No país, gratificação injetará mais de 200 bi

O pagamento do 13º Salário deverá injetar cerca de R$ 200,5 bilhões na economia brasileira este ano, um crescimento de 4,7% na comparação com o ano passado. O valor previsto corresponde a cerca de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e foi divulgado no último dia 8, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento não considera trabalhadores autônomos e assalariados sem carteira que devem receber algum tipo de abono de fim de ano.

Cerca de 83,3 milhões de brasileiros devem receber o 13º Salário, benefício que é pago aos trabalhadores com carteira assinada, beneficiários da Previdência Social e aposentados e pensionistas da União, dos estados e dos municípios. Em média, cada trabalhador receberá cerca de R$ 2,25 mil. Do total a ser pago, R$ 132,7 bilhões (66,2%) são destinados a trabalhadores formais. O restante, cerca de R$ 67,7 bilhões (33,8%), será pago a aposentados e pensionistas.

Praticamente a metade do montante (49,4% do total) será destinada a trabalhadores nos estados da Região Sudeste, seguido pela Região Sul (16,2%), Nordeste (15,9%), Centro-Oeste (9%) e Norte (4,7%). Os beneficiários do regime próprio da União vão receber 4,9% da quantia.
O maior benefício médio deverá ser pago no Distrito Federal, onde os trabalhadores ou aposentados receberão cerca R$ 4,2 mil. O menor valor deverá ser pago no Maranhão e no Piauí, onde a média é de cerca de R$ 1,5 mil. Os valores médios desconsideram os aposentados por regime próprio dos estados e dos municípios. No estado de São Paulo, cerca de R$ 58,2 bilhões deverão ser injetados até o final deste ano com o 13º, o que corresponde a 29% do total.

Em entrevista, na semana passada, em Brasília, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, destacou que o benefício é um direito garantido pela nova lei trabalhista. Ele lembrou ainda que a renda extra contribui positivamente para a economia local. “O 13º é importante para o trabalhador, que vai movimentar a economia do país e é um direito garantido pela nova legislação”, observou.

Onde gastar

Em outra pesquisa, com 1.045 consumidores espalhados por todo o país, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) apurou que 85% dos entrevistados pretendem utilizar o 13º para pagar dívidas contraídas, o que representou um aumento de 4,94% em relação a 2016. Ao mesmo tempo, houve queda de 33,3% no quantitativo de consumidores que devem poupar parte do que sobrar para as despesas de começo de ano, como o IPVA e o IPTU.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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