No Recife, Meirelles diz que quer ser candidato para retribuir conquistas

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Folhape

Em palestra nesta quarta-feira (28) sobre economia na Lide Pernambuco, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD) disse que vai conversar com o presidente Michel Temer (MDB) neste fim de semana para discutir uma eventual candidatura. Eles querem chegar a um entendimento sobre quem será o candidato, se ele ou Temer. Caso a cabeça de chapa fique com o emedebista, Meirelles é cotado para ser o vice e deve, inclusive se filiar ao MDB.

“O importante é que o Brasil tenha condições de fazer boas escolhas”, falou, em referência à postulação dele ou de Temer. De acordo com o ex-gestor, o martelo ainda não foi batido porque uma candidatura envolve questões partidárias e eleitorais. “Tem que ter partido grande, ter tempo de televisão, condições para se candidatar. Estamos conversando com diversos partidos e analisando pesquisas qualitativas”, destacou.

O desejo de ser presidente veio porque, segundo o ex-ministro, ele está em um momento em que chegou ao ponto máximo no setor privado – foi presidente de organização global – e achou que estava na hora de voltar ao Brasil e começar a retribuir um pouco as conquistas.

Perguntado sobre o que fará para melhorar a Educação, caso seja eleito presidente. Meirelles disse que a reforma feita por Temer no ano passado foi um primeiro passo importante, mas que é necessário ter mais equidade e eficiência no ensino público ao aumentar o investimento, treinamento e qualificação. “Estudei minha vida toda na área pública. Estudei no ginásio pernambucano, fiz faculdade pública e pós em universidade pública. Acho que a Educação tem que passar por essa questão ideológica de equidade e eficiência”, acrescentou.

Muito elogiado pelos empresários que participaram do debate da Lide, Meirelles pediu que eles pressionem os congressistas a aprovar a privatização da Eletrobras. Segundo o ex-gestor, caso a proposta não passe, será um problema para o governo do presidente Michel Temer e pais. A declaração foi dada após ele ser questionado sobre o que achava da privatização da Petrobras. Meireles respondeu que no momento a prioridade é desestabilizar o setor elétrico.

Meirelles fez uma defesa da privatização ao mostrar, por meio de gráficos, uma queda nos investimentos nos últimos anos. Ele comparou ao que aconteceu com o setor de telefonia, que voltou a crescer após a privatização. O ex-ministro falou ainda sobre o crescimento do PIB, diminuiu das taxas de juros e reforma trabalhista.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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