSB, também venha a apoiar o projeto tucano. Ciro, assim como Cid, já defendeu publicamente o apoio à reeleição da presidente Dilma, mas nos últimos meses mudou de ideia e vem defendendo uma candidatura própria por parte do PSB.

Apesar da movimentação realizada pelos partidos na tentativa de cooptar novos integrantes e formar alianças visando às eleições de 2014, Amaral observa que o mês de setembro será decisivo para o próximo pleito. “As filiações partidárias terão uma forte influência no que vai acontecer e na estratégia que os partidos irão adotar. Só depois do dia 4 é que teremos uma definição mais concreta sobre tudo isso”, disse o dirigente pessebista.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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