O câncer bucal vem se agravando cada vez mais e se tornando assim o quinto tipo de câncer mais comum entre os brasileiros do sexo masculino, estimativa essa para o ano de 2016. O Inca (Instituto de Câncer) cita alguns fatores de riscos para o aumento da probabilidade do câncer bucal, como fumo, álcool, exposição solar, má higiene bucal, bem como próteses dentárias mal ajustadas. Pessoas de pele clara possuem menos melanina (pigmento que dá cor à pele) e é essa pigmentação que protege a pele da exposição solar. Assim, os lábios, e a pele como um todo, acabam sofrendo mais.
Mas isso não quer dizer que pessoas de pele mais escura não possam desenvolver o câncer de lábio ou pele, apenas que estão mais protegidas. Já o motivo de praticamente 100% dos cânceres ocorrerem no lábio inferior é devido à maior exposição ao sol. Mas é preciso dizer também que, apesar da exposição solar ser o principal fator, o tabaco e o álcool também possuem papel importante em relação ao câncer de lábio.
Antes as pessoas costumavam ter uma doença prévia nos lábios com potencial de malignização que é a Queilite Actínica. Ela ainda não é um câncer, mas é uma doença que afeta o lábio devido ao sofrimento crônico de toda uma vida exposta ao sol. A Queilite Actínica é bastante comum em profissionais que trabalham expostos ou pessoas que passam muito tempo fora de ambientes fechados. Ela pode permanecer por muitos anos antes de se transformar em um câncer.
Por isso, quando o paciente perceber uma ferida que não cicatriza em até 15 dias, é melhor ele procurar um dentista. E evitar o câncer de lábio não é tão difícil. Além de não fumar e não beber em excesso, devemos nos proteger ao ficarmos expostos ao sol com o uso de chapéu, boné e sombrinhas, além de usar diariamente protetores labiais com fator de proteção solar de no mínimo 15 FPS.